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Serigrafia ou Silk Screen? Essa é uma dúvida constante que algumas pessoas tem sobre o nome correto dessa técnica, se as duas palavras significam a mesma coisa ou são tipos de aplicação diferentes, enfim, vou tentar esclarecer da melhor forma possível neste artigo. Primeiramente, Serigrafia e Silk Screen tem o mesmo significado, ou seja, são a mesma técnica só que pronunciadas em idiomas diferentes. A palavra Silk Screen ficou mais conhecida em nossa cultura, mas a maneira correta de falarmos sobre essa técnica é Serigrafia. Quando vamos a uma loja comprar produtos para essa técnica, estamos comprando produtos para serigrafia (tinta para serigrafia a base de água, emulsão para matrizes de serigrafia, etc), o profissional que trabalha nesse segmento é chamado de serígrafo, e por ai vai. Serigrafia ou serigraph (em inglês) é uma fusão das palavra sericos (seda) e graphos (escrever) em Grego. Silk significa seda e Screen significa tela em inglês Afinal, o que é a serigrafia então? A serigrafia é um processo de impressão no qual a tinta aplicada é vazada pela pressão de um puxador (um rodo) através de uma matriz (uma tela que preparamos e gravamos com um desenho). Com esse processo conseguimos fazer uma produção em série dos mais diversos tipos de produtos e matérias primas. Costumo brincar que a serigrafia esta presente muito mais em nosso dia a dia do que imaginamos. Essa técnica é usada para personalizar roupas, eletrodomésticos, eletrônicos, porcelanas, papéis, adesivos, borracha, alimentos, vidro, enfim, uma infinidade de produtos que temos contato todo o dia e toda hora que não imaginamos que a personalização é feita através da serigrafia. Veja alguns exemplos do uso da serigrafia na indústria A serigrafia foi criada através da evolução de uma técnica de impressão chamada “estencil” onde criamos uma máscara vazada com o desenho em uma superfície rígida e com a aplicação de tinta sobre esse molde é feita a impressão. Veja uma comparação entre o Stencil e a Serigrafia O futuro da serigrafia Quando falamos de evolução, não posso deixar de falar sobre a evolução da serigrafia. Ela se originou como uma técnica artesanal, manual e até hoje ela é vista dessa maneira, mas com o avanço da tecnologia e da indústria nesse setor, novos produtos e equipamentos foram surgindo e a técnica foi evoluindo. Hoje temos produtos e equipamentos específicos que fazem todo o processo da serigrafia, desde a preparação da matriz até a impressão, seja completamente automatizado ou manual. Falando em evolução da estamparia, o transfer, a sublimação e a impressão digital (de grande e pequeno porte), são processos que fazem parte da evolução da serigrafia, ou seja, essa técnica esta em constante evolução e desenvolvimento. Podemos afirmar então que a serigrafia convencional vai desaparecer? Eu acredito que sim e que toda essa evolução vai ser convertida em um sistema de impressão que vem evoluindo, se aprimorando e invadindo tanto a industria como os consumidores, estou falando da impressão 3D que já é uma realidade! Mas calma, isso ainda vai demorar alguns bons anos para que isso vire realidade, até lá, temos muito o que aprender e aprimorar com essa técnica fantástica de impressão. Fotolito para serigrafia O fotolito tem um papel fundamental na serigrafia manual. É através dele que transportamos para nossa matriz serigráfica o desenho a ser impresso. Esse processo é feito através da gravação de tela por um equipamento chamado mesa de luz. O papel que usamos para imprimir o fotolito tem algumas características fundamentais para o sucesso de todo o processo da gravação da matriz, pois é através dele que o desenho será passado para a tela e se ele estiver mal impresso, com falhas ou a tinta impressa for transparente, a sua produção não ficará de boa qualidade. O papel pode ser 100% transparente, que é o mais indicado para esse trabalho, ou semi transparente. Você encontra com facilidade esse tipo de papel em papelarias, na internet ou grandes lojas de suprimentos para escritório. Um detalhe importante é que você tem que saber qual o tipo da sua impressora, se é jato de tinta ou a laser, para comprar o papel indicado para a impressora que vai usar. Antigamente usávamos um papel sulfite mesmo e colocávamos óleo de