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Conteúdo P1 Neuroanatomia

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DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL
INSTITUTO DE BIOLOGIA
NEUROCIÊNCIAS PARA A FONOAUDIOLOGIA
NEUROANATOMIA
ROTEIRO PARA O ESTUDO DA MEDULA ESPINHAL
1. Situação Anatômica: A medula espinhal é onde o tubo neural foi menos modificado
durante o desenvolvimento.Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo ao nível do forame
magno do osso occipital. O limite caudal situa-se na 2 ª vértebra lumbar (L2 ), onde vai se
afilando, formando o cone medular e,posteriormente, o filamento terminal.
2. Limites
Estende-se desde o forame (buraco) magno até ao nível da primeira ou segunda vértebra
lombar, estando seguramente envolta pela coluna vertebral. Ela então se afila tornando-se no
chamado cone medular.
3. Dimensão; A medula espinal possui 40 a 45 cm de extensão e pesa cerca de 30 gramas.
4. Envoltórios e espaços correspondentes:
Como todo o SN Central, a medula é envolta pelas meninges dura-máter, pia-máter e
aracnóide. A meninge mais externa é a dura -máter, formada por fibras colágenas, que a
tornam espessa e resistente. A aracnóide se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter,
correspondendo a um folheto justaposto formado por trabéculas. A pia-máter é a meninge
mais delicada e mais interna; ela adere e ao tecido nervoso d a superfície da medula. Quando
a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um
filamento esbranquiçado denominado filamento terminal, ou coccigeo. Ao atravessar o saco
dural, recebe prolongamentos da dura -máter e passam a ser denominadas filamento da
dura-máter espinhal. Este, ao se inserir no cóccix, constitui o ligamento coccígeo.
Em relação com as meninges que envolvem a medula, existem três espaços ou cavidades:
Epidural ou extradural: situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém
tecido adiposo e grande número de veias, que constituem o plexo venoso vertebral interno.
Subdural: situa-se entre a dura-máter e a aracnóide; contém líquido para evitar aderência das
paredes.
Subaracnóideo: contém grande quantidade de líquido cérebro-espinhal ou líquor.
Sabe-se que até o saco dural e sua aracnóide terminam em S2 e a medula termina mais acima,
em L2. Entre esses dois níveis, há apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda
equina. Não havendo perigo de lesão da medula, essa área é ideal para a introdução de uma
agulha no espaço subaracnóideo, que é feito com as seguintes finalidades:
● Retirada de líquor;
● Medida da pressão do líquor;
● Introdução de substâncias (mielografia);
● Introdução de anestésicos.
5. Forma: reconhecer as intumescências cervical, lombar, e o cone medular:A medula
apresenta duas dilatações: intumescência cervical e intumescência lombar. As Intumescências
correspondem às áreas e m que as grossas raízes nervosas fazem conexão com a medula e
formam os plexos braquial e lombossacral (membros sup. e inf., respectivamente). A
superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais: sulco mediano posterior,
fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. Na medula cervical
existe ainda o sulco intermédio posterior, que continua em um septo intermédio posterior no
interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão,
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Na medula, a substância cinzenta localiza -se por dentro da branca e possui três colunas: a
anterior, a posterior e a lateral. No centro da substância cinzenta localiza -se o canal central,
resquício da luz do tubo neural do embrião.
A substância branca é formada por fibras mielínicas, que podem ser agrupadas em três
cordões e funículos:
Funículo anterior;
Funículo lateral;
Funículo posterior: ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior, é dividido pelo
sulcointermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
6. Meios de fixação: reconhecer o ligamento denteado:
Os ligamentos denteados são extensões da pia-máter em cada lado da medula espinhal,
totalizando cerca de 20 a 21 pares de estruturas fibrosas que se conectam com a dura-máter,
ancorando a medula espinhal.
7. Segmentação - nervo espinhal: formação e constituição. Reconhecer as raízes
dorsais, ventrais e o gânglio da raiz dorsal.
8. Topografía vértebro-Medular.
Ao nível da 2ª vértebra lombar, o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes
nervosas dos últimos nervos espinhais, formando cauda equina; a medula ‘acaba’ na 2ª
vértebra lombar. Isso comprova diferentes ritmos de crescimento entre a medula e a coluna
vertebral (até o 4º mês é igual). Ainda como consequência dessa diferença de
crescimento, temos um afastamento dos segmentos medulares das vértebras
correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com
os segmentos medulares de mesmo nome. É, pois, importante conhecer a
correspondência entre vertebral e medula. Para isso existe a seguinte regra prática:
entre os níveis das
número do processo espinhoso da vértebra e tem -se o número do segmento medular
subjacente. Logo, a vértebra C6 está sobre o segmento medular C8.
9. Constituição (em cortes da medula espinhal): reconhecer a substância cinzenta, sua
disposição em colunas; substância branca e os seus funículos; canal central.
ROTEIRO PARA O ESTUDO DO BULBO, PONTE E MESENCÉFALO.
1. Conceito de tronco encefálico.É a porção do sistema nervoso central,
situada entre a medula espinhal e diencéfalo, sendo quase na sua totalidade
intracraniano (apenas uma porção do bulbo é exocraniana). Ocupa a fossa
craniana posterior diante do cerebelo. A parte mais caudal do encéfalo, que
conecta as estruturas subcorticais e a medula espinhal. Ele controla as
funções vitais (ex.: ciclo sono-vigília, consciência, frequência cardíaca e
respiratória).
2. Estudo do Bulbo
2.1 Limites
O limite superior do bulbo é o sulco bulbo-pontino, e inferior é o forame magno.
No bulbo encontramos as pirâmides bulbares, as quais contém feixes descendente do tracto
córtico-espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste tracto cruzam obliquamente e
constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o
hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo
controla o lado direito. No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a
regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do
vômito. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, uma dose excessiva de
narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa para de respirar.
2.2 Situação topográfica
2.4 Origem aparente dos nervos cranianos: IX, X, XI e XII.
Sulco retro-olivar, sulco retro-olivar, sulco retro-olivar e sulco pré olivar.
2.5 IV Ventrículo: Situação, Comunicações, Conteúdo e Assoalho
3. Estudo da Ponte
3.1. Limites: Inferior – sulco bulbo protuberancial. Superior – sulco pôntico superior.
3.2. Situação topográfica - É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o
mesencéfalo. Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do
osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base, situada ventralmente,
apresenta estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras
transversais que a percorrem. Estas fibras transversais convergem de cada lado para
formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que penetra no hemisfério
cerebelar correspondente.
3.3. Face anterior: reconhecer: no corpo da ponte, o sulco basilar.
braço da ponte - pedúnculo cerebelar médio
3.4. Origem aparente dos nervos cranianos: V, VI, VII, VIII.
4. Estudo do Mesencéfalo
4.1. Limites
Limite inferior é o sulco ponto-peduncular (entre a ponte e os pedúnculos cerebrais do
mesencéfalo) e o seu limite superior é uma linha imaginária que passa pelos corpos
mamilares (do diencéfalo) e pela comissura branca posterior.
4.2. Situação topográfica.
4.3. Partes constituintes.
O bulbo, ponte, mesencéfalo eo diencéfalo.
4.4. Acidentesda face anterior: reconhecer os pedúnculos cerebrais.
Pedúnculo cerebral são dois grandes feixes de fibras com origem nos hemisférios
cerebrais. Divergem destes e têm como limite inferior a porção mais rostral da porção
caudal do mesencéfalo (constituinte do tronco cerebral). São constituídos por fibras
descendentes cortico pônticas e córtico-espinhais.
4.5. Acidentes da face posterior: reconhecer os colículos superior e
inferior 4.6. Aqueduto mesencefálico (reconhecer)
4.7. Origem aparente dos nervos cranianos: III e IV
sulco medial do pedúnculo cerebral no mesencéfalo e a fissura orbital superior.
QUESTIONÁRIO – NEUROANATOMIA MACROSCÓPICA
1. Definir os seguintes termos:
a) sistema nervoso central, O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo e
pela medula espinhal. Suas principais funções são o processamento e a integração das
informações no organismo. O encéfalo e a medula espinal estão protegidos,
respectivamente, pelo crânio e pela coluna vertebral.
b) sistema nervoso periférico, O sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso que
se encontra fora do sistema nervoso central. É constituído por fibras, gânglios nervosos e
órgãos terminais. A função do SNP é conectar o SNC com as outras partes do corpo
humano. Mais exemplos abaixo
c) gânglio. Gânglio nervoso é o aglomerado de corpos celulares de neurónios encontrado fora
do sistema nervoso central, e apresenta-se geralmente como uma dilatação. (dentro do sistema
nervoso central, estes aglomerados são conhecidos como núcleos). Grupo ou concentração de
corpos celulares nervosos separados, que actua como um centro de influência nervoso.
2. Justificar o fato de, no adulto, a medula espinal não ocupar totalmente o canal
vertebral. Explicar a importância disto.
