Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE SAPIENS DISCIPLINA: PRÁTICAS INOVADORAS E TECNOLOGIA II. DOCENTE: ANA CÉLIA PIVADO DOS SANTOS BEZERRA. DISCENTE: INDAJARA MAGALHÃES, LIAMARA SOUZA, ROBÉRIO CARDOSO E TAÍZA SOUZA (Taíza) TEMA: EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO (Taíza) Componentes do Grupo: INDAJARA MAGALHÃES, LIAMARA SOUZA, ROBÉRIO CARDOSO E TAÍZA SOUZA (Taíza) OBJETIVO GERAL DO TRABALHO Apresentar a história da Educação Imperial no Brasil (Taíza) OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mostrar os principais documentos e Decretos que culminaram na criação do Sistema de Educação no Brasil Imperial Trazer os principais acontecimentos que culminaram na criação da Educação Imperial no Brasil. Analisar, de forma detalhada, a Educação Imperial no Brasil Demonstrar os métodos de ensino e os contemplados pelo Sistema Educacional do Brasil no período Imperial Realizar um comparativo com os métodos de ensino atual (Lya) PRINCIPAIS INFLUENCIADORES Método Lancaster É um método pedagógico desenvolvido pelo inglês Joseph Lancaster (1778- 1838) no final do século XVIII na Europa. Conhecido também por método monitoral ou mútuo difere dos métodos que o antecederam por utilizar alunos que se destacam dos demais como alunos monitores, responsáveis por contribuir para o ensino do restante do grupo. Ao fundar uma escola para atender crianças carentes na periferia de em Londres (1798), Lancaster se deparou com a problemática que daria origem ao método: como instruir um número grande de alunos sem professores. A saída encontrada foi agrupar os alunos de acordo graus de conhecimento semelhantes e, paralelamente, selecionar alunos em níveis mais avançados e colocá-los como monitores em cada um desses grupos. (Lya) DESENVOLVIMENTO (HISTÓRICO) linha do tempo Chegada da Família Real, em 1808, o Brasil D. Pedro I convocou eleições para eleger os representantes da Nação que deveriam elaborar uma constituição luso-brasileira, ainda em junho de 1822 Entre as cidades mais destacadas, o Rio de Janeiro ocupava um lugar primordial. Capital do Império colonial desde fins do século XVIII, a cidade não apenas serviu de residência para a Corte portuguesa, em 1808, como também sediou o enraizamento de interesses portugueses no interior da colônia e o movimento de independência contra o jugo metropolitano, no início dos anos 1820. Transformada pela presença da Corte de D. João VI, a cidade foi palco das mudanças trazidas pelo século. Corte do Reino Unido em 1815, o Rio de Janeiro manteve a sua função capital após a emancipação política. No recém-nascido Império do Brasil, a cidade continuou a ser o principal centro político, burocrático, financeiro e comercial do país, posição que permaneceu consolidada para além da proclamação da República Período da Educação Imperial no Brasil-1822 a 1889 Foram mais de 109 Decretos, Portaria e Avisos para a consolidação e validação legal da Educação no Brasil Imperial. Os cidadãos eleitos deveriam discutir e aprovar um conjunto de leis, necessárias ao novo País. Todavia, as pressões internas pela independência intensificaram-se, levando Pedro I a proclamá-la em sete de setembro de 1822. Não eram aceitos estrangeiros como funcionários públicos, nem militares e nem os juristas. O que irritou muitos poderosos estrangeiros da época. Dom Pedro I queria apenas os nascidos em território brasileiro e considerados livres dos domínios da Metrópole Portuguesa, ou de Ingleses que habitavam o território na época. Em 1823 foi elaborada a 1ª Constituição do Brasil. Não foi aprovada por Dom Pedro I, pois descentralizava o poder, na época o mesmo mandou prender vários deputados, pois o modelo dessa constituição foi baseado nos moldes da Revolução Francesa. Em 1824, Dom Pedro I reuniu uma nova comissão para moldar a 1ª Constituição do Brasil de acordo com a sua vontade. O parlamento e a Educação: o debate educacional de 1827 Quando, finalmente, inicia-se o processo Educacional no Brasil Imperial. DECISÃO N. 145. – IMPÉRIO. – Portaria de 2 de Outubro