Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ SIMONE RIBEIRO DA COSTA SOARES ESTUDO DIRIGIDO DE FISIOLOGIA HUMANA PROPOSTO POR: PROFESSOR MARCELO ZAGER CURSO FISIOTERAPIA – PERÍODO 03 POUSO ALEGRE - MG MAIO DE 2021 Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................................ 3 2. O que é uma câimbra? Quais são as suas causas? ........................................................................... 4 3. O que é fadiga muscular? Quais suas causas? Qual diferença entre fadiga e cansaço? .................. 5 4. O que é espasticidade? Fisiologicamente, como ela ocorre? ........................................................... 6 5. Por que trememos quando sentimos frio? ........................................................................................ 7 6. Porque as articulações crepitam (parece que tem areia)? ................................................................ 8 7. Por que os dedos estalam quando são esticados? ............................................................................ 9 8. Por que quando se começa a fazer atividades físicas se costuma sentir dor nos dias seguintes? .. 10 9. Como o Rim “produz” a urina? ..................................................................................................... 10 10. O que a cor da urina pode nos dizer sobre o paciente? .............................................................. 11 11. O que é o cálculo renal? Por que acontece? .............................................................................. 13 12. O que causa os barulhos no abdômen? Eles podem indicar a necessidade de se alimentar?..... 13 13. Como o seu corpo sente fome? .................................................................................................. 14 15. Por que pessoas que consomem álcool em excesso desenvolvem doenças no fígado? ............. 15 16. O que causa a flatulência? É de ocorrência fisiológica ou pode indicar problemas? ................ 15 17. Se você fizer uma refeição de cabeça para baixo, o alimento chegará ao estomago? Por quê? 16 18. Podemos tomar banho depois das refeições? Explique. ............................................................ 16 19. Por que vomitamos? Como acontece? ....................................................................................... 17 20. Como acontece a diarreia? E a prisão de ventre? ...................................................................... 18 21. Explique como ocorre o soluço? Quais as causas? .................................................................... 19 22. O que é o ato de bocejar? Quais as causas? ............................................................................... 20 23. O que é o ronco durante o sono? Quais as causas? .................................................................... 21 24. O que é o espiro? Por que espiramos? ....................................................................................... 21 25. O que é a tosse? Qual objetivo e causas da tosse? ..................................................................... 22 26. Porque ficamos tontos quanto sopramos muito, como quando sopramos para ajudar a acender o fogo em uma churrasqueira?.................................................................................................................. 22 27. O que são varizes? Como elas se instalam? ............................................................................... 23 28. Porque na ressaca alcoólica a pessoa sente dor de cabeça. ........................................................ 23 29. Conclusão .................................................................................................................................. 24 3 1. Introdução Este é um estudo dirigido proposto em sala de aula na disciplina de Fisiologia Humana. Quando pensamos na integralidade do indivíduo, não temos noção da imensa quantidade de eventos fisiológicos que compõem a vida. Esta estratégia de ensino instiga o acadêmico a buscar informações em bases confiáveis e montar um conhecimento que integra o conteúdo ministrado em sala de aula com o que observamos, inclusive em nós mesmos, no decorrer da vida. Afinal, quem nunca tossiu, espirrou ou sofreu um evento de diarreia? O que existe fisiologicamente por trás disso? Quais sistemas, órgãos e reações estão envolvidos no evento? Responder as questões propostas objetiva formar a capacidade investigativa, organizar o conhecimento e aprender a pesquisar e auxiliar na compreensão dos eventos fisiológicos inerentes à existência humana. As questões estão ordenadas e sequencialmente a elas encontram-se as respostas. A bibliografia exigida ao final do trabalho já está sendo indicada logo após a resposta sob a denominação de “Fonte de Pesquisa” como uma forma de facilitar a identificação da fonte consultada para a resposta. 