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NEOPLASIAS DE PULMÃO E LARINGE Neoplasia = crescimento de um novo, uma nova formação de uma massa pulmonar podem ser benignas ou malignas (95% das neoplasias do pulmão). Carcinoma: neoplasias epiteliais pulmonares malignas. Etipatogênse do carcinoma broncopulmonar: fatores ambientais e alterações genômicas. Fatores de risco: tabagismo (contém mais de quatro mil substâncias nocivas), poluição atmosférica com substancias carcinogênicas (arsênico, cobre, cádmio e ácido sulfúrico), riscos industriais (radiação ionizante que produz radicais livres danosos ao epitélio e substâncias cardiogênicas), inflamação crônica (células inflamatórias agredindo o epitélio do brônquio e esse deve ser renovado por mitose constantemente), alterações genômicas (mutações em determinados genes pela exposição ou pela genética) mutação em oncogêneses ou em gene supressor e história familiar (risco 2,5x maior). Lesões pré-cancerosas: são alterações estruturais nas células que aumentam o risco do desenvolvimento da neoplasia. Exemplo de carcinoma de células escamosas: epitélio do brônquio: pseudoestratificado colunas ciliado com células caliciformes os fatores de risco sã capazes de lesar o epitélio ocorrendo a metaplasia escamosa: epitélio passa a ser estratificado pavimentoso/escamoso com perda de cílios e muco se os fatores de risco continuarem terá displasia (atipias) (alterações genotípicas e fenotípicas por mutações no DMA da célula – dentro no epitélio). acentuação das atipias dentro do epitélio gerando o carcinoma in situ que pode romper a membrana basal e provocar um carcinoma invasor. Exemplo com hiperplasia adenomatosa atípica – adenocarcinoma: alterações estruturais das células que revestem os septos alveolares. Topografia (onde pode estar localizado): central ou hilar (está próximo a região do hilo do pulmão -> brônquio primários, alguns secundários e parte distal da traqueia – é visível à broncoscopia e está relacionado a parede de via aérea: carcinoma de células escamosas e carcinoma de pequenas células as células neoplásicas ficam soltas e pouco coesas e podem descamar nas secreções: escarro e LBA), periférico (tumor longe do hilo e próximo a superfície pleural e no interior do parênquima: afeta brônquios distais, bronquíolos e alvéolos – comumente aparece em exames de imagem – muitas vezes infiltra a pleura gerando um acometimento pleura: pode descamar células na pleura derrame pleural neoplásico): adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. Em ordem, do melhor pro pior prognóstico: carcinoma de células escamosas (20%), adenocarcinoma (38%), carcinoma de grandes células (3%) e carcinoma de pequenas células (14%). CARCINOMA DE CELULAS ESCAMOSAS Também conhecido com carcinoma epidermoide e carcinoma espinocelular. É mais comum em homens. Localização geralmente central (muita associação com tabagismo). Melhor prognóstico: crescimento lento, metástases para linfonodos regionais, disseminação hematogênica é mais tardia. Macroscópia: tumor que está surgindo da parede da mucosa de traqueia e brônquios mucosa que reveste a luz dos brônquios/traqueia se espessa posterior formação de massa neoplásica com crescimento na luz do brônquio e/ou para o parênquima e mediastino é um tumor com coloração brancacenta e é endurecido (por causa do estroma que sustenta as células neoplásicas) possui focos de necrose (as células crescem e se proliferam muito rapidamente porem os vasos sanguíneos não, então não são nutridos), hemorragia e cavitações em consequência da necrose e com tamanho variado. Microscopicamente: proliferação das células escamosas atípicas com graus variáveis de atipia e ceratinização (a célula escamosa produz ceratina no interior do citoplasma e também de forma extracelular formando pérolas córneas). ADENOCARCINOMA PULMONAR Adeno: se refere a formação de glândulas. Neoplasia maligna com diferenciação glandular e produção de mucina. Mais comum em mulheres e em não fumantes. Localização geralmente mais periférica. Origem a partir de mutações das das células claviformes (células epiteliais colunares não ciliadas) ou de pneumócitos tipo II que revestem os septos alveolares. Metástases