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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO curso de lICENCIATURA EM PEDAGOGIA UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ edja evaristo da silva melo erica mIciaIs de lima laudemir maria de morais ferreira arte de rua “Grafite” Garanhuns/PE 2021 EDJA EVARISTO DA SILVA MELO ERICA MICIAIS DE LIMA LAUDEMIR MARIA DE MORAIS FERREIRA ARTE DE RUA “grafite" Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial à aprovação no 5º semestre do curso de Pedagogia. Garanhuns/PE 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 DESENVOLVIMENTO 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 9 REFERÊNCIAS 10 INTRODUÇÃO A proposta desse projeto é realizar uma Semana Cultural Virtual com o tema Arte de rua “Grafite”, para que os alunos possam vivenciar esse processo cultural artístico. Sabemos que a escola é o local ideal para a prática de valorização e mesmo diante desta pandemia não podemos deixar de vivenciar esta prática pedagógica, porque a arte faz parte da nossa vida e cada um de nós traz em si diferenças únicas interligadas a elas. Trabalhar com a arte, possibilita o conhecimento entre o sujeito e sociedade, além de experimentação de novos desafios e aprendizagens. E o grafite é a arte visual urbana mais difundida no mundo. 10 O objetivo é compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos. DESENVOLVIMENTO A arte de rua é uma das mais importantes manifestações culturais e sociais de um povo. Ela tem estado presente nas maiores e mais importante cidades, geralmente, em muros e de grande escala, esta arte, além de embelezar a cidade de um jeito econômico e muito original, fazendo cada cidade ser única e ter seu próprio estilo. Há também outra importante característica desta arte, o papel da inclusão social. Vários artistas do estilo promovem a arte por meio de suas intervenções, estimulando a criatividade em jovens e crianças de partes mais remotas da cidade. Grafite no Brasil A história do grafite no Brasil surgiu na década de 70, precisamente na cidade de São Paulo. Ela nasce numa época conturbada da história do Brasil, em que a população era silenciada pela censura com a ditadura militar no poder. Há quem se pergunte se o grafite é arte ou se trata de mera pichação. Tendemos a acreditar que o ato de pichar está intimamente ligado ao vandalismo e à noção de destruição da via pública, enquanto que o grafite está relacionado a uma conotação mais positiva. Aos pichadores interessa mais o ato, o rito, o aparecer, o transgredir, e menos o processo criador. A eles o resultado estético não é só secundário, como chega, em alguns casos (como nos rabiscos e palavrões), a ser algo a ser desafiado; já que, com uma estética dissonante que busca o rabisco, o sujo, mais se transgride os padrões da cultura, e, logo, mais se chama atenção sobre si e sobre o trabalho. (RAMOS, 1994, p.49) O grafite é um tipo de arte urbana caracterizada pela produção de desenhos em locais públicos como paredes, edifícios, ruas, etc. E está fortemente ligada à cultura do hip-hop, na expectativa de dar voz aos jovens que nascem e crescem nas zonas mais periféricas das cidades. Esses jovens encontram nas ruas esse local ideal, relatando através da arte a opressão e a vida difícil que eles levam. Essa forma artística expõe figuras caracterizadas pela pobreza, imagens de espaços marginalizados e frases de cunho político, “denunciando o que sentem em relação ao convívio urbano” (ORLANDI, 2004). O grafite como ato produtor de cultura, fixa e ao mesmo tempo desloca sujeitos nacionais, que se apropriam das brechas no espaço urbano, na tensão do público/particular, para serem ouvidos e representados socialmente, o que o que constitui um ato de hibridismo cultural. O grafite é definido como mais que uma linguagem artística, torna-se assim, um importante instrumento de protesto e de transgressão dos valores estabelecidos. Esse tipo de expressão possibilitou a comunicação entre os moradores da cidade, a união de muitas culturas que coexistem; em outras palavras, facilitou a fusão entre o centro e a periferia. No Brasil, essa arte disseminou-se rapidamente pelo país e, hoje em dia, segundo estudiosos do tema, o grafite brasileiro é considerado um dos melhores do mundo. Representantes do Grafite no Brasil Os Gêmeos Conhecidos mundialmente como “Os gêmeos”, os irmãos gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo são brasileiros de São Paulo e iniciaram no grafite em 1987, no bairro onde cresceram na capital paulista, o Cambuci. Com uma linguagem visual que vai do improviso ao lúdico, os artistas retratam cenas do cotidiano. Suas obras já foram expostas em alguns países como Estados Unidos, Chile, Inglaterra, Japão, Espanha, Alemanha, Lituânia, entre outros. Tainá Lima Conhecida como Criola, faz parte da nova geração do grafite brasileiro. Ela nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 2012, começou a criar e produzir pinturas. Suas obras possuem cores e formas que representam a cultura brasileira e a luta contra o preconceito. Ela busca inspirações também na vegetação brasileira, nas culturas indígena e africana e nas lendas urbanas. Ananda Nahu Ananda Nahu nasceu em 1985 em Juazeiro. Iniciou sua carreira nas ruas de Salvador em 2005, trabalhando com a técnica do stencil e fez do cenário urbano seu suporte e formação. Em 2015, ela foi selecionada pela CNN Style como uma das mais influentes artistas brasileiras e em 2016 pintou o maior mural de Ohio, Estados Unidos. Atualmente Ananda mora no Rio de Janeiro. Eduardo Kobra Nascido