cozinha para ele ficar transparente, chamávamos de óleolito (óleo+fotolito) mas claro que isso ficou no passado e não vamos resgatar essa técnica no improviso tendo em vista a gama de opções que encontramos hoje com muita facilidade. A sua produção pode ser terceirizada em gráficas rápidas ou bureaus mas o custo acaba saindo mais alto e ele tem que ser embutido no valor da sua produção. Recomendo aos https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/fotolito-para-serigrafia.jpg meus alunos que imprimam seus próprios fotolitos pois a economia é muito grande a curto prazo. Quando terceirizamos esse serviço, pagamos por tamanho da folha e por quantidade de cores que seu desenho tem, em média é cobrado R$ 15,00 por um fotolito no tamanho A4 e em 1 cor. Se sua estampa tem 4 cores, o custo do seu fotolito fica por R$ 60,00. Agora imagine quando você vai fazer uma produção de umas 15 estampas, com desenhos entre 1 a 4 cores. Vamos supor que você tem cerca de 50 fotolitos para imprimir e o custo unitário é de R$ 15,00, você tem o custo de R$ 750,00 somente de fotolito! Mas claro, tudo isso vai depender do seu projeto e do valor que tem disponível para investir. Ah, e se você é leigo no assunto, fique sabendo que cada cor que sua estampa tiver, temos que imprimir 1 fotolito e gravar 1 tela para cada cor do seu desenho. Bom, vamos voltar as características do fotolito para a serigrafia. Papel transparente (tipos de papel) É recomendado o uso do papel 100% transparente, pois a passagem de luz para o quadro, na hora de gravação é total, fazendo com que seu desenho fique mais rico em https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/fotolito-para-serigrafia-em-3-cores_01.jpg https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/fotolito-para-serigrafia-em-3-cores_02.jpg detalhes. Mas também pode ser usado o papel leitoso (semi transparente, laser film ou vegetal como também é chamado). Impressão na cor preta Todo o desenho que for impresso, independente se sua estampa é colorida (em 4 cores por exemplo) cada cor tem que ser impresso na cor PRETA. A cor preta, na teoria, é a cor que mais impede a passagem da luz, e esse processo é essencial para que seu desenho fique bem gravado e na hora da revelação e da abertura você consiga ter um excelente resultando, abrindo todos os detalhes da sua estampa com perfeição. Tipo de impressora (Impressora Laser ou Impressora Jato de tinta) É recomendado usar uma impressora a laser , pois além de ter uma definição melhor do seu desenho, a fixação da tinta no papel é melhor, a cor preta é realmente preta e com pouca transparência, a economia do tonner (cartucho) é muito grande em relação a quantidade de impressão X troca de cartucho. Um outro detalhe importante, é que usando uma impressora a laser conseguimos fazer um processo que é escurecer a cor do fotolito antes de gravarmos a nossa tela. As impressoras jato de tinta, são mais comuns, quase todo mundo tem uma impressora dessa em casa, mas não é recomendada para esse tipo de serviço por alguns motivos: – A tinta preta não fica 100% preta, ela fica um cinza escuro transparente, o que pode causar problemas na hora da gravação da tela; – O consumo de cartucho é alto, pois temos que configurar a impressora de uma forma que fique com a melhor impressão possível e que todas as cores sejam impressas (CMYK) para que o preto fique mais escuro e menos transparente; – Não conseguimos fazer o processo de escurecer a imagem com os produtos pois a tinta escorre no papel. Emenda do fotolito Para desenhos chapados, podemos usar um recurso onde conseguimosfazer uma estampa no tamanho que quisermos utilizando folhas A4. Podemos, por exemplo, usar um desenho no tamanho A3 fazendo a impressão em partes, no tamanho A4, e depois juntando as 2 folhas impressas criando um desenho A3. Com isso não nos limitamos em tamanhos de estampa só por que estamos usando uma impressora A4. https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/emenda-de-fotolito-para-serigrafia_01.jpg Reforçador da imagem Usamos essa técnica após a impressão do desenho no fotolito. Existem sprays que você compra em lojas de serigrafia chamados Reforçadores de Imagem. Esse spray é aplicado sobre o desenho impresso deixando a tinta preta mais escura e brilhante, fazendo com que na hora da