de 1850. Ordena à 2ª Câmara Municipal que remeta à Secretaria de Estado dos Negócios do Império no princípio de cada mês, e de cada quartel, um atestado em duplicata da frequência que tiverem tido os Professores Públicos do Município da Corte. AVISO Nº. 157. – Aviso de 8 de Outubro de 1850.126 Ordena que o Diretor das Escolas Públicas primárias do Município da Corte, bem como os professores das mesmas Escolas nomeados posteriormente à Lei de 4 de Outubro de 1831 sejam pagos d’ora em diante mensalmente. DECISÃO N. 55. – IMPÉRIO. – em 10 de outubro de 1889. Declara sem efeito o Aviso de 6 de fevereiro que tornou dependente do aproveitamento dos alunos a declaração da vitaliciedade dos professores públicos das escolas primárias, assim como o reconhecimento do direito às gratificações adicionais, e a conservação desta vantagem (Indajara) DESENVOLVIMENTO História da Educação Apesar de se tratar de um contexto de proclamação de independência e automação do poder, o Brasil, continuava com suas principais características intactas. Era ainda considerado um império elitista, escravocrata e suas riquezas continuavam centralizadas nas cidades polos; Rio de Janeiro, Salvador, Pernambuco, Minas Gerais e Pará. A dominância e o prevalecimento da desigualdade social, além do total desprezo pelas colônias, povoados e cidadelas ou lugarejos. Tudo que era produzido em território nacional ainda era escoado através dos portos para Portugal, Espanha e Inglaterra. De modo que a independência era apenas ficcional. Assim, o debate pela importância de um sistema de educação era apenas para a caracterização de um império independente, mas os métodos educacionais eram apenas para caracterizar a retirada do “espirito primitivo e selvagem da população”. Mas a verdade oculta por trás dessas medidas eram a formação de nobres sem a necessidade de enviá-los para o exterior. O objetivo fundamental da educação no Período Imperial era a formação das classes dirigentes. Para isso; Ao invés de procurar montar um sistema nacional de ensino, integrado em todos os seus graus e modalidades, as autoridades preocuparam- se mais em criar algumas escolas superiores e em regulamentar as vias de acesso a seus cursos, especialmente através do curso secundário e dos exames de ingresso aos estudos de nível superior (Piletti, 1991, p. 41). Ou seja, a Educação era uma mera formalidade para a consolidação do Império e emancipação do julgo da Metrópole Portuguesa. A Educação continua para os ricos e poderosos A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, garantia apenas, em seu Art. 179, “a instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”. No ano de 1827, uma lei determinou a criação de escolas de primeiras letras em todos os lugares e vilas, além de escolas para meninas, nunca concretizadas anteriormente. O ato adicional de 1834 e a Constituição de 1891 descentralizaram o ensino, mas não ofereceram condições às províncias de criar uma rede organizada de escolas, o que acabou contribuindo para o descaso com o ensino público e para que ele ficasse nas mãos da iniciativa privada, acentuando ainda mais o caráter classista e acadêmico, gerando assim um sistema dual de ensino: de um lado, uma educação voltada para a formação das elites, com os cursos secundários e superiores; de outro, o ensino primário e profissional, de forma bastante precária, para as classes populares. Método Lancaster Em 1823, foi instituído o Método Lancaster ou “ensino mútuo”, em que, após treinamento, um aluno (decurião) ficaria incumbido de ensinar a um grupo de dez alunos (decúria), diminuindo, portanto, a necessidade de um número maior de professores. Anos mais tarde esse método vai ser modificado e apresentado por Lev Vygotsky: o teórico do ensino como processo social. Esse métodoficará conhecido como o “aluno mais capaz”. (Indajara) PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS Escola das Primeiras Letras As Escolas das Primeiras Letras ou Escolas de Ensino Elementar, eram consideradas públicas para todos os cidadãos livres, incluindo