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@diariode_odonto Reforma sanitária É o arranjo organizacional do estado brasileiro que dá suporte à efetivação da política de saúde no brasil, traduzindo em ações os princípios e diretrizes desta política. Conferência e constituição: exclusão social, falta de financiamento, falta de leis que regulamentem a saúde. Teoria Constituição federal – 1988 – Artigo 196: a saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco da doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Quais os problemas? Recursos financeiros insuficientes e fracionados; Pouca participação dos estados no financiamento Desvios de recursos e ineficiência de gestão Resolutividade insuficiente Ineficiência de recursos humanos Limitação de acesso aos serviços @diariode_odonto Em 1990, são publicadas a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990 e a Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conhecidas como Leis Orgânicas da Saúde, regulamentando o Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei 8.080 estabeleceu a forma de repasse de recursos financeiros a serem transferidos para estados e municípios, e que deveriam ser baseados nos seguintes critérios: perfil demográfico; perfil epidemiológico; rede de serviços instalada; desempenho técnico; ressarcimento de serviços prestados. A edição das Normas Operacionais Básicas (NOB’s) trata das normas operacionais para o funcionamento e operacionalização do SUS, de competência do Ministério da Saúde, tendo sido editadas até hoje: a NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/93, NOB-SUS 01/96. NOB: entende-se por Norma Operacional Básica o instrumento normativo infralegal maior de operacionalização dos preceitos da legislação que rege o Sistema Único de Saúde (SUS). NOB/RH-SUS: considerando que o instrumento NOB tem se mostrado potente no que diz respeito ao estabelecimento de critérios para as três esferas de governo, quanto ao financiamento do sistema, as condições de habilitação para a gestão nos diferentes âmbitos de governo, a definição de suas competências e estabelece instâncias intergestoras, com resoluções submetidas ao Conselho Nacional de Saúde, entre outros, definiu-se pela utilização do mesmo instrumento para normatizar a gestão do trabalho no SUS. A competência de elaboração e implementação da NOB/RHSUS passa, então, para uma atribuição da Gestão, pela Comissão Intergestores Tripartite, com decorrentes pactuações nas Comissões Intergestores Bipartites. NOB 01/91: definia o repasse direto e automático de recursos do fundo nacional aos fundos estaduais e municipais de saúde, sendo 50% por critérios populacionais e os outros 50% segundo o perfil epidemiológico e demográfico, a capacidade instalada e a complexidade da rede de serviços de saúde, a contrapartida financeira, etc. - redefiniu toda a lógica de financiamento e, conseqüentemente, de organização do SUS, instituindo um sistema de pagamento por produção de serviços que permanece em grande parte vigorando até hoje. @diariode_odonto NOB 01/93: criou critérios e categorias diferenciadas, gestão para a habilitação dos municípios, e segundo o tipo de gestão implantado (incipiente, parcial, semiplena) haveria critérios também diferenciados de formas de repasse dos recursos financeiros NOB-SUS 01/96: representa um avanço importante no modelo de gestão do SUS, principalmente no que se refere à consodolidação da Municipalização. Revoga os modelos anteriores de gestão propostos nas NOB anteriores (gestão incipiente, parcial e semiplena), e propõe aos municípios se enquadrarem em dois novos modelos: Gestão Plena de Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal, conforme pode ser visto no quadro 1 abaixo: GESTÃO PLENA DE ATENÇÃO BÁSICA GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL Elaboração de programação municipal dos serviços básicos, inclusive domiciliares e comunitários, e da proposta de referência ambulatorial e especializada e hospitalar. Elaboração de programação municipal dos serviços básicos, inclusive domiciliares e comunitários, e da proposta de referência ambulatorial e especializada e hospitalar. Gerência de unidades ambulatoriais próprias Gerência de unidades próprias, ambulatoriais e hospitalares, inclusive as de referência Gerência das unidades ambulatoriais do estado e/ou da União Gerência das unidades ambulatoriais e hospitalares do estado e/ou da União Introduzir a prática do cadastramento nacional dos usuários do SUS Introduzir a prática do cadastramento nacional dos usuários do SUS Prestação dos serviços relacionados aos procedimentos cobertos pelo PAB para todos os casos de referência interna ou externa ao município Prestação dos serviços ambulatoriais e hospitalares para todos os casos de referência interna ou externa ao município Normalização e operação de centrais de procedimentos ambulatoriais e hospitalares Contratação, controle, auditoria e pagamento aos prestadores dos serviços contidos no PAB Contratação, controle, auditoria e pagamento aos prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares Operação do SIA/SUS, conforme normas do MS, e alimentação, junto às SES, dos bancos de dados de interesse nacional Operação do SIH e do SIA/SUS, conforme normas do MS, e alimentação, junto às SES, dos bancos de dados de interesse nacional Autoriza AIH e Proced. Ambulatoriais Especializados Autoriza, fiscaliza e controla as AIH e Proced. Ambulatoriais Especializados e de alto custo Execução de ações de vigilância sanitária e de epidemiologia Execução de ações de vigilância sanitária e de epidemiologia Quadro 1 Modelos de Gestão - Fonte: NOB/96 @diariode_odonto Instrumentos de gestão ligados ao planejamento Programação pactuada e integra (efetiva o PDR – questões financeiras, organização das redes de referências, etc) Plano diretor de regionalização Agenda de saúde Plano de saúde Relatório de gestão Pacto pela saúde – portaria n° 399 de 22 de fevereiro de 2006 O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG). O TCG substitui os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. Entre as prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também foram modificadas pelo Pacto pela Saúde, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de financiamento (Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS), substituindo, assim, as mais de cem "caixinhas" que eram utilizadas para essa finalidade. Foram definidas três dimensões no Pacto em saúde: Pacto pela Vida, Pacto em defesa do SUS e Pacto de Gestão. As diretrizes operacionais do Pacto em Saúde são abordadas na portaria GM/MS nº 399, publicada em 22 de fevereiro de 2006. As Diretrizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gestão são regulamentadas pela portaria GM/MS nº. 699, publicada em 03 de abril de 2006. O Pactopela Saúde foi organizado com a finalidade de responder aos desafios atuais da gestão e organização do sistema, para promover ações que correspondam às reais necessidades de saúde da população brasileira. Pacto pela Vida De acordo com a PORTARIA Nº 399/GM12, o Pacto pela Vida é um conjunto de compromissos sanitários resultantes da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais. O Pacto pela Vida é permanente, sendo que, no término do primeiro trimestre do um ano em curso serão avaliados os resultados do ano anterior e pactuadas novas metas e objetivos a serem atingidos no ano atual. Por meio da PORTARIA Nº 399/GM12, são definidas as prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos: ✓ Saúde do Idoso: implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção de forma integral. @diariode_odonto ✓ Câncer De Colo De Útero E De Mama: Redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. ✓ Mortalidade infantil e materna: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarreia e por pneumonias ✓ Doenças Emergentes E Endemias, Com Ênfase Na Dengue, Hanseníase, Tuberculose, Malária E Influenza: aumentar a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias ✓ Promoção da saúde: elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis ✓ Atenção básica à saúde: saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. Pacto em Defesa do SUS O Pacto em Defesa do SUS tem como objetivos reforçar o Sistema Único de Saúde como política de Estado e defender seus princípios inscritos na Constituição Federal. De acordo com a portaria 399/GM, o trabalho dos atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes: ✓ “Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal”. ✓ “Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política pública”. O Pacto em Defesa do SUS se baseia em três iniciativas: ✓ A repolitização da saúde, retomando a Reforma Sanitária Brasileira e aproximando-a dos desafios do SUS; ✓ A Promoção da Cidadania, ressaltando a questão da saúde como um direito; ✓ Financiamento do sistema de saúde de acordo com as necessidades do Sistema. As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar: ✓ A Promoção da Cidadania, ressaltando a questão da saúde como um direito; ✓ Estabelecimento de diálogo com a sociedade; ✓ Fortalecimento das relações com os movimentos sociais, principalmente os que lutam pela Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; ✓ Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; ✓ Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional; ✓ Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, definindo o compromisso de cada esfera em ações e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal. Pacto de Gestão Suas diretrizes, de maneira geral abrangem temas como a Regionalização, o Financiamento, o Planejamento, a Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde (PPI), a Regulação da @diariode_odonto Atenção à Saúde e da Assistência, a Participação e Controle Social, a Gestão do Trabalho e a Educação na Saúde. Por meio deste Pacto, a regionalização e descentralização do SUS ganham destaque, a partir da proposição de diretrizes que permite uma diversidade operativa que respeite as características regionais. O primeiro Bloco de Financiamento do SUS