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UNIDADE 2 - TECNOLOGIA GRÁFICA

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TECNOLOGIATECNOLOGIA 
GRÁFICAGRÁFICA
Me. Vanessa da S i lva Cardoso
IN IC IAR
introdução
Introdução
Quando o designer trabalha com materiais impressos – dependendo da
dinâmica da agência ou do escritório – a sua tarefa pode se estender para
a preparação dos arquivos para impressão e acompanhamento grá�co.
Conhecer os processos, tecnologias e atores envolvidos evitam
problemas para o designer e garantem melhores resultados �nais dos
produtos impressos.
Ao longo desta unidade, vamos nos debruçar sobre a etapa de pré-
impressão. Você conhecerá os fundamentos, os tipos de arquivos para
impressão e preparação de imagens e de cores. Também vamos estudar
alguns processos de impressão e as matrizes utilizada em cada tipo de
reprodução, suas características e usos e a in�uência no resultado �nal.
A pré-impressão é a primeira etapa depois que o trabalho sai do
escritório de design ou da agência de publicidade. Segundo André Villas-
Boas (2010), são quatro as grandes etapas para todos os tipos de
impressão:
Projetação;
Pré-impressão;
Impressão;
Acabamento.
Essas etapas, ainda conforme Villas-Boas (2010), envolvem outros
processos especí�cos e vários atores antes que o produto �nal chegue ao
cliente (alguns desses processos são feitos nas agências de publicidade
ou no escritório de design; outras, na grá�ca, podendo haver um terceiro
prestador de serviço em algumas etapas conhecidos como birôs), como
apresentado a seguir:
Fluxo do Trabalho Grá�coFluxo do Trabalho Grá�co
Projetação – é a etapa de desenvolvimento do projeto de design
ou da comunicação. Essa parte termina com o fechamento de
arquivos e envio para a grá�ca como veremos mais adiante.  
Pré-impressão – até recentemente, era o setor da grá�ca ou um
birô autônomo cuja função era a produção de fotolitos e, por
vezes, a digitalização e o tratamento de imagens. Com o advento
dos processos informatizados, a pré-impressão mudou sua
função, pois o fotolito não tem mais a mesma utilização.
Impressão – é a parte na qual as matrizes são colocadas na
máquina, o produto grá�co é impresso com ajustes e há o
acompanhamento dos operadores.
Acabamento – pode ser feito na grá�ca ou em empresas
especializadas. Inclui tudo o que é feito após a impressão e antes
do empacotamento e expedição dos impressos: cortes, re�le,
aplicação de vernizes e revestimentos, grampeamento,
encadernação etc.
Originais e Pré-impressão
Para compreender os processos executados na etapa de pré-impressão,
se faz necessário entender as características de cada original.
Conforme Daniele Luigli (2019), não faz muito tempo, os layouts
produzidos pelas agências e escritórios eram basicamente físicos. Os
designers usavam instrumentos e técnicas manuais, as fotogra�as eram
analéogicas e todo o processo era demorado e bastante técnico. Hoje, o
que predomina são os meios digitais da criação até boa etapa do
processo de manufatura dos produtos impressos. Atualmente, a escolha
de um tipo de original em relação a outro diz mais respeito a escolhas
estéticas e de conceito do projeto do que das limitações de reprodução
de uma determinada imagem.
Um desenho que tenha contornos de�nidos e um alto contraste entre
áreas coloridas, com uma cor física em cada área, recebe o nome de
original a traço ou arte a traço. Os originais nos quais percebemos uma
variação suave de tons - como luzes e sombras, texturas e profundidades
- damos o nome de meios-tons (VILLAS-BOAS, 2012).
Imagem em Meio-tom
A impressão de original a traço – pela característica de alto contraste
entre linhas e áreas de cor – é relativamente simples de ser reproduzida.
Já em uma imagem com meios-tons, é preciso simular a variação tonal
por meio de pequenos pontos, o que é um pouco mais complicado.
Segundo Villas-Boas (2010), esses pequenos pontos podem ser utilizados
em formatos variados obtendo-se bons resultados na reprodução da
variação tonal. Os pontos podem ter as seguintes formas:
Elipse - dependendo do tipo de equipamento de impressão, pode gerar
ótimos resultados para se reproduzir peles claras e mais escuras.
Redondo - mais usado em máquinas rotativas para trabalhos com alta
tiragem.
Quadrado - padrão da maioria dos programas grá�cos de computador.
Só é possível entender esses pontos como um tom contínuo pela
capacidade que nosso olho tem de misturar os pontos a uma certa
distância. Qualquer que seja a forma dos pontos, eles podem simular a
variação natural da cor e das formas e, quando organizados numa rede,
recebem o nome de retícula (VILLAS-BOAS, 2010).
Um dos principais problemas que as retículas podem apresentar na
impressão é a variação da forma e do tamanho do ponto. A esses
problemas, damos o nome de ganho de ponto. O ganho de ponto pode
causar entupimento de retícula, perda de detalhes, escurecimento das
imagens, problemas de legibilidade, falta de contraste etc. Não há como
evitar o ganho de ponto, mas é possível minimizar seus efeitos tratando
as imagens, usando papéis menos absorventes e lineatura adequada
(VILLAS-BOAS, 2010).