meninas. Claro que não em turmas mistas, as meninas deveriam ter escolas separadas. Esse sistema de ensino era de responsabilidade das províncias e municípios, o que as desfavorecia significativamente, pois, com a falta de recursos próprios, onde todo o poder financeiro permanecia nas Cidades Polos. Essa Educação foi para as mãos da iniciativa privada e religiosa, que limitava o acesso a este ensino apenas aos que pudessem pagar. Mas as presenças dessas escolas eram obrigatórias em todo território nacional. As primeiras escolas Apesar do decreto estabelecer essas regras para as modalidades de ensino, o Governo Imperial criou o Colégio Pedro II, que oferecia as modalidades de Ensino Elementar e Secundarista, este colégio existe até os dias de hoje. E foi um dos primeiros modelos de colégios no Brasil Imperial. Em contrapartida, muitos Estados vão criar Escolas de nível Superior Descentralização do poder sobre as modalidades de ensino No ATO ADICIONAL de 1834, umas das principais pautas é a descentralização do poder educacional, afirmando que não exista um modelo de Educação Nacional, tanto para o Ensino Primário e Ensino Secundário, tornando-os responsabilidades de seus estados e municípios. Apenas o Ensino Superior passa a ser responsabilidade do Império Nacional. Surgimento das modalidades de ensino A ESCOLA DAS PRIMEIRAS LETRAS, OU ENSINO ELEMENTAR OU ALFABETIZAÇÃO: era publica, para cidadão livres, meninos e meninas em classes ou escolas separadas. Sem limite de duração, podendo variar de 2 anos há 4 anos de instrução. Eram apenas para o aprendizado básico, leitura, escrita, cálculos, belas artes e catequismo. Muitos encerravam sua instrução para vida apenas nessa modalidade. A ESCOLA SECUNDARIA E TECNICISTA: era publica, para cidadãos livres, moças e rapazes, em escolas separadas. Aprendendo gramatica, história, religião, aritmética e funções ou habilidades manuais para os rapazes. As moças aprendiam costumes e tarefas femininas para ser uma boa esposa. Também era oferecido a formação como Professora. Ao fim de sua formação secundaria a moça estava apta a dar aulas. O ENSINO SUPERIOR, OU CURSOS SUPERIORES: Somente a elite e a nobreza tinham acesso, os cursos mais valorizados eram os de juristas, ou Direito e Engenharia. Contratação de instrutores particulares A formação dos Docentes dependia de investimentos próprios, muitas vezes do próprio interessados em lecionar. E sua remuneração dependia de quanto os pais dos aprendizes estavam dispostos a pagar, não havia uma regulamentação ou mesmo uma remuneração especifica até 1850. Muitas famílias poderosas preferiam que seus filhos fossem educados no ambiente doméstico. Assim, era preferível a contratação de instrutores particulares, ou ainda a capacitação das moças para a Profissão de Professora. Educação como posição de status A Educação durante o século 19 era meramente para status, ou ainda para elencar a posição social de um indivíduo. Como já fora mencionado, apesar de ser gratuita e publica, apenas as pessoas com bom poder aquisitivo ou influencia social poderia ter acesso à Educação. Seu principal objetivo era formar uma nova elite de dirigentes capazes para a fundamentação da independência do Brasil e a ocupação de funções e cargos públicos dentro do território nacional para a retirada gradativa do controle português sobre o novo Império. O título de Professora como forma de status feminino. Com a permissividade e a oferta de ensino para as meninas e moças da época, foram fundadas escolas especificas para as mesmas, que aprendiam além do oficio de Professora, as belas artes, religião e os afazeres domésticos, além dos talentos esperados, como; bordado, pintura, costura e até o cuidado com a aparência. Nesse período, ser Professora trazia a moça um status superior que lhe proporcionava a oportunidade de lecionar até o período em que se casasse, o que lhe trazia muitas oportunidades, pois, uma moça formada como Professora seria a mãe e esposa “perfeita”, além de poupar o seu marido dos gastos com a educação dos