são mais frequentes se comparado com CCE. Macroscopia: lesão tumoral solida, de tamanhos variados e limites não definidos coloração marfim (brancacenta) e aspecto brilhante por conta do muco produzido pode sofrer necrose, hemorragia ou infecção secundária. Microscopia: proliferação de células com graus variáveis de atipia formando estruturas tubulares (glandulares). OBS: Adenocarcinoma de padrão lepídico – é um subtipo: antes chamado de carcinoma bronquíolo-alveolar surge do epitélio de bronquíolos e alvéolos e acompanha esse epitélio espessando esses septos com células de várias atipias diferente do convencional que forma uma massa então seu crescimento é ao longo dos septos alveolares. Macroscopia: forma localizada ou difusa/generalizada. Microscopia: proliferação de celular colunares ou cuboides com atipia ao longo da parede dos septos. CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS É um tumor indiferenciado (não se sabe de onde surge) e de comportamento agressivo favorece a disseminação. Geralmente periférica de localização subpleural. Macroscopia: tumor grande, volumoso, coloração branco acinzentada, com área de necrose e hemorragia. Microscopia: células grandes, atípicas, núcleo central e volumoso (nucléolo evidente): células anaplásicas (diversos formatos e tamanhos distintos) forma uma grande massa. CARCINOMA DE PEQUENAS CELULAS Também conhecido com Oat cell (grão de aveia) carcinoma Muito associada ao tabagismo. Localização preferencialmente central É indiferenciado e cresce rapidamente é altamente agressiva com altas taxas de metástase (inclusive para medula óssea). É uma síndrome paraneoplásica: refere-se a um conjunto de sinais e sintomas que estão associados a produção de substancias pelas células neoplásicas atuação longe com ACTH, GH, ADH, serotonina, calcitonina. Macroscopia: localização central, de coloração brancacenta, limites mal definidos, tamanhos variados, alta agressividade tende a infiltrar o brônquio e linfonodos hilares (regiões que ficam no hilo pulmonar possibilita a disseminação hematogênica). Microscopia: células pequenas, redondas e azuis. CARCIONAMA BRONCOPULMONAR – CLINICA Central ou hilar: por um tempo são assintomáticos e depois evolui para tosse seca e persistente. Obstrução parcial: hiperinsuflação e infecções (bronquiectasia) – pela dificuldade de saída de muco gerando um ambiente propicio para proliferação de bactérias. Obstrução total: atelectasia. Infiltração no mediastino: aderências (fibroses entre órgãos), fistulas (comunicação entre dois órgãos que fisiologicamente não se comunicam) pneumonia aspirativa por exemplo (esôfago- traqueia). Periférico: por um tempo são assintomáticos até acometer a pleura e os brônquios dor (pleura tem inervação), derrame pleural neoplásico (células escamosas penetram na pleura), pode infiltrar a parede torácica e o plexo braquial. Tumor de ápice pulmonar (Tumor de Pancoast): cresce para a região cervical (acometendo a cadeia simpática cervical) síndrome de horner (ptose palpebral, miose e anidrose). Sintomas gerais: debilidade progressiva, fraqueza, anemia, desnutrição. Metástases: preferencialmente para os linfonodos regionais (hilo pulmonar) e depois para linfonodos mais distantes (cervicais e abdominais) posteriormente metástases hematogênicas: fígado, SNC, suprarrenal. Estadiamento: determinação da extensão e disseminação do tumor no organismo e estabelecer prognostico e sobrevida do paciente. Da metástase para pulmão: mama, TGI, melanoma, próstata.NEOPLASIAS DA LARINGE 3 regiões: supraglote (rica em vasos linfáticos, próxima a cavidade oral e orofaringe = exposição à carcinógenos ingeridos), glote (menos vasos linfáticos e pregas vocais), inflaglote (exposição a carcinógenos inalados). Carcinoma de células escamosas: fatores de risco (tabagismo, álcool, exposição ocupacional, irradiação, HPV e deficiências nutricionais). Microscopia: proliferação de células escamosas atípicas, com graus variados de ceratinização, formando ninhos, podendo haver perola córnea. Sintomas: dependem da localização glótico é o mais comum: rouquidão (se apresenta clinicamente de forma rápida)
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