Importância clínica, regra de peele.
3. Explicar o significado funcional das intumescências cervical e lombar, da medula
espinal. 4. Citar os envoltórios da medula espinal e como se dispõem.
Intumescência cervical, forma o plexo braquial que serve para inervar os membros
superiores, e o plexo lombosacro e inervar os nervos inferiores.
5. Citar os limites anatômicos e relações topográficas das partes que constituem o tronco
encefálico.
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/encefalo/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/coluna-vertebral/
6. Citar os nervos cranianos encefálicos, suas respectivas origens aparentes e a função de
cada um.
7. Citar o significado funcional das pirâmides bulbares e da decussação das pirâmides.
São dois cordões de fibras longitudinais que estão situados de cada lado da fissura
mediana anterior do bulbo (pirâmides bulbares). Inverter a informação.
Resumão
FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL
Centro de integração de reflexo.
ARCOREFLEXO
Característica
Policinaptico
Mais de uma sinapse
Poliseguimentar
Mais de um segmento (L3 , L4 e Forame Intervertebral )
Unilateral
Resposta do mesmo lado do estímulo.
REFLEXO PATELAR
O receptor sensorial capta o estímulo do estiramento e transforma em P.A que vai por uma via
aferente em direção a medula espinhal (no lado posterior do ” H ” medular). A medula serve
de centro de integração para o reflexo patelar. A medula formula a resposta que sai do lado
anterior do “H ” medular pela uma via eferente em direção a terminação nervosa motora que
estimula o efetor (músculo) tendo assim uma contração.
SEGMENTO MEDULAR
São os espaços entre as vértebras por onde sai os nervos, são 31.
08 – Cervicais
12 – Torácica
05 – Lombar
05 – Sacrais
01 – Coccígeo
CEREBELO
Localizado posteriormente ao tronco encefálico e inferiormente aos hemisférios cerebrais.
É dividido em lobos:
Flóculo Nodular
Anterior
Posterior
O cerebelo é formado por folhas que foram acrescentadas com o passar dos milhares de anos.
ARQUEOCEREBELO
Encontra-se no Lobo Floco-Nodular, é o mais antigo, mantém o equilíbrio alinhado, Aparelho
vestibular.
PALEOCEREBELO
Encontra-se no Lobo Anterior, é o cerebelo intermediário, regula o Tónus Muscular, postura e
locomoção (conecção com a medula)
Tónus Muscular
Estado de semi-contração muscular ( o músculo sempre tem um grau de contração e é
controlado pelo cerebelo).
Postura Antigravidade
Usando músculos anti-gravitacionais.
NEOCEREBELO
Encontrado no Lobo Posterior, é o mais recente, responsável pela coordenação motora. Córtex
cerebelar (movimentos voluntários).
APARELHO VESTIBULAR
É constituído dos canais semicirculares e o líquido endolinfa. Responsável por avisar o
cerebelo, servindo como um nível, fazendo parte do arquicerebelo.
Encontra-se na caixa temporal.
Quando a endolinfa fica mais expeça, as pontas dos receptores sensoriais cristaliza-se
dificultando o trabalho dos canais semicirculares, fazendo com que as pessoas não tenha
equilíbrio (vertigem ou labirintite).
Os receptores sensoriais são responsáveis de receber os estímulos, processa-los e enviar uma
resposta.
TRONCO ENCEFÁLICO
Conjunto de corpos de neurônios que formam os núcleos que formam o córtex (substância
cinza).
SNC SNP
Conj. Corpos neurônios
Núcleo Gânglio
Conj. Axônio
Tracto Nervo
Fascículo
Leminisco
O tronco encefálico é formado por núcleo e tracto ascendentes e descendentes.
Os núcleos do tronco cefálico controlam:
Nervo Craniano
Centro do Vômito
Controle da Pressão arterial
Funções Reflexas do Tronco Encefálico
Mentual
Responsável pela mastigação com reflexo voluntário e involuntário.
O Lagrimal: Responsável pelas bolsas lacrimais.
Corneano ou Corneo Palpebral
Responsável pelas córneas e palpebras avbaixo.
Piscar
Responsável pelo ato de piscar.
Fotomotor Direto
Responsável por responder a estímulos no mesmo local (lado). Ex: ao incidir uma luz em um
olho que estava fechado a pupila tem que diminuir, se a pupila demorar para diminuir o
trabalho cerebral esta comprometido (coma) .
Concesual
Responsável por responder a estímulos em local diferente. Ex: se aplicar luz no lado esquerdo
o olho direito tem que responder.
Movimentos dos Olhos por Estímulos Vestibulares
Responsável de marcar um ponto fixo com os olhos, mesmo se a cabeça estiver mexendo.
Ex: arqueiros cavaleiros, mesmo balançando eles acertam o alvo.
FORMAÇÃO RETICULAR
Formação em rede, formada por axônios de neurônios de tamanhos diferenciados compreende
os níveis mais alto da medula espinhal até o diencéfalo. Existem também vários núcleos
específicos.
NÚCLEO GIGANTO CELULAR
Irá promover uma ativação ascendente SARA ( sistema ativador reticular ascendente ) indo
para o tálamo que manda para a região específica do córtex. (se for o tato vai para o córtex
parietal).
O núcleo giganto celular é responsável para dar informação que chega ao tronco encefálico.
Ex: Se chegar uma informação e não prestamos atenção geralmente ela se perde, mas se
prestarmos atenção ele prioriza mandando para o tálamo que envia para a região específica do
córtex.
LOCUS CERÚLEO
É o núcleo responsável pelo sono, quando estamos com sono ele inibe o núcleo giganto
celular, mas quando estamos motivado a prestar atenção em alguma coisa o núcleo giganto
celular inibe o locus cerúleo.
DIENCÉFALO
Região localiza abaixo do corpo caloso.
Compreende as seguintes estruturas:
Tálamo
Hipotálamo
Epitálamo
Subtálamo
TÁLAMO
Tem função de motricidade (movimento), comportamento emocional, ativação cortical,
sensibilidade.
HIPOTÁLAMO
Tem função de controle do SNA, controle do sistema endócrino, controle da fome e sede,
controle da temperatura, controle do comportamento emocional, controle do sono e vigília.
EPITÁLAMO
Controle ciclo-cicardiano, controle da reprodução sazonal, comportamento emocional.
SUBTÁLAMO
Faz parte do núcleo da base. Tem como função movimentos automáticos.
Estímulos
Todos os seres vivos têm a capacidade de responder a alterações do meio, através de
modificações do seu estado ou de suas atividades.
Estas alterações do meio são chamadas de estímulo, e estes podem ser luminosos, térmicos,
elétricos, sonoros, etc…
O Sistema Nervoso tem por função perceber os estímulos, transmiti-los a diversaspartes do
corpo e efetuar respostas.
Sistema Nervoso Central
Constituído do encéfalo e da medula espinhal.
Função
Codificar os estímulos.
Sistema Nervoso Periférico
Constituído dos nervos cranianos e espinhais.
Função
Captar estímulos e transmitir respostas.
Sistema Nervoso Autônomo
Constituído do Sistema Simpático e Parassimpático.
Função
Coordenar as funções dos órgãos internos.
Neurônio é a unidade celular do Sistema Nervoso.
Possuem formas variadas, mas todos exibem corpo celular, dendritos e axônio.
Os axônios são envolvidos por mielina cuja função é diminuir a perda de energia durante o
impulso nervoso.
Condução do Impulso Nervoso
Todas as células do nosso organismo apresentam um potencial elétrico através da sua
membrana. Nas condições de repouso , esse potencial é negativo no interior da célula.
Quando um sinal é transmitido ao longo da fibra nervosa, o potencial da membrana passa por
uma série de variações, positivo e negativo. Esta variação súbita é chamada de potencial de
ação e também de impulso nervoso.
O axônio é capaz de conduzir impulsos nervosos em ambos sentidos ao longo de seu
comprimento. Estes impulsos caminham a grandes velocidades 100m/s.
Os neurônios são divididos em 2 grupos. Os aferentes ou sensitivos que captam os estímulos e
conduzem para o S.N.Central, e os eferentes ou motores que conduzem a resposta.
Os neurônios se comunicam entre si e com os órgãos efetores (músculos e glândulas) através
de sinapses. Não há contato físico, mas há transmissão química.
Sistema Nervoso Cefalorraquidiano
Esse sistema, também chamado cérebro espinhal, é formado por células estreladas que
recebem o nome de neurônios.
Os neurônios são formados pelo corpo celular, que compreende a estrela do neurônio e tem
cor cinzenta.
Do corpo celular saem numerosas ramificações denominadas dentritos e um grande
prolongamento de cor branca denominado axônio.
Os axônios constituem os nervos e chegam, em certos casos, a medir cerca de um metro de
comprimento. Cada axônio é envolvido por uma membrana gordurosa e isolante denominada
bainha de mielina.
O sistema cefalorraquidiano divide-se em duas partes: sistema nervoso central e sistema
nervoso periférico.
