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Alcaloides e Plantas Tóxicas

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Alcaloides e Plantas Tóxicas 
 
❖ 
▪ A quantidade de produtos descritos, a sua 
diversidade estrutural e seu largo 
espectro de atividades biológicas fazem 
os alcaloides um dos grupos químicos 
naturais mais importantes entre as 
substâncias naturais de interesse 
terapêutico 
▪ Uma das classes mais ricas da natureza 
▪ Muito difícil ter um que não tem atividade 
biológica 
▪ Primórdios da civilização: medicamento, 
venenos e magias 
▪ Substância de origem natural contendo 
um nitrogênio em um estado de oxidação 
negativo e apresentando usualmente 
atividade biológica pronunciada 
▪ Os alcaloides verdadeiros vêm dos amino-
ácidos 
▪ Distribuição: vegetais, anfíbios e fungo 
(Claviceps purpurea – centeio) 
▪ Estão localizados nas mais diversas partes, 
como folhas, frutos, sementes e raízes 
▪ Sua função no vegetal consiste em ser 
forma de reserva (nitrogênio) e na defesa 
contra micro-organismos 
▪ Propriedades gerais: 
➢ Sabor amargo 
➢ A maioria são substâncias cristalinas 
que reagem com ácidos formando 
sais 
➢ Oxigenados (sólidos, exemplo: 
pilocarpina) 
➢ Não oxigenados (líquidos, exemplo: 
nicotina) 
➢ Base livre, sendo solúveis em 
solventes orgânicos 
➢ Forma de sal são hidrossolúveis 
▪ Formam sais duplos com metais 
▪ Proteína, purinas e outros podem 
apresentar reação positiva 
❖ 
▪ Origina-se de aminoácidos 
▪ Substância orgânica natural 
▪ Heterocíclico (nitrogenada) 
▪ Natureza básica 
▪ Forma de sais 
▪ Exemplos: pirrolidina, quinolina, isoquinoli-
na, indol, tropano e imidazol 
❖ 
▪ Origina-se de aminoácidos, mas o anel 
não é heterocíclico 
❖ 
▪ Não são originados diretamente de 
aminoácidos 
▪ Valerianina (Valeriana officinalis L.) – 
precursores: terpenos e esteroides 
▪ Metilxantinas (cafeína, teofilina e 
teobromina) – precursor: purina (origem 
biossintética envolve aminoácidos) 
❖ 
▪ Baseia-se na solubilidade dos alcaloides e 
na sua propriedade básica 
▪ Ácidos diluídos em água: 
➢ Ácidos minerais 
➢ Método de extração 
➢ Alcaloides (sal) em solução aquosa 
▪ Meio alcalino – Solventes orgânicos: 
➢ Método de extração 
➢ Alcaloide livre 
▪ Misto (solvente orgânico e ácidos diluídos 
em água) 
❖ 
▪ Ensaios cromáticos (reagentes gerais) 
▪ Gravimetria – método de extração misto 
▪ Cromatografia 
 