4 Estudo Dirigido de Fisiologia Responder as questões abaixo: 2. O que é uma câimbra? Quais são as suas causas? De acordo com o estudo de Shimitt at al. (2016), câimbras são contrações musculares involuntárias intensas caracterizadas pela ativação de uma grande quantidade de unidades motoras com uma alta frequência de disparos. Evidências sugerem que as câimbras têm origem periférica e surgem a partir de descargas dos neurônios motores e não do músculo em si. Causas: - Diminuição de água e eletrólitos, especialmente sódio e cloreto; - Contração do espaço intersticial; - Hiperexcitação das junções neuromusculares ocasionada pela contração do espaço intersticial; - Exposição dos terminais nervosos desmielinizados e das membranas pós sinápticas a elevados níveis de moléculas excitatórias (acetilcolina, eletrólitos e metabólitos), ocasionada pela deformação mecânica causada pela contração do espaço intersticial. Fonte: SCHIMITT, J.W.; NUNES, R.; FLORES, L.F.; MENDES, J.C.; TABORDA, D. dos S.; OLIVOTO, R.R.; Câimbra: uma análise com base nos conceitos de fisiologia e biofísica. Coleção Pesquisa em Educação Física, Várzea Paulista, v. 15, n.03, p.35-42, 2016. ISSN; 1981-4313 disponível em: Vol15n3-2016-pag-35-42.pdf. Acesso: 26 abril de 2021. 5 3. O que é fadiga muscular? Quais suas causas? Qual diferença entre fadiga e cansaço? Fadiga muscular é o cansaço físico extremo presente após exercícios intensos. Pode ser dividida entre central e periférica. Central (há falta de força localizada) e periférica (falta de energia abrangente). Cansaço está relacionado ao estilo de vida. As causas da fadiga são: - Exercícios físicos são os principais culpados e isso porque as fibras musculares dependem de processos metabólicos para funcionar e os dois principais agentes causadores são: a falta de energia e as modificações eletroquímicas nas células. Intensidade no exercício libera cálcio provocando aumento da acidez nas células musculares e acumulando substâncias como lactato e amônia. Essas substâncias bloqueiam os sistemas geradores de nova energia para as fibras e podem ser transportadas para o cérebro gerando uma sensação de desconforto e fadiga geral. Em exercícios brandos com esforço prolongado a fadiga é ocasionada pela diminuição da energia das células musculares. Desidratação, falta de açúcar e temperatura elevada também são fatores a considerar. Outras causas podem ser citadas: trabalhos intelectuais intensos, problemas hormonais, estresse, medicamentos, condições médicas (como insuf renal crônica, diabetes mellitus, fibromialgia), desnutrição, transtornos mentais, distúrbios do sono, idade, gravidez e síndrome de burn out. Fonte: MINUTO SAUDÁVEL. O que é fadiga? Disponível em: O que é Fadiga (muscular, crônica,adrenal) e como tratar? | MS (minutosaudavel.com.br). Acesso em: 26 de abril de 2021. 6 4. O que é espasticidade? Fisiologicamente, como ela ocorre? A espasticidade está definida no Protocolo Clínico instituído pela Portaria Conjunta nº 2, de 29 de maio de 2017, conforme abaixo: “Espasticidade é um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, dependente da velocidade associado à exacerbação do reflexo miotático. As principais causas de espasticidade são acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico (TCE) e traumatismo raquimedular (TRM) em adultos e paralisia cerebral (PC) em crianças. Está associada com redução da capacidade funcional, limitação da amplitude do movimento articular, ao desencadeamento de dor, ao aumento do gasto energético metabólico e a prejuízo nas tarefas de vida diária como alimentação, locomoção, transferências (mobilidade) e cuidados de higiene. Pode causar contraturas, rigidez, luxação e deformidades articulares. Por outro lado, o aumento do tônus muscular pode contribuir para estabilização articular, melhora postural, facilitação das trocas de decúbito e transferências. Portanto, é uma situação clínica a ser modulada e não completamente eliminada. Condição clínica multicausal, parte da síndrome do neurônio motor superior (SMS), a espasticidade acomete milhões de pessoas em todo o mundo. Incidência e prevalência apresentam taxas variadas e estão intimamente relacionadas com as doenças correspondentes...” Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria_SAS_2_PCDT_Espasticidade_29_05_207.pdf. Disponível em: Portaria_SAS-SCTIE_2_PCDT_Espasticidade_29_05_2017.pdf — Português (Brasil) (www.gov.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 7 5. Por que trememos quando sentimos frio? Porque o corpo humano precisa manter a sua temperatura interna próxima a 37ºC para que as funções metabólicas sejam conservadas. O termorregulador é o responsável por esta função e qualquer condição diferente ocasiona alterações metabólicas e enzimáticas. A termorregulação ocorre através de um sistema fisiológico com termo receptores centrais e periféricos em um sistema aferente, o controle central de integração dos impulsos térmicos e um sistema de respostas eferentes levando respostas compensatórias. Quando o impulso integrado excede ou fica abaixo da faixa limiar de temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas, que mantêm a temperatura do corpo em valor adequado. Existem receptores distintos para frio e calor e podem ser centrais ou periféricos. Estão também localizados na pele e nas membranas mucosas, que medeiam a sensação térmica e contribuem para a ocorrência dos reflexos termo regulatórios. Esses receptores