é a Atenção básica, que recebe recursos divididos em duas modalidades – o PAB fixo e PAB variável. O PAB fixo é um valor que se mantém praticamente fixo e oscila de acordo com a população do seu município e o PAB variável irá variar de acordo com o desempenho do Gestor e da sua equipe. O SUS – Sistema Único de Saúde, como seu nome expressa, é um sistema. O sistema envolve, além das diversas instâncias do aparelho de Estado brasileiro, responsáveis pelas distintas políticas sociais (educação, habitação, trabalho, emprego, renda, previdência, transporte, lazer etc...), as esferas do Poder Executivo dos entes federativos da República Federativa do país: @diariode_odonto União, Estado, Município, Distrito Federal. Para fazer jus ao termo sistema, respeitando a autonomia de cada ente federativo, ao SUS é exigido que sua dinâmica de funcionamento se dê mediante pactuações entre os entes: é o chamado Pacto Interfederativo da Gestão Executiva. Para isso existem diversas esferas de pactuação – Conselhos e Comissões, das quais são as principais: o COSEMS, o CONASEMS, o CONASS, a CIB, a CIT e a CIR. Todas estão consignadas e definidas no DECRETO Nº 7.508, de 28 de JUNHO de 2011, que “Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde-SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.” Comissão Intergestores Tripartites (CIT) Instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS das três esferas de governo - União, estados, DF e municípios. Tem composição paritária formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde (MS), cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). A representação de estados e municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das cinco regiões no País. Nesse espaço, as decisões são tomadas por consenso e não por votação. A CIT está vinculada à direção nacional do SUS. Comissão Intergestores Bipartites (CIB) Espaços estaduais de articulação e pactuação política que objetivam orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de descentralização das ações de saúde. São constituídas, paritariamente, por representantes do governo estadual ? indicados pelo Secretário de Estado da Saúde ? e dos secretários municipais de Saúde ? indicados pelo órgão de representação do conjunto dos municípios do estado, em geral denominado Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Os secretários municipais de Saúde, por meio de seus espaços de representação, debatem entre si os temas estratégicos, antes de apresentar suas posições na CIB. Os Cosems são, também, instâncias de articulação política entre gestores municipais de Saúde, sendo de extrema importância a participação dos gestores locais nesses espaços. As CIBs foram institucionalizadas pela Norma Operacional Básica nº 1 de 1993 e instaladas em todos os estados do País. O gestor municipal deve procurar o Cosems de seu estado e discutir, ali, quais são as possibilidades de participação no processo de constituição e funcionamento da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). CIR - Comissão Intergestores Regional A Comissão Intergestores Regional - CIR é uma instância de cogestão no espaço regional com o objetivo de constituir um canal permanente e contínuo de negociação e decisão entre os gestores municipais e o estado para constituição de rede regionalizada, pactuando de forma consensual a definição das regras da gestão compartilhada do Sistema Único de Saúde - SUS, composta por representantes da SESAU - TO e de todos os secretários municipais de saúde da região. Cabe às CIR a pactuação, organização e o funcionamento em nível regionaldas ações e serviços de saúde integrados na rede de atenção à saúde – RAS. @diariode_odonto A CIR – TO foi instituída pelo Decreto 7.508/11, tem suas competência definidas na Resolução CIT n.º 001/2011 e aprovada sua conformação através da Resolução CIB-TO n.º 161 de 29 de agosto de 2012. Considerando que a regionalização é uma diretriz constitucional, é de fundamental importância a existência dessa ferramenta de integração entre todos os gestores públicos, para a discussão dos desafios da saúde e elaboração de intervenções que tragam melhorias na operacionalização de ações e serviços no âmbito regional. Além disso ainda cabe a CIR colaborar com a organização do SUS no Estado, para cumprir seus objetivos maiores, de aperfeiçoar a universalidade da saúde, garantir a integralidade da assistência e obter a equidade de acesso às ações e serviços de saúde entre as diferentes regiões do Estado. COSEMS Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) são reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao CONASEMS, na forma que dispuserem seus estatutos. As atividades do CONASEMS compreenderão reuniões, seminários, congressos, estudos, pesquisas, prestação de serviços, capacitação e educação permanente e continuada de pessoal, informações, participação em órgãos colegiados públicos e privados, assistência técnica e cooperação interinstitucional, com órgãos e entidades governamentais e não governamentais que atuam na