gravação da tela, a luz não passe sobre a tinta preta, https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/emenda-de-fotolito-para-serigrafia_02.jpg https://cursodesilkscreen.com.br/wp-content/uploads/2015/09/emenda-de-fotolito-para-serigrafia_03.jpg gravando com mais eficiência sua matriz. Existem algumas técnicas que a velha guarda da serigrafia utilizava para escurecer o fotolito. Tem gente que usa o vapor da gasolina ou do tinner para isso, o resultado é bastante semelhante como o do spray. Um único detalhe, como já comentei acima, esse processo só pode ser feito se seu fotolito foi impresso por uma impressora a laser. Bom, agora que você já sabe um pouco mais sobre o fotolito para serigrafia e suas características, acredito que você chegou a uma conclusão importante, você mesmo pode fazer o seu próprio fotolito. A economia é enorme, o custo unitário do fotolito não deve ultrapassar de R$ 1,50 por folha. Agora vamos fazer uma conta básica e comparar. No exemplo que citei sobre terceirizar 50 impressões (50 X R$ 15,00 = R$ 750,00) ou você mesmo imprimir 50 fotolitos (50 X R$ 1,50 = R$ 75,00). Temos ai uma diferença de R$ 675,00. Com essa diferença você compra uma impressora a laser monocromática (preto e branco, em média R$ 350,00), 3 ou 4 blocos de papel transparência com 100 folhas cada (média de R$ 45,00 por bloco) e sobra dinheiro ainda para você comprar 1 tonner de reserva (média de R$ 100,00). Como funciona o Silk Screen? Neste artigo queremos dividir com vocês leitores as diferentes modalidades do Silk Screen. Embora pouca gente saiba, uma arte pode ser estampada em silk de diferentes maneiras. Vamos dividir essas modalidades em quatro tipos: • Silk de cores sólidas (silk chapado) • Silk em Policromia • Silk Simulado • Silk Digital Um conceito importante para entendermos as diferenças das modalidades é, em primeiro lugar, compreender a diferença de cores chapadas para cromias. De forma objetivas, sabemos que uma arte possui cores chapadas quando você consegue contar de forma clara quantas cores tem uma arte. Por exemplo: a logo da Coca Cola é uma arte chapada de uma única cor. Já a cor da logo da Petrobrás é uma arte chapada de três cores (verde, amarelo e branco). Não há nenhuma sobreposição de cores nem mesmo degradês nesse tipo de arte. Já a cromia (ou policromia) são aquelas artes cuja separação não se faz possível. Exemplo: a logo marca da Rede Globo possui incontáveis cores sobrepostas e degradês. Não é possível dizer ao certo quais cores exatamente se fazem presente. Silk de cores solidas (chapadas) Esse é o silk mais comum de ser feito e também o mais simples. Nesse caso as cores devem ser separadas sem sobreposição de forma que parar cada cor, uma tela será revelada. O encaixe entra as cores separadas é feito através do registro das telas, conforme ilustração abaixo: https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-logos_03.jpg Silk Policromia A policromia não é nada mais do que fazer a separação de cores de sua arte em CMYK (ciano, magenta, amarelo, preto) e em caso de tecidos escuros é usado uma base branca. Abaixo segue o exemplo: https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-telas_07.png https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-2_03.jpg Silk Simulado O silk simulado é o silk mais complicado de ser feito, mais é também o melhor em termos de definição. No Simulado a quantidade de cores aplicadas são ilimitadas, diferente da policromia, ele usa pantones diferenciados para mesclar, dando melhor acabamento nas cores, elas ficam mais vivas e podem ser editadas com facilidade, por serem cores separadas e não uma junção CMYK. Abaixo segue o exemplo: Silk Digital O silk digital é a modalidade mais avançada existente. É uma espécie de impressora de camisetas, na qual a arte é impressa diretamente no tecido sem a necessidade de revelação de telas. Embora seja classificada como Silk, por se utilizar de um tipo de tinta serigráfica, claramente essa modalidade se distancia das demais. O silk digital apresenta algumas vantagens consideráveis: • A resolução de impressão de estampas fotográficas apresentam qualidades incríveis, atingindo patamares de qualidade superiores ao processo tradicional de policromia. • Por não precisar de telas em seu processo, torna-se possível personalizar