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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física Disciplina: FISD41- FÍSICA GERAL EXPERIMENTAL II Docente: Tiago Franca Paes Atividade de Laboratório – Experimento pêndulo físico Alunos: Adrielle Nascimento Brito Ian Vinicio Lopes de Souza Paula Leite da Cruz Thais Maria de Freitas Barros Abril de 2021 Salvador – BA ● RESUMO O pêndulo é um objeto qualquer de massa definida m que, quando submetido a alguma força externa, oscila, tendo como ponto principal do percurso de oscilação o ponto de equilíbrio, onde o corpo se mantém estático quando a gravidade desempenha sua ação efetiva em relação às demais forças que atuam sobre o mesmo. Quando este pêndulo apresenta sua massa m concentrada em um único ponto ele é considerado um pêndulo simples. Porém, quando a massa desse corpo está distribuída aleatoriamente e em um volume delimitado, defini-o como pêndulo físico (YOUNG & FREEDMAN, 2011). Ao ser aplicada uma força externa, o pêndulo físico oscila regido pelas leis do movimento harmônico, assim, tendo um período de oscilação e uma frequência de acordo com as configurações na qual o sistema físico está submetido (HALLIDAY, 2012). A figura 1 apresenta um esquema de pêndulo físico. No esquema, O é o ponto de fixação do pêndulo, s é a distância entre o eixo e o centro de massa, I a distância entre o eixo e o centro de oscilação, G o centro de massa e Mg o ponto de ação da força peso. O objetivo do experimento é executar medidas de frequências de um pêndulo físico de modo a relacioná-la com a geometria e distribuição da massa que o caracteriza. 2.1 ● PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a realização do experimento foram utilizados os seguintes materiais, como podemos observar na figura 2: - Balança de cozinha; - 2 réguas de acrílico (uma com 30 cm e outra de 50 cm); - 1 missi de cabelo; - Linha de pesca; - Cronômetro do celular. Figura 2: Materiais utilizados no experimento. Ao início do experimento, foi realizada a marcação do centro de massa e definido os 11 pontos para furo da régua de acrílico de 30 cm, a qual foi utilizada como haste para esse experimento. Nas figuras 3 e 4 pode-se observar como foi feita a marcação do centro de massa e posteriormente os outros 10 pontos. Figura 3: Marcações para encontrar o centro de massa. Figura 4: Marcação dos pontos que serão furados. Feito o destaque desses pontos, a missi foi esquentada na sua ponta e foram feitos os buracos ao longo da régua, que podemos observar na figura 5 o seu resultado. Figura 5: Furos ao longo da régua acrílica utilizada como pêndulo. Após feito os furos, a régua foi pesada em balança de cozinha, com a finalidade de se obter precisamente a sua massa (figura 6). Figura 6: Régua sendo pesada na balança de cozinha. Após esse processo de preparação do experimento, foi montado então com a linha de pesca e duas hastes fixas o pêndulo, e então foi aferido o tempo de 10 oscilações para cada furo. Foi então montada uma tabela em excel para análise e organização dos dados obtidos com os resultados do experimento. O período de oscilação para o pêndulo físico do experimento é dado por: (Eq. 1)𝑇 = 𝑡𝑛 𝑑𝑒 𝑜𝑠𝑐𝑖𝑙𝑎çõ𝑒𝑠 Onde t é o tempo registrado no cronômetro que será dividido pelo número de oscilações (o nº de oscilações foi 10 para todos os pontos). O tratamento de dados foi realizado seguindo a sequência solicitada no manual dessa atividade, contendo todos os gráficos e respostas das questões feitas. ● TRATAMENTO DE DADOS 1. Trace, em papel milimetrado, o período de oscilação T em função da distância s. Note que ele tem um valor mínimo, e cresce quando s→0 e s→L/2. (1,0) A partir dos resultados obtidos foi possível notar que quando “s” se encontra no ponto fixo equivalente ao centro de massa, o pêndulo físico não oscila, com isso temos s= 0 e o período (T) tendo ao infinito, ou seja, não chega a completar uma oscilação. Ao ritmo que “s” vai tomando valores maiores do que 0, podemos notar que ele alcança um valor mínimo quando s= 80mm e T=0,95s, após atingir esses valores o período (T) novamente começa aumentar com s tendendo a L/2. 2. Trace também em papel log-log os dados para os 4 menores valores de s (que corresponde aproximadamente ao limite em que s→0). De acordo com a expressão para o período obtido na Introdução, espera-se uma dependência em uma lei de potência 8.1 8.2 com expoente negativo. Determine, a partir do gráfico, a dependência funcional entre T e s neste limite. (2,0) A relação matemática que a equação de relação entre T e s, para os 4 menores valores de s, se comporta como uma função potência do tipo y=bxa. Para o sistema do pêndulo físico, o período é dado como: Considerando a equação do tipo potência: y=axb Ao realizar o ajuste a uma curva do tipo potência, é necessário aplicar o logaritmo. Como podemos observa-se que pelo teorema dos mínimos quadrados: y=axb → Log T = log (2π. (√ I / mgs)) ● Log T = Log( 2 𝜋 ) + 1 Log(I) ● (mgs)1/2 2 Fazendo: Y = Log T ; A=Log( 2 𝜋 ) , b= 1/2 e X= Log(I) (mgs)1/2 