A lineatura diz respeito à quantidade de pontos que uma imagem contém
no espaço de uma polegada. O padrão da indústria grá�ca �ca entre 150
e 200 linhas por polegada, mas pode variar de acordo com o tipo de
papel (para evitar excessivo ganho de ponto) e grau de detalhamento que
a matriz de impressão permite (FERNANDES, 2003 apud LUIGLI, 2019).
Imagens Coloridas
As retículas podem reproduzir imagens fotográ�cas realistas em vários
processos de impressão. Para enxergar esses pontos utiliza-se uma lente
de aumento pro�ssional denominada conta-�os (Figura 2.1).
De acordo com Ambrose e Harris (2012), para produzir imagens coloridas
em um material impresso, estas precisam ser divididas em três –
tricromática (ciano, magenta e amarelo), acrescidas de preto – que
quando impressas formam quase todas as cores. Essas cores de
impressão primárias – referente ao modo de cor que chamamos de
Figura 2.1 - Conta-�o utilizado para enxergar os pontos de uma retícula.
Fonte: Markus Spiske / Unsplash.
síntese ou de subtrativas – são conhecidas pela sigla CMYK na qual C é o
ciano; M, o magenta; Y, o amarelo; e K, o preto. O modo CMYK também é
conhecido como escala europeia que determina que cada rede de pontos
(retícula) de cada cor será impressa em ângulos predeterminados
conforme a Figura 2.2.
As imagens para impressão devem sempre ser convertidas para a escala
europeia antes de serem enviadas para a impressão, pois o modo que as
cores são apresentadas em monitores e nas telas de modo geral não é
compatível com a saída de impressão.
Figura 2.2 - Retícula da escala europeia e os ângulos de cada cor.
Fonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2012).
saiba mais
Saiba mais
De acordo com o site Sala 7 design, o K da escala europeia vem da palavra
inglesa key cujo signi�cado é chave. Isso porque o preto de�ne o tom das
cores (mais escuras ou mais claras).
Fonte: Andrade (2016).
ACESSAR
https://sala7design.com.br/2016/06/falando-sobre-cores-entenda-o-que-e-cmyk-rgb-e-pantone.html
Antônio Collaro (2012) menciona que as experiências de Isaac Newton
revelaram que a luz do sol, chamada de luz branca, ao passar através de
um prisma de vidro, é dividida e as cores predominantes que se percebe
são:
Vermelho - Red em inglês;
Verde - Green em inglês;
Azul - Blue em inglês;
Dos termos em inglês, nasceu a sigla RGB para denominar a síntese
aditiva das cores. Aditivas porque ao somar todas as radiações,
observamos, como resultado, a luz branca (COLLARO, 2012).
O modo de cor RGB é capaz de produzir cores com mais luminosidade do
que o modo de cor CMYK que é limitado pelas características físicas dos
pigmentos. Por esse motivo, como relata David Bann (2010), nas etapas
do trabalho grá�co, desde o layout até a peça pronta, as cores aparecem
de maneiras diferentes. Para resolver esse problema, é utilizado o
processo de gerenciamento de cores.
Gerenciamento de Cores
Para gerenciar as cores nas diferentesetapas do processo de impressão,
o International Color Consortium (ICC) criou padrões que de�niram a
estrutura que deve funcionar em todas as plataformas para per�s de
cores. Dessa forma, pode-se preservar as cores em várias máquinas. Os
formatos de imagem mais comuns ( a saber: TIFF e JPEG) podem conter
per�s de cores incorporados. O padrão ICC facilita a troca de informações
entre os dispositivos de saída. Os per�s ICC são bastante usados na
conversão de RBG para CMYK. Softwares de edição, como o Photoshop e
o Indesign, disponibilizam os per�s ICC para os designers gerenciar as
cores das imagens em seus processos (BANN, 2010).
Fechamento de Arquivo
Quando o layout está pronto, o designer deve fechar o arquivo, ou seja,
preparar o arquivo para impressão. Isso evita problemas como troca de
fonte. Segundo Bann (2010), atualmente, os arquivos em PDF (Portable
Document Format) são padrão na visualização e na impressão de
arquivos antes feitos em outros programas. As fontes são incorporadas
aos PDFs, evitando, assim, problemas de licença ou de troca de fontes
quando forem para a grá�ca. O PDF/x é considerado mais con�ável que o
PDF comum, pois limita as informações no arquivo deixando apenas o
necessário para a gravação das matrizes.
Para que tudo corra bem na impressão, Bann (2010) orienta que o
arquivo receba algumas marcas, ou seja, elementos grá�cos que serão
impressos e que auxiliam a impressão e o acabamento, mas não
aparecem na peça �nalizada. Segundo o autor, as marcas principais são:
Marcas de corte – linhas �nas com pelo menos 3 mm de
comprimento que indicam o local do corte do impresso em suas
dimensões �nais.
Marcas de dobra – linhas �nas tracejadas que indicam onde as
dobras devem ser feitas.
Marcas de registro – orientam a posição de cada cor para que,
sobrepostas, elas formem a cor desejada.
Barra de controle (ou tira de controle ou tira de cor) – são barras
coloridas para que o grá�co possa avaliar a quantidade de tinta e
a intensidade da umidade, por exemplo, durante o processo de
impressão.