também respondem à sensação mecânica. O controle é semelhante no homem e na mulher e diminui no idoso e em pacientes gravemente enfermos. A resposta comportamental para o frio é a vasoconstrição e piloereção causando tremores e aumentando o consumo de oxigênio e a taxa metabólica. A resposta vasoconstritora é considerada a mais importante. O fluxo sanguíneo da pele e das extremidades pode ser dividido em dois compartimentos: o nutricional (representado pelos capilares) e o termo regulador (pelos curto-circuitos arteriovenosos situados nos dedos das mãos, pés, orelhas e nariz). Na hipotermia, o fluxo dos curto-circuitos é mediado pela noradrenalina liberada nas terminações adrenérgicas pré-sinápticas que, ao ligar-se aos receptores adrenérgicos, determina a vasoconstrição. Embora ocorra diminuição da perfusão cutânea pela vasoconstrição termo reguladora, a redução da perda de calor pelo organismo é pequena, ao redor de 25%. As perdas pelas mãos e pelos pés diminuem ao redor de 50%, mas somente 17% pelo tronco. Fonte: REVISTA NEUROCIÊNCIAS V13 N3 (SUPL-VERSÃO ELETRÔNICA) -jul/set, 2005. Fisiologia da termorregulação normal. Braz, José Reinaldo Cerqueira. Disponível em: Microsoft Word - Anais do V Simpósio de Hipertermia Maligna.doc (revistaneurociencias.com.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 8 6. Porque as articulações crepitam (parece que tem areia)? A crepitação é descrita no Manual MSD versão para Profissionais de Saúde como um ranger que pode ser ouvido e palpado quando estruturas articulares danificadas são movimentadas. A deformidade da cartilagem ou dos tendões é apontada como causa. A crepitação no movimento pode indicar quais estruturas estão envolvidas. Uma revisão sistemática apresentada por Duarte, et al. (2013), apresenta uma descrição mais detalhada e aponta a perda de congruência das superfícies articulares como a alteração mais significativa e enquanto isso ocorre na cartilagem o osso subcondral (tecido subarticular mineralizado que existe entre a cartilagem calcificada e a não calcificada) sofre alterações proliferativas. Essas alterações acontecem na margem das articulações e no assoalho das lesões cartilaginosas, comprometendo a elasticidade e aumentando a rigidez óssea, tornando o osso mais sensível ao desenvolvimento de microfraturas. Essas microfraturas regeneram-se além do normal e calos ósseos são formados. Consequentemente há aumento da rigidez, comprometendo a estrutura articular e o processo origina os esteófitos, luxações e instabilidade articular. A proliferação sinovial e a sinovite ativa são comuns. As células da sinovial perto da periferia tornam-se metaplásicas e formam novos esteófitos. Alterações metabólicas podem acontecer e atividade enzimática lisossômica e extralisossômica elevam-se e degradam agregados e este processo culmina com a perda de proteoglicanas da matriz óssea e colágeno tipo II. O arcabouço proteico das proteoglicanas ativa outras enzimas, como a colagenase, que destrói o colágeno. O processo descrito é tido como o principal fator na progressão da patologia e na destruição final da superfície articular (osteoartrose). Em uma descrição leiga, o desgaste produz micropartículas que ficam soltas no líquido sinovial e quando a articulação se movimenta o barulho (crepitação) é audível. Fontes de pesquisa: DUARTE, Vanderlane de Souza et al . Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistemática. Fisioter. mov. Curitiba , v. 26, n. 1, p. 193-202, mar. 2013 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 51502013000100022&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 abr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000100022. 9 MANUAL MSD VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE – Profissional, dezembro de 2017. Disponível em: Avaliação do paciente com sintomas articulares - Distúrbios dos tecidos conjuntivo e musculoesquelético - Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com),. Acesso em: 28 de abril de 2021. 7. Por que os dedos estalam quando são esticados? Causas diversas são apontadas para os estalos. Rodrigo Nakao, do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, uma unidade gerida pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, descreve: “Nas articulações existe o líquido sinovial (um líquido que se parece com um lubrificante e que contém gases). Quando estalamos ou dobramos uma articulação, esticamos a cápsula articular e este gás é liberado rapidamente, já que formam-se bolhas com esse movimento”. Tal conhecimento explica porque não conseguimos realizar estalos seguidos. Os gases precisam retornar ao líquido sinovial para um novo evento. O barulho também pode ocorrer quando uma articulação se move e muda o percurso de um tendão ou ligamento, dependendo da angulação. Quando o tendão retorna à sua posição original, um estalo é ouvido. Fonte: ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA – Gestão em Saúde e Educação. Por que nosso corpo “estala”? 17 de maio de 2017. Disponível em: Por que nosso corpo “estala”? (spdm.org.