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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE CAROLINE MARQUES DEIVISSON SANTOS CASTRO LUIZ EDUARDO ZORZO LAJES MACIÇAS VITÓRIA DA CONQUISTA-BA 2021 Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................3 2.1 TIPOS/MODELOS..................................................................................................3 3 ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO.....................................................................................3 4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS VÃOS......................................................................4 5 MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA...........................................................................4 5.1CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO............................................................5 6 PROPRIEDADES..............................................................................................................5 6.1 MATERIAIS UTILIZADOS..............................................................................7 6.2 VANTAGENS....................................................................................................7 6.2.1 DESVANTAGENS.........................................................................................7 7 PRINCIPAIS NORMAS...................................................................................................8 8 CONCLUSÃO...................................................................................................................8 INTRODUÇÃO Esse trabalho tem como objetivo falar sobre as Lajes maciças de concreto armado, que consiste em um projeto construtivo dessas lajes moldadas, esse tipo de laje surgiu junto com os primeiros registros de construções em concreto armado no mundo e muito utilizado como principal sistema construtivo de laje por todo o tempo, com todo o avanço tecnológico, apareceram diversos outros sistemas diferentes para concepção de lajes. Ainda assim, atualmente as lajes maciças são empregadas em grande maioria de concreto tanto no Brasil, quanto em todo mundo. Com tudo, então chama-se laje maciça a laje de concreto armado com espessura constante, moldada in loco a partir do lançamento do concreto fresco sobre um sistema de formas planas. DESENVOLVIMENTO Esse trabalho de diplomação foi julgado e adequado como pré-requisito com a finalidade de sistematização e automatização, através de uma rotina computacional que chamamos de laje maciça a laje de concreto armado com espessura constante, moldada in loco a partir do lançamento do concreto fresco sobre um sistema de formas planas. TIPOS/MODELOS Os tipos de lajes maciças se referem mais ao tipo de vínculo da laje com as vigas, que podem ser: • Apoiadas em todas as direções; • Apoiada em duas direções. ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO As lajes maciças são dimensionadas para resistir aos esforços solicitantes de projeto. Basicamente o projeto e dimensionamento devem seguir as especificações da ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto — Procedimento – que estabelece os requisitos básicos exigíveis para estruturas de concreto armado. CLASSIFICÇÃO QUANTO AOS VÃOS No projeto de lajes maciças, devem ser determinados dois tipos de vãos: Vão livre (l0): consiste na distância entre as faces dos apoios. Em casos de balanço, consiste na distância da extremidade livre até a face do apoio (os vãos livres para viabilidade da utilização das lajes maciças variam entre 3,5 e 5 metros); Vão teórico (l): também chamado de vão equivalente, consiste na distância entre os eixos dos apoios; A partir disso os vãos teóricos são considerados como sendo lx o menor vão e ly, o maior, e estabelecem uma relação (λ = ly/lx) que classificam as lajes em armada em duas direções (λ ≤ 2) e armada em uma direção (λ > 2). MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA Quanto ao processo executivo, as lajes maciças são executadas em basicamente 5 etapas: 1ª Etapa: Alocação das formas e escoramento – as formas podem ser constituídas de madeiras, tábuas, chapas compensadas ou chapas de aço e vão servir como base até que o concreto atinja a resistência especificada. As escoras das formas também podem ser constituídas de madeira ou metal. 2ª Etapa: Colocação das ferragens – nessa fase são posicionadas as armaduras determinadas na fase de projeto, ou seja, armaduras principais, secundárias e espaçadores. Nessa fase também são adicionados os componentes elétricos da edificação. 3ª Etapa: Concretagem – Após a certificação de que as armaduras foram todas posicionadas, as formas devem ser limpadas e molhadas e só assim deve ocorrer o lançamento do concreto, realizando sempre os processos de nivelamento e adensamento. 4ª Etapa: Cuidados da cura – Esse é um passo importante e que muitas vezes é esquecido nas obras. Em suma, deve-se realizar a proteção e hidratação do concreto durante o processo de cura sempre que necessário. 