Sistema Nervoso Central
É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal.
Os encéfalo localiza-se dentro da caixa craniana e é constituído por três órgãos: cérebro,
cerebelo e bulbo. A medula espinhal situa-se dentro da coluna vertebral, ou seja, no canal
medular.
Todos esses órgãos são formados por uma substância cinzenta e uma substância branca. A
substância cinzenta produz ou recebe os estímulos nervosos, enquanto a substância branca é
responsável pela transmissão dos estímulos nervosos do sistema nervoso para os órgãos e
vice-versa.
Cérebro
É o órgão mais volumoso e mais importante do sistema nervoso. Divide-se em duas partes
denominadas hemisférios cerebrais. Os hemisférios estão ligados um ao outro pelo corpo
caloso.
A superfície do cérebro apresenta sulcos chamados cissuras. Os sulcos dividem a superfície
do cérebro em regiões que se chamam circunvoluções cerebrais. A maior das cissuras é a
inter-hemisférica, que divide o cérebro nos dois hemisférios cerebrais.
Cada circunvolução cerebral é responsável pelo controle de determinadas funções. As
circunvoluções que se localizam na frente, junto ao osso frontal, controlam a fala. As que se
situam atrás, junto ao osso occipital, controlam as sensações visuais. Junto aos ossos parietais
ficam as circunvoluções que controlam os movimentos do corpo. As sensações auditivas são
controladas pelas circunvoluções localizadas junto aos ossos temporais.
A substância cinzenta do cérebro localiza-se na parte externa; a substância branca situa-se na
parte interna.
O cérebro é o órgão mais importante do sistema nervoso, pois é ele que controla os
movimentos, recebe e interpreta os estímulos sensitivos, coordena os atos da inteligência, da
memória, do raciocínio e da imaginação.
Cerebelo
Situa-se embaixo e na parte posterior do cérebro. divide-se em duas massas denominadas
lobos cerebelares. Os lobos são ligados no centro pelo verme cerebral.
Da mesma forma que o cérebro, o cerebelo apresenta substância cinzenta na parte exterior e
branca no interior.
A função do cerebelo é coordenar os movimentos do corpo para manter seu equilíbrio. Regula
também o tônus muscular, que é o estado de semicontração que os músculos se encontram,
para entrarem imediatamente em movimento, sempre que for necessário.
O álcool afeta o cerebelo e é por essa razão que a pessoa bêbada não consegue caminhar em
linha reta.
Bulbo
Localiza-se embaixo do cérebro e na frente do cerebelo. Possui a forma de um cone invertido.
Ao contrário do cérebro e do cerebelo, no bulbo a substância branca situa-se na parte externa
e a cinzenta, na interna.
A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e
vice-versa. Também produz os estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a
digestão e a excreção.
A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital.
Recebe esse nome porque se uma pessoa recebe uma forte pancada nesse local poderá morrer
instantaneamente, devido à paralisação dos movimentos respiratórios e cardíacos.
Medula Espinhal
É um tubo nervoso, com aproximadamente 45 centímetros de comprimento e 1 centímetro de
diâmetro, situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior, a medula está ligada ao bulbo,
como se fosso uma continuação desse órgão.
A medula espinhal possui também a substância branca na parte externa e a cinzenta, na
interna. A substância cinzenta se dispõe na forma de um H, cujos ramos dão origem às raízes
nervosas que saem da medula.
A medula espinhal tem duas funções:
Conduzir os impulsos nervosos do corpo para o cérebro. Essa função é realizada pela
substância branca.
Produzir os impulsos nervosos. Essa função é realizada pela substância cinzenta. A medula é
capaz de coordenar os atos involuntários ou inconscientes, como retirar o deio rapidamente de
uma panela de água fervendo.
Sistema Nervoso Periférico
É formado por um conjunto de nervos que podem ser classificados em dois tipos:
raquidianos e cranianos.
Nervos Raquidianos
São 31 pares de nervos que partem da medula espinhal e se ramificam por todo o corpo. Os
nervos raquidianos são formados pelas raízes nervosas que se iniciam nos ramos que formam
o H da substância cinzenta da medula espinhal.
Quanto à transmissão dos estímulos nervosos, os nervos podem ser de três tipos:
1. Sensitivos: Levam os estímulos nervosos do corpo para o cérebro.
2. Motores: Levam os estímulos nervosos do cérebro para o corpo.
3. Mistos: São sensitivos e motores, simultaneamente.
Na realidade, os nervos raquidianos são mistos, pois são formados por duas raízes
nervosas: a raiz anterior, que é motora, e a raiz posterior, que é sensitiva.
De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos
distribuem-se da seguinte forma:
Oito pares de nervos cervicais
Doze pares de nervos dorsais
Cinco pares de nervos lombares
Seis pares de nervos sagrados ou sacrais
Nervos Cranianos
Os nervos cranianos são constituídos por doze pares de nervos que saem do encéfalo e se
distribuem pelo corpo. Podem ser sensitivos, motores ou mistos.
A seguir, a relação desses doze pares de nervos e suas respectivas funções:
Óptico: Conduz os estímulos de luz do globo ocular para o cérebro.
Motor ocular comum: Estimula a contração dos músculos que movimentam os olhos para
baixo e para cima.
Motor ocular externo: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os lateralmente.
Auditivo: Conduz para o cérebro os estímulos sonoros e os impulsos responsáveis pelo
equilíbrio.
Olfativo: Conduz os estímulos do olfato para o cérebro.
Trigêmeo: Leva ao cérebro a sensibilidade da parte superior da face e dos dentes. Estimula
também os músculos que movimentam o maxilar inferior.
Glossofaríngio: Conduz os estímulos do paladar para o cérebro e movimentaos músculos da
faringe.
Hipoglosso: Estimula os músculos da língua.
Patético: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os para os lados e para baixo.
Facial: Estimula os músculos da face, as glândulas salivares e as lacrimais.
Pneumogástrico ou Vago: Estimula o coração, os pulmões, o estômago e o intestino, entre
outros órgãos, dando movimento e sensibilidade às vísceras.
Espinhal: Estimula os músculos do pescoço, permitindo a fonação e os movimentos da
cabeça e da faringe.
Sistema Nervoso Autônomo
Como o próprio nome diz, o sistema nervoso autônomo é aquele que funciona
independentemente de nossa vontade. É ele que controla as funções da vida vegetativa, como
a digestão e a respiração.
O sistema nervoso autônomo compõe-se de três partes:
1. Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos são formados por
pequenas dilatações denominadas gânglios, num total de 23 pares.
2. Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos órgãos de nutrição,
como o estômago, o coração e os pulmões.
3. Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos raquidianos,
fazendo com que os sistema autônomo não seja totalmente independente do sistema nervoso
cefalorraquidiano.
O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso
parasimpático. De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias.
Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera
demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o
ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o
parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.
O Sistema Nervoso Humano realiza um enorme número de funções executadas por muitas
de suas subdivisões. Na verdade, a complexidade do cérebro humano tornou o estudo da
neuroanatomia uma tarefa que demanda tempo. Esta tarefa pode ser muito simplificada se o
estudo do sistema nervoso for feito levando-se em consideração a Anatomia Regional e
Funcional. A Neuroanatomia Funcional examina aquelas partes do sistema nervoso que
trabalham em conjunto para executar uma determinada ação, por exemplo, na percepção
visual. O entendimento da arquitetura neural que está por trás de um comportamento é obtido
facilmente, considerando a Neuroanatomia Funcional. Ao contrário, o estudo da
Neuroanatomia Regional examina as relações espaciais entre estruturas cerebrais em uma
dada região do sistema nervoso. Conhecendo o local, limites e correlacionando estruturas
cerebrais com funções subordinadas, pode-se conseguir extraordinária solução para resolver
um problema clínico de determinação do local da lesão no sistema nervoso de um paciente
com dano neurológico.
Esses conhecimentos básicos nos preparam para explorar detalhadamente a organização
funcional e regional do sistema nervoso.
Organização do Sistema Nervoso
O sistema nervoso é dividido em central e periférico. O sistema nervoso central é aquele
localizado no esqueleto axial (cavidade craniana e canal cerebral). O sistema nervoso
periférico é aquele localizado fora de cavidades ósseas.
Sistema nervoso Central
É formado por encéfalo e medula espinhal, que constituem o neuro-eixo. O encéfalo está
localizado dentro do crânio neural e a medula espinhal se localiza dentro do canal vertebral.
O encéfalo é constituído por cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Esse tronco encefálico é
composto pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. A ponte separa o bulbo, situado caudalmente, do
mesencéfalo, situado cranialmente. Dorsalmente à ponte e ao bulbo localiza-se o cerebelo. O
fluido cérebro espinhal e as meninges envolvem o sistema nervoso central e fornecem
proteção adicional. As principais funções do sistema nervoso central são integrar e coordenar
os sinais neurais que chegam e saem; e executar as funções mentais mais elevadas tais como
pensar e aprender.
