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ANATOMIA II NEUROTRANSMISSÃO RELAÇÃO:CARDIOPATIA X NEUROTRANSMISSÃO O sistema nervoso central precisa ser nutrido pelo sangue para funcionar corretamente. A neurotransmissão é afetada por alterações vasculares devido a uma cardiopatia. NEUROTRANSMISSÃO Por exemplo, em uma dor de dente: os neurônios sensitivos percebem a dor e conduzem o estímulo para os núcleos dos respectivos nervos cranianos; depois esse estímulo passa ao tálamo e por fim chega ao córtex. O córtex sensorial cerebral traduz a mensagem, e a partir de uma via eferente, a resposta motora descende até o musculo alvo da mastigação. Isso que ocorreu é uma neurotransmissão, a qual possui elementos periféricos e centrais. EXPRESSÃO FACIAL O nervo facial irá inervar os músculos da expressão facial, dentre eles os músculos ao redor da boca (m. orbicular da boca, mm. Risório, levantador e depressor dos lábios), músculos ao redor dos olhos (mm occípitofrontal e orbicular do olho, m. prócero). MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA MÚSCULO RISÓRIO MÚSCULO DEPRESSOR DO LÁBIO MÚSCULO LEVANTADOR DO LÁBIO MÚSCULO PRÓCERO MÚSCULO ORBICULAR DO OLHO INERVAÇÃO NERVO FACIAL (VII) • Gustação nos 2/3 anteriores da língua (doce, salgado, azedo e amargo) • Inervação parassimpática da glândula lacrimal e glândula salivares (sublingual e submandibular). • Motricidade da face – expressão facial. Origem encefálica: O NERVO FACIAL inicia-se no tronco encefálico, lateralmente no sulco bulbopontino. Depois de ganhar o tronco encefálico, ele percorre até o soalho do 4° ventrículo, onde encontra 2 saliências arredondadas chamadas de colículos faciais. Os colículos faciais demostram que nesta região o tracto facial está dentro do SNC. Origem periférica: A parte periférica do nervo facial inicia-se a partir do meato acústico interno, quando começa a emitir ramos dentro da porção petrosa do osso temporal. Dentro da porção petrosa ele emite 3 ramos: um para a glândula lacrimal; outro para a língua e mais um para o músculo que controla o tímpano. ANATOMIA II Em seguida, saindo da porção petrosa, ele passa pelo forame estilomastóide e por fim migra para a face, onde ganha a glândula parótida e se ramifica em: • ramo temporal • ramo zigomático • ramo bucal • ramo marginal da mandíbula • ramo cervical LESÃO DO NERVO FACIAL: A lesão periférica do nervo facial (via eferente motora) terá consequências homolaterais; se a lesão fosse central, a lesão seria contralateral, já que o cruzamento dessas fibras ocorre ainda no SNC. A lesão periférica ocorre, por exemplo, por um choque térmico (troca de ambientes com variação muito grande de temperatura). A lesão central ocorre, por exemplo, a partir de um AVE. NERVO TRIGÊMEO (V) Possui 3 ramos: • Ramo oftálmico • Ramo maxilar • Ramo mandibular É um nervo misto, responsável principalmente pela sensibilidade geral da face e também pela motricidade apenas para os músculos da mastigação (m. masseter, m. temporal e m. pterigóideos medial e lateral) através do ramo mandibular. O nervo trigêmeo possui um grande gânglio chamado gânglio trigeminal. OBS: O paciente do caso possuía parestesia, ou seja, perda da sensibilidade de face. Origem encefálica: A origem encefálica do nervo trigêmeo é na transição entre a ponte e o pedúnculo cerebelar. O ramo intermédio é um ramo motor, que se junta com o nervo trigêmeo depois do tronco do trigêmeo. ACIDENTES ÓSSEOS RELACIONADOS AO NERVO TRIGÊMEO Os ramos do nervo trigêmeo vão passar por esses acidentes ósseos para que se dirijam às suas respectivas áreas de inervação. Na lateral da sela turca há o gânglio trigeminal que dará origem aos ramos do nervo trigêmeo. • Nervo oftálmico: passa pela fissura orbital superior • Nervo maxilar: passa pelo forame redondo • Nervo mandibular: passa pelo forame oval Esses ramos do trigêmeo são sensitivos, portanto, o sentido da informação sensitiva é dos ramos para o gânglio!!! NEUROTRANSMISSÃO DO NERVO TRIGÊMEO A informação sensitiva ascende pela via sensitiva dos nervos oftálmico, maxilar e mandibular e chegam aos núcleos do encéfalo a nível de tronco encefálico. Em seguida passa pelo tálamo e chega ao córtex, o qual enviará uma via descendente motora para a região da mandíbula, nos músculos mastigatórios. Ou seja, a via eferente ocorre apenas pelo nervo mandibular (esse ramo dá o conceito de nervo misto). Enquanto o nervo facial demonstra sua passagem pelos colículos faciais (face posterior do tronco encefálico), o nervo trigêmeo não possui nenhum acidente anatômico que indique a sua passagem. Por isso, é necessário entender internamente ao tronco encefálico a passagem do nervo trigêmeo. O nervo trigêmeo entra no tronco encefálico passando por uma cadeia de núcleos que recebem neurônios para fazer conexão; assim, o trigêmeo faz sinapse no soalho do 4° ventrículo com seus respectivos núcleos centrais. O primeiro deles é o núcleo ANATOMIA II espinal do nervo trigêmeo, na altura do bulbo. Chegando à ponte, há o núcleo principal do nervo trigêmeo e por fim, no mesencéfalo, recebe o nome de núcleo mesencefálico. NERVO VAGO O Sr. José teve uma redução de movimentos na região da musculatura laringo-faríngea, como a diminuição do reflexo de tosse. Essa região é inervada por ramos do nervo vago, como o ramo chamado n. laríngeo recorrente. Assim como o nervo facial, na face posterior do tronco encefálico há uma estrutura que representa uma sinapse do nervo vago: o Trígono do vago, inferiormente ao Trígono do hipoglosso. O nervo vago tem sua origem no tronco encefálico no sulco lateral posterior do bulbo (na região das olivas). O nervo vago sai pelo forame jugular e descente na região lateral do pescoço, mantendo uma relação lateral à carótida comum. No lado esquerdo, o nervo vago passa anteriormente ao arco aórtico, e nessa altura lança um ramo chamado NERVO LARINGEO-RECORRENTE, que faz um arco passando inferior e depois posteriormente ao arco aórtico, fazendo um arco, e ascende novamente na região do pescoço. Já no lado direito, o RAMO LARÍNGEO-RECORRENTE surge na altura da subclávia, fazendo um arco nesta artéria e ascende novamente no pescoço. O nervo vago inerva o nó sinoatrial, através do qual controla a velocidade dos batimentos cardíacos (taquicardia e bradicardia). Ou seja, se a PA do Sr. José estava alterada, significa que a via alterada é a do vago sobre a pressão arterial.
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