5ª Etapa: Desforma – Posteriormente, as formas devem ser retiradas apenas quando o concreto atingir a resistência mecânica de projeto, normalmente isso ocorre aos 28 dias. CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO Durante a execução do assoalho e das escoras, garantir que ambos estão bem nivelados; Correta locação dos eletrodutos e caixas de passagem, evitando problemas na passagem das instalações e eventuais necessidades de quebra da laje para corrigi-lo; Concretagem deve ser feita de uma vez só em toda a extensão da laje; Seguir a ordem de retirada das escoras e da forma. PROPRIEDADES O custo de uma laje maciça está diretamente relacionado com a espessura da laje. Como as outras duas dimensões são de ordem de grandeza muito maior, qualquer alteração da espessura implica numa variação considerável do volume de concreto da laje e, consequentemente, do seu peso próprio; com isso, lajes esbeltas, com pequena espessura, se tornam mais econômicas. Mas por outro lado as lajes esbeltas vibram bastante quando solicitadas por cargas dinâmicas, proporcionam pouco isolamento acústico e podem sofrer deformações acentuadas, causando desconforto para os usuários; As dimensões mínimas para as lajes conforme a NBR 6118:2014 são: • 7 cm para cobertura não em balanço; • 8 cm para lajes de piso não em balanço; • 10 cm para lajes em balanço; • 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN; • 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; • 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de L/42 para lajes de piso bi-apoiadas e L/50 para lajes de piso contínuas; • 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel. Além disso, a norma determina que para o dimensionamento de lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional, conforme a tabela: A espessura econômica para lajes está associada ao tamanho dos vãos. Os vãos econômicos para lajes maciças de concreto armado ficam em torno de 4,0 m, resultando áreas de 15 a 20 m²; As ações usualmente atuantes nas lajes são as seguintes: • Peso próprio; • Peso do revestimento; • Impermeabilização/isolamento; • Sobrecargas de utilização (NBR 6120); • Coberturas. Normalmente as lajes maciças são apoiadas ao longo de todo o seu contorno, mas existem também as lajes onde algumas das bordas não têm apoio, chamadas de “bordas livres”; As lajes maciças são utilizadas nos mais variados tipos de construção, como edifícios de múltiplos pavimentos, muros de arrimo, reservatórios, escadas, construções de grande porte, como escolas, indústrias, hospitais e pontes de grandes vãos. Normalmentenão são aplicadas em construções residenciais e de pequeno porte, pois nesses tipos de construção outros tipos de lajes se tornam mais vantajosos economicamente e no processo construtivo. MATERIAIS UTILIZADOS • Concreto (cimento, brita, areia, água, aditivos); • Aço para armadura; • Formas de madeira, onde são usadas as espécies: pinus, compensado naval, compensado resinado; • Forma metálica. VANTAGENS Há maior disponibilidade de mão de obra e material para execução deste modelo de laje; Modelo é razoavelmente versátil, sendo usado nos mais diversos tipos de construção; O sistema permite, além dos desenhos planificados, formatos tridimensionais e fluidos; Apresenta ainda alto grau de resistência a trincas e a fissuras, se bem executada, já que o concreto seco vira um bloco único e contrai uniformemente. Possui um bom desempenho em relação a resistência dos esforços; Pode auxiliar no sistema de contraventamento da edificação, através da propriedade de chapas; Acabamento liso na parte inferior; Permite diferentes formatos dos panos da laje. DESVANTAGENS Alta geração de resíduos – Elas consomem muitas fôrmas – que podem ter de ser descartadas depois, e também, mais concreto, gerando assim mais resíduos; Estrutura se torna mais pesada, o que dificulta o vencimento de vãos maiores; Custo elevado em relação a diversos outros sistemas de laje; Mal desempenho da acústica nos ambientes; Elevado consumo de concreto Peso próprio elevado, o que estimula maiores reações no restante da estrutura; Utilização de formas, com dificuldade de reaproveitamento; PRINCIPAIS NORMAS • NBR 6118 Projetos e execução de obras de concreto armado; • NBR 6120 Cargas para o calculo de estruturas de edificações; • NBR 7191 Execução de desenhos para obras de concreto simples e armado; • NBR 6123 Forças devidas ao vento em edificações; • NBR 7480 Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado; • NBR 722 Execução de concreto dosado em central; • NBR 8953 Concreto para fins estruturais – Classificação por Grupos de resistências; • NBR 9062 Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado; • NBR 12655 Concreto – Preparo, controle e recebimento do concreto. CONCLUSÃO Diante do que foi exposto, concluímos que a escolha do tipo de laje vai depender de vários fatores, no entanto, as lajes maciças são as mais comuns e mais utilizadas em obras de pequeno e médio porte, pois apresentam um método eficiente e não precisam necessariamente de mão de obra especializada por serem moldadas por formas feitas em obras.
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