Sistema nervoso Periférico
Representa a extensão periférica do S.N.C., é anatômica e operacionalmente contínuo com o
encéfalo e a medula espinhal. O sistema nervoso periférico é constituído por nervos (espinhais
e cranianos), gânglios e terminações nervosas.
Nervos são cordões esbranquiçados que unem o sistema nervoso central aos órgãos
periféricos. Se a união se faz com o encéfalo, os nervos são cranianos; se com a medula, os
nervos são espinhais. Em relação com alguns nervos e raízes nervosas, existem dilatações
constituídas principalmente de corpos de neurônios, que são os gânglios. Do ponto de vista
funcional, existem gânglios sensitivos e gânglios motores viscerais.
Na extremidade das fibras que constituem os nervos situam-se as terminações nervosas,
que, do ponto de vista funcional, são de dois tipos: sensitivas ( ou aferentes) e motoras (ou
eferentes).
O sistema nervoso periférico conduz impulsos neurais para o sistema nervoso central, a partir
dos órgãos dos sentidos e dos receptores sensitivos das várias partes do corpo. Esse sistema
também conduz impulsos neurais provenientes do sistema nervoso central para músculos e
glândulas.
Anatomia macroscópica do telencéfalo
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo e uma pequena
parte mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do
cérebro, cuja o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso,
principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios cerebrais possuem
cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que comunicam com o terceiro ventrículo
pelos forames interventriculares.
Cada hemisférios possuem três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces: face
supero-lateral, que é convexa; face medial, que é plana; e face inferior, ou base do cérebro,
muito irregular, repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e
posteriormente na tenda do cerebelo.
Hemisférios cerebrais
Possuem quatro componentes maiores: o córtex cerebral, formação hipocampal, amígdala e
os núcleos da base. Juntas, estas estruturas participam do que há de mais sofisticado no
comportamento humano. O córtex cerebral, localizado na superfície hemisférica, é repleto de
dobras. As circunvolunções representam uma adaptação evolutiva que serve para ajustar uma
grande área superficial dentro do espaço restrito da cavidade craniana. Na verdade, somente ¼
ou 1/3 do córtex cerebral está exposto na superfície hemisférica. As circunvolunções, também
denominadas giros, são separadas por depressões chamadas fissuras ou sulcos. As fissuras são
depressões muito pronunciadas que sistematicamente podem ser encontradas em todos os
encéfalos. Os hemisférios cerebrais são separados, por exemplo, em duas metades pela fissura
sagital ou inter-hemisférica. Já os sulcos não são tão profundos como as fissuras e suas formas
e localizações não são tão constantes.
A existência dos sulcos permite considerável aumento de superfície sem grande aumento do
volume cerebral e sabe-se que 2/3 da área ocupada pelo córtex cerebral estão �escondidos�
nos sulcos. Muitos sulcos são inconstantes e não recebem qualquer denominação; outros,
constantes, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos e as áreas
cerebrais. De qualquer modo, o padrão de sulcos e giros do cérebro varia em cada cérebro,
podendo ser diferente nos dois hemisférios do mesmo indivíduo.
Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o
sulco central, que serão descritos a seguir:
Sulco lateral
Inicia-se na base do cérebro lateralmente a substância perfurada anterior, como uma
fenda profunda que, separando o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para face
súpero-lateral do cérebro, onde termina dividindo-se em 3 ramos: ascendente, anterior e
posterior. Os ramos ascendente e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo
posterior é muito mais longo, dirige-se para trás e para cima,terminando no lobo parietal.
Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima.
Sulco central
É uma sulco profundo e geralmente contínuo, que percorre obliquamente a face súpero-lateral
do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. Inicia-se na face medial do hemisfério,
aproximadamente no meio de sua borda dorsal e a partir deste ponto, dirige-se para diante a
para baixo, em direção ao ramo posterior do sulco lateral, do qual é separado por uma
pequena prega cortical. É ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e
outro posterior, giro pós-central.
Lobos do córtex cerebral
A divisão em lobos, embora de grande importância clínica, não correspondem a uma divisão
funcional, exceto pelo lobo occipital, que parece estar todo, direta ou indiretamente
relacionado com a visão.
O córtex cerebral é dividido em 4 lobos, esses lobos são denominados de acordo com os
ossos cranianos que os recobrem: frontal, parietal, occipital e temporal.
As funções dos diversos lobos são excepcionalmente diferente, como também são as funções
de cada giro dentro dos lobos. Os lobos frontal e parietal, importantes no controle motor e na
sensibilidade corporal, tais como tato e dor, são separados entre si pelo sulco central. O lobo
temporal, importante em várias funções sensoriais, incluindo a audição, é separado dos lobos
frontal e parietal pelo sulco lateral. O lobo occipital, essencial pela visão, é separado dos
lobos parietal e temporal por uma linha que liga a incisura pré-occipital, na superfície lateral,
com a ponta do sulco parieto-occipital na superfície interna do hemisfério.
Lobo frontal
É essencial para comportamento motor, não apenas para regular as ações mecânicas simples
dos movimentos, tais como a força, mas também na decisão de quais movimentos serão
executados para alcançar um determinado objetivo. Estás funções serão realizadas pelo córtex
motor que está localizado no giro pré-central e pelas áreas pré-motoras com localização
adjacente ao córtex motor. Na superfície lateral, restante da maior parte do lobo frontal, é
importante em funções cognitivas e nas emoções. Estas regiões, que coletivamente são
denominadas córtex associativo pré-frontal, são constituídas pelos giros frontais superior,
médio e inferior. O corpo caloso também pode ser visto na superfície medial do hemisfério.
Para integrar as funções dos dois hemisférios, axônios dessa estrutura atravessam-na em
cada uma de suas partes fundamentais: rostro, joelho, corpo e esplênio.
O orgão sensorial do olfato, o bulbo olfatório, está localizado na superfícia inferior do lobo
frontal. Regiões dos giros orbitais e do prosencéfalo basal, ambas localizadas na superfície
ventral do lobo frontal, são importantes no processamento de informações olfatórias.
Lobo parietal
Não desempenha apenas um papel excepcional na percepção do tato, dor e posição dos
membros, mas também integra nossas experiências sensoriais provenientes da pele, músculos
e articulações, permitindo-nos perceber o tamanho e a forma de objetos manuseados. Essas
funções são desempenhadas pelo córtex sensorial somático, que está localizado no giro
pós-central. A região restante do lobo parietal, localizada na superfície lateral do hemisfério,
consiste dos lóbulos superior e inferior, que são separados pelo sulco intra-parietal. O lóbulo
parietal superior é fundamental para auto-imagem completa e serve de intermédio para
interações comportamentais com o mundo que nos cerca. O lobo parietal inferior está
envolvido na integração de diversas informações sensoriais relacionadas a fala e a percepção.
Lobo occipital
É o mais simples quanto à função, estando envolvido na percepção visual. O córtex visual está
localizado tanto nas paredes quanto nas profundidades do sulco calcarino na superfície medial
do hemisfério. O sulco calcarino inicia-se a baixo do esplênio do corpo caloso e tem um
trajeto arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o
centro cortical da visão. Na superfície medial do hemisfério, escondida pelo tronco cerebral e
pelo cerebelo, está uma parte do lobo occipital. O sulco parieto-occipital separa os lobos
occipital e parietal e encontra em ângulo agudo o sulco calcarino.
Lobo temporal
Participa de uma variedade de funções sensoriais, bem como da memória e o das emoções. O
córtex auditivo, localizado no giro temporal superior, age com áreas vizinhas, localizadas na
profundidade do sulco temporal e do giro temporal médio, auxiliando na percepção e
localização de sons. Um centro cortical importante para o reconhecimento da palavra,
denominada área de Wernicke, está localizada no giro temporal superior. Esta área está
conectada com a área frontal da línguagem, denominada área de Broca, importante para
articulação da palavra. O giro temporal inferior serve para percepção de formas visuais e da
cor. As emoções são mediadas pelo córtex loacalizada no pólo temporal, juntamente com
porções adjacentes de parte medial do lobo temporal, juntamente com porções adjacentes de
parte medial do lobo temporal e as regiões inferior e medial do lobo frontal.
Anatomia Macroscópicas do Cerebelo
Órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica
situado dorsalmente ao bulbo e a ponte, contribuindo para a formação do teto do IV
ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e estar separado do lobo
occipital do cérebro por uma prega da dura-máter chamada tenda do cerebelo. Liga-se à
medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos
pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente.
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo uma porção ímpar e mediana, o Vérmis, ligada a
duas grandes maças laterais, os hemisférios cerebelares. O Vérnis é pouco separado dos
hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face anterior, onde dois sulcos
bem evidentes.
A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção predominantemente transversais, que
delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais
pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter
várias folhas. Essa disposição visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em
seções do órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna. O cerebelo é
constituído de um centro de substância branca, corpo medular do cerebelo, de onde irradiam
as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substância
cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele
irradiam, quando vistas em cortes sagitais, recebem o nome de árvore da vida.