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 10 8. Por que quandose começa a fazer atividades físicas se costuma sentir dor nos dias seguintes? A dor costuma aparecer porque os músculos, nas atividades físicas, são solicitados acima de um certo limite de tolerância. Este limite varia de um indivíduo para outro. Esta exigência provoca micro-traumas (traumas microscópicos) que acometem algumas fibras musculares. O processo de reparação gera um processo inflamatório, com manifestações dolorosas de leves a intensa e que são exacerbadas pela movimentação ou palpação, que se normaliza em alguns dias sem deixar sequela. Pode durar de 8 a 72 horas após o exercício e o pico pode acontecer entre 24 e 48 horas. Por esta razão a condução correta do período de recuperação auxilia o processo de reparação e pode ser acompanhada por suplementação nutricional pós-treino, manipulação, massagens entre outros. Fonte: DRTURIBIO – FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO – A dor muscular do dia seguinte -Exercício e performance, setembro de 2012. Disponível em: A DOR MUSCULAR DO DIA SEGUINTE – FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO (drturibio.com). Acesso em: 28 de abril de 2021. 9. Como o Rim “produz” a urina? A urina é um produto da filtração do sangue onde o rim elimina aquilo que o metabolismo não utilizou. Cerca de 95% da urina é composta por água e 5% é uma mistura de substâncias, resíduos de atividades celulares e ácidos que prejudicam o organismo. O rim produz a urina em fases conforme abaixo: - Primeira fase, ultrafiltração, o sangue entra nos néfrons sob alta pressão e sofre a primeira filtragem no glomérulo e seu produto recebe o nome de filtrado glomerular. - Segunda fase, a reabsorção, começa no túbulo renal proximal e boa parte das substâncias filtradas são reabsorvidas para o sangue através de processo de transporte ativo, pinocitose ou osmose. Assim o organismo fica com substâncias importantes como a água, glicose e aminoácidos. Ainda nesta fase o filtrado passa pela alça de Henle onde minerais como sódio e potássio são novamente reabsorvidos. 11 - Terceira fase, a secreção, é o processo final de formação da urina onde algumas substâncias que ainda estão no sangue são removidas ativamente pelo filtrado. Esta secreção pode conter restos de medicamentos, amônia, que não fazem falta para o corpo e que poderiam causar intoxicação. A partir de aqui o filtrado passa a ser chamado de urina e sugue pelos tubos dos rins e ureteres até chegar à bexiga, onde será armazenada. Fonte: TUA SAÚDE – CURIOSIDADES SOBRE O CORPO HUMANO, novembro de 2020. Disponível em: 3 principais fases de formação da urina - Tua Saúde (tuasaude.com). Acesso em: 28 de abril de 2021. 10. O que a cor da urina pode nos dizer sobre o paciente? Mudanças no aspecto normal podem indicar presença de desidratação e até sangramento urinário. A cor normal é amarelada e pode haver variações de tons de acordo com a quantidade de água presente. Quanto mais água ou ingestão de diuréticos, mais clara será. Algumas doenças como hepatite provocam a presença de bilirrubina na urina. Quanto mais bilirrubina, mais escura fica a urina a ponto de ficar semelhante à cor da coca cola ou mate. No caso da hepatite a urina escura faz companhia para uma pele com coloração amarelada chamada icterícia. As colorações atípicas podem variar muito conforme abaixo: - Amarelo escuro: desidratação, metronidazol (medicamento), aspargo, bilirrubinas; - Laranja: desidratação, sangue, bilirrubinas, beterraba, cenouras, medicamentos (rifampicina, pyridium, nitrofurantoína, vitamina B2); - Roxa: pode ser causada por colonização do trato urinário por bactérias que alcalinizam a urina (providencia stuartii, klebseilla pneumoniae, pseudomonas aeruginosa, escherichia coli ou enterococcus). Quando causada por infecção urinária o paciente está acamado e usando cateter vesical de forma prolongada e por isso a urina roxa é comum em pacientes internados em hospitais. O mecanismo é complexo, envolve metabolização do triptofano encontrado em peixes, peru, ovo, arroz integral, chocolate amargo, nozes, entre outros. Essa metabolização produz pigmentos azuis e vermelhos que se misturam e formam o roxo. Pode demonstrar também algum grau de insuficiência 12 renal e uma urina com pH bem elevado também é necessário para que o fenômeno aconteça. Resumindo, a urina roxa é causada por: infecções, amoras, beterrabas, corantes; - Verde: a causa mais comum é a ingestão do corante azul de metileno, utilizado em testes diagnósticos ou para tratamento de doença chamada de metemoglobinemia. Emtre os alimentos, aspargo, cerveja, alcaçuz preto. A bactéria que pode deixar a urina verde é a pseudomonas aeruginosa. Alguns medicamentos tamb´me estão na lista. Resumindo, a urina verde é causada por: infecção, corantes, azul de metileno, alcaçuz, amitriptilina, propofol, indometacina; - Vermelha: indício de sangramento nas vias urinárias (hematúria) ou doenças do trato urinário incluindo infecção, glomerulonefrites e cálculo renal. Pode ser consequência do uso de anticoagulantes como varfarina e heparina ou laxantes que utilizam sena. Beterrabas e amoras também podem causar a cor vermelha. Em resumo: sangue, sena, rifampicina, pyridium, vitamina B, beterraba e amora; - Azul: normalmente causada por corantes, mas pode ser por bactérias como a pseudomonas aeruginosa. Algumas drogas como triantereno, amitriptilina, indometacina e viagra; - Preta: pode ser causada por doença genética rara chamada de alcaptonúria (sai do organismo com a cor normal, mas depois de algumas horas exposta ao ar torna-se preta). Uma urina que contenha sangue também pode adquirir uma cor bem escura. Entre os medicamentos: cloroquina, levodopa, nitrofurantoína, laxantes, metronidazol, metildopa e hidroquinona. Fonte: MD.SAÚDE – Nefrologia, Dr. Pedro Pinheiro. Disponível em: 7 ALTERAÇÕES NA COR DA URINA • MD.Saúde (mdsaude.com). Acesso em: 28 de abril de 2021. 