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MÓDULO_01_-_COMPREENSÃO_E_INTERPRETAÇÃO

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PORTUGUÊS
FABRÍCIO DUTRA
COMPREENSÃO
E INTERPRETAÇÃO
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS
(implícitos, subentendidos, 
pressupostos e inferências)
PORTUGUÊS – FABRÍCIO DUTRA
INTERPRETAÇÃO DO CONTEÚDO DO TEXTO
1. Reconhecer o TIPO TEXTUAL com que você está se deparando (o 
objetivo do autor é...)
2. Leitura analítica do conteúdo do texto.
3. Destacar frases-chave e afirmações categóricas do texto.
4. Tentar identificar o tópico frasal.
5. Fazer um resumo mental das informações de cada parágrafo.
6. Destacar os conectores (coesão sequencial) e os articuladores 
coesivos referenciais (nomes, pronomes e advérbios pronominais).
INTERPRETAÇÃO DO CONTEÚDO DO ENUNCIADO
1. De acordo com o primeiro parágrafo do texto...
De acordo com o texto...
Conforme as ideias apresentadas no texto...
Com relação às ideias do texto...
Segundo o autor...
2. Inferências - ideias implícitas, deduções que se fazem a partir da leitura do 
texto, 
Infere-se que...
Deduz-se do texto...
Depreende-se...
brener.rosa
Nota
Compreeenção de texto 
brener.rosa
Nota
brener.rosa
Nota
Interpretação de texto 
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
Com a contratação de Pedro de Souza, a empresa finalmente vai prosperar...
O último aluno da sala ainda não marcou o cartão-resposta...
Fui ao mercado, comprei melão e melancia. As outras frutas estavam caras.
Ele tornou público o nome do novo sócio do escritório.
No próximo concurso, eu vou me dedicar.
Andreia está cansada de ser professora
Pressuposto: Andreia é professora.
Subentendido: Alguma condição desfavorável na profissão causou o
descontentamento.
Pressupostos
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas
devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor
compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa
pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e
irrefutável.
Subentendidos
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da
interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidos por meio
do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do
mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto
serem unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase.
PRESSUPOSTOS / SUBENTENDIDOS
informações implícitas 
adicionais, facilmente 
compreendidas devido a 
palavras ou expressões 
presentes na frase
Os subentendidos são insinuações, 
informações escondidas, dependentes 
da interpretação do leitor.
Parei de beber.
Enfim acabei minha monografia.
Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi.
“Acordei sentindo uma azia incrível.” “Você comeu pão, antes de 
dormir?”
Finalmente ele passou na prova da Ordem.
Ele deixou de sair para as melhores baladas para estudar.
Merecidamente ele ganhou a medalha de ouro
Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
Estou com a garganta seca de tanto falar.
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar 
neste momento.
Você vai a pé para casa agora a essa hora?
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé 
na rua a estas horas.
A bolsa da senhora está pesada?
Exemplo de pergunta comum:
Onde fica o aeroporto?
Quem ganhou mais medalhas nas olimpíadas?
Que horas são nos Estados Unidos agora?
Você gosta de catchup na pizza?
Qual é a capital do Brasil?
Vocês vão à apresentação do Whindersson hoje?
Exemplo de pergunta retórica:
Quem não quer ser rico?
Você acha que eu nasci ontem?
E quem é que não gosta de chocolate?
Até quando vamos aceitar esta corrupção toda?
Quantas vezes eu tenho que repetir a mesma coisa?
Quem é que não quer ser aprovado ?
Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 06.
O cansaço democrático
Quem disse que a democracia era eterna? Ninguém. Mas palpita ainda no coração do homem civilizado a crença de que essa
forma de governo estará entre nós até ao fim dos tempos.
Uma ideia tão otimista seria risível à luz da história do pensamento político. Platão é o exemplo mais extremo: a democracia faz
parte de um movimento cíclico de regimes – e, para ele, é uma forma degenerada de governo.
Depois da democracia, haverá um tirano para pôr ordem o pardieiro; e, depois do tirano, haverá novamente uma aristocracia,
que será suplantada por uma timocracia, que será suplantada por uma oligarquia, até a democracia regressar. Nada perdura.
É precisamente esse pensamento lúgubre que percorre uma moda editorial recente – livros sobre o fim, real ou imaginário, da
democracia liberal.
Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runcimanlida com os contornos desse hipotético fim: se a democracia chegar ao
seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930, defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados,
tanques nas ruas. Vivemos em sociedades radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além disso,
conhecemos o preço da brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que
ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela gradual
suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e contrapesos do
regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os resultados nos são
desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano.