No interior do corpo medular existem 4 pares de núcleos de substâncias cinzenta, que
são os núcleos centrais do cerebelo: dentiado, emboliforme, globoso e fastigial. Destes, pelo
menos o núcleo denteado é facilmente identificável, mesmo macroscopicamente, em seções
horizontais do cerebelo.
A divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua importância é
apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no Vérmis e nos
hemisférios.
O estudo dos lóbulos do cerebelo deve ser feito de preferência em peças em que o Vérmis é
seccionado sagitalmente, o que permite uma identificação mais fácil das fissuras. A língula
está quase sempre aderida ao véu medular superior. O fólium consiste apenas uma folha de
vérmis. Para encontrá-lo, pode se acompanhar até o vérmis a fissura horizontal, sempre muito
evidente, e o fólium estará diante dela. Um lóbulo importante é flóculo, situado logo abaixo
do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, proximo ao nervo
vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmis, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas
são bem evidentes na face inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal
do bulbo.
Anatomia macroscópica do diencéfalo
Compreende as seguintes partes: tálamo,hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas em
relação com o terceiro ventrículo e forma a região encefálica central, sendo envolvido pelos
hemisférios cerebrais. É conveniente que estudo de cada uma dessas partes seja presseguido
de uma descrição do terceiro ventrículo.
III ventrículo
A cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda ímpar e mediana denominada III ventrículo,
que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais,
pelos respectivos forames interventrículares.
Quando o cerebro é seccionado nno plano sagital mediano, as paredes laterais do III
ventrículo são expostas amplamente. Verifica-se, então, a existência de uma depressão, o
sulco hipocalamico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventrícular.
No assoalho do III ventrículo, dispõem-se de diante para trás as seguintes formações:
quiasma óptico, infundibulo, tubercinério e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo.
A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza
acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais
alta das paredes laterais do ventrículo, a um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do
tálamo, onde se insere a tela coróide, que forma o teto do III ventrículo. A partir da tela
coróide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos coróides do III ventrículo, que se dispõe
em duas linhas paralelas e são contínuos através dos respectivos forames interventriculares
com os plexos coróides dos ventrículos laterais.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tecido
nervoso que une os dois hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior.
A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III
ventrículo pertencem ao telencéfalo, pois derivam da parte central não invaginada da vesícula
telencéfalica do embrião.
A luz do III ventrículo se evagina para formar 4 recessos: na região do infundíbulo,
recesso do infundíbulo; outro acima do quiasma óptico, recesso óptico; o terceiro na haste da
glândula pineal, recesso pineal e, finalmente, o recesso suprapineal, acima do corpo pineal,
este último, impossível de ser identificado nas peças em que o tecyto do III ventrículo tenha
sido removido.
Tálamo
Os tálamos são duas maças volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas
uma de cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo. A extremidade anterior de cada
tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa na delimitação
do forame interventricular. A extremidade posterior consideravelmente maior que a anterior,
apresenta uma grande eminência, o pulvinar que se projeta sobre os corpos geniculados lateral
e medial. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral, da via óptica, e
ambos são considerados por alguns autores como constituindo uma divisão do diencéfalo
denominado metatálamo. A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do
ventrículo lateral, sendo, por conseguinte, revestido de epitélio ependimário; a porção medial
constitui juntamente com o teto do III ventrículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro,
cujo o teto é constituido pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura
transversa é ocupada por um fundo de saco da pia-máter, cuja o folheto inferior recobre a
parte medial da face superior do tálamo e entra na constituição da tela coróide, que forma o
teto do III ventrículo. Esta tela coróide se insere que marcam o limite entre a face superior e a
face medial do tálamo.
A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela capsula interna, compacto feixe de
fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo,
continua com o hipotálamo e o subtálamo.
Hipotálamo
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com importantes
funções, relacionadas principalmente com o controle da atividade funcional.
O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do
sulco hipotalamico, além das seguintes informações do assoalho do III ventrículo, visíveis na
base do cérebro.
Corpos mamilares
São duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidente na parte anterior da fossa
interpendular.
Quiasma óptico
Localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe as fibras mielínicas dos nervos
ópticos, II par craniano, que aí cruzam em parte e continuam nos tratos ópticos que se dirigem
aos corpos geniculares laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.
Túber cinéreo
Ë uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tratos ópticos,
entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do
infundíbulo.
Infundíbulo
É uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo, contendo um
pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. Na extremidade
superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo,
enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, o lobo nervoso da
neuro-hipófise. Em geral, quando os encéfalos são retirados do crânio, o infundíbulo se
rompe, permanecendo com a hipófise na cela túrcica na base do crânio.
Epitálamo
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalamico, já na transição com o
mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, ou epífise, glândula endócrina
de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o teto mesencefálico. A base do
corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano
mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetram na
glândula pinel num pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. A
comissura posterior situa-se no ponto em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é
considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das habênulas
interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da habênula, situados
entre a glândula pineal e o tálamo; continua anteriormente, de cada lado, com as estrias
medulares do tálamo. A tela coróide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias
medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura das habênulas, fechando, assim, o teto
do III ventrículo.
Subtálamo
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É de dificil
visualização das peças de rotina, pois não se relaciona com as paredes do III ventrículo,
podendo ser observada em cortes frontais do cérebro. Verifica-se, então, que ele se localiza
abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela capsula interna e medialmente pelo
hipotálamo. O elemento mais evidente do subtálamo é o núcleo subtalamico.
Anatomia macroscópica do tronco encefálico
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao
cerebelo. Na sua constituição entrão corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e em
fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou
lemniscos. Estes elementos da estrutura interna do tronco encefálico podem estar relacionados
com relevos e depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem
ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Os 12 pares de
nervos cranianos, 10 fazem conecção no tronco encefálico.
O tronco encefálico se divide em: Bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo, situado
cranialmente; e pontesituado entre ambos.
Bulbo
O bulbo raquídeo ou medula oblonga tem a forma de um tronco de cone cuja a extremidade
menor continua caudalmente com a medula espinhal, no foramem magno, mas a transição é
gradual, o limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno ventral
do órgão, o sulco bulbo-pontino,que corresponde a margem inferior da ponte. A fissura
mediana anterior termina cranialmente em uma depressão denominada foramem cego. As
características marcantes de sua face ventral são as pirâmides alongadas que contém os tratos
córticos espinhais proveniente do córtex cerebral. O bulbo contém os centros cardiovascular e
respiratórios para o controle automáticos dos batimentos cardíacos e da respiração,
respectivamente. A cavidade do bulbo forma a parte inferior do IV ventrículo.
Ponte
É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. Está situada
ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela
túrcica do esfenóide. Sua base, situada ventralmente, apresenta estriação transversal em
virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras
transversais convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar
médio, que penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a
ponte e o braço da ponte o ponto de emergência do nervo trigêmio. Esta emergência se faz por
duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmio, e outra menor, ou raiz motora do
nervo trigêmio.
Percorrendo logitudinalmente a superfície ventral da ponte, existe um sulco, sulco basilar, que
geralmente aloja a artéria basilar.
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de
cada lado a partir da linha mediana o XI, XII e XIII pares cranianos.
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção
aberta do bulbo, contituindo ambas a porção do IV ventrículo.
Mesencéfalo
O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separada por um plano que liga
os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por um
estreito canal, o arqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. A parte do mesencéfalo
situado dorsalmente ao arqueduto é o teto do mesencéfalo; ventralmente temos os dois
pedúnculos cerebrais, que, por sua vez, se divide em uma parte dorsal, predominantemente
celular, o tegmento, e outra ventral, formada de fibras longitudinais, a base do pedúnculo. Em
uma seção transversal do mesencéfalo vê-se que o tegmento é separado da base por uma área
escura, a substância negra, formada por neurônios que contém melanina.
Correspondendo à substância negra na superfícia do mesencéfalo, existem dois sulcos
longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do
pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam na superfície o limite entre a base e tegmento do
pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge um nervo oculomotor, III par craniano.
Anatomia macroscópica da medula espinhal
Etimologicamente, medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim medula espinhal
significa dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma maça cilindróide de tecido
nervoso dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo completamente. No homem adulto, mede
aproximadamente 45 cm, sendo um pouco menor na mulher. Cranialmente a medula
delimita-se com o bulbo, aproximadamente a nível do forame magno do osso occipital. O
limite caudal da medula tem importância clínica e no adulto situa-se na 2ª vértebra lombar
(L2). A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com
um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
A medula apresenta forma aproximadamente cilindrica, sendo ligeiramente achatada no
sentido ántero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações
denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, situado em níveis cervical e
lombar, respectivamente. Estas intumescência correspondem às áreas em que fazem conexão
com a medula as grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombosacral,
destinados a inervação dos nervos superiores e inferiores, respectivamente. A formação dessas
intumescências se deve à maior quantidade de neurônios e de fibras nervosas que entram e
saem dessas áreas e que são necessárias para inervação dos membros superiores e inferiores.