área da saúde ou em áreas correlatas, com ou sem fins lucrativos, nacionais e internacionais. CONASS O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS), fundado em 3 de fevereiro de 1982, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que se pauta pelos princípios que regem o direito público, e que congrega os secretários e seus substitutos legais - gestores oficiais das Secretarias de Estado de Saúde dos Estados e do Distrito Federal. O CONASS constitui um organismo da direção do Sistema Único de Saúde (SUS), com mandato de representar politicamente os interesses comuns dos secretários de saúde dos Estados e do Distrito Federal, perante as demais esferas de governo e outros parceiros, em torno de estratégias comuns de ação entre os gestores estaduais de saúde. Sua missão é promover o pleno exercício das responsabilidades das Secretarias de Saúde dos Estados na política de saúde, junto aos órgãos setoriais federais e municipais, aos Poderes Legislativo e Judiciário, além de outras entidades da sociedade civil. CONASEMS O Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde – CONASEMS – nasceu a partir do movimento social em prol da saúde pública e se legitimou como uma força política, que assumiu a missão de agregar e de representar o conjunto de todas as secretarias municipais de saúde do país. O CONASEMS é reconhecido pela Lei nº 8.080, de 1990, como entidade representativa dos entes municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarado de utilidade pública e de relevante função social e participará como representante institucional das secretarias municipais de saúde nos órgãos deliberativos e consultivos da Direção Nacional do SUS, principalmente no Conselho Nacional de Saúde, na forma da Lei nº 8.142, de 1990, com vista a discutir e aprovar a política nacional de saúde e o seu financiamento, defendendo a descentralização das ações e @diariode_odonto serviços de saúde e a autonomia dos municípios para planejar as suas ações e serviços, aprovar o seu plano de saúde, de acordo com a sua realidade local, com o apoio técnico e financeiro da União e dos Estados, na forma da lei. Resumo: Consórcios intermunicipais de saúde CIS Os Consórcios Intermunicipais de Saúde (CIS) consistem em uma iniciativa autônoma de municípios (geralmente) circunvizinhos que se associam para gerir e prover conjuntamente serviços referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde de suas populações, promovendo um maior ordenamento na utilização dos recursos disponíveis, consórcio é um importante instrumento para o planejamento local e regional em saúde, e pode funcionar como uma instância de planejamento conjunto, onde os diversos municípios utilizarão coletivamente serviços que só existem em um ou alguns dos entes federados. A principal virtude dos consórcios é a sinergia que eles proporcionam aos serviços para os quais são organizados. Isto é, eles articulam e coordenam as soluções de planejamento e gestão definidas pelos municípios consorciados, aumentando significativamente o rendimento de seus esforços, evitando a dispersão de recursos financeiros, humanos e materiais e maximizando o aproveitamento dos recursos. Os consórcios intermunicipais de saúde permitem racionalizar a utilização de recursos destinados a equipamentos, recursos humanos, instalações hospitalares, centros de especializaçao , transporte em saúde , que são formas dos pequenos municípios enviar e atender a organização de um consórcio de saúde deve ser uma iniciativa dos municípios, reservando a decisão e a autonomia dos governos locais os usuários de vários municípios com maior qualidade da prestação de serviços. @diariode_odonto Consórcios públicos (lei 11.107/05 e decreto 6.017/07) Instrumento de cooperação federativa, voluntária e de execução de ações e serviços visando o alcance de objetivos comuns. Contribui para a garantia dos princípios do SUS e é uma estratégia para o fortalecimento regional. Áreas que podem constituir consórcios: educação, saúde, pesquisa e estudos técnicos, cultura e esporte, turismo, transporte público e segurança pública, resíduos sólidos, saneamento básico e gestão ambiental, desenvolvimento regional, urbano, rural, agrário e obras públicas, manutenção de equipamentos e informática, entre outras. Eles podem operacionalizar ações e serviços de acordo com o protocolo de intenções, devendo ser considerado a caracterização e análise situacional do ente e da região (mapa de saúde). @diariode_odonto Evolução da Administração pública No Brasil observa-se que a evolução da administração pública foi baseada em três modelos básicos de gestão: patrimonialista, burocrático e gerencial. O ciclo iniciado pela administração patrimonialista, seguido pela burocrática e terminando com a administração gerencial, não @diariode_odonto significa que exista atualmente um modelo único de administração, mas sim uma confluência de elementos característicos de cada modelo. Considera-se também o surgimento de um conjunto de novas ideias e práticas de gestão conhecidas como nova