filhos. (Robério) CARACTERISTICAS GERAIS Características dos métodos de ensino do Brasil Imperial As Escolas das Primeiras Letras, ou Ensino Elementar se tratava de alfabetizar os educandos, ensinar o uso da lógica, dos cálculos básicos, da retórica, das ciências sociais, da gramatica básica já na linguagem do Português do Brasil e não mais o Português de Portugal, história básica e geografia básica e ensino religioso. Esse ensino também era ofertado aos adultos e crianças da época. Como não era muito bem regulamentado, seu período de duração iria de acordo com a capacidade do aluno. Já no Ensino Secundário era o aprofundamento desses conteúdos, porém, desenvolvendo habilidade manuais como parte do currículo, esse ensino variava de acordo com o sexo e posição social dos alunos e também não tinha um período determinado de início e conclusão, tudo variava de acordo com o aprendizado do aluno e a oferta de ensino de cada colégio. Como não havia uma regulamentação e uniformização desses aprendizados, os alunos não precisavam, necessariamente ou obrigatoriamente, cursar uma modalidade de ensino para cursar o outro e vice-versa, mesmo para o Ensino Superior não havia regras que pré-estabelecessem a conclusão de um modulo para iniciar outro. Tudo se dava através de provas de capacidade e poder aquisitivo do aluno. (Robério) CONSIDERAÇÕES FINAIS Características do Sistema de Educação no Brasil Imperial que ainda permanecem nos dias atuais. A principal característica do Sistema de Educação no Brasil Imperial que ainda existe nos dias atuais, é a responsabilidade dos Estados e Municípios, pela conhecida atualmente como; Educação Básica. Apesar de recebermos recurso do Governo Federal, sabemos que os investimentos necessários ainda são precários e eles vem de acordo com cada Administração, o que dificulta ainda mais a melhoria no Ensino público. Outra característica marcante que permanece, é o acesso as Escolas, mesmo as públicas ainda são insuficientes para a população. Por esse motivo, grande parte da população de baixa renda não tem acesso à Educação, ou escolarização no tempo correto. Devido à grande desigualdade social, ainda predominante no nosso cenário atual, parte da população de baixa renda não completa o Ensino Fundamental, e uma pequena porcentagem alcança o Nível Médio, e uma parcela ainda menor, alcançará o Nível Superior. A Educação ainda é vista apenas como uma ferramenta governamental para capacitação de mão de obra, e para validação dos nossos governantes frente aos outros países. A Educação de total qualidade ainda é acessada apenas pelas elites do país, e essa é uma das maiores heranças do Sistema Educacional Imperial. (Robério) REFERÊNCIAS CASTANHA, André Paulo. Edição crítica da legislação educacional primária do Brasil imperial: a legislação geral e complementar referente à Corte entre 1827 e 1889. / André Paulo Castanha. – Francisco Beltrão: Unioeste – Campus de Francisco Beltrão; Campinas: Navegando Publicações, 2013. PILETTI, Claudino. História da Educação no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1986. SCHUELER, Alessandra F. Martinez de. Crianças e escolas na passagem do Império para a República. Rev. bras. Hist. vol.19 n.37 São Paulo Sept. 1999. Artigo recebido em dez./98, aprovado em abril/1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000100004. Acesso em: 03/03/2021. SOUZA, José Clécio Silva e. Educação e História da Educação no Brasil. Revista Eletrônicas; Educação Publica.Publicado em 27 de novembro de 2018. Disponivel em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/23/educao-e-histria-da-educao- no-brasil. Acesso em: 02/03/2021. XAVIER, Maria Elizabete Sampaio Prado.História da educação: a escola do Brasil. São Paulo, SP : FTD, [1994]. Coleção: Aprender e Ensinar. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000100004 https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/23/educao-e-histria-da-educao-no-brasil https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/23/educao-e-histria-da-educao-no-brasil
Compartilhar