A superfície da medula apresenta o seguintes sulcos longitudinais, que percorrem toda
extensão: sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco
lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior, situado entre
mediano posterior e o lateral posterior e que continua em um septo intermédio posterior no
interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão,
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Na medula, a substância cinzenta se localiza por dentro da branca e apresenta forma de uma
borboleta ou de um H. Nela distinguimos de cada lado 3 colunas que aparecem nos cortes
como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na
medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o
canal central da medula, resquício da luz do tubo neural do embrião.
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e
descem da medula e que pode ser agrupadas de cada lado em 3 funículos, a saber:
Funículo anterior: Situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo lateral: Situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior
Funículo posterior: Situado entre o sulco lateral posterior e mediano posterior, este último
ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula, o
funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo Grácil e fascículo
Cuneiforme.
Conexões com os nervos espinhais
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, fazem conexão pequenos filamentos nervosos
denominados filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente as raízes
ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes, por sua vez, se unem para formar os
nervos espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao ângulo espinhal que
existe na raiz dorsal. A conexão com os nervos espinhais marca a conexão da medula, que,
entretanto, não é completa, uma vez que não existe septos ou sulcos transversais separando
um segmento do outro. Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da
medula onde fazem conexão com os filamentos radiculares que entram na composição deste
nervo.
Existe 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares
assim distribuído: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Existem 8
pares de nervos cervicais, mas somente 7 vértebras. O primeiro par cervical (C1) emerge
acima da primeira vértebra cervical, portanto, entre ela e o osso occipital. Já o oitavo par (C8)
emerge a baixo da sétima vértebra, o mesmo acontecendo com os nervos espinhais abaixo de
C8, que emerge, de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente.
Meninges
O S.N.C. é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges e são
classicamente três: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Dura-máter
A meninge mais superfícial é a dura-máter, espessa e resistente, formada por tecido
conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos. A dura-máter do
encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por 2 folhetos, externo e interno, dos
quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal. O folheto externo adere
intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo desses ossos, o que é muito
importante, pois a formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio podem
constituir grave fator de irritação do sistema nervoso. Em virtude da aderência da dura-máter
aos ossos do crânio, não existe no encéfalo um espaço epidural como na medula. A
dura-máter, e em particular seu folheto externo, é muito vascularizado. No encéfalo, a
principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramoda artéria maxilar.
A dura-máter ao contrário das outra meníngeas, é ricamente inervada. Como o encéfalo não
possue terminações nervosas sensitivas, toda a sensibilidade intracraniana se localiza na
dura-máter, responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da dura-máter do encéfalo
Em algumas áreas, o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas
que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente.
As principais pregas são as seguintes:
Foice do cérebro: É a expansão da dura-máter que penetra entre os dois hemisférios
cerebrais, pela fissura inter-hemisféricas.
Tenda do cerebelo: É uma expansão transversal no espaço entre o cérebro e o cerebelo
Foice do cerebelo: Pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre
os dois hemisférios cerebelares.
Tenda da hipófise: Expansão da dura-máter que protege a hipófise.
Seios venosos da dura-máter: São os espaços entre as duas lâminas da dura-máter que
funcionam como coletores de seios venosos. As veias encefálicas drenam para os seios
venosos que drenam para veias jugulares internas.
Dividimos o seio em:
Seios da calota
Seio sagital superior
Corre na margem fixa da foice do cérebro, tem uma forma de meia lua, tendo sua borda livre
voltada para a fissura inter-hemisférica. O fluxo da corrente no seio sagital vai da frente para
trás, levando sangue para confluência dos seios próximo à crista occipital interna.
Seio sagital inferior
Corre na margem livre da foice do cérebro passando por cima da tenda do cerebelo. No ponto
onde a foice do cérebro começa a se inserir na tenda do cerebelo, este seio se encontra com a
veia de Galeno.
Seio reto
Formado pela fusão da veia de galeno com o seio sagital inferior, corre pela borda da foice
inserida na tenda do cerebelo, levando sangue para a confluência dos seios.
Seios transversos
O sangue é esvaziado da confluência dos seios pelos seios transversos direito e esquerdo que
correm pela margem da tenda do cerebelo que está fixada ao osso.
Seio sigmóide � quando o seio transverso começa a descer, fazendo uma curvatura, ele passa
a se chamar seio sigmóide. Este seio desce até a veia jugular interna.
Seios da base
Seios cavernosos
Bem no centro do crânio, encontramos o corpo do osso esfenóide, o tubo escavado em cima
(cela turca), e pelas laterais desse osso passam os seios cavernosos. Este seio é uma cavidade
bastante grande e irregular, que recebe o sangue das veias oftálmicas superior e central da
retina.
Seios intercavernosos
Ligando os seios cavernosos, encontramos os seios intercavernosos anterior e posterior.
Seio esfenoidal
Percorre a face interior da pequena asa do esfenóide e desemboca no seio cavernoso.
Seios petrosos
O seio cavernoso drena para os seios petrosos superior e inferior. O seio petroso inferior drena
para o seio sigmóide. Eles se unem antes de penetrar no forame jugular do osso occipital. O
sei petroso inferior drena direto na veia jugular interna que se inicia depois do forame jugular.
Aracnóide
É uma membrana delgada que é ajustada por dentro da dura-máter, sem estar colada a esta,
logo existe um espaço virtual entre ela e a dura-máter preenchido por líquido tissular. Ela
emite franjas para se prender tanto na dura-máter como na pia-máter. Essas franjas lembram
um aspecto de patas de aranhas, daí o seu nome aracnóide.
Pia-máter
Ë a membrana mais fina e segue colocada ao tecido nervoso. Entre a pia-máter e a aracnóide,
existe um espaço real chamado subaracnóide. Esse espaço contém o líquido
céfalorraquidiano.
Não é uniforme, em determinados trechos, ele pode estar estreitados ou dilatado
formando cisternas, dentre as quais citam-se:
Cisterna Lombar � dilatação entre o fim da medula e o saco dural.
Cisterna magna � dilatação atrás do bulbo e debaixo do cerebelo.
Cisterna Pontina � atrás da ponte
Cisterna Quiasmática � próximo ao quiasma óptico.
Cisterna cerebral � atrás do mesencéfalo.
Liquido céfalorraquidiano ou líquor
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares.
A função primordial do líquor é de proteção mecânica do S.N.C., formando coxin líquido
entre este e o estojo ósseo. Desse modo, o líquor constitui um eficiente mecanismo
amortecedor do choque que frequentemente atingem o sistema nervoso central. Por outro
lado, em virtude da disposição do espaço subaracnóideo, que envolve todo o sistema nervoso
central, este fica totalmente submerso em líquido, o que reduz o risco de traumatismo do
encéfalo resultante do contato com os ossos do crânio.
Conclusão
Como sabemos, o estudo do sistema nervoso ainda é um tema temível para muitos médicos,
devido seu elevado grau de complexidade, e que também requer tempo para que o paciente
tenha progressos em busca da cura. Nosso trabalho tem como objetivo levar a nós,
acadêmicos, um melhor entendimento dessa ciência, para que no futuro possamos contribuir
no entendimento e até, solucionar problemas crônicos que atingem o sistema nervoso.
O sistema nervoso é um conjunto de órgãos formados por um mesmo tipo de tecido; este
sistema tem a função de realizar a adaptação e interação do organismo ao meio. Juntamente
com o sistema endócrino, é responsável pela maioria das funções de controle do corpo. De
modo geral, o sistema nervoso controla atividades rápidas e seu efeito é curto, enquanto o
sistema endócrino, ao contrário, é mais lento e controla principalmente as funções
metabólicas do organismo.
O sistema nervoso recebe milhares de unidades de informação dos diferentes órgãos
sensoriais e determina a resposta a ser efetuada pelo organismo a esses estímulos ambientais.
De igual modo, recebe informações sobre o próprio funcionamento e estado do organismo.
Tecido Nervoso
É um tecido formado por células altamente especializadas chamadas neurônios e uma
substância intercelular com células menores que constituem a neuróglia.
A célula nervosa é uma célula de forma estrelada, dotada de numerosos prolongamentos
chamados dendritos; destes, um se destaca por ser longo e pouco ramificado, o axônio ou
cilindro-eixo, que pode medir até cerca de um metro.
O tecido nervoso apresenta como característica básica o fato de ser especializado na condução
de estímulos.
Um estímulo é a modificação do meio ambiente ou do meio interno capaz de produzir uma
resposta.
O axônio é sempre único em cada célula nervosa. Termina sempre em ramificação chamada
arborização terminal. Envolvendo o axônio, encontramos, em alguns casos, uma substância de
revestimento chamada mielina, que funciona como um isolante na passagem do influxo
nervoso. Esta substância é produzida por células denominadas células de Schwann.