gestão pública. Modelos de gestão pública no Brasil podemos definir a Administração Pública como o conjunto de órgãos e servidores responsáveis pelo atendimento das necessidades da sociedade, ou seja, aqueles que são responsáveis pela gestão da coisa pública e seus desdobramentos. O Estado é responsável pela prestação de diversos serviços demandados pela população – educação, saúde, segurança, habitação, saneamento, esporte, lazer e assistência social. Para que os objetivos sejam alcançados, a administração precisa de planejamento e preocupação com o bom uso dos recursos públicos, atuando de forma eficiente, rápida e transparente. Podemos definir modelo de gestão pública como a junção de métodos e práticas administrativas utilizadas pela administração para o alcance dos objetivos e metas estabelecidos. No Brasil, os modelos de gestão públicas utilizados podem ser classificados em patrimonialista, burocrático e gerencial. Sendo que em relação ao último também pode ser utilizada a denominação nova gestão pública.Como o passar dos anos os referidos modelos foram aperfeiçoados e orientados de acordo com as novas tendências. Entretanto, não houve uma cisão completa, ou seja, existem práticas provenientes de modelos passados sendo utilizadas em conjunto com as novas rotinas administrativas. Modelo patrimonialista O patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração pública do Brasil, presente desde o período colonial até a República Velha. A vinda da família real trouxe consigo um modelo de administração que não fazia distinção entre os bens públicos e particulares. Segundo Weber (2004) o último para manter o domínio sobre os primeiros depende da própria vontade destes em legitimá-lo como protetor do seu bem-estar. Tal aceitação requer que o governante mantenha uma proteção e auxílio em relação aos súditos e funcionários. Estes seriam uma extensão de sua família. Neste modelo o clientelismo é muito comum, prevalecendo o interesse dos particulares e a troca de favores. Houve o ingresso dessas práticas na administração pública. Os cargos públicos eram ocupados por amigos, parentes e apoiadores do governante, não existiam carreiras profissionalizadas. Por isto, o modelo apresenta forte tendência à corrupção e o nepotismo. Modelo burocrático Com o advento do capitalismo industrial e das democracias as sociedades tornam-se mais complexas, de tal forma que o patrimonialismo não consegue suprir as necessidades sociais. Surge o modelo burocrático como uma alternativa mais racional e adequada, que separe o público do privado, além de reduzir a corrupção e o nepotismo, de maneira a tornar o estado mais eficiente. Traços da administração burocrática já estavam presentes na administração brasileira desde a década de 30. Tendo sido adotada por ser uma alternativa importante ao patrimonialismo. Um exemplo claro foi a criação do DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público, em 1936, que introduziu os ensinamentos burocráticos na gestão pública brasileira. Os princípios da burocracia são fortemente identificáveis na Constituição Federal e no atual sistema de direito administrativo do país. @diariode_odonto Contudo, a eficiência defendida pelo modelo não foi observada na prática, sobretudo pelo surgimento das chamadas disfunções burocráticas: resistência a mudanças, rigidez e falta de inovação, apreço extremo as regras e não com resultado, excessiva formalização, e lentidão no processo de decisão. Ficou evidente que a burocracia não era garantia de qualidade, redução do custo e celeridade na prestação de serviços à população. Na verdade, a administração burocrática é lenta, cara, autorreferida, pouco ou nada orientada para o atendimento das demandas dos cidadãos Modelo gerencial Já o modelo gerencial tem como bases a utilização de ferramentas de gestão provenientes da administração privada e pensamentos neoliberais que defendem o estado mínimo e o preceito de que o mercado e a economia possuem regras próprias. Após o término da Segunda Guerra os países iniciam sua recuperação política, econômica e social. Ocorre então uma expressiva expansão das funções sociais e econômicas do Estado Social, que alinhada ao desenvolvimento tecnológico e a globalização deixam evidentes a necessidade de uma administração pública mais eficiente, eficaz, que atenda as demandas sociais de maneira mais efetiva e transparente. A crise do Estado na década de 70 traz consigo a decadência do modelo burocrático. Nos anos seguintes observa-se um direcionamento da administração pública dos países centrais para o modelo gerencialista. Este seria uma correção das disfunções burocráticas. Atualmente as práticas gerenciais buscam a igualdade no acesso aos serviços públicos, através do planejamento estratégico das ações, da autonomia gerencial, transparência, foco no cidadão, responsabilidade fiscal, elaboração de indicadores de desempenho e principalmente da avaliação dos resultados. A sociedade civil surge como ator importante na formulação de alternativas aos novos desafios enfrentados