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Resenha do Livro Porque tenho medo de lhe dizer quem sou

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Resenha do Livro ''Porque tenho medo de lhe dizer quem sou" de John Powell.
John tenta trazer à atenção a humanidade em cada um de nós, para que possamos compreendê-la, ele também afirma que atualmente em nossa sociedade há ênfase na autenticidade, creio que este seja um ponto de vista que representa o passado, visto que a internet está repleta de pessoas que são tudo menos autênticas, escondendo suas faces, criando personas e agindo como outras pessoas, impersonando outros. No entanto, de fato, cada pessoa utiliza de máscaras para cada pessoa com que se relaciona, não somos iguais à todos, nos relacionamos diferentemente com nossos amigos, parceiros românticos e familiares e raramente somos honestos conosco e com o próximo para demonstrar quem realmente somos, normalmente escondemos essa persona por termos vergonha de quem fomos, do que fizemos e de nossos erros.
Ninguém é estático e permanece o mesmo eternamente, estamos em constante mudança, a pessoa que você era há três anos é diferente de quem você é hoje, este é o processo de amadurecimento e autoconhecimento que nos difere de outros animais, como Powell disse "Minha pessoa não é como um núcleo rígido dentro de mim ou uma pequena estátua permanente e fixa; pelo contrário, ser pessoa implica um processo dinâmico."
"Nenhum de nós quer ser uma pessoa falsa ou fingida. Mas os medos que experimentamos e os riscos envolvidos numa autocomunicação honesta parecem-nos tão intensos que se torna quase uma ação reflexa e natural buscar refúgio em nossos papéis, máscaras e jogos." - Powell, John.
Ao longo da vida, seja por traumas ou más experiências, lentamente criamos máscaras e papéis para usarmos com outras pessoas, até mesmo consigo mesmo, levando à uma perda de identidade ao longo do tempo, essas máscaras e papéis desenvolvem ''jogos'' que utilizamos em nossos relacionamentos pessoais, seja por medo de não sermos aceitos por nossos queridos, pessoas que admiramos ou pela sociedade no geral, este fenômeno é apelidado de ''condição humana'' segundo o autor.
O autor apresenta também o trabalho de Eric Berne, psiquiatra escritor de 'Jogos da Vida' onde o mesmo aborda a análise transacional, esta que tem como objetivo diagnosticar os chamados ''estados do ego'' de cada indivíduo, a análise supõe que cada um age de maneira diferente de acordo com suas necessidades, manifestando diferentes papéis ou estados de ego para cada interação que mantém.
Os estados de ego dividem-se em três categorias, a primeira que é denominada como 'Pai', que é superior, protetor e que, de alguma forma, supre a inadequação do outro, semelhante à um pai de verdade, representando a figura paterna diferentemente para cada indivíduo); o segundo é denominado como 'Adulto', que é maduro o suficiente e que se relaciona com outro adulto de igual para igual; por último, o terceiro é denominado de 'Criança' que, justamente como o nome sugere, precisa constantemente de atenção e suporte.
É importante ressaltar que segundo o autor, nenhum de nós permanece fixado em qualquer um desses estados, e que alternamos conforme a situação e de acordo com nossas necessidades emocionais. Além disso, alternamos inconscientemente entre cada estado de ego e, segundo "experimentos clínicos" possuímos plena capacidade de assumir os três estados, estes que se manifestam baseado em nossas experiências, principalmente as que experienciamos durante a infância e a adolescência, como explica o autor "o homem que às vezes funciona como Pai para seu filho ou como Adulto para a esposa ou sócio, é também capaz de assumir (consciente ou inconscientemente) o estado de ego da Criança".
O estado de ego da criança normalmente comporta-se como alguém dependente, provando-se incapaz de exercer determinadas atividades baseado em seu nível de responsabilidade mínimo, todas essas experiências vividas ao longo de nossa vida e, especialmente durante os primeiros 20 anos, fazem parte da nossa construção como indivíduos na sociedade e desenvolvem nossa programação individual, que determina a maneira que agiremos de acordo com cada situação, o autor afirma que "podemos predizer nossos padrões com um alto grau de precisão. Dependendo de nossas necessidades físicas ou emocionais do momento" e, crê que ao compreender como o mecanismo funciona, é possível agir de maneira mais livre.
Powell ainda classifica cada estado de ego entre aculturado e deliberado, similar as diferenças do 'eu programado' que segue a programação individual e, o eu 'adulto interveniente', que interfere e confronta esses traumas. Conforme o indivíduo torna-se adulto e atinge a maturidade, este liberta-se pouco a pouco de seu programa e deixa de ser um "reator" para ser um "ator". Ele se transforma na pessoa que realmente é.
Há ainda, os jogos de refúgio, que não se referem exatamente a brincadeiras, e sim, reações padronizadas a situações de vida, programadas para nós em algum ponto de nossa vida, estes jogos são um impedimento para alcançar uma omunicação honesta com os outros. Os jogos comumente são pequenas manobras que usamos para evitar a autorrealização e a autocomunicação, e há um aspecto comum a todos esses jogos, eles anulam o autoconhecimento e destroem toda a possibilidade de uma comunicação honesta com os outros. 
O preço da vitória é alto; custando a pequena e já remota chance que a pessoa tem de experimentar encontros interpessoais verdadeiros que vão levá-la ao crescimento e à plenitude da vida. Segundo o autor ''A maioria de nós joga com os outros em nosso comportamento habitual. Nós os levamos a reagir da maneira como gostaríamos que reagissem. Por exemplo, podemos nunca chegar a ser pessoas autênticas porque fomos determinados a ser crianças, inadequadas e carentes.'' 
Fica evidente também que, todos jogam e, se há intenção de mudança. ou seja, se há desejo de ver as coisas como realmente são e comunicá-las como são, é necessário realizar algumas perguntas difíceis sobre os padrões de ação e reação que emergem em minha conduta; devo me perguntar o que esses padrões me revelam sobre nós mesmos.

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