Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE NILTON LINS Departamento de Engenharia LEC031NCIENMATER: CIÊNCIA DOS MATERIAIS Materiais Cristalinos Prof.ª MSc. Sabrina Santana Objetivos Arranjamento Atômico • Os materiais sólidos podem ser classificados em cristalinos e não-cristalinos de acordo com a regularidade na qual os átomos ou íons se dispõe em relação ao seus vizinhos. • Material Cristalino é aquele no qual os átomos encontram-se ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma estrutura tridimensional que se chama de rede cristalina. • Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros formam estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação Arranjamento Atômico • Nos materiais não-cristalinos ou amorfos não existe ordem ao longo alcance na disposição dos átomos. • As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos, moléculas ou íons estão espacialmente dispostos. • Há um número grande de diferentes estruturas cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos metais, até estruturas mais complexas exibidas pelos cerâmicos e polímeros. Arranjamento Atômico Célula Unitária • Unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional • Consiste em um pequeno grupo de átomos que formam um modelo repetitivo ao longo da estrutura tridimensional (analogia com os elos correntes) • A célula unitária é escolhida para representar a simetria da estrutura cristalina. Célula Unitária Como a rede cristalina tem uma estrutura repetitiva, é possível descrevê-la como uma estrutura básica. Célula Unitária Como a rede cristalina tem uma estrutura repetitiva, é possível descrevê-la como uma estrutura básica. Célula Unitária • Os átomos são representados como esferas rígidas Sistemas Cristalinos • Estes sistemas incluem todas as possíveis geométricas de divisão do espaço por superfícies planas e contínuas Os 7 Sistemas Cristalinos As 14 Redes de Bravais Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas com redes de Bravais. Cada uma destas células unitárias tem certas características que ajudam a diferenciá-las das outras células unitárias. Além do mais, estas características também auxiliam na definição das propriedades de um material particular. As 14 Redes de Bravais Estrutura Cristalina dos Metais • Como a ligação metálica é não- direcional não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos • Então a estrutura dos metais têm geralmente um numero grande de vizinhos e um alto empacotamento atômico. • Três são as estruturas cristalinas mais comuns em metais: Cúbica de corpo centrado, Cúbica de face centrada e hexagonal compacta. Estrutura Cristalina dos Metais Sistema Cúbico Os átomos podem ser agrupados dentro do sistema cúbico em 3 diferente tipos de repetição. • Cúbico simples • Cúbico de corpo centrado • Cúbico de face centrada Sistema Cúbico Sistema Cúbico Simples • Apenas 1/8 de cada átomo cai dentro da célula unitária, ou seja, a célula unitária contém apenas 1 átomo. • Essa é a razão que os metais não cristalizam na estrutura cúbica simples ( devido ao baixo empacotamento atômico) Número de coordenação para CCS • Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. • Para a estrutura cúbica simples o número de coordenação é 6. Relação entre o raio âtomico (R) e o parâmetro de rede (a) para o sistema simples Fator de empacotamento atômico para o CCS Vol. do átomo = Vol. Esfera (4πR3/3) Vol. da célula = Vol. Cubo= a3 FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA A ESTRUTURA CÚBICA SIMPLES: O,52 Relação entre o raio âtomico (R) e o parâmetro de rede (a) para o sistema simples 𝑭𝒆𝒂 = 𝑵𝒂 𝒙 𝑽𝒂 𝑽𝒄 𝑵𝒂 = 𝟖. 𝟏 𝟖 = 𝟏 Relação entre aresta e raio a= 2r Fator de empacotamento atômico para o CCS 𝑭𝒆𝒂 = 𝑵𝒂 𝒙 𝑽𝒂 𝑽𝒄 𝑭𝒆𝒂 = 𝟏 . 𝟒 𝟑 𝝅³ 𝒂³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟏 . 𝟒 𝟑 𝝅𝒓³ (𝟐𝒓)³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟏 . 𝟒 𝟑 𝝅𝒓³ 𝟖𝒓³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟒 𝟑 𝝅𝒓3. 𝟏 𝟖𝒓³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟒 𝟑 . 𝟏 𝟖 . 𝝅 𝑭𝒆𝒂 = 𝟎, 𝟓𝟐 𝒐𝒖 𝟓𝟐% Estrutura Cúbica de Face Centrada • O parâmetro de rede e o raio atômico estão relacionados neste sistema por: • Na est. cfc cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias • Já o átomo da face pertencem somente a duas células unitárias. • Há 4 átomos por célula unitária na estrutura cfc Demonstre que acfc = 2R 𝟐 𝑵𝒂 = 𝟖. 𝟏 𝟖 + 𝟔 𝟏 𝟐 = 𝟒 a a 4r (4r)² = a² +a² (4r)² = 2a² 2a² = (4r)² a² = 𝟏𝟔𝒓² 𝟐 a= 𝟖𝒓² a = 2 𝟐 𝒓 Relação entre aresta e raio 2 𝟐r Fator de empacotamento atômico para o CFS 𝑭𝒆𝒂 = 𝑵𝒂 𝒙 𝑽𝒂 𝑽𝒄 𝑭𝒆𝒂 = 𝟒 . 𝟒 𝟑 𝝅𝒓³ 𝒂³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟒 . 𝟒 𝟑 𝝅𝒓³ (𝟐 𝟐𝒓)³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟏𝟔 𝟑 𝝅𝒓3. 𝟏 𝟏𝟔 𝟐𝒓³ 𝑭𝒆𝒂 = 𝟏 𝟑 𝝅. 𝟏 𝟐 𝑭𝒆𝒂 = 𝟎, 𝟕𝟒 𝒐𝒖 𝟕𝟒% 𝑭𝒆𝒂 = 𝟒 . 𝟒 𝟑 𝝅𝒓³ 𝟖.