13 11. O que é o cálculo renal? Por que acontece? Cálculo renal, conhecido como pedra no rim ou litíase renal, é uma doença causada pela cristalização de sias minerais presentes na urina, que se agrupam e formam uma pequena pedra dentro do trato urinário. Quando a pedra obstrui o escoamento da urina, causa a cólica renal. Ela acontece porque sais de cálcio como o oxalato de cálcio e fosfato de cálcio assumem o formato sólido. Também podem ter pedras que se formam com ácido úrico, estruvita (magnésio + amônia + fosfato) e cistina. A quantidade insuficiente de água costuma ser a maior causadora das pedras nos rins, por não haver líquido suficiente para dissolver os sais presentes, mas, em uma outra parcela da população que ingere quantidade suficiente de água também pode ocorrer. Isso se deve ao fato dessas pessoas apresentarem alterações na composição natural da urina (excesso de sais minerais, principalmente de cálcio). Fonte: MD.SAÚDE – Urologia, Dr. Pedro Pinheiro – Cálculo renal (pedra no rim): causas e tratamento. Disponível em: Cálculo Renal (pedra no rim): causas e tratamento • MD.Saúde (mdsaude.com). Acesso em: 28 de abril de 2021 12. O que causa os barulhos no abdômen? Eles podem indicar a necessidade de se alimentar? Geralmente são causados por movimentos peristálticos do tubo digestivo, estômago e intestino delgado e grosso. Nem sempre indicam necessidade da pessoa se alimentar porque os sons podem acontecer com o estômago vazio ou cheio. Fonte :MINHAVIDA – Sons abdominais: tratamentos e causas. Disponível em: Sons abdominais: tratamentos e causas | Minha Vida. Acesso em: 28 de abril de 2021. 14 13. Como o seu corpo sente fome? Fome é uma ocorrência natural, caracterizada por uma série de sinais fisiológicos que indicam que o organismo está sentindo falta de nutrientes. Os principais sinais de fome são: sensação de estômago vazio ou roncando, queda de energia, sono, irritação, dor de cabeça e outros. O processode sentir fome e saciedade envolve vários estímulos e diferentes partes do cérebro. A grelina, dentre outras substâncias, é liberada pelo estômago quando ele se encontra vazio e age diretamente no cérebro fazendo com que a sensação de fome seja ativada. Por sua vez, ao ingerirmos qualquer alimento, o estômago libera o hormônio PYY e outros que agem igualmente no cérebro, gerando a sensação de saciedade. No cérebro o hipotálamo é o centro regulador da fome e da saciedade e estimula e libera substâncias de caráter orexígeno (que geram a fome) e anorexígeno (que abolem a fome), respectivamente, em determinadas situações fisiológicas. Fonte: ABCMED – Obesidade – Entendendo os mecanismos da fome, 11 de fevereiro de 2021. Disponível em: Entendendo os mecanismos da fome - Obesidade > AbcMed. Acesso em: 28 de abril de 2021. 14. Em nossa digestão, no estomago, é secretado um ácido altamente corrosivo: o ácido clorídrico. Porque esse ácido não lesa (digere) o nosso estomago? O ácido não lesa o estômago porque ele está adaptado para comportar este tipo de substância. Possui paredes resistentes e células organizadas de modo a acomodar o ácido da melhor forma. Além disso, o estômago secreta bicarbonato e muco para melhor isolar a região e se auto proteger da ação corrosiva do ácido. Doenças como gastrite e úlceras acontecem por consequência de desequilíbrio entre a produção do ácido e a produção dos fatores protetores. Fonte: UNIPROCTO – Gastroenterologia – Ácido clorídrico no estômago, 22 de maio de 2020. Disponível em: Ácido clorídrico no estômago | Uniprocto & Gastro (uniproctoegastro.com.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 15 15. Por que pessoas que consomem álcool em excesso desenvolvem doenças no fígado? Porque o álcool quando é metabolizado no fígado, produz substâncias altamente tóxicas. Essas substâncias causam inflamação no fígado. Por ser um órgão que se regenera com facilidade, os sintomas de lesão hepática aparecem quando já estão extensas. Desenvolve mais rapidamente nas mulheres que em homens. O fígado metaboliza o álcool em álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima converte o álcool acetaldeído que mesmo em pequenas concentrações é tóxico para o organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), converte o acetaldeído em acetato e ele atinge outras partes do organismo pela corrente sanguínea e participa de outros ciclos metabólicos. As lesões hepáticas causadas pelo álcool são atribuídas ao metabolismo do álcool e seus produtos de metabolização. Fonte: CISA Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, 30 de junho de 2004. Disponível em: Álcool e Sistema Hepático (cisa.org.