Sangramento (ou sangrias) – linhas �nas com pelo menos 3 mm
de comprimento que determina a área até onde o elemento
sangrado será impresso. Uma imagem sangrada é aquela que
ultrapassa o limite da folha e sofre cortes durante o acabamento.
Ela é utilizada para se evitar que apareça o fundo do papel nas
bordas – como uma linha �na ao redor da imagem – após o corte
no formato �nal do material tirando a sensação de que a
imagem ultrapassa a margem do papel.
Na Figura 2.3, a imagem recebeu todas as marcações para impressão.
Mesmo depois do arquivo fechado para a impressão, pode acontecer
problemas que comprometem a qualidade do impresso. Por esse motivo,
de acordo com Luigli (2019), existe o processo de pré-impressão. Esse
setor é responsável pela "confecção e avaliação de testes e produção das
matrizes que serão insumos para o processo de impressão" (LUIGLI,
2019, p. 79).
O processo de avaliação e de teste envolve a análise dos arquivos em PDF
e a confecção das provas de impressão para testar imagens, cores e
outros (LUIGLI, 2019).
Provas de Impressão
Quando o layout está pronto, o designer deve fechar o arquivo, ou seja,
preparar o arquivo para impressão. Isso evita problemas como troca de
fonte. Para evitar qualquer problema no original, antes da gravação de
matrizes ou da impressão, é feita uma prova de impressão, ou seja, um
protótipo do trabalho a ser impresso a partir de um arquivo digital que
Figura 2.3 - Imagem pronta para impressão com marcações
Fonte: Adaptada de Mark Harpur / Unsplash.
serve como guia tanto ao cliente quanto ao impressor. Existem vários
tipos de prova, as mais relevantes de acordo com artigo do site Futura
Press (2016) são:
Provas de layout - usadas para veri�car diagramação e ortogra�a,
normalmente em preto e branco e em papel comum.
Provas de imposição - também em P&B, usadas na veri�cação da
imposição de páginas.
Provas de cor - tornam possível conferir o gerenciamento das cores de
imagens e outros erros, sendo a referência de cores para a produção. A
prova de cor pode ser de dois tipos: prelo – reproduz o processo de
impressão tradicional, com uma matriz semelhante ao fotolito , sendo
mais �el, portanto, à impressão o�set, porém, de modo mais caro e
trabalhoso – e a prova digital que, atualmente, é a mais usada, feita em
equipamento de alta de�nição calibrado para que o seu per�l seja o
mesmo da impressora o�set, resultando em uma prova impressão mais
precisa.
Prova eletrônica (soft proof) - Em alguns casos, devido à distância e o
tempo, utiliza-se a prova eletrônica em PDF. Esta serve para conferir o
layout, as imagens e as paginações. Essa prova, contudo, não serve como
prova de cor, pois os monitores apresentam variações e não são
calibrados com os monitores da grá�ca.
Matrizes para Impressão
Toda a impressão se origina de matrizes feitas a partir de um original. As
matrizes podem ser físicas ou virtuais. As virtuais derivam de processos
digitais ou híbridos (VILLAS-BOAS, 2012).
As matrizes físicas se originam de processos mecânicos e, conforme Luigli
(2019), são objetos palpáveis, que podem, ainda, serem classi�cadas
como: relevográ�cas, encavográ�cas e permeográ�cas. Cada uma delas
tem características próprias e é aplicada em diferentes processos:
As matrizes relevográ�cas são aquelas que apresentam a
imagem em relevo mais alto em relação aos espaços negativos
(sem impressão), com se fosse um carimbo. As planográ�cas
apresentam tanto a imagem quanto o espaço negativo no
mesmo plano, alterando-se apenas a receptividade de cada
uma dessas áreas para a tinta. Esse é o conceito que �cará
mais claro quando falarmos de impressão o�set. As matrizes
encavográ�cas são aquelas que apresentam a imagem em
baixo-relevo em relação ao espaço vazio. Finalmente, as
matrizes permeográ�cos são as que apresentam a imagem e
o espaço negativo no mesmo plano, porém somente permite a
passagem da tinta na área da imagem (LUIGLI, 2019, p. 86,
grifos do autor).
As matrizes recebem diversos nomes de acordo com o processo, com o
material ou com seu aspecto físico: chapa (o�set), cilindro ou forma
(rotogravura), tela (serigra�a), borracha (�exogra�a), rama e cliché
(tipogra�a) (VILLAS-BOAS, 2012).
Produção das Chapas
As chapas o�set podem produzidas pelo método fotográ�co, com a
utilização de fotolitos, ou por gravação digital, com a utilização do
processo CtP (Computer to Plate) (VILLAS-BOAS, 2010).
Segundo Villas-Boas (2012), as chapas são produzidas dentro das
próprias grá�cas para �ns de adequação aos maquinários. A aparência
da chapa pode variar de acordo com o grau de sensibilidade, com os
produtos químicos utilizados e com o modelo da impressora. As chapas
têm coloração diferentes de acordo com as especi�cações técnicas. Elas
podem ser: acinzentadas, azuladas, esverdeadas ou amareladas.