camisetas sem número mínimo de peças! • A área de impressão do silk digital pode chegar a 50 x 70 cm https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-2_07.jpg Revelação de tela para Silk Screen (Silk de cores chapadas, silk policromia e silk simulado) Depois de entendermos o processo de separação de cores, das artes a serem estampadas, vamos aprender o processo de revelação da tela para Silk Screen. A primeira coisa a se fazer depois de preparar a arte é transofrmá-la em um fotolito. Fotolito é um filme transparente que serve como matriz para impressão de qualquer material gráfico. Sua origem está no processo de foto e gravação. É a mídia intermediária entre a finalização (arte final) e o impresso. Ao lado temos um exemplo de um fotolito. Depois da impressão do fotolito, vamos utilizá-lo para revelação de tela. Ele é colocado com uma moldura de nylon com madeira ou alumínio, por cima de uma mesa de luz que revela tudo que for preto. Nesse processo, o calor e a luminosidade da revelação, queimam as partes da tela cujo fotolito aplicado em cima está preto. Nesse sentido, a tinta passará para o lado do tecido justamente nesses pontos revelados. https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-4_07.jpg https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-4_03.jpg Agora que a tinta foi passada da tela para a blusa, é só esperar secar que a blusa vai estar pronta para ser utilizada! O processo de serigrafia Silk Screen – O que é e como fazer? O que é serigrafia? O silk screen (mesmo que serigrafia) é um processo de impressão onde a tinta é vazada com auxilio de um rodo através de uma matriz de poliéster ou nylon bem esticada. https://camisadimona.files.wordpress.com/2018/03/silk-screen-conceitos-basicos-4_10.jpg Essa matriz precisa ser gravada através de um processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um fotolito, que por sua vez é colocada em uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz. A seguir descrevo para você as etapas deste processo secular, pois acredito que todo designer deve ao menos ter noção de como suas criações são estampadas em roupas e afins. 1º Desenho Tudo começa com o trabalho do designer, que geralmente junto com o estilista da peça estuda qual será o estilo da estampa, as cores, o tipo, os efeitos, a localização, etc. Baseado neste planejamento o desenhista / designer criar odesenho da estampa, que nesta parte do processo é chamada de arte. Exemplo de arte feita no Illustrator 2º Separação / seleção de cores A arte (ou design, se preferir) é criada geralmente em softwares de ilustração vetorial como o Coreldraw e o Illustrator. Depois de pronta deve ser feita a separação de cores, pois a serigrafia exige que cada cor seja gravada em uma matriz diferente, para que, quando estampadas todas juntas formem a figura colorida. 3º Impressão de fotolitos / negativos Agora é chegada a hora de imprimir os fotolitos (também chamados por alguns de negativos, vegetais, poliéster, etc). A qualidade da separação de cores e dos fotolitos vai influenciar diretamente na qualidade da estampa. De nada vai adiantar uma arte bem desenhada se as cores não encaixarem perfeitamente na hora de serigrafar. https://estampaweb.com/criar-estampas/ https://estampaweb.com/como-estampar/serigrafia/ https://estampaweb.com/o-que-e-fotolito-ou-arte-final/ https://estampaweb.com/wp-content/uploads/2011/06/desenho-serigrafico.jpg Fotolitos sobre a matriz para serem gravados 4º Gravação de matrizes Depois de impressos os fotolitos, os mesmos são enviados a serigrafia para a gravação das matrizes. Matrizes nada mais são que quadros de metal ou madeira com uma tela bem esticada, onde é passada uma emulsão fotossensível que em contato com uma fonte de luz UV endurece onde não está o fotolito, permitindo assim a revelação da arte do fotolito na matriz. No vídeo abaixo você pode o laboratório de gravação de matrizes da Agabê, assim como um pouco de sua sala de impressão. 