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 16. O que causa a flatulência? É de ocorrência fisiológica ou pode indicar problemas? A flatulência é causada por fermentação de matéria em decomposição no corpo. Costuma ser um processo natural, porém, em excesso, pode indicar que muito ar foi engolido ou ingestão de alimento de difícil digestão. A flatulência tem como principais causas: ingestão de alimentos que produzem gases (feijão, ervilhas, lentilhas, soja e outros); falta de enzimas no aparelho digestivo (falta de lactase que digere a lactose do leite); excesso de adoçantes naturais e artificiais (sorbitol, xilitol, manitol); maus hábitos alimentares (mastigar com a boca aberta, falar quando come, ingerir muitos líquidos à refeição, mastigar mal e outros). Fonte: SAÚDE E ALIMENTAÇÃO – Blog de José V C Matias. Flatulência, Sintomas e Tratamentos, novembro de 2019. Disponível em: Flatulência – Causas, Sintomas E Tratamentos – Saúde & Alimentação (josematias.pt). Acesso em 28 de abril de 2021 16 17. Se você fizer uma refeição de cabeça para baixo, o alimento chegará ao estomago? Por quê? Sim. O alimento chegará ao estômago porque o peristaltismo do esôfago empurra a comida pelo canal até o estômago. Ele garante a chegada do alimento ao estômago. Fonte: SÓ BIOLOGIA – Fisiologia animal - Saliva e peristaltismo. Disponível em: Saliva e peristaltismo - Só Biologia (sobiologia.com.br). Acesso em 28 de abril de 2021. . 18. Podemos tomar banho depois das refeições? Explique. Sim. Porém, depende da temperatura da água e recomenda-se banhos rápidos. Banhos com água fria podem provocar choque térmico e por isso devem ser evitados. Banho com água morna ou quente não fará mal. Isso porque depois das refeições há aumento da concentração do sangue no aparelho digestivo e quando a pele requisita fluxo sanguíneo por conta da temperatura da água, não haverá sangue suficiente para as duas necessidades: banho e digestão. Assim o coração pode ser incapaz de bombear sangue na velocidade suficiente para suprir as demandas e a pessoa pode sofrer choque hipovolêmico, ou seja, os órgãos vitais deixam de receber a quantidade mínima necessária para o seu funcionamento. Fonte: MÉDICO RESPONDE, Dra. Nicole Geovana, 17 de agosto de 2017. Disponível em: Tomar banho depois de comer faz mal? - Médico Responde (medicoresponde.com.br). Acesso em: 28 de abril de 2021. 17 19. Por que vomitamos? Como acontece? Vomitamos para expulsar vigorosamente o conteúdo do estômago e às vezes do intestino. O mecanismo é guiado e controlado pelo cérebro e por seu centro do vômito. O quarto ventrículo do cérebro hospeda o centro do vômito e o seu assoalho contém uma área que é a zona do disparador do quimiorreceptor (CTZ). Quando o CTZ é estimulado o vômito acontece. O CTZ contém os receptores para a dopamina, a serotonina, opiáceo, acetilcolina e a substância P do neurotransmissor. Quando estimulados cada m destes caminhos conduzem ao vômito e náusea. O processo do vômito envolve diversas fases e etapas conforme abaixo: - Estimulação do CTZ que conduz à ativação do sistema nervosos motor parassimpático e simpático; - Estimulação do sistema nervoso parassimpático que provoca aumento na salivação; - Respiração profunda antes de vomitar para proteger os pulmões da aspiração; - Ânsias antes do vômito real; - Afrouxamento do esfíncter pilórico que guarda a gama mais baixa do estômago para trazer para cima o conteúdo do intestino; - Aumento da pressão do abdômen e diminuição da pressão dentro da caixa torácica. Contração dos músculos abdominais para expelir o conteúdo que está no estômago; - Ativação do sistema nervoso simpático e consequente transpiração, palpitação e aumento da frequência cardíaca. Fonte: NEWS MEDICAL LIFE SCIENCES – Mecanismo do vômito. Disponível em: Mecanismo do vômito (news-medical.net). Acesso em 28 de abril de 2021. 18 20. Como acontece a diarreia? E a prisão de ventre? A diarreia tem como característica o aumento da frequência evacuatória acima de 3 vezes ao dia e existem diferentes mecanismos responsáveis por sua fisiopatologia, mas o critério mais importante no quadro agudo é o estado nutricional e de hidratação do paciente, pois a maioria dos quadros são autolimitados. A fisiopatologia pode ser dividida em: - Osmótica: depende da presença de soluto hiperosmolar no lúmen intestinal. É a clássica diarreia da criança que comeu muito doce em algum evento no dia anterior. Outro exemplo é intolerância à lactose, quadro no qual o acúmulo desse nutriente na luz intestinal, devido à deficiência de lactase (enzima que digere a lactose), favorece a retenção de água e íons. - Secretora: ocorre secreção ativa de água e eletrólitos a partir da ativação do AMPc intracelular. É uma diarreia volumosa que não cessa com o jejum. Um exemplo típico é a diarreia por Vibrio cholerae, que gera deficiência importante de água e eletrólitos, classicamente conhecida como “diarreia em água de arroz”. - Motora: é um distúrbio funcional que acarreta no aumento da motilidade