Atualmente, a popularização e a agilidade do processo CtP vêm tornando
o fotolito um processo obsoleto, mas é importante que se conheça todos
os processos:
Fotogravura - utiliza fotolitos e as chapas, no geral, são de alumínio. Tem
custo relativamente baixo e já está embutido no orçamento cobrado pela
grá�ca. É produzida em um equipamento chamado gravadora ou prensa
de contato que, colocado sob o fotolito, adere a ele por vácuo. Depois, é
feita a gravação, ou seja, a exposição à luz para que as imagens do
fotolito passem para a chapa. Deve-se observar o tempo adequado de
exposição para evitar problemas com meios-tons. Após a gravação (ou
sensibilização), é feita a revelação, que é quando a chapa recebe um
banho com reagentes para formar as imagens e as contraformas.
Dependendo do fotolito, a chapa pode ser negativa ou positiva (que é o
tipo mais comum de fotolito) (VILLAS-BOAS, 2012).
CtP - Computer to Plate (produção digital de chapas) - processo no qual
as chapas virgens são gravadas diretamente do arquivo digital por meio
de feixes de laser direcionado pelo computador usandoo equipamento
denominado Plateseter. Não exige formatação especí�ca dos arquivos,
apenas cuidados normais de saída de impressão (VILLAS-BOAS, 2012).
CtPress - Computer to Press - é um tipo especí�co de CtP usado nas
impressões em o�set digital. Nesse processo, as matrizes (formadas por
�nas camadas de silicone) são produzidas na própria impressora e na
chapa especial para esse tipo de impressão (VILLAS-BOAS, 2012).
Cada tipo de matriz é adequado a um ou mais tipos de impressão. Nos
próximos tópicos, trataremos dos processos de impressão que utilizam
matrizes do tipo planográ�cas, relevográ�cas e permeográ�cas.
praticar
Vamos Praticar
As matrizes de impressão contêm elementos que servem como indicações que
são transmitidas para a folha na hora da impressão. Essas marcas, porém, não
aparecem no produto �nal após etapa de acabamento (VILLAS-BOAS, 2010).
Para que servem essas indicações e em qual etapa do processo de impressão
elas devem ser inseridas?
VILLAS-BOAS, André. Produção grá�ca para designers. Rio de Janeiro: 2AB,
2010.
a) Para não haver confusão sobre qual trabalho está sendo impresso.
Elas são inseridas pouco antes da entrada de máquina direto na chapa.
b) Para especi�car o tipo de retícula para que o operador saiba em qual
máquina o trabalho deve ser feito. A informação é inserida na revelação
do fotolito.
c) Para indicar o tamanho da “boca de máquina” para que o formato
certo seja inserido na impressora. São inseridas quando da gravação das
matrizes.
d) Para orientar o sentido da impressão para que seja ousado o sentido
da �bra do papel evitando rasgos. São inseridas no processo de
impressão e retiradas no acabamento
e) Para facilitar a operação durante e após a impressão, alinhar as cores,
para orientar o corte da sangra, por exemplo. São inseridas durante o
processo de fechamento de arquivo.
O sistema planográ�co recebe esse nome, pois sua matriz é plana não
havendo diferença entre a área com e sem imagem. A impressão
acontece pelo processo de repelência entre a água e a gordura
(COLLARO, 2012).
Dentre os processos de impressão planográ�ca, destacamos a impressão
o�set, um dos tipos mais utilizadas de impressão, principalmente em
papel, e os processos eletrográ�cos, sendo que alguns desses últimos já
caíram em desuso com o avanço da tecnologia.
Impressão o�set
A impressão o�set é uma evolução da impressão litográ�ca. A litogra�a
surgiu em 1796 e se baseava na repulsão entre materiais gordurosos e
água (COLLARO, 2012).
Processos de Impressão -Processos de Impressão -
Impressão Planográ�caImpressão Planográ�ca
O processo logo �cou popular pela boa qualidade de impressão que
proporciona e foi aperfeiçoado como a�rma Villas-Boas (2012):
Quando criada, em �ns do século 18, a litogra�a se utilizava de
uma matriz de pedra polida sobre a qual o papel era
pressionado, com os elementos para reprodução registrados
na pedra por substâncias gordurosas. Quando a pedra era
umedecida, áreas gordurosas repeliam a água e recebiam a
tinta, também gordurosa e viscosa, de forma a permitir a
reprodução [...]. A água das demais áreas impediam que a
tinta se espalhasse. [...] Anos mais tarde, já no século 19, a
matriz litográ�ca passou a ser feita em metal, podendo assim
assumir a forma cilíndrica e tornando o processo rotativo,
dando origem a litogra�a industrial. [...] No entanto, era um
processo de aplicação trabalhosa, pois se utilizava da
impressão direta – ou seja, o suporte tinha contato direto com
a matriz. Não é difícil imaginar os problemas que o contato
direto do papel com a chapa metálica umedecida causava. [...]
era comum as cópias se deslocarem e mesmo colarem umas
às outras. [...]. A solução [...] só foi adotada no início do século
20: a conversão da impressão direta em indireta, inserindo-se
um elemento que �ltrasse o excesso de água e tinta entre a
matriz e o papel. Nessas máquinas aperfeiçoadas, o
mecanismo foi logo conhecido como o�set litography – ou,
simplesmente, o�set. Nascia, então, um outro processo de
impressão (VILLAS-BOAS, 2012, p. 62-63).