na periferia de São Paulo em 1975, Eduardo Kobra é um dos maiores artistas de rua do país já tendo realizado mais de 550 obras no Brasil e em outros 17 países. Uma de suas obras mais famosas foi “O Beijo”, produzido em junho de 2012, em Manhattan, na região de Chelsea. A obra fazia uma releitura da fotografia tirada pelo jornalista norte-americano Alfred Eisenstaedt no dia 13 de agosto de 1945 que registrava a alegria do povo nas ruas com o fim da segunda guerra mundial. O painel de Kobra foi apagado quatro anos mais tarde. Negahamburguer Para a paulistana Evelyn Queiróz, 24 anos, a arte tem a obrigação de dizer algo. "Jamais faria arte sem um estofo político." Ela conta que escolheu falar de amor, mas não o romântico, e sim o que trata de respeito e cuidado com o outro. "Todo o julgamento sobre o corpo feminino é falta de amor e respeito com o próximo, então é isso que eu mais quero comunicar." Cranio Fabio de Oliveira Parnaíba, conhecido no mundo das artes como Cranio, nasceu em 1982, Tucuruvi São Paulo. Seu trabalho tem uma pegada de forte crítica social e política e o personagem escolhido para protagonizar os seus murais foi o índio. Ainda que carregada de preconceitos, o caráter conceitual e crítico da Arte Urbana é o que mais atrai os jovens para essa cultura mantendo, inclusive, o seu crescimento. E o caráter estético do grafite tem atraído cada vez mais artista, ao movimento de Arte Urbana. Projeto Semana Cultural Virtual Tema do projeto Arte de rua “GRAFITE” Público-alvo Turmas do 5º ano Justificativa Trabalhar com a arte, possibilita o conhecimento entre o sujeito e a sociedade, além de experimentação de novos desafios e aprendizagem. Objetivo Geral Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos. Objetivos específicos - Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes; - Caracterizar e experimentar danças, cançõese histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais; - Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, e material, de cultura diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. Metodologia - Começar fazendo um questionamento: Arte de rua “Grafite” para saber o que os alunos já sabem em seguida perguntar sobre o que acham sobre mulheres grafiteiras, pois o mais comum é que os homens sejam mais presentes na produção dessa arte. - Mostrar aos alunos algumas produções artísticas como: Kelburn Castle, o castelo mais antigo na Escócia, o mural de Nina Pandolfo na cidade de São Paulo. - RELEITURA: A releitura é uma técnica utilizada para criar algo próprio, no caso, uma obra de arte, inspirada em obras de outros artistas, porém, composta por elementos pessoais. Essa técnica, diferentemente da cópia, usa partes da obra original criando elementos, utilizando materiais diferentes. - Os alunos irão gravar um vídeo falando o que eles acham sobre arte de rua, se nos muros de sua cidade existem grafites? E já parou para pensar como eles são feitos? Pesquisar se alguns utilizam a técnica do estêncil? - Produzir dois tipos de arte, através da técnica estêncil e da releitura, para apresentarmos nas aulas virtuais e na página virtual da escola será montada uma exposição para apreciação das produções, pois é de suma importância para a valorização do trabalho desenvolvido por cada aluno. Recursos didáticos - Imagens impressas de obra de arte; lápis grafite, borracha; folhas A3 e A4; fia adesiva; chapas de raio X; tinta spray; tinta acrílica ou guache; lápis de cor, canetinha e giz de cera. Avaliação Avaliar se os alunos entenderam que o Grafite é uma arte que ocupa os espaços públicos da cidade, e que também pode estar dentro dos museus e galerias. Referencias http://www.osgemeos.com.br/ https://bit.ly/2EKaZvg https://www.youtube.com/watch?v=6x5Hx8hJ-vQ. https://www.educabras.com/enem/materia/educacao_artistica/arte/aulas/grafite_e_arte_urbana CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho apresentou o grafite como arte urbana e como forma de expressão de sentimentos relacionados a questões sociais, culturais, políticas, econômicas, etc. Foi possível perceber que a escola tem um papel fundamental para a valorização desta arte, onde tudo é estimulado e tudo começa, incentivando crianças e jovens valorizar o que possuem a sua volta, em seu entorno, impulsionando saberes mais democráticos, e abertos à diversidade, o grafite pode ser usado como forma de socialização no ambiente escolar. O grafite hoje se coloca como principal expoente da arte contemporânea no Brasil e no mundo. Traz a responsabilidade de melhorar os centros urbanos, tem o encanto de transformar um espaço sem vida em um portal de arte e luz, de forma livre em espaços a céu aberto e ao alcance de muitos. Por isso, se faz necessário que a escola desenvolva atividades pedagógicas que despertem a consciência critica dos alunos, formando cidadãos atuantes na sociedade. REFERÊNCIAS http://www.osgemeos.com.br/ https://bit.ly/2EKaZvg https://www.arrematearte.com.br/artistas/ananda-nahu-1985 https://www.educabras.com/enem/materia/educacao_artistica/arte/aulas/grafite_e_arte_urbana https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/arte-urbana https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/grafite-arte-urbana https://www.todamateria.com.br/grafite-arte-urbana/ acesso em: 18 mar.2021 https://www.youtube.com/watch?v=6x5Hx8hJ-vQ. ORLANDI, ENI P. Metáforas da letra: Escrita, Grafismo. In: Cidade dos Sentidos. Campinas: Pontes, 2004. RAMOS, Célia Maria Antonacci. Grafite, pichação & cia. São Paulo: ANNABLUME, 1994
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