gastrointestinal. Exemplo típico é a Síndrome do Intestino Irritável (SII), no qual não há causa orgânica aparente que justifique o quadro, mas há alternânciaentre ritmo constipado e diarreico. Outro exemplo é o hipertiroidismo que cursa com o aumento do metabolismo de todas as células. - Inflamatória: é uma diarreia resultante de agressão da mucosa intestinal, cursando com sangramento, produção de muco, presença de leucócitos e aumento na calprotectina (marcador não invasivo das doenças inflamatórias) nas fezes. Algumas causas conhecidas são a diarreia por coli enteroinvasiva e Doença Inflamatória Intestinal (DII). Quando as diarreias não melhoram após a fase aguda, deve-se investigar parasitoses, carcinoma colorretal, doença inflamatória intestinal, doença celíaca, dentre outros. O esclarecimento sobre prisão de ventre, dada pelo Dr. Marcos Belotto, gastrocirurgião, é que: 19 “Prisão de ventre, ou constipação intestinal, diferente do que muitos imaginam, não é apenas o fato de evacuar poucas vezes por dia ou não evacuar todos os dias. Quem possui dificuldade persistente para evacuar, com fezes endurecidas, dor, ou necessita realizar muito esforço também é considerado constipado.” As causas da constipação estão ligadas ao bom ou mal funcionamento do organismo e tem a ver com o movimento intestinal (peristaltismo). Por esta razão, a causa está associada a diversos fatores comportamentais como: dieta com escassez de fibras, verduras, frutas, cereais; baixa ingestão de água; sedentarismo; não ir ao banheiro na hora que dá vontade; uso de medicamentos como antidepressivos que podem desacelerar a musculatura do intestino; ansiedade, estresse e depressão porque retardam a conexão do sistema nervoso central com o entérico (rede de neurônios do sistema digestivo ligada às funções intestinais). Fontes: UFJF – Projeto de Extensão, Sistema gastrointestinal, Fisiologia e noções iniciais da abordagem das diarreias. Disponível em: Professora Laura Leite (ufjf.br). Acesso em: 29 de abril de 2021. HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS, Imprensa, Notícias, Prisão de ventre: saiba mais sobre esse mal tão comum entre as mulheres, publicado em 06 de maio de 2018. Disponível em: Prisão de ventre: saiba mais sobre esse mal tão comum entre as mulheres (hospitalsiriolibanes.org.br) 21. Explique como ocorre o soluço? Quais as causas? O soluço é resultado de uma contração involuntária do diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen e que, juntamente com os músculos intercostais externos, é responsável pelo controle da respiração. Seus movimentos de contração e relaxamento permitem que inspiremos o ar e são controlados pelo nervo frênico, situado logo acima do estômago. Os incômodos do soluço surgem a partir de uma irritação do nervo frênico, cujas causas podem ser diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás, deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças subidas da temperatura de alimentos ingeridos; modificação da temperatura corporal, como sauna seguida de ducha gelada; ingestão de bebidas alcoólicas; ou até mesmo, gargalhadas). Quando o 20 nervo fica sensibilizado envia uma mensagem para o diafragma se contrair e isso dispara o soluço. O barulhinho “hic, hic”, surge quando ocorre fechamento súbito da glote, produzindo vibração nas cordas vocais. Por isso, o susto cura o soluço. Isso, porque quando levamos um susto, provocamos uma forte inspiração que ocasiona um aumento no volume de ar nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se estique e volte a funcionar normalmente. Funciona também tomar um copo de água com o nariz tampado ou inspirar e segurar o ar por alguns instantes. Fonte: AFH – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA – Curiosidades Fisiológicas – Sistema Respiratório, 2019. Disponível em: AFH - Anatomia e Fisiologia Humanas. Acesso em: 29 de abril de 2021 22. O que é o ato de bocejar? Quais as causas? Bocejo é o alongamento dos músculos da mandíbula e um consequente aumento do fluxo sanguíneo na cabeça, no pescoço e no rosto. O ato de bocejar envia o líquido cefalorraquidiano para baixo, para longe do cérebro. Da mesma forma, quando o bocejo é combinado com ampla abertura da boca, esse movimento promove um fluxo de grandes quantidades de ar através das cavidades oral e nasal. O ato de bocejar indica sono, metabolismo baixo, sendo então um mecanismo para manter o organismo em alerta, pois aumenta a circulação sanguínea, diminui a temperatura corporal e aumenta o estado de atenção. Fontes: SHARINGBIO – Por que bocejamos? 