O espaço entre células de Schwann contíguas é o nódulo de Ranvier.
Da reunião de vários axônios forma-se o nervo, e, da reunião de nervos, forma-se a fibra
nervosa.
O neurônio, por ser uma célula muito especializada (= altamente diferenciada), caracteriza-se
por ser uma célula sem capacidade de reprodução, e, em função disto, o material nervoso
encontra-se protegido por estruturas ósseas como a caixa craniana e da coluna vertebral.
O impulso nervoso é formado no corpo neuronal e deixa a célula pelo axônio, ou seja, é
centrifugado pelo axônio. O impulso nervoso é uma despolarização da membrana plasmática
do neurônio. A despolarização acontece quando os íons Na+ entram na célula, e os íons K+
saem para o meio extracelular. Após a passagem do impulso nervoso, o estado de repouso é
retomado por ação da enzima Na+/K+ ATPase.
O impulso nervoso vai ser transmitido a outro neurônio pelo axônio do neurônio gerador para
os dendritos ou corpo do neurônio receptor.
Ao contato axônio-dendrito, axônio-corpo de neurônio ou axônio-músculo, damos o nome de
sinapse.
Funções do Tecido Nervoso
O tecido nervoso conduz estímulos (impulsos nervosos) que serão dirigidos
Da periferia do organismo para os centros nervosos superiores: estímulos sensitivos
Dos centros nervosos para a periferia do organismo: estímulos motoresA todo estímulo sensitivo corresponderá sempre uma resposta motora, e este mecanismo é
denominado arco reflexo.
O arco reflexo mais simples é formado por:
Receptor: Recebe estímulo
Condutor sensitivo (aferente): Conduz o estímulo
Centro nervoso: Elabora a resposta
Condutor motor (eferente): Leva o estímulo
Efetor: Executa a resposta.
Observação importante: o tecido nervoso é, de todos os tecidos orgânicos, o mais exigente
de oxigênio molecular para o metabolismo energético oxidativo.
Após três ou quatro minutos sem oxigênio, a célula nervosa entra em degeneração e morre.
Por outro lado, se a célula nervosa for lesada, ela não se reproduz, mesmo havendo a presença
do núcleo celular.
Anatomia e Fisiologia do Sistema Nervoso
O sistema nervoso está dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso central compreende o encéfalo (material nervoso encontrado dentro do
crânio) e a medula.
O sistema nervoso periférico compreende os nervos raquianos, os nervos cranianos e o
sistema nervoso autônomo.
Uma outra divisão, meramente funcional, seria:
Sistema nervoso da vida de relação: é aquele que funciona segundo nossa vontade e que
corresponde às divisões anatômicas central e periférica.
Sistema nervoso de vida vegetativa: é aquele que funciona independentemente de nossa
vontade e que corresponde à divisão anatômica do sistema nervoso autônomo.
Salientamos que estas divisões são didáticas apenas, uma vez que todo o sistema nervoso
trabalha em conjunto e que a todo instante encontramos interferência de um sistema sobre
outro.
Funções Encefálicas
As funções, no nível encefálico inferior, são as atividades do organismo que se dão no nível
subconsciente. São atividades controladas por áreas do encéfalo como bulbo, ponte,
hipotálamo, tálamo, cerebelo, gânglios da base.
Por exemplo: controle da pressão arterial; controle respiratório; controle do equilíbrio;
movimentos coordenados para girar a cabeça, todo o corpo e os olhos; salivação; padrões
emocionais (raiva, excitação, dor, prazer, atividade sexual etc.).
As funções, no nível encefálico superior (córtex cerebral), são aquelas relacionadas às
atividades intelectuais. O córtex cerebral é principalmente uma ampla área de armazenamento
de informações. A perda de uma região do córtex cerebral causará uma enorme perda de
informações, desaparecendo também alguns mecanismos necessários para o processamento
dessas informações. Consequentemente, a perda total do córtex cerebral resulta num tipo de
vida “vegetativa”.
Sistema Nervoso Central
É constituído por órgãos que estão dentro da caixa craniana e no interior do canal
vertebral: o encéfalo e medula espinhal.
Todos os órgãos do sistema nervoso central estão revestidos por três membranas
chamadas meninges:
A mais interna – pia-máter
A intermediária – aracnóide
A mais externa – dura-máter
Entre a aracnóide e a pia-máter encontramos um líquido que protege os órgãos do SNC
(sistema nervoso central), que é o líquor ou líquido cefalorraquidiano.
Encéfalo
O encéfalo é todo o material nervoso situado dentro do crânio. É formado por cérebro,
diencéfalo, cerebelo, mesencéfalo, ponte e bulbo. Chamamos tronco cerebral o conjunto
formado de mesencéfalo, ponte e bulbo.
Cérebro
O cérebro ou telencéfalo é o maior órgão do encéfalo. As atividades do cérebro podem ser
somáticas e psíquicas. As primeiras controlam a estabilidade (equilíbrio interno) e a atividade
do organismo de maneira consciente e de maneira inconsciente. Já as atividades psíquicas
compreendem as emoções, a personalidade e comportamentos.
O cérebro pode ser compreendido pela Fisiologia e pela Psicologia, de uma maneira ou
perspectiva que une estas ciências. Por exemplo, as doenças mentais têm repercussões físicas,
e doenças físicas alteram o equilíbrio emocional.
Externamente, o cérebro apresenta numerosos sulcos, reentrâncias e saliências que, são
denominadas circunvoluções cerebrais, que aumentam a área cerebral. A estrutura do cérebro
mostra uma zona mais periférica de substância cinzenta chamada córtex cerebral, e uma
camada interna de substância branca.
Para aproximadamente 10 bilhões de células nervosas existem perto de 1 trilhão de células
gliais (células da neuróglia ). Cada célula nervosa é capaz de se ligar a pelo menos 30 outras
células nervosas, originando uma rede cujos elementos complexos podem registrar 100
milhões de informações em apenas um segundo.
O cérebro apresenta duas áreas: a massa cinzenta e a massa branca. A massa cinzenta (ou
substância cinzenta) é constituída pelos corpos celulares dos neurônios. Os prolongamentos
dos neurônios, que se ligam ao resto do sistema nervoso, são brancos, porque são envolvidos
por uma capa da substância chamada mielina. A massa branca (ou substância branca) é
composta por prolongamentos neurais.
O cérebro é separado em metades, os hemisférios cerebrais esquerdo e direito. Nas funções
elementares, como a motora e a sensitiva, ocorre o chamado contralateral, isto é, o hemisfério
esquerdo coordena o lado direito do corpo, e vice-versa. Os dois hemisférios, porém, não são
exatamente iguais. Há uma certa dominância do hemisfério esquerdo sobre o direito. Os
hemisférios são unidos por uma estrutura fibrosa que é o corpo caloso.
No cérebro estão localizados os centros nervosos superiores, de numerosas funções, que
servem à integração do ser humano ao meio, entre as quais se encontram:
Função da memória
Função da inteligência
Função sexual
Função da motilidade voluntária
Função da linguagem falada e escrita
Função do psiquismo
Função da visão
Função do olfato
Função da audição
Esses diversos centros nervosos cerebrais têm hoje a sua localização precisamente
determinada dentro da massa cerebral.
Diencéfalo
É a parte intermediária do encéfalo, onde estão localizados os centros nervosos que controlam
grande parte da vida somática e vegetativa. No diencéfalo encontramos o tálamo e o
hipotálamo, responsáveis por funções como controle do metabolismo, centro da fome e do
apetite, centro do sono, medo, regulação térmica, dor, etc. No hipotálamo encontramos a
hipófise.
Mesencéfalo
É o conjunto de formações é constituído pelos pedúnculos cerebrais, os tubérculos
quadrigêmeos e o aqueduto de Sylvius.
Os pedúnculos cerebrais são duas formações tubulares de tecido nervoso que unem a
protuberância dos hemisférios cerebrais. Sua função parece ser apenas uma via de passagem
dos estímulos nervosos, principalmente os relacionados à motricidade e à sensibilidade.
Os tubérculos quadrigêmeos são quatro pequenas saliências localizadas na parte posterior da
protuberância e são também vias de passagem dos estímulos nervosos.
Ponte ou Protuberância
É uma formação nervosa situada logo acima do bulbo, do qual está separada por um sulco. É
zona de passagem para os estímulos nervosos que vão para outras partes do encéfalo. Dada as
suas correlações com o bulbo, a maioria dos autores atribui a ela as mesmas funções
atribuídas ao bulbo.
Bulbo
É a parte mais inferior do encéfalo, estando situada na terminação cefálica da medula
espinhal. É zona de passagem obrigatória dos estímulos que vêm do encéfalo.
Possui funções próprias que também são atribuídas à protuberância: centro de reflexos
de espirro, tosse, vômito, mastigação, sucção, fonação, movimentos das pálpebras,
respiratório, cárdio-moderador, cárdio-acelerador, vasoconstritor, vasodilatador, etc.