Dentro desse novo processo criado, destacamos seis elementos básicos,
conforme Villas-Boas (2012):
chapa;
blanqueta;
suporte;
o cilindro de pressão;
a tinta;
a água.
O processo de impressão, conforme Luigli (2019), envolve cinco etapas: a
geração das matrizes; a umidi�cação das áreas negativas da matriz pelos
rolos de molhagem; a passagem da matriz pelos rolos que foram
entintados para reunir a tinta nas áreas da imagem (lipo�lia); o contato
da matriz com a blanqueta, que é entintada nas áreas a serem impressas,
e, por �m, a blanqueta é pressionada contra o papel imprimindo a
imagem.
Apesar da qualidade de impressão, o o�set é bastante instável exigindo
ajustes e cuidados frequentes com o nível de umidade e de tinta. Os
problemas que podem surgir ao longo do processo de impressão são:
falhas e borrões;
variações na tonalidade das cores ao longo da impressão;
decalcagem - ou seja, a imagem de uma folha úmida mancha ou
cola no verso da folha seguinte ocasionado pelo excesso de tinta.
As máquinas de o�set são capazes de produzir de 4 a 15 mil impressos
por hora, quando alimentadas por folhas individuais, ou até 45 mil cópias
por hora, se alimentadas por bobinas contínuas de papel (COLLARO,
2012).
O�set Planas
As impressoras o�set podem ser planas ou rotativas. A diferença entre
elas é que as planas utilizam folhas soltas de papel e as rotativas usam
bobinas. Esta, entretanto, é apenas a parte mais visível entre os dois tipos
de impressoras que têm peculiaridades no que diz respeito à velocidade
da impressão nos papéis com os quais cada uma trabalha, à qualidade do
resultado e aos custos. As rotativas são utilizadas para altas tiragens
enquanto as máquinas planas são apropriadas para tiragens médias e
pequenas. A maior parte dos projetos de design grá�co usa máquinas
planas.
Conforme Villas-Boas (2012), as máquinas planas podem ser de pequeno,
médio e grande porte:
Pequeno o�set (multilith) – são máquinas planas de mesa que
produzem materiais de baixo custo em formatos ofício e duplo ofício; não
imprimem meios-tons ou áreas chapadas acima de 1 cm²; podem
imprimir monocromias ou bicromias muito simples.
1. Máquinas de ¼ de folha de última geração – formato médio de
folha 52 x 36 cm, imprimem em policromia que alcançam
velocidades relativamente altas com boa qualidade de
impressão, equipadas com controle informatizado. Uma das
vantagens é a velocidade no acerto de máquina reduzindo os
custos. Combina tiragens baixas a custos competitivos com a
qualidade da impressão o�set, funcionando assim como
alternativa à impressão digital.
2. Meia-folha e grande porte – A diferença consiste no tamanho
do papel. Enquanto a de meia folha precisa de pré-corte, a de
grande porte elimina essa etapa. Além disso, a de grande porte
tem uma qualidade de impressão excelente em grandes tiragens
e pouca necessidade de ajustes de máquina durante o processo,
ao contrário da meia-folha. Utilizadas principalmente em design
promocional, mas, também, são uma alternativa para produção
Figura 2.4 - Impressora plana 
Fonte: Bank Phrom / Unsplash.
de livros de curta tiragem. Algumas máquinas de grande porte
imprimem nos dois lados, mas não são tão comuns.
Impressão Eletrográ�ica
Eletrográ�cos são todos os processos que envolvem eletricidade estática
ao transferir o pigmento da matriz para o suporte. Esses pigmentos são
produzidos em pó ou líquido com carga eletrostática e são chamados de
toner. Diferem dos processos digitais tanto em mecanismos quanto em
insumos.
Eletrogra�ia
O termo eletrogra�a também é utilizado para denominar os processos
eletrográ�cos em geral.
A eletrogra�a também conhecida com Eletrofax, marca registrada da RCA
que desenvolveu essa variação do processo. A eletrogra�a foi muito
utilizada por birôs de grá�ca rápida para a execução de trabalhos de
médio porte devido ao custo-benefício para projetos com grande
quantidade de texto e urgênciade prazos. A partir da década de 1990, o
processo passou a ser aplicado em plotters eletrostáticos na produção de
banners, displays e painéis competindo com os plotters a jato de tinta
(VILLAS-BOAS, 2012).
O que faz a diferença na eletrogra�a é o tratamento do papel. Nesse
processo, segundo Villas-Boas (2012):
O papel eletrostático recebe dois tratamentos. O primeiro
transforma em condutor de eletricidade para permitir a
dissipação das cargas eletrostáticas que ocorreram durante a
impressão. A segunda é um revestimento à base
principalmente de óxido de zinco o que o torna fotossensível. O
processo se dá a partir da exposição do papel à luz e do
re�exo da imagem do original carregando eletrostaticamente
apenas aquela áreas que serão reproduzidas. O toner adere a
essas áreas, de�nindo a imagem no papel. Ela então é �xada
em de�nitivo por efeito térmico (o que se torna dispensável
quando do uso de toner líquido) (VILLAS-BOAS, 2012, p. 84).
Xerogra�ia
A xerogra�a é um processo eletrográ�co que, conforme Villas-Boas
(2012), foi amplamente utilizado nos anos 1990 em tiragens pequenas de
monocromias. Principalmente para pequenos livros e brochuras. A
xerogra�a foi sendo abandonada como processo de impressão industrial
que apresenta maior �delidade de reprodução, velocidade e qualidade
dos impressos.