pelo Estado, principalmente, através da fiscalização da aplicação dos recursos públicos verificando os quesitos de transparência, eficiência, eficácia, efetividade e ética. Este conjunto de ideias é discutido sob o prisma da chamada “Nova Gestão Pública”. A nova gestão pública pressupõe uma mudança em relação à forma que se busca o alcance dos resultados no âmbito da administração pública, se tornando uma fonte de orientações, métodos e técnicas voltadas ao aperfeiçoamento e modernização da gestão pública. Reforma da administração brasileira Nos anos 90 a reforma do Estado se torna um tema central em todo o mundo. No Brasil, o Governo Fernando Henrique Cardoso inicia a Reforma do Estado a partir de 1995. O país passava por uma forte crise econômica iniciada nos anos 80 e agravada na década de 1990. No contexto da elaboração do Plano estava à crise de governança gerada pelo retrocesso burocrático advindo da Constituição de 1988 e a percepção de que o processo de globalização reduzia a importância do Estado. Porém, a ideia de estado mínimo não chegou a ser cogitada, pois a sociedade esperava que o Estado mantivesse a prestação dos serviços existentes, mas cobrava mais eficiência por parte da administração. O Plano Diretor tinha como principal objetivo a implantação do modelo gerencial na administração pública brasileira. O projeto estava pautado em alguns pilares: ajuste fiscal duradouro; reformas econômicas voltadas para o mercado; reforma da previdência social e reforma do aparelho do estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade de implementar de forma eficiente as políticas públicas, Costa (2008). @diariode_odonto Princípios da Administração Pública Princípios básicos: Segundo o artigo 37 da Constituição Federal: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:...". Estes são os 5 princípios básicos explícitos na constituição. Princípio da Legalidade No Direito Administrativo, esse princípio determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública está estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser feito. A diferença entre o princípio genérico e o específico do Direito Administrativo deve ficar bem clara: naquele, a pessoa pode fazer de tudo, exceto o que a lei proíbe; já a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza, estando engessada, na ausência de tal previsão. Seus atos têm que estar sempre pautados na legislação. Princípio da Impessoalidade A finalidade é o interesse público (define também o Princípio da Finalidade) e o agente público deve tratar a todos de forma igual (também define o Princípio da Isonomia ou Igualdade). Princípio da Moralidade Atuar com ética, com honestidade, com integridade de caráter. Princípio da Publicidade É a divulgação dos atos administrativos, ou seja, todas as ações do estado devem se tornar públicas, exceto em alguns casos extremos (segurança nacional, investigações sigilosas ou atos que envolvam a privacidade, como por exemplo, processos relativos a família ou menores). Princípio da Eficiência Atuar com presteza, racionalidade e com perfeição. Fazer ou realizar uma ação da maneira mais coerente possível. Contratualização da gestão A contratualização é um processo pelo qual as partes, o gestor municipal/estadual do SUS e representante legal do hospital, estabelecem metas quantitativas e qualitativas de atenção à saúde e de gestão hospitalar, formalizadas por meio de um instrumento contratual: convênio, contrato, Termo de Ajuste, PCEP ou outro. Este instrumento é composto por duas partes.Uma, o contrato propriamente dito, e a outra, o documento com a descrição das metas qualitativas e quantitativas, que serão acompanhados e avaliados por uma Comissão de Acompanhamento formada pelo gestor, hospital, usuários e outros. Objetivos: Estimular a descentralização da gestão Dar mais responsabilidades aos gestores e as equipes locais Controlar o desempenho quantitativo e qualitativo dos prestadores Estimular o uso de ferramentas e tecnologias de informação Buscar o envolvimento e o compromisso de toda a equipe na busca de resultados Melhor resposta às necessidades e expectativas da população @diariode_odonto Organizações sociais ( terceiro setor - novo sistema de governança parceiro do estado) Organizações Sociais de Saúde-OSS são instituições filantrópicas do terceiro setor, sem fins lucrativos, responsáveis pelo gerenciamento de serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o país, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde. As relações entre o Poder Público e as Organizações Sociais de Saúde são instrumentalizadas e reguladas por meio de contrato de gestão, definido no Art. 5º, da Lei federal nº 9.637/98 como “o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como OS, com vistas à parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas mencionadas no art.1º” . Objetiva serviços não exclusivos do poder público, ex: ensino pesquisa cientifica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
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