❖ 
▪ Anestésico local 
▪ Emético 
▪ Antitusígeno 
▪ Antiespamódico 
▪ Antitumoral 
▪ Alucinógeno 
❖ – 
▪ Mayer (iodeto de potássio e cloreto de 
mercúrio) – Branco 
▪ Dragendorff (iodeto de potássio e 
subnitrato de bismuto) – Alaranjado 
▪ Bertrand (ácido sílico-túngstico) – Branco 
▪ Bouchardat (iodo e iodeto de potássio) – 
Marrom 
▪ Hager (ácido pícrico) – Amarelo 
❖ 
▪ São plantas que possuem substâncias 
químicas bioativas do ponto de vista 
toxicológico que podem exercer no 
organismo vivo algum efeito tóxico em 
função da sua própria natureza química 
▪ Exemplos: cabacinha, confrei, comigo-
ninguém-pode, dedaleira, espirradeira, 
zabumba, mandioca, mamona e chapéu-
de-napoleão 
▪ Confrei (Symphytum officinale L.): 
➢ Família: Boraginaceae 
➢ Parte tóxica: folhas e raízes 
➢ Agentes químicos: alantoína (princí-
pio ativo), alcaloides pirrolizidínicos 
(princípio tóxico), aminoácidos e 
mucilagem 
➢ Uso terapêutico: anti-inflamatório e 
cicatrizante 
➢ Risco tóxico: uso interno e doenças 
hepáticas 
➢ Portaria Nº 19, 30/01/92 – SNVS/MS: 
proíbe o uso do confrei em 
fitoterápicos destinados ao uso 
interno 
➢ São citotóxicos principalmente no 
fígado 
▪ Zazumba (Datura stramonium): 
➢ Família: Solonaceae 
➢ Parte tóxica: todas as partes da 
planta 
➢ Agente tóxico: hiosciamina, atropina 
e escopolamina 
➢ Uso popular: droga de abuso 
➢ Sintomas de intoxicação: 
✓ Início rápido: náuseas, vômitos, 
pele quente, seca e 
avermelhada, rubor facial, 
mucosas secas, taquicardia, 
midríase, distúrbios de 
comportamento, alucinações 
e delírios, vasodilatação 
periférica 
✓ Casos graves: depressão 
neurológica e coma, distúrbios 
cardiovasculares, respiratórios 
e óbito 
➢ Tratamento: esvaziamento gástrico, 
carvão ativado e controle das 
funções vitais 
▪ Mandioca-brava (Manihot esculenta 
Crantz): 
➢ Família: Euphorbiaceae 
➢ Parte tóxica: raiz e folhas 
➢ Agente tóxico: heterosídeo ciano-
gênico – Linamarina (termolábil e 
volátil) 
➢ A ingestão gera absorção rápida no 
tubo digestivo, distribuição para 
tecidos e sangue, havendo a 
liberação de HCN, que atua na 
inibição dos complexos enzimáticos 
➢ Em grandes quantidades, inibe a 
respiração celular 
➢ Em pequenas quantidades, o HCN é 
transformado pela rodonase em 
tiocianato (não tóxico) 
➢ Sintomas: náuseas, vômitos, cólicas 
abdominais, diarreia, acidose 
metabólica, sonolência, convulsões e 
coma 
➢ Distúrbios respiratórios: dispneia, 
apneia, secreções e cianose 
➢ Distúrbios cardiocirculatórios: hipo-
tensão e arritmias 
➢ Tratamento: nitrito de amila 
(inalação) e nitrito de sódio 3%,iv; 
tiossulfato de sódio a 25%, que 
aumenta a conversão a tiocianato; 
lavagem gástrica (carvão ativado) 
▪ Dedaleira (Digitalis purpúrea L.): 
➢ Família: Scrophulariaceae 
➢ Parte tóxica: folha e flor 
➢ Agente tóxico: heterosídeos 
cardiotônicos – Digoxina e digitoxina 
➢ Uso farmacológico: insuficiência 
cardíaca e arritmias 
➢ Índice terapêutico estreito 
▪ Espirradeira (Nerium oleander): 
➢ Família: Apocinaceae 
➢ Parte tóxica: todas as partes da 
planta 
➢ Agente tóxico: heterosídeos cardio-
tônicos – Oleandrina e Neriantina 
▪ Chapéu-de-Napoleão (Thevetia neriifo-
lia): 
➢ Família: Apocynaceae 
➢ Parte tóxica: todas as partes da 
planta 
➢ Agente tóxico: heterosídeos 
cardiotônicos – Látex – Teventina, 
Tevetoxina, Neriifolina 
➢ Ação inotrópica: acúmulo de sódio e 
acúmulo de cálcio na fibra, 
bloqueando a bomba Na/K ATPase 
dependente 
➢ Sintomas: 
✓ Ingestão: dor/queimação, 
sialorreia, náuseas, vômitos, 
cólicas abdominais, diarreia 
✓ Manifestações neurológicas 
com cefaleia, tonturas, 
confusão mental e distúrbios 
visuais 
✓ Distúrbios cardiovasculares: 
arritmias, bradicardia, hipoten-
são 
✓ Contato ocular: fotofobia, con-
gestão conjuntival, lacrimeja-
mento 
▪ Cabacinha (Luffa operculata Cogn): 
➢ Família: Cucurbitaceae 
➢ Parte tóxica: frutos secos 
➢ Agente tóxico: cucurbitacinas, 
saponinas 
➢ Etnofarmacologia: abortiva, rinite e 
sinusite 
▪ Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia 
picta Schott/Dieffenbachia seguinte 
Schott): 
➢ Família: Araceae 
➢ Parte tóxica: todas as partes da 
planta 
➢ Agente tóxico: idioblastos – cristais 
de oxalato de cálcio (ráfides), ácido 
oxálico e substâncias lipídicas 
(ácidos graxos insaturados – 
irritantes) 
➢ Sintomas: irritação com sensação 
de queimadura, salivação, dor, 
edema da mucosa oral, obstrução 
das vias aéreas e óbito 
➢ Tratamento: deve-se assegurar a 
desobstrução das vias respiratórias, 
evitar asfixia; tratamento 
sintomático ou de suporte (líquidos 
gelados – alívio); analgésico, anti-
inflamatórios e anti-histamínicos 
➢ Não fazer lavagem gástrica e nem 
provocar vômitos 
❖ 
▪ Manter as plantas venenosas fora do 
alcance das crianças 
▪ Não preparar remédios ou chás caseiros 
com plantas sem orientação profissional 
▪ Não comer folhas, frutos e raízes 
desconhecidas 
▪ Não há regras ou testes seguros para 
distinguir as plantas comestíveis das 
venenosas 
▪ Nem sempre o cozimento elimina a 
toxicidade da planta 
▪ Tomar cuidado ao podar as plantas que 
liberam látex provocando irritação na pele 
e principalmente nos olhos 
▪ Em caso de acidente, procurar imediata-
mente orientação médica e guardar a 
planta para identificação 
▪ Em caso de dúvida, ligar para o Centro de 
Intoxicação de sua região 
▪ Conscientizar a população a respeito do 
potencial de toxicidade de algumas plantas

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