Termotransferência Sublimática
A passagem de uma matéria do estado sólido direto para o gasoso é
chamada de sublimação. Na impressão por sublimação (dye sublimation
ou transfer sublimático), é a tinta que passa do estado sólido para o
gasoso, por meio do aumento de temperatura e de pressão, e �xa no
suporte. Esse processo pode ser feito de maneira direta – na qual o �lme
de tinta passa para o papel – ou indireta que necessita do papel
sublimático impresso. Nesse processo, também, existem as máquinas
planas ou rotativas (LUIGLI, 2019).
praticar
Vamos Praticar
O processo planográ�co, conforme Luigli (2019), é conhecido por utilizar
matrizes em que tanto as áreas que receberão tinta quanto as que não
receberão estão no mesmo plano, ou seja, não utilizam nem baixo e nem alto-
relevo. Das alternativas a seguir, qual corresponde a uma das diferenças entre
os processos diretos e indiretos na impressão planográ�ca? Qual a vantagem
do processo indireto em relação ao direto?
LUIGLI, Daniele. Produção publicitária impressa. Curitiba: InterSaberes, 2019.
a) O processo direto elimina a necessidade de matriz, porém, não
permite a correção de algum erro durante o processo. Na impressão
indireta, as correções são mais rápidas e mais baratas.
b) A impressão direta é feita diretamente do computador, porém, a
qualidade do resultado impresso é inferior ao processo indireto.
c) Na impressão direta, o papel entra em contato direto com a matriz
entintada; já na indireta, a matriz passa a tinta para o cilindro revestido
de borracha tendo como vantagem eliminar o excesso de tinta e o atrito
do papel com a matriz metálica.
d) A impressão direta utiliza rolos revestidos com borracha o que deixa a
impressão mais lenta. O processo de impressão indireta utiliza cilindros
o que agiliza o trabalho.
e) Na impressão direta, a tinta é aplicada diretamente na matriz o que
confere uma qualidade muito superior, porém, o processo indireto é
muito mais barato se comparar o tempo do trabalho e o valor das
matrizes.
Como vimos anteriormente, a impressão permeográ�ca é aquela que
utiliza matrizes com características semelhantes às planográ�cas, mas
que só permitem a passagem da tinta na área da imagem (LUIGLI 2019).
Serigra�ia (silk-screen)
De acordo com Collaro (2012), a serigra�a é um processo milenar
utilizado por chineses e japoneses na impressão de tecidos. Atualmente,
é usada como forma de arte ou em trabalhos com os mais variados
materiais, inclusive, os tridimensionais.
Outra vantagem desse tipo de impressão, conforme destaca Villas-Boas
(2012), é a grande variedade de texturas, de densidades e de tintas
gerando resultados diferenciados que podem ser opacos, transparentes,
com relevos, foscos, brilhosos, cintilantes, aveludados ou
emborrachados.
Processos de Impressão -Processos de Impressão -
Impressão Permeográ�caImpressão Permeográ�ca
O processo consiste em aplicar um líquido fotossensível sobre uma tela
de nylon e sensibilizar com a luz as áreas nas quais não têm imagens,
vedando a trama e deixando passar a tinta nas áreas que queremos com
a imagem a ser impressa (COLLARO, 2012).
Luigli (2019) resume esse processo da seguinte maneira: a tela já gravada
é posicionada na mesa (ou no berço de serigra�a) sobre o suporte; aplica-
se a tinta sobre a tela com o auxílio do rodo; a tinta passa pela parte não
emulsionada e imprime a imagem no suporte e, como complementa
Villas-Boas (2012), cada cor impressa necessita de uma tinta e uma tela
diferentes.
Embora seja possível imprimir meios-tons e policromias utilizando
equipamentos de última geração, com exceção da impressão em tecidos,
muitos fornecedores que trabalham junto à área do design ainda
trabalham com semiautomáticos e manuais mais adequados para artes a
traço. A qualidade do produto �nal depende da densidade da trama do
nylon ou do poliéster – quanto menor a trama, mais detalhada e precisa
pode ser a impressão; quanto mais aberta a trama, menor a de�nição
que será obtida. Além disso, são fatores determinantes para a qualidade
da impressão: o equipamento, a quali�cação da mão de obra e o original
(VILLAS-BOAS, 2012).
A impressão por serigra�a pode ser feita com equipamentos simples
(apenas uma tela e uma mesa de luz) ou equipamentos mais so�sticados
dos quais fala Villas-Boas (2012). Os equipamentos rotativos são
amplamente utilizados na impressão de tecidos, mas as novas máquinas
permitem o uso em outros suportes. Nesses equipamentos mais atuais,
ao invés de nylon se usa a trama de níquel, que pode ser moldada em
formato cilíndrico. A tinta �ca dentro do cilindro e é transferida para o
suporte por pressão de rodos, raclas ou varetas, também localizadas
dentro do cilindro. A serigra�a rotativa permite o processo híbrido
(associado ao o�set e a  �exogra�a), direcionadas ao uso de cores
especiais ou de efeito só obtidos por meio da serigra�a. Esse recurso é
usado em grandes tiragens e projetos especiais (VILLAS-BOAS, 2012).
praticar
Vamos Praticar
“No design grá�co, o que determina a escolha pela serigra�a é, em geral, a
pequena tiragem e/ou o suporte no qual será feita a impressão, dada a
versatilidade do processo”.