17 de janeiro de 2015. Disponível em: Por que bocejamos? (wordpress.com). Acesso em 29 de abril de 2021. WIKIPÉDIA – Bocejo, 1 de março de 2015. Disponível em: Bocejo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org). Acesso em: 29 de abril de 2021 21 23. O que é o ronco durante o sono? Quais as causas? O estudo de Kahwage Neto (2007) descreve o ronco durante o sono como um ruído produzido na inspiração em que os tecidos moles da faringe (garganta) sinalizam obstrução da via aérea superior. Tal fato indica dificuldade para a passagem de ar durante o sono. Acomete mais homens que mulheres e a razão está na conformação da faringe masculina que é diferente da feminina, ocasionando mais obstruções em homens que mulheres. Como causas o autor cita que o álcool e os sedativos provocam flacidez na musculatura da garganta. Cita também a obesidade, o aumento das amigdalas, o desvio do septo nasal e o pescoço curto como outras causas obstrutivas da faringe. Fonte: KAHWAGE NETO, Dr. Salomão. Roncos. Rev. Para. Med., Belém, v. 21, n. 3, p. 79-80, set. 2007 Disponível em http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 59072007000300015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 abr. 2021. 24. O que é o espiro? Por que espiramos? O espirro é um reflexo (muito parecido com a tosse) e se aplica às vias nasais, ao invés das vias respiratórias inferiores. O estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervo craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reflexos semelhantes ao da tosse acontecem e grande quantidade de ar passa rapidamente pelo nariz, ajudando assim, a limpar as vias nasais. Fonte: AFH – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA – Curiosidades Fisiológicas – Sistema Respiratório, 2019. Disponível em: AFH - Anatomia e Fisiologia Humanas. Acesso em: 29 de abril de 2021 22 25. O que é a tosse? Qual objetivo e causas da tosse? A tosse é um reflexo reativo quando brônquios e a traqueia recebem quantidades (mínimas) de material estranho ou substância que causam irritação. Impulsos nervosos aferentes passam das vias respiratórias (principalmente pelo nervo vago ) ao bulbo (medula oblonga) onde uma sequencia automática de eventos é disparada por circuitos neuronais locais, causando os efeitos abaixo: - Inspiração de até 2,5 litros de ar; - Fechamento da epiglote e das cordas vocais para aprisionar o ar no interior dos pulmões; - Contração forte dos músculos abdominais e dos músculos intercostais internos, empurrando o diafragma e provocando o aumento rápido de pressão nos pulmões (100mmHg ou mais); - Abertura súbita das cordas vocais e da epiglote e liberação do ar dos pulmões sob alta pressão. Dessa forma, o ar que é expelido de forma explosiva dos pulmões para o exterior se move tão rapidamente que carrega consigo material estranho que esteja presente nos brônquios e na traqueia. Fonte: AFH – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA – Curiosidades Fisiológicas – Sistema Respiratório, 2019. Disponível em: AFH - Anatomia e Fisiologia Humanas. Acesso em: 29 de abril de 2021 26. Porque ficamos tontos quanto sopramos muito, como quando sopramos para ajudar a acender o fogo em uma churrasqueira? Porque quando assopramos o oxigênio que chegaria aos pulmões é utilizado para o assopro. Desta forma, há diminuição da quantidade de oxigênio no organismo, ou seja, o cérebro recebe menorquantidade de oxigênio e isso causa tontura e temporário prejuízo das funções motoras. 23 Fonte: MANUAL MSD – Versão saúde para a família – Distúrbio do coração e dos vasos sanguíneos. Disponível em: Tontura ou sensação de desmaio iminente ao se levantar - Distúrbios do coração e dos vasos sanguíneos - Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdmanuals.com). Acesso em: 29 de abril de 2021. 27. O que são varizes? Como elas se instalam? Varizes são consequência da dilatação das veias e acontecem porque o sistema de válvulas que ajuda no retorno do sangue perde eficiência, fazendo com que o sangue fique acumulado. O sangue que deveria apenas subir começa a retornar para baixo e acumula-se com o sangue novo que está subindo. Varizes indicam que a veia está doente e é o primeiro sinal de uma insuficiência venosa crônica. As varizes são um efeito colateral do nosso processo evolutivo que nos permitiu andar sob duas pernas. Quando o homem se tornou bípede, o coração ficou longe dos membros inferiores e isso dificultou o retorno do sangue para o coração. Fonte: MD.SAUDE – Cirurgia e anestesia – varizes, causas, sintomas e tratamento. Disponível em: VARIZES - Causas, graus, sintomas e tratamento • MD.Saúde (mdsaude.com). Acesso em: 29 de abril de 2021 28. Porque na ressaca alcoólica a pessoa sente dor de cabeça. Porque o álcool demora para ser metabolizado. O fígado aumenta a produção de enzimas e esta concentração causa desequilíbrio no organismo. Outra causa é a desidratação causada pelo consumo do álcool (etanol) que, além de ser uma substância vasodilatadora, é também um diurético. MUNDO BOA FORMA – Saúde – Outras condições, 05 de dezembro de 2019. Disponível em: Como Melhorar a Dor de Cabeça de Ressaca? - MundoBoaForma. Acesso em 29 de abril de 2021. 24 29. Conclusão Responder as questões propostas foi um exercício muito interessante de pesquisa. Eu percebo a vastidão de conhecimento que a vida profissional na área da saúde exige. Entendo que pesquisar começa assim, de forma guiada e orientada e deverá se tornar um hábito, que começa agora, mas que me acompanhará para toda vida e que pode ser exercitado de forma proativa. Ter disciplina e aprender sobre fontes confiáveis de informação, construirão as bases do conhecimento para uma prática segura e assertiva, além de reciclar e atualizar conhecimentos.
Compartilhar