5º Preparação dos insumos Nesta etapa ocorre a preparação do material usado na estampa. É feito o registro das matrizes para que o encaixe seja perfeito, as cores são matizadas / misturadas, os rodos preparados, etc… 6º Impressão https://estampaweb.com/wp-content/uploads/2011/06/fotolitos-sobre-matriz-para-gravacao-serigrafia.jpg https://estampaweb.com/wp-content/uploads/2011/06/material-serigrafico.jpg É nesta hora que a mágica ocorre: sua arte desenhada em computador se transforma em algo real, estampado sobre uma roupa. *Impressão manual * Impressão com carrossel automático 7º Secagem e cura das tintas A pré secagem de estampas geralmente é feita com sopradores térmicos e flash cure. Tintas à base d’água curam a temperatura ambiente, já plastisois precisam de uma cura em estufas. *Este vídeo demonstra a utilização de flash cure 8º Limpeza dos equipamentos. Por fim, são limpas as matrizes e rodos para que estejam em perfeito estado na próxima utilização. Como gravar uma tela para serigrafia? A seguir você confere dois tutoriais detalhados com o passo a passo da gravação de uma tela para serigrafia: um em vídeo e outro em imagens. O processo é sempre o mesmo, independente do que será estampado: camisetas, canetas, placas, circuitos, roupas em geral, o que pode mudar são os tempos e os insumos. O tutorial em imagens é de propriedade da Gênesis Ind. E Com. de Produtos Químicos, e deve ser usado somente para fins educativos. É vetado o uso comercial sem autorização da empresa. Já o tutorial em vídeo é uma tradução livre que fizemos aqui no Estampa Web. Não deixe também de ler o artigo sobre desgravar (recuperar) matrizes serigráficas. Passo 1 da gravação de telas Comece separando os materiais que vai utilizar: emulsão, béquer (ou copo transparente), sensibilizante, fotolito (laser film), calha, proveta, quadro de alumínio com tecido de poliéster de 43 a 80 fios monofilamento. Passo 2 da gravação de telas https://estampaweb.com/recuperacao-de-matrizes-serigraficas-desgravacao-como-fazer/ É possível comprar matrizes prontas, onde a tela já está colada ao quadro. Caso não seja o seu caso, primeiro deve-se preparar a matriz, esticando o tecido no quadro de alumínio. Passo 3 da gravação de telas Comece desengraxando a tela com detergente. Depois lave bem até tirar todo detergente e seque em ar quente. Passo 4 da gravação de telas Prepare a emulsão e o sensibilizante. Coloque a emulsão no béquer ou copo graduado (que tenha marcação de mililitros). Passo 5 da gravação de telas Utilizando a proveta, meça o sensibilizador (Proporção de 10% com relação à quantidade de emulsão). Passo 6 da gravação de telas Misture bem o sensibilizador na emulsão e deixar descansar por cerca de 20 minutos para eliminação de bolhas incorporadas. Passo 7 da gravação de telas Coloque a emulsão na calha e aplique primeiramente pelo lado externo da matriz e em seguida aplique pelo lado interno. Passo 8 da gravação de telas O número de camadas pelo lado interno dependerá exclusivamente da espessura do relevo que quisermos criar do lado externo. Passo 9 da gravação de telas Seque em ar quente a 45ºC, até a emulsão perder o brilho (aspecto de molhada). Passo 10 da gravação de telas Coloque o fotolito com o desenho sobre a tela e em seguida leve para uma mesa de luz. Passo 11 da gravação de telas Faça a exposição de luz na prensa à vácuo (é necessário testar o tempo, pois ele varia de acordo com o tipo e distância da lâmpada). Passo 12 da gravação de telas Retire o fotolito e coloque a tela para lavar. Passo 13 da gravação de telas Lave com jatos de água corrente nos lados de dentro e fora até abrir totalmente o desenho. Passo 14 da gravação de telas Verifique o desenho contra a luz. Se tiver “furos” será necessário repará-los antes de usar sua tela. Passo 15 da gravação de telas A matriz revelada está pronta para ser usada. Processo para confecção de matrizes serigráficas O processo direto para confecção de matrizes serigráficas é assim chamado porque a emulsão fotográfica é aplicada diretamente na tela. A emulsão fotográfica, como é chamada, consiste em uma substância gelatinosa que se torna sensível à luz pela adição de bicromato de amônia ou diazo, conhecidos pelo nome de sensibilizante. Sensibilizante O sensibilizante bicromato é nocivo à pele, por essa razão evite o seu contato direto. Já o diazo não é tão tóxico, por isso mais recomendado. Lembre-se de sempre usar EPI’s adequados quando for lidar com produtos químicos. Emulsão Existem dois tipos de emulsões: uma para trabalhos em que a tinta a ser utilizada é solúvel em água, e outra para a tinta solúvel em solvente. Para ambos tipos o sensibilizante é o mesmo (Bicromato ou Diazo). Existem emulsões que já vem sensibilizadas de fábrica. Confira sempre o custo x benefício e a data de validade deste tipo de produto antes de optar por um tipo de emulsão. Após preparar a emulsão com o sensibilizante na proporção correta (9 por 1) no caso de bicromato, ela é aplicada com uma calha em camadas sobre a tela. Depois de seca é exposta à luz por um tempo determinado, finalizando quando revelada em jatos de água. Após a revelação a matriz estará pronta para ser usada na impressão. O processo direto para confecção de matrizes é o mais usado, pois não está restrito a desenhos simples. Pelo processo direto qualquer tipo de desenho, seja a traço, reticulado, combinado a cores, tricromias, quadricromias, etc., pode ter sua matriz confeccionada. Passo a passo na preparação de uma matriz serigráfica: 1º Passo na confecção da matriz: Emulsão Escolher o tipo de emulsão a ser utilizado: base de água ou solvente, de acordo com o trabalho a ser executado. Preferencialmente utilize emulsões com diazo, sua saúde agradece. 2º Passo na gravação da matriz: Fios da tela Escolha da matriz correta é um processo bastante técnico. Caso venha a estampar camisetas sem traços finos ou retículas aconselhamos a usar telas com 43 a 77 fios (sugestão pessoal: 43 e 55 fios). Se vier a imprimir adesivos, réguas, cartões, etc, indica-se a tela de 120 a 140 fios, de acordo com o trabalho a ser executado. https://estampaweb.com/policromia-ou-quadricromia-em-serigrafia-como-fazer/3º Passo da confecção da matrizes: Preparação da emulsão Separe a quantidade de emulsão que você deseja preparar em um copo Becker ou copo plástico transparente graduado, adicione a esta emulsão 10% de sensibilizante, previamente medido em uma proveta ou copo graduado. Feita a mistura apanhe uma espátula e agite as duas soluções com movimentos lentos e circulares até notar que a mistura está homogênea. Caso tenha tempo disponível, o ideal é deixar esta mistura descansar por no mínimo uma hora. Obs.: Existem emulsões de marcas diferentes com porcentagens de sensibilizante diferenciadas, consulte sempre o fabricante antes de misturar. 4º Passo na gravação da matriz: Aplicando a emulsão Não é uma operação muito fácil e cuidados especiais devem ser observados para se obter uma camada perfeita e uniforme. Primeiramente desengraxe a malha com desengraxante (detergente). Aplique com uma estopa ou esponja passando dos dois lados da tela, deixe repousar por uns cinco minutos antes de enxaguar com água corrente. A seguir deixe secar em um local onde não apanhe poeira ou então use estufa ou secador para secar a mesma. Não toque mais na malha com os dedos, pois os mesmos liberam substâncias oleosas. Após seca, segure a tela em posição vertical ou ligeiramente inclinada, com o lado externo para frente. Com a calha contendo a emulsão já preparada encoste na parte inferior da tela e faça um movimento constante de baixo para cima, com o cuidado para que seja depositada uma camada regular e uniforme. Estas operações devem ser feitas em local escuro, com luz de segurança amarela ou vermelha. A espessura da camada da emulsão está relacionada com o tipo de detalhes do desenho. Desenhos com https://estampaweb.com/wp-content/uploads/2012/05/Processo-para-confeccao-de-matrizes-serigraficas-gravacao-de-telas.jpg traços e contornos bem nítidos exigem uma camada mais grossa, desenhos meio-tom ou reticulado uma camada mais fina. 5º Passo na gravação de matrizes: secagem da emulsão Secar a emulsão aplicada na tela é muito importante. Essa operação deve ser feita em um local sem poeira, escuro e com luz de segurança, mantendo-se a tela em posição horizontal, com a face externa voltada para baixo, quando estiver secando normalmente a temperatura ambiente. O ideal seria a secagem em estufa a uma temperatura de 40 graus durante 20 a 25 minutos. Pode-se também utilizar um secador de cabelo, colocando-o a uma distância que proporcione a secagem por igual em toda a extensão da tela. Cabine de secagem de emulsão para confecção de matrizes serigráficas. Tome sempre cuidado para que não haja concentração de calor em determinados pontos. As áreas eventualmente úmidas provocam falhas na tela na hora da exposição. A concentração de calor causa endurecimento da emulsão, dificultando a revelação. Sabe-se que a tela emulsionada estará completamente seca quando a emulsão se apresentar totalmente fosca. 