𝟐 𝟐𝒓³ Número de coordenação para CFC • Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. • Para a estrutura CFC o número de coordenação é 12. Estrutura Cúbica de corpo centrado • O parâmetro de rede e o raio atômico estão relacionados neste sistema por: • Na est. ccc cada átomo dos vértices do cubo é dividido com oito células unitárias • Já o átomo no centro pertence somente a sua célula unitária. • Há 2 átomos por célula unitária na estrutura ccc Número de coordenação para CCC Para a estrutura CCC o número de coordenação é 8 Relação entre o raio âtomico (R) e o parâmetro de rede (a) para o sistema CCC Número de coordenação para CCC • Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. • Para a estrutura cúbica simples o número de coordenação é 8. Número de coordenação para CCC • Número de coordenação corresponde ao número de átomos vizinhos mais próximos. • Para a estrutura CCC o número de coordenação é 8. Fator de empacotamento atômico para o CCC O fator de empacotamento para o CCC é 0,68 Tabela resumo para o sistema Cúbico Contorno de grãos Em uma estrutura cristalina real, não existe uma estrutura cristalina com uma única direção. Observando-se a orientação da estrutura de um material constata-se que ela é subdividida em um grande número de zonas, cada uma delas com uma orientação diferente, isto é, cada uma das zonas forma um cristal independente Contorno de grãos Estes cristais que possuem uma orientação particular são chamados de grãos. Todos os grãos de uma mesma face do material possuem a mesma estrutura cristalina, mudando somente a orientação Cálculo da densidade O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo da densidade (ρ) Exemplo Sistemas Hexagonais Simples Estrutura Hexagonal Compacta • Os metais em geral não cristalizam no sitema hexagonal simples pq o fator de empacotamento é muito baixo, exceto cristais com mais de um tipo de átomo. • O sitema Hexagonal compacta é mais comum nos metais (ex: Mg, Zn) • Na HC cada átomo de uma dada camada está diretamente abaixo ou acima dos interstícios formados entre as camadas adjacentes Estrutura Hexagonal Compacta Estrutura Hexagonal Compacta Polimorfismo ou Alotropia •Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. Geralmente as transformações polimorficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas. Exemplo de materiais que exibem Polimorfismo • Titânio • Ferro • Carbono ( grafite e diamante) • SiC (Chega ter 20 modificações cristalinas) Alotropia do Ferro Cristalografia • Para pode descrever a estrutura Cristalina é necessário escolher uma notação para as posições, direções e planos Posições: São definidas dentro de um cubo com lado unitário Direções Cristalográficas Direções nosCristais Direções nos Cristais Direções nos Cristais Direções nos Cristais Direções nos Cristais Direções nos Cristais Direções nos Cristais Direções para o sistema cúbico Planos Cristalográficos Planos Cristalográficos Resumo O espectro eletromagnético Como os raios-x têm comprimento de onda da ordem da distância entre os planos atômicos, eles sofrem difração quando são transmitidos ou refletidos por um cristal. O espectro é colorido porque cada uma das ondas oferece a sensação de uma cor, cores essas que estão associadas às suas frequências. Desse modo, as ondas mais longas localizam-se mais próximo do vermelho. Por sua vez, quanto menor, mais perto do azul. As ondas que têm a frequência mais baixa são as mais longas. As ondas que têm a frequência mais alta são as mais curtas. Determinação da estrutura cristalina por difração de raio X • O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO: • Quando um feixe de raios x é dirigido à um material cristalino, esses raios são difratados pelos planos dos átomos ou íons dentro do cristal Ex: Espectro de difração para Al (Difratograma) Lei de Bragg AB 𝜃 d 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝐴𝐵 𝑑 𝐴𝐵 = 𝑑𝑠𝑒𝑛θ Lei de Bragg Técnicas de Difração Técnica do pó: É bastante comum, o material a ser analisado encontra-se na forma de pó (partículas finas orientadas ao acaso) que são expostas à radiação x monocromática. O grande número de partículas com orientação diferente assegura que a lei de Bragg seja satisfeita para alguns planos cristalográficos Difratômetro de Raio X Métodos de Difração de Raio X Difratômetro de Raio X Difratômetro de Raio X Ex: Espectro de difração para Al (Difratograma) Uma amostra desconhecida é analisada e seus picos comparados com os de materiais conhecidos e tabelados, permitindo assim a identificação do material. Ex: Espectro de difração do Mobilidênio Ex: Espectro de difração do Mobilidênio A lei de Bragg (cont.) A lei de Bragg relaciona quatro variáveis: 2d senq = n l l - o comprimento de onda dos raios-X – pode assumir apenas um valor (monocromático) – pode assumir muitos valores - raios-X “brancos” (policromáticos) d - o espaçamento entre os planos – pode assumir diferentes valores, em função do conjunto de planos que difrata o feixe de raios-X q - o ângulo de incidência dos raios-X – pode variar continuamente dentro de uma faixa – pode variar aleatoriamente em função da posição relativa dos diversos mono-cristais que formam uma amostra poli-cristalina n - a ordem da difração A lei de Bragg (cont.) Uma amostra de ferro CCC foi examinada de um difratometro de raio x com 𝝀 = 0,1541 nm. A difração do plano (110) foi obtida em 2θ = 44,7º. Calcule o valor do parâmetro de rede Fe CCC. Assuma n=1
Compartilhar