VILLAS-BOAS, André. Produção Grá�ca para Designers. Rio de Janeiro: 2AB,
2010.p.85
saiba mais
Saiba mais
O processo de serigra�a, de acordo com Luigli (2019, p. 99), também é
conhecido como silk-screen por causa do material originalmente utilizado na
confecção das matrizes (silk = seda, screen = tela em inglês). Atualmente, as
telas mais usadas são de nylon e de poliéster presas a um bastidor de
madeira ou metal. Esse processo era originalmente artesanal, usado na
gravura e, mais tarde, passou a ter aplicações industriais. Nos dias de hoje, a
serigra�a ainda é utilizada tanto de maneira artesanal quanto industrial.
ASS I ST IR
Considerando o processo serigrá�co, escolha a alternativa que traz fatores que
estão diretamente relacionados com a qualidade da reprodução.
a) A densidade da trama do nylon ou do poliéster utilizado na tela e a
qualidade da mão de obra utilizada.
b) O tipo de substrato e a umidade do ar determinam a qualidade e a
durabilidade da impressão.
c) A qualidade da tinta, mais viscosa ou mais aguada, vai determinar o
tipo de cobertura e, consequentemente, a qualidade da reprodução.
d) O tipo de retícula utilizado, pois a serigra�a não pode reproduzir
policromia, apenas artes a traço.
e) O uso do plotter de corte eletrônico que permite produção de telas de
melhor qualidade e emulsões mais resistentes à luz.
As matrizes relevográ�cas são aquelas que apresentam a imagem em
relevo mais alto em relação aos espaços negativos (sem impressão),com
se fosse um carimbo (LUIGLI, 2019). Nessa categoria, está incluída a
tipogra�a que, atualmente, é utilizada com �ns artísticos ou como resgate
da memória da imprensa.
Outro processo também considerado relevográ�co é a �exogra�a que é
aplicada em grande escala, mas é um processo igualmente simples como
o carimbo (LUIGLI, 2019).
Flexogra�ia
A �exogra�a é um processo de impressão direta e rotativa. Por ser um
processo simples, tem baixo custo de produção e o produto �nal tem
qualidade também baixa, apresentando falhas e borrões nos impressos
(LUIGLI, 2019).
Processos de Impressão -Processos de Impressão -
Impressão Relevográ�caImpressão Relevográ�ca
O processo de produção de matrizes evoluiu em termo de materiais:
antes era utilizada a borracha e, atualmente, se utiliza o fotopolímero
fotossensível, como a lâmina de fotolito, com processo de gravação
semelhante conforme apresenta Luigli 2019:
A gravação do fotopolímero é semelhante à do fotolito – uma
camada de polímero viscoso é coberta pela arte-�nal invertida
na cor preta e exposta a luz. As áreas expostas à luz
endurecem, enquanto as protegidas pela cor preta
permanecem líquidas e são lavadas. (LUIGLI, 2019, p.95)
Ao �nal da gravação, temos uma imagem em alto-relevo acentuado. Com
a matriz pronta, a impressão é feita, conforme Luigli (2012), nas seguintes
etapas: a matriz reveste o cilindro no equipamento de impressão; o
cilindro é pressionado contra a almofada umedecida com a tinta (um
cilindro macio e entintado); o substrato passa entre os dois cilindros
fazendo a impressão da parte em relevo da matriz. (FERNANDES, 2003
apud LUIGLI, 2019)
Flexogra�ia Rudimentar
Empregada principalmente em embalagens de estocagem ou transporte
de produtos grandes ou em produtos de baixo valor de mercado.
Em alguns casos, as matrizes são confeccionadas com recorte e colagem
manual. Nos processos rudimentares, os problemas saltam aos olhos:
alto índice de squash, falhas nos chapados, contornos altamente
irregulares, além da limitação a monocromias, emendas visíveis.
Flexogra�ia Convencional
Esse tipo de �exogra�a ainda tem espaço no mercado com aplicação em
embalagens de grande tiragem que não exijam muita qualidade como:
produtos de limpeza, produtos descartáveis, alimentícios e sacolas
plásticas, tendo desempenho razoável para suportes irregulares, �exíveis
ou tridimensionais. Possui baixa qualidade em artes de meio-traço devido
ao ganho de ponto ser muito grande. Também tem desempenho ruim
com originais muito detalhados. As máquinas convencionais podem
imprimir até 12 cores ao mesmo tempo, o que é um enorme ganho em
produtividade, e utilizam pigmentos de anilina ou tintas a base de água
ou álcool. Esse tipo de tinta diminui a durabilidade do impresso (VILLAS-
BOAS, 2012).
Um dos principais problemas que ocorrem na �exogra�a é o chamado
squash – que consiste no excesso de tinta nos contornos da forma e
falhas na sua parte interna – e está diretamente relacionado com a
qualidade da impressora.