Cerebelo
É a parte do encéfalo, situada atrás da protuberância e do bulbo, separada do cérebro pela
chamada “tenda do cerebelo”, que é um prolongamento ou folheto das meninges.
A sua parte mais interna, de substância cinzenta, tem um aspecto arborizado.
Esta estrutura do encéfalo está associada com a regulação da função muscular e com o
equilíbrio corporal.
Medula Espinhal ou Medula Nervosa ou Ráquis
É a porção do Sistema Nervoso Central situada dentro do canal vertebral, desde o bulbo até a
altura da segunda vértebra lombar.
Neste trajeto de 45 cm, a medula dá origem a numerosas raízes nervosasque formam os
nervos raquianos. A medula ocupa, deste modo, diversas porções do segmento corporal das
vértebras, podendo ser dividida então em medula cervical, medula torácica e medula lombar.
Na altura da segunda vértebra lombar, a medula termina, emitindo um filamento. O conjunto
deste filamento com as raízes nervosas dos nervos raquidianos tem um aspecto de fios de
cabelo que se dispõem paralelamente e que recebe o nome de “cauda equina”.
Quando fazemos um corte transversal na medula, encontramos um aspecto particular:
zonas periféricas de substância branca e uma zona central, em forma de H, de
substância cinzenta: o “H” medular.
As pontas ou extremidades do H medular são chamadas cornos, assim exitem 4 cornos
medulares: dois anteriores e dois posteriores, à direita e à esquerda. Desta substância
cinzenta da medula saem e entram as raízes nervosas dos nervos raquidianos. Dos dois cornos
anteriores saem as raízes nervosas motoras destes nervos raquidianos, ou seja, as raízes
encarregadas de levar ordens nervosas de movimentação (portanto, são raízes motoras).
Nos dois cornos posteriores, entram as raízes nervosas sensitivas destes nervos raquidianos,
ou seja, as raízes encarregadas de trazer à medula (e dela ao encéfalo) as sensações nervosas
da periferia do corpo (por isso são raízes sensitivas).
A medula é percorrida, de cima a baixo, por vias nervosas, que circulam ao longo da
substância branca, existindo três grupos de cordões de vias nervosas (anteriores, posteriores e
laterais). Sua função é transmitir os diversos estímulos (vias de passagem) desde a medula até
o encéfalo (vias sensitivas) e vice-versa (vias motoras).
Os grupos ou cordões laterais cruzam para o lado oposto ao deixar a medula, para chegar ao
encéfalo, razão pela qual, por exemplo, alcançando o hemisfério cerebral direito, levarão a
impressão recolhida no lado esquerdo da periferia do corpo. É por esta razão também, que se
diz que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o cérebro esquerdo
controla o lado direito.
Além da função da condução dos estímulos nervosos (via de passagem), os centros medulares
(zona de substância cinzenta ou o H medular) são sede de uma série de reflexos que, pela sua
simplicidade, não necessitam de interferência do encéfalo para sua integração e realização.
O reflexo de retirada é um reflexo protetor que provoca o afastamento de qualquer parte do
corpo de um objeto que esteja causando dor. Por exemplo, a mão queimada por um cigarro ou
picada por uma agulha. Os sinais de dor são transmitidos à substância cinzenta da medula
espinhal e, após a seleção apropriada da informação pelas sinapses, os sinais são mandados
para os neurônios motores adequados para promoverem a flexão dos músculos do antebraço, e
com isso é retirada a mão do cigarro ou da agulha.
Qualquer reflexo depende da atividade de um conjunto de neurônios, o arco reflexo ou via
reflexa.
Um dos primeiros a confirmar experimentalmente a tese de que os reflexos se comportam
como unidades de ação do sistema nervoso foi Stephen Hales, no século XVIII. Ele decapitou
um sapo e, apesar disso, persistiram as respostas a determinados estímulos. O fato prova que
tais respostas podem ser dadas pela medula espinhal sem intervenção do encéfalo. Estes
reflexos são chamados então “reflexos medulares”. Eles são efetuados sem que o cérebro
tome conhecimento imediato (conscientização) deste movimento.
Os nervos são formados por feixes de fibras nervosas. As fibras provêm de determinado lugar
e, de acordo com sua finalidade e função, possuem um determinado destino.
Umas têm origem no sistema nervoso central: são as fibras motoras, que conduzem
impulsos para os músculos e glândulas. Outras fibras trazem impulsos da periferia para o
sistema nervoso central; são as fibras sensitivas e os corpos celulares que lhes dão origem.
Constituem os gânglios sensitivos, situados fora do sistema nervoso central.
Tipos de fibras motoras e tipos de fibras sensitivas:
Fibras motoras somáticas: Destinam-se aos músculos esqueléticos
Fibras motoras viscerais: Destinam-se à musculatura lisa, às glândulas das vísceras e à
musculatura do coração.
As motoras somáticas vão diretamente do neuroeixo (SNC) para a estrutura a ser inervada; as
motoras viscerais terminam em gânglios simpáticos, onde os impulsos são retransmitidos,
através de sinapses, a outras fibras que atingem, por sua vez, o destino.
As fibras situadas antes dos gânglios simpáticos são chamadas de fibras pré-ganglionares; as
fibras originadas em células desses gânglios são chamadas de fibras pós-ganglionares.
Tipos de fibras sensitivas
Fibras sensitivas exteroceptivas: Trazem impulsos provenientes da pele e dos órgãos dos
sentidos
Fbras sensitivas proprioceptoras: Trazem impulsos dos músculos, tendões e articulações
Fibras sensitivas interoceptoras: Trazem impulsos originados nas vísceras
Dentro de um único nervo, encontram-se, praticamente, todos esses tipos de fibras nervosas.
Classificação dos receptores sensitivos:
Mecanorreceptores: Terminações nervosas livres, terminações especializadas, como os fusos
musculares, etc.
Termorreceptores: Frio e calor, terminações nervosas livres.
Nociceptores: Dor, terminações nervosas livres.
Receptores eletromagnéticos: Visão (células bastonetes e cones da retina).
Quimiorreceptores: gustação (papilas gustativas); olfação (epitélio olfatório); para oxigênio
(corpos aórticos e carotídeos); de CO2 (receptores no bulbo e nos corpos carotídeos e
aórticos); de glicose, de aminoácidos (receptores do hipotálamo).
Sistema Nervoso Periférico: É formado por 12 pares de nervos cranianos, 31 pares de nervos
raquianos e pelo sistema nervoso autônomo.
Nervos Cranianos: Os nervos cranianos têm origem no crânio ou caixa craniana e se
dispõem aos pares, pois cada nervo terá que inervar um lado do organismo.
São os seguintes:
1o par: Olfativo, nervo sensitivo que, nascendo no encéfalo, vai às fossas nasais, trazendo os
estímulos do epitélio olfativo.
2o par: Óptico, nervo sensitivo que, nascendo no encéfalo, vai à retina e traz os estímulos da
visão.
3o par: Motor ocular comum ou oculomotor, nervo motor que. originando-se no mesencéfalo,
vai aos músculos do olho e dá movimentação aos globos oculares, pálpebras e diâmetro da
pupila.
4o par: Troclear ou patético, nervo motor que, nascendo no mesencéfalo, vai ao músculo
grande oblíquo do olho e dá movimentação aos globos oculares.
5o par: Trigêmeo, nervo misto que, nascendo da protuberância, dá três raízes (daí seu nome
trigêmeo). Seu componente motor vai da ponte até os músculos da mastigação; seu
componente sensorial parte da córnea, face, lábios, língua e dentes e vai para a ponte.
6o par: Abducente ou motor ocular externo, nervo motor que, nascendo do sulco
buIbo-protuberancial, vai ao músculo reto externo do olho e dá movimentação aos globos
oculares.
7o par: Facial, nervo motor que, nascendo do bulbo, vai aos músculos do pescoço e da face,
dando movimentação a eles. Também regula a secreção da saliva e de lágrimas, além das
sensações gustativas.
8o par: Vestibulococlear ou auditivo, nervo sensitivo que, nascendo do bulbo, vai às
estruturas do ouvido interno. Este nervo participa com um de seus ramos (ramo vestibular)
nos processos nervosos do equilíbrio corporal.
9o par: Glossofaríngeo, nervo misto que, nascendo do bulbo, vai à língua e às suas papilas
sensitivas (raiz sensitiva). Com isto, traz as sensações da gustação. Além disto, manda raízes
motoras para os músculos da faringe, participando assim dos movimentos de deglutição.
10o par: Vago ou pneumogástrico, nervo misto que, nasce do bulbo e vai às vísceras do tórax
e abdômen, nas quais tem raízes motoras e sensitivas. Regula inúmeras funções da vida
vegetativa (aquelas que não dependem da possa vontade), como: digestiva, respiratória.
cárdio-circulatória. Sob este ponto de vista, o vago é um elemento anatômico que faz parte da
constituição do Sistema Nervoso Autônomo.
11o par: Acessório ou espinhal, nervo motor que

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