Reescrevendo a tabela de medidas do experimento, com log para satisfazer a equação (y = a + bx) e sendo n (n° de oscilações) = 4. S(mm) T(s) Xi = log s Yi = log T Xi ² XiYi 10 2,39 1,00 0,378 1,00 0,378 30 1,10 1,477 0,041 2,182 0,061 50 1,09 1,699 0,037 2,886 0,064 70 1,02 1,845 0,009 3,404 0,016 n =4 Encontrando a (coeficiente angular) e b ( coeficiente linear) . a = [Σ xi] [Σ yi] – n [Σ xi yi] a =0,787 [Σ xi]2 – n [Σ xi2] b = [Σ xi yi] [Σ xi] –[Σ xi2] [Σ yi] b = -0,445 [Σ xi]2 – n [Σ xi2] Com isso, a partir do ajuste da curva, podemos encontrar uma equação da reta do tipo linear: 10.1 10.2 Y = A + bX Coeficiente linear: Log(a) = A = 0,787 Coeficiente angular: b = -0,445 Y = 0,787 – 0,445X Para a representação da equação de potência y=axb a = 10A = 100,787 a= 6,124 Desta forma, a dependência entre T e s se evidencia pela equação de potência com expoente negativo: y= 6,124x-0,445 3. Trace em papel milimetrado o valor de T2 s /(4π2) em função de s2. De acordo com a expressão já mencionada, espera-se uma dependência linear entre estas duas grandezas. (1,0) Aplicando o Método dos mínimos quadrados com intuito de realizar o ajuste da melhor reta, utilizamos a tabela abaixo para auxiliar no cálculo dos coeficientes angular e linear. Considerando y = T²s/4π² e x = s². Furos T s (mm) T²s/4π² s ² 1 0,94 140 3,133 19,600 2 0,94 130 2,901 16,900 3 0,95 120 2,743 14,400 4 0,96 110 2,568 12,100 5 0,98 100 2,482 10,000 6 0,99 90 2,234 8,100 7 0,95 80 1,829 6,400 12.1 8 1,02 70 1,845 4,900 9 1,09 50 1,505 2,500 10 1,10 30 0,919 900 11 2,39 10 1,445 100 Encontrando a (coeficiente angular) e b ( coeficiente linear) . a = [Σ xi] [Σ yi] – n [Σ xi yi] a =0,0001026 [Σ xi]2 – n [Σ xi2] b = [Σ xi yi] [Σ xi] –[Σ xi2] [Σ yi] b = 1,2513246 [Σ xi]2 – n [Σ xi2] Sendo: T² = L² + s² onde: 4π² 12g g T² =y -> L² = b -> 1 = a e s²= x : 4π² 12g g Logo com y = ax + b. Assim a equação da relação linear entre T²s/4π² e s² é dada por: T² = 0,001s²+1,25 4π² 4. Usando o método dos mínimos quadrados faça o ajuste da melhor reta entre elas. (3,0) 13.1 a. A partir dos valores obtidos para o coeficiente angular e termo constante determina a dependência do momento de inércia do pêndulo físico em função da distância s. A partir dos valores obtidos para o coeficiente angular e termo constante, podemos determinar que a dependência do momento de inércia do pêndulo físico em função da distância s, se dá pela equação: I/MG=T^2s/4pi^2, onde, T^2s/4pi^2 ficando assim: I = MG .(coef (a)s^2 + coef(b)) I= MG .(0,10325s^2 + 0,01093) b. Verifique se essa dependência satisfaz o teorema dos eixos paralelos. 14.1 14.2 14.3 Como os momentos de inércia são próximos podemos afirmar que essa dependência satisfaz o teorema dos eixos paralelos. c. Finalmente, obtenha o valor da gravidade local. a = 1\g g= 1/ 0.10325 g= 9,685 15.1 ● CONCLUSÃO O experimento realizadoanalisou o movimento oscilatório do pêndulo físico. Nesse, observou-se que o período tende ao infinito quando a distância entre o centro de massa e o eixo de oscilação(s) cresce indefinidamente ou tende a zero, havendo um período mínimo dentro do intervalo. A partir da análise e do gráfico traçado para a relação Txs, em papel log-log, com os quatros valores de s mais próximos de s tendendo a zero, esperava-se demonstrar uma dependência de potência com o expoente negativo. Com isso foi possível verificar através da equação y= 6,124x-0,445. os possíveis erros, ou seja, a diferença entre os valores experimentais e teóricos, que podem ser localizados nesses experimentos, podemos dizer que são consequências de algumas aproximações que foram realizadas ao longo das resoluções, e também alguns erros experimentais que podem ter ocorrido durante a coleta de dados como medir o tempo das oscilações. ● REFERÊNCIAS ❖ Nussenzveig, H. Moysés. Curso de Física Básica,vol 2, 3º edição. EditoraEdgard Blucher LTDA, 1996. ❖ YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A. Física II: termodinâmica e ondas. Vol. 2, 12 ed. Pearson: São Paulo, 2008. ❖ HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v.1. Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Índice de comentários 2.1 Não é um resumo. Um resumo geralmente tem apenas 1 parágrafo e contém objetivo, procedimentos, principais resultados e discussões. 8.1 este ponto foi uma descontinuidade. provavelmente ele estaria entre 0,99 e 1,02 8.2 provavelmente iria precisar de mais pontos para verificar o mínimo da curva, ou realizar outra medida 10.1 s é x, ou seja s^(-0,5) 10.2 n não é 4 oscilações, mas sim 4 pontos ( 4 furos mais próximos do centro da régua) 12.1 ajustar a escala para que o gráfico fique dentro da área do papel gráfico 13.1 a não seria aprox 0,1? 14.1 I=m(b/a)+ms² b=L²/12 e a=1/g 14.2 mg minúsculo unidade em maiúsculo apenas quando refere-se ao nomo próprio: Newton N, Tesla T, Celsius C; Kelvin K. Massa m, grama g.... 14.3 não completou o raciocínio? 15.1 unidade? Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) http://www.tcpdf.org
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