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo virtual está no
poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os usuários.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os poderes
Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão sugere, sempre foi um
compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais preparados de filtrar as irracionalidades do povo.
O filtro perdeu-se com essa espécie de “democracia direta” que é exercida pela multidão sobre os agentes
políticos.
Para que não restem dúvidas: não acredito em formas de governo eternas. Mas, até prova em contrário, a
democracia liberal é o único regime que garante a liberdade política e a dignidade pessoal dos indivíduos, bem como a
prosperidade sustentada das suas sociedades. A história ilustra a tese.
Mas a história do presente também nos mostra que cresce no Ocidente um certo “cansaço democrático”. E que partes crescentes do eleitorado, por
ignorância ou desespero, estão dispostas a trocar a liberdade e a dignidade da democracia por expedientes mais radicais e securitários. Por quê?
Devolvo a palavra a David Runciman. Para o autor, a democracia disseminou-se nos últimos dois séculos porque havia uma narrativa aspiracional a
cumprir.
Era necessário dar voz política a todos os cidadãos (pobres, mulheres, negros etc.) e integrá-los na mesma rede de direitos e deveres (a grande tarefa
do pós-Segunda Guerra). Os Estados tinham ainda recursos materiais e institucionais para cumprir com razoável êxito esse programa. Eis a ironia: o
cansaço democrático explica-se pelo sucesso da própria experiência democrática.
Ninguém sabe como será o futuro dessa experiência – para Runciman, a democracia vive a crise da meia-idade. Resta saber se
essa crise destrói o casamento ou o torna mais forte.
É uma boa metáfora. Que convida a outra: o casamento só irá sobreviver se a maioria conseguir redescobrir, com novos olhos, as
virtudes que permanecem no lar.
(João Pereira Coutinho. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>.
Acesso em: 24 jul 2018. Adaptado)
1. É correto afirmar que o texto discorre sobre a democracia
a) traçando um quadro negativo da condição de permanência dos regimes democráticos nas sociedades
modernas, ameaçados por movimentos de massas conscientizadas, que exigem medidas menos
totalitárias.b) expondo criticamente fatores do mundo contemporâneo que têm colaborado para que haja um
esmorecimento da crença em princípios democráticos, em favor de valores como segurança e posições
extremadas.
c) expressando pontos de vista contrastantes acerca das bases que sustentam os sistemas democráticos, a
fim de denunciar práticas sujeitas a controle da sociedade, para que não se perca de vista a vontade
coletiva.
d) afirmando a descrença na possibilidade de permanência desse sistema político, em razão das aspirações populares à
real representatividade das massas nas instâncias de poder, independentemente de limites.
e) predizendo as consequências negativas da ação das redes sociais sobre os representantes do Estado, ação essa que
ressuscita o reacionarismo, em nome da preservação do regime democrático.
2. Em relação ao papel exercido pelo mundo virtual sobre o sistema político, é correto afirmar que
a) tanto o autor do texto quanto Runciman enxergam as redes sociais como forças capazes de intervir nas decisões políticas, seja em
nome de indivíduos seja para atender a aspirações coletivas.
b) os usuários das redes sociais, segundo o autor do texto, atuam sobre os poderes estatais institucionalizados; já segundo Runciman,
os usuários se submetem ao poder dos detentores das tecnologias dessas redes.
c) Runciman entende que a pouca tolerância que se manifesta nas redes sociais é efeito da falta de controle estatal sobre aqueles que
disponibilizam essas redes e fomentam a insatisfação dos usuários.
d) tanto o autor do texto quanto Runciman acreditam que os detentores das tecnologias das comunicações virtuais
atuam para afirmar seu poder junto às massas, incentivando a intolerância e a irracionalidade.
e) o autor do texto trata a reação dos usuários de redes sociais como força que se institucionaliza e se legitima em
nome da defesa de interesses contrariadospor decisões dos poderes públicos.
3. De acordo com a convicção do autor, o chamado “cansaço democrático” associa-se
a) à própria prática dos princípios da democracia pelas sociedades.
b) à carência de ações políticas que demonstrem real preocupação com o povo.
c) à falta de motivação para mudar para outro regime mais liberal.
d) ao desapego das sociedades ocidentais em relação a valores comunitários.
e) ao adiamento constante de propostas que visem ao bem-estar dos governados.
4. Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele se vale desse
recurso de pontuação para
a) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se empregam
parênteses.
b) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em que se emprega
travessão.
c) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que se empregam
travessão e parênteses.
d) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens em que
se emprega travessão.
e) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 07.
Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS
“A saúde não é um brinquedo político, ela deve ser usada para promover o bem-estar e a qualidade de vida. E isso só vai
acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção primária à saúde a base da assistência universal.”
A afirmação é do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a
assinatura nesta quinta (25/10/2018) de um acordo internacional em Astana, capital do Cazaquistão, em que 194 países membros da
OMS, incluindo o Brasil, comprometeram-se a fortalecer a atenção primária.
Chamado de “Declaração de Astana”, o acordo também comemora o 40o aniversário da histórica Declaração
de Alma Alta, que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde o pilar da cobertura universal de saúde
em 1978.
Ocorre que, embora nos últimos 40 anos a expectativa de vida tenha aumentado e a mortalidade infantil,
caído pela metade, por exemplo, o progresso em saúde tem sido desigual e injusto entre países e dentro dos países.
“Devemos reconhecer que não alcançamos esse objetivo [saúde para todos]. Em vez de saúde para todos,
conseguimos saúde para alguns. Temos ficado muito focados em combater doenças específicas, muito focados no
tratamento, em detrimento da prevenção de doenças”, disse Ghebreyesus.
Quase metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e, segundo a OMS, 100
milhões de pessoas são empurradas para a pobreza a cada ano por causa de gastos catastróficos em saúde. A atenção
primária à saúde pode fornecer de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa durante sua vida.
A Declaração de Astana aponta a necessidade de uma ação multissetorial que inclua tecnologia,
conhecimento científico e tradicional, juntamente com profissionais de saúde bem treinados e remunerados, e
participação das pessoas e da comunidade para que seja alcançada a tão sonhada saúde para todos com qualidade.
(Cláudia Collucci, Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS.
Em: Folha de S.Paulo, 25.10.2018. Adaptado)
5. As informações do texto mostram que a atenção primária à saúde
a) vive ainda enfrentamentos para se estabelecer plenamente, uma vez que se identificam desigualdades entre os
países e, até mesmo, dentro deles.
b) obteve êxito em seu propósito a partir da Declaração de Alma Alta, razão pela qual os 40 anos subsequentes a ela
foram de saúde para todos os cidadãos.
c) tende a ser brevemente atingida, uma vez que a Declaração de Astana ratifica os cuidados primários como pilar da
cobertura universal de saúde.
d) passou por um período de estabilização, mas vem sendo questionada recentemente com o recrudescimento de uma
série de doenças específicas.
e) deixou de ser atendida porque a Organização Mundial da Saúde parou de perseguir os preceitos defendidos pelas
Declarações de Alma Alta e Astana.
6. De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, a universalização da saúde
a) ganha destaque nas políticas, garantindo a atenção à prevenção de doenças e o acesso a serviços
essenciais de saúde.
b) pode ser conseguida de forma bem simples, priorizando- se métodos tradicionais e profissionais
com formação mais humanizada.
c) está prejudicada pela baixa atenção à prevenção de doenças, o que ainda pode piorar caso se use
politicamente a saúde.
d) caminha para atingir um número maior de pessoas, já que se tem abandonado o combate a
doenças específicas.
e) exige políticas mais voltadas à tecnologia, o que demandará menos profissionais em um trabalho
mais eficiente para a população.
Leia o texto para responder às questões de números 11 a 16.
Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um
impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade,
para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A
observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História
nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a opinião dos escribas?
Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira como a arte mais
desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiamos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me
se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás daorelha!
Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo o resto da massa humana. E não só pensam,
como também pensam que pensam! E além de pensarem que pensam, pensam que têm razão! E cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas
para balas de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia pelo mundo,
glorioso e imune.
(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)
7. Em suas considerações, o narrador pondera que
a) a ideia geral é de que todos sabem opinar, discutindo e avaliando com acuidade a opinião alheia.
b) a acriticidade com que todos se comunicam tem oportunizado, sensatamente, a busca pela razão.
c) o modo como as pessoas se relacionam nos dias de hoje tem promovido o diálogo com civilidade.
d) o momento atual se marca por uma inversão de valores, o que gera confusão e incertezas.
e) a confusão do mundo atual tem sido deixada de lado, priorizando-se a humanização das pessoas.
8. O texto afirma que o desvio de dinheiro público
por gestores públicos geralmente se deve a
questões pessoais ou familiares.
9. Depreende-se do texto que os jardins
suspensos construídos no império do rei
Nabucodonosor representavam a paisagem da
pátria da rainha Meda.

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