6º Passo na gravação da matriz: Exposição à luz Expor à luz a tela emulsionada é o que chamamos de gravação e só pode acontecer quando a emulsão está completamente seca. Vimos que o processo de preparação, de aplicação e secagem da emulsão foram feitos em local escuro, somente com luz de segurança, pois após feita a mistura feita torna-se sensível à luz, ou seja, endurece quando exposta a mesma, não sendo mais solúvel em água, porém se tamparmos determinadas áreas, impedindo a incidência de luz sobre as mesmas, manteremos a emulsão sensível à luz podendo ser facilmente removida pela água. A tela pode ser exposta às diversas fontes de luz, o importante é que a luz seja rica em raios ultravioleta e que haja perfeito contato do fotolito (arte final) com o tecido emulsionado, este contato pode ser feito em prensa a vácuo ou por calços de espuma, vidro e pesos. 7º Passo na gravação da matriz: revelação da matriz Logo após a gravação retire o fotolito (arte final) e proceda a revelação, que consiste em retirar a emulsão dos locais onde não houve incidência de luz e portanto continuam solúveis em água. Com uma pequena ducha ou mangueira com jato d’água, vá jogando água dos dois lados da tela para remover a emulsão das áreas do desenho. Ao notar que as áreas do desenho gravadas começam a aparecer concentre o jato d’água sobre ele pelo lado interno da matriz. Continue com esta operação até que todas as áreas do desenho estejam livres da emulsão e portanto totalmente abertas. Cuide para não aplicar excessiva pressão ao jato d’água, pois poderá causar danos a matriz. A revelação também não deve ser demorada pois isto pode provocar o inchamento prejudicando as linhas mais finas do desenho. Obs.: Caso a revelação seja feita em local distante proteja a tela da luz ambiente durante o trajeto até o local de trabalho. Quando submetida ao jato d’água pode-se trabalhar com luz normal. 8º Passo na confecção da matriz: retoques e acabamentos Certo que a matriz está bem revelada, com as áreas do desenho totalmente livres de emulsão, devemos proceder aos retoques e acabamentos. Para retocar a matriz, o que quase sempre é necessário utiliza-se bloqueador. Coloque a tela contra uma lâmpada ou mesmo sobre a mesa de luz acesa para que fiquem visíveis as pequenas falhas que por ventura existirem, e com um pincel ou espátula cubra estas falhas. Esse processo deve ser feito com a tela bem seca, para isso aconselhamos voltar a matriz depois de revelada para a fonte de luz, ou deixa-la exposta ao sol por aproximadamente 20 minutos, que, além de secar, solidifica os locais que ainda se encontram insuficientemente solidificados. Após o retoque faça o acabamento, que consiste em vedar as áreas próximas ao quadro, onde a aplicação de emulsão não foi possível. Utiliza-se para isso fita adesiva resistente ao tipo de tinta a ser usada. Serigrafia ou Silk Screen? Afinal, o que é a serigrafia então? Veja alguns exemplos do uso da serigrafia na indústria Veja uma comparação entre o Stencil e a Serigrafia O futuro da serigrafia Fotolito para serigrafia Como funciona o Silk Screen? Silk de cores solidas (chapadas) Silk Policromia Silk Simulado Revelação de tela para Silk Screen (Silk de cores chapadas, silk policromia e silk simulado) Depois de entendermos o processo de separação de cores, das artes a serem estampadas, vamos aprender o processo de revelação da tela para Silk Screen. O processo de serigrafia Silk Screen – O que é e como fazer? O que é serigrafia? 1º Desenho 2º Separação / seleção de cores 3º Impressão de fotolitos / negativos 4º Gravação de matrizes 5º Preparação dos insumos 6º Impressão 7º Secagem e cura das tintas 8º Limpeza dos equipamentos. Como gravar uma tela para serigrafia? Passo 1 da gravação de telas Passo 2 da gravação de telas Passo 3 da gravação de telas Passo 4 da gravação de telas Passo 5 da gravação de telas Passo 6 da gravação de telas Passo 7 da gravação de telas Passo 8 da gravação de telas Passo 9 da gravação de telas Passo 10 da gravação de telas Passo 11 da gravação de telas Passo 12 da gravação de telas Passo 13 da gravação de telas Passo 14 da gravação de telas Passo 15 da gravação de telas
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