Nos processos convencionais, podem ser usados alguns recursos – como
caso do trapping e da sobreimpressão – para melhorar a qualidade da
impressão. Segundo Ambrose e Harris (2009), o recurso de trapping é
utilizado para garantir o registro dos elementos justapostos evitando o
Figura 2.5 - Exemplo de impressão com squash
Fonte: Silva (2019)
aparecimento de espaços em branco. O trapping pode ocorrer por
sobreposição (overprint) ou reserva de cor (knockouts). No trapping por
overprint, a imagem que �ca em cima recebe um contorno maior para
sobrepor a camada abaixo; enquanto que no trapping por knockouts, o
desenho da camada de baixo tem um contorno maior para que a camada
que vier a seguir tenha um encaixe facilitado.
Flexogra�ia de Última Geração
A última geração do processo de �exogra�a está diretamente ligada ao
desenvolvimento das matrizes – com alta precisão nos ângulos dos
relevos e a substituição das borrachas planas pelas cilíndricas,
conhecidas como sleeves ou camisas –, das tintas e dos equipamentos.
Essas inovações permitiram uma melhor resolução das imagens
impressas em meio-tom e policromia e diminuem o ganho de ponto e o
squash. Finalmente, o uso de suportes menores em polímeros e outras
simpli�cações no mecanismo, excluindo o cilindro tinteiro, por exemplo,
permitindo o usa das tintas U.V. para diminuir a evaporação dos
pigmentos com re�exos na densidade da impressão (VILLAS-BOAS, 2012).
praticar
Vamos Praticar
Devido à sua �exibilidade, a impressão por �exogra�a, de acordo com Villas-
Boas (2010), tem como desvantagem uma instabilidade causada pela rotação
do cilindro e pela própria movimentação dos mecanismos de impressão.
Prevendo esses contratempos, utiliza-se o trapping como recurso para layout.
Esse recurso consiste em:
VILLAS-BOAS, André. Produção Grá�ca para Designers. Rio de Janeiro: 2AB,
2010.
a) Reduzir a lineatura, sem meios-tons nem gradientes.
b) Incluir sobreposição de tintas quando houver encontro de cores
diferentes nos limites dos elementos grá�cos.
c) Vazar os fundos escuros quando houver elementos pequenos mais
claros para encaixe perfeito.
d) Eliminar grandes chapados, que tendem a ter falhas, devido à má
distribuição da tinta.
e) Eliminar serifa das fontes com corpos pequenos.
indicações
Material Complementar
LIVRO
Mestres da Serigra�ia: Técnicas e
Segredos dos Melhores Artistas
Internacionais da Impressão Serigrá�ica
Editora: GG
Autores: Dolly Demoratti, John Z. Komurki e Luca
Bendandi
ISBN: 9788584521289
Comentário: Se você se interessou pelo tópico
sobre serigra�a e tiver interesse em testar as
técnicas discutidas aqui, leia esse guia prático sobre
o processo. Ele contempla desde a compra dos
materiais, a preparação das matrizes até a
impressão e acabamentos. A obra traz exemplos de
trabalhos de serígrafos experientes e renomados
com dicas dos mestres.
conclusão
Conclusão
Ao �m dessa unidade – que aborda conhecimentos sobre pré-impressão,
matrizes e sobre os processos de impressão conhecidos como impressão
planográ�ca, permeográ�ca e �exográ�ca – você pôde ampliar sua visão
acerca dos temas levantados e re�etir a respeito das escolhas que o
designer deve fazer em projetos de comunicação grá�ca impressa. Ao
longo dos tópicos você aprendeu sobre:
tipos de originais e a adequação para cada tipo de impresso;
gerenciamento de cores e imagens;
preparação e fechamento de arquivos para impressão;
para que serve e como funciona a pré-impressão;
tipos, características e processos de confecção de matrizes;
processo de impressão como o�set, serigra�a, eletrogra�a e
�exogra�a, suas características, adequações, vantagens e
desvantagens.
referências
Referências Bibliográ�cas
AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. Dicionário visual de design grá�co.
Trad. Edson Furmankiewicz. Porto Alegre: Bookman, 2009.
AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. Fundamentos do design criativo. Trad.
Aline Evers. Porto Alegre: Bookman, 2012.
ANDRADE, Felipe. Falando sobre cores: entenda o que é CMYK, RGB e
pantone. 2016. Disponível em:
<https://sala7design.com.br/2016/06/falando-sobre-cores-entenda-o-
que-e-cmyk-rgb-e-pantone.html>. Acesso em: 17 ago. 2019.
BANN, David. Novo manual de produção grá�ca. Trad. Aline Grodt.
Porto Alegre: Bookman, 2010.
COLLARO, Antônio Celso. Produção grá�ca: arte e técnica da direção de
arte. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
LUIGLI, Daniele. Produção publicitária impressa. Curitiba: InterSaberes,
2019.
PROVA DE. Prova de Impressão: por que é necessária?. Disponível em:
<https://www.futuraexpress.com.br/blog/prova-de-impressao-por-que-e-
necessaria/> Acesso em: 21 jul. 2019.
VILLAS-BOAS, André. Produção grá�ca para designers. Rio de Janeiro:
2AB, 2010.
IMPRIMIR
https://sala7design.com.br/2016/06/falando-sobre-cores-entenda-o-que-e-cmyk-rgb-e-pantone.html
https://www.futuraexpress.com.br/blog/prova-de-impressao-por-que-e-necessaria/

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