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06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/33 INTRODUÇÃO ÀINTRODUÇÃO À TIPOGRAFIATIPOGRAFIA Me. Joandson Fernandes Campos IN IC IAR 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/33 introdução Introdução O conceito de tipogra�a é amplo. Por ser uma área antiga do conhecimento que tem passado por diversas reformulações, o processo de de�nição do conceito tipológico se torna uma tarefa difícil. De acordo com Farias (2004), a tipogra�a pode ser de�nida como o conjunto de práticas e processos envolvidos na atividade de criação e utilização de símbolos visíveis relacionados aos caracteres ortográ�cos (letras) ou para-ortográ�cos (números, sinais de pontuação, etc.) para �ns de reprodução. Considerando esse conceito, ao estudar a tipogra�a e a composição de materiais, é necessário que se desenvolvam abordagens que levem em consideração tanto o design de tipos quanto o design com tipos grá�cos. A seguir, abordaremos o conjunto de processos de uso, manuseio e seleção dos elementos envolvidos na redação de textos e composição para-ortográ�cas considerando os elementos tipográ�cos. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/33 Existem diversas formas de organizar os textos em blocos, sendo altamente variada a composição dos elementos envolvidos nos aspectos tipográ�cos. Os elementos são relacionados à distribuição, organização e à forma em que os textos são exibidos no produto, podendo ser desde revistas e jornais impressos até materiais grá�cos digitais. Para que a composição seja de qualidade superior, o texto deve ser corretamente organizado, utilizando-se dos elementos de ajustamento. O elemento de ajuste mais comum é o alinhamento, que pode ser de�nido como o posicionamento do texto em relação ao espaço e aos elementos contidos em um mesmo bloco textual (geralmente parágrafo). Entre os tipos mais comuns, estão: Alinhamento à Esquerda Composição Tipográ�ca:Composição Tipográ�ca: Elementos de Ajuste deElementos de Ajuste de TextoTexto 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/33 No alinhamento à esquerda, as linhas dos textos têm diferentes tamanhos e são irregulares na margem externa, ou seja, à direita. Alinhamento à Direita No alinhamento à direita, as linhas do bloco do texto possuem diferentes tamanhos e são alinhadas à direita, sendo as irregularidades posicionadas em suas margens externas esquerdas. Figura 4.1 - Texto alinhado à esquerda Fonte: Andrade (2009). Figura 4.2 - Texto alinhado à direita Fonte: Andrade (2009). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/33 Alinhamento Centralizado Neste tipo de alinhamento, as linhas de textos têm tamanho irregulares em ambos os lados e são dispostas a partir da região central do bloco de texto. Alinhamento Justificado Figura 4.3 - Texto alinhado ao centro Fonte: Andrade (2009). Figura 4.4 - Texto com alinhamento justi�cado Fonte: Andrade (2009). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/33 Nesta opção de alinhamento, as linhas têm o mesmo comprimento, portanto cria-se margens duras, retas, simétricas e justapostas em relação às bordas externas. Apesar das opções citadas serem as mais comuns e usuais, não são as únicas aplicáveis na composição de textos. A seguir, abordaremos opções de ajustamento de texto que podem criar sensações únicas em relação às experiências visuais. Elementos de Ajuste Avançado Os elementos de ajuste avançado podem ser usados no processo de comunicação visual para a construção do modo de transmissão das ideias que se pretende exibir. Nesse sentido, existem diversos ajustes que podem ser feitos. Nesse tópico abordaremos três: ajuste capitular, recuo e listas. Ajuste capitular Esse elemento de ajuste geralmente é usado para dar ênfase à letra inicial do começo de um capítulo. Isso é feito aumentando o tamanho do corpo da letra em relação às palavras seguintes no mesmo bloco de texto. Como demonstrado na Figura 4.5, é um elemento usado para quebrar continuidade, portanto, recomendado para a divisão de seções. Recuo Como o próprio nome indica, esse elemento está relacionado com a posição do texto e o espaço entre a margem e certa(s) linha(s) do bloco textual. Os dois principais são Figura 4.5 - Ajuste capitular Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/33 o recuo de indentação e recuo contínuo. O recuo de indentação se apresenta como um espaço em branco, sem texto e no início do parágrafo. Geralmente o recuo de indentação é à esquerda e na primeira linha do bloco de texto, conforme exibe a Figura 4.6. O recuo contínuo é o oposto da opção por indentação. Recebe o nome de contínuo por manter o recuo em todas as linhas, exceto a primeira. Enquanto a primeira linha �ca alinhada à esquerda, as demais linhas são alinhadas um pouco à direita e mantêm a estrutura ao decorrer do bloco de texto (Figura 4.7). Listas As listas são elementos utilizados para a criação de grupos de objetos. As listas podem ser enumeradas (para indicar ordem e sequência) ou de marcadores (não indicando ordem ou sequência), conforme a Figura 4.8. Figura 4.6 - Recuo de indentação Fonte: Wikipédia (2019). Figura 4.7 - Recuo contínuo Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/33 Os elementos abordados, quando bem usados, podem estruturar um mecanismo de comunicação efetivo, agradável e, acima de tudo, simples em relação à usabilidade. praticarVamos Praticar Existem vários elementos de organização de texto, um dos mais importantes são os elementos de ajuste. Considerando os elementos de ajustamento abordados, o ajuste capitular pode ser de�nido como: a) O ajuste dado à primeira palavra de cada bloco de texto. Aumenta-se o tamanho da fonte da primeira palavra em relação às outras do bloco anterior. b) O ajuste dado à primeira letra da primeira palavra do capítulo ou seção do texto. Feedback: alternativa correta, pois o ajuste capitular é aplicado à primeira letra da primeira palavra do capítulo, seção ou qualquer divisão capitular de um mesmo documento. Figura 4.8 - Listas Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/33 c) O ajuste capitular é o ajuste usado para indicar continuidade de texto em um mesmo capítulo de obras textuais diferentes. Recebe o nome de capitular por ser usado apenas uma vez por capítulo. d) Ajuste que pode ser usado para capitularizar textos, tendo sua utilização restrita à pergaminhos e textos arcaicos. e) O ajuste capitular é o elemento de quebra de continuidade usado para indicar o �nal de um capítulo. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/33 Além dos ajustes relacionados ao ajuste vertical (entrelinhamento e entre- parágrafo), existem os ajustes considerando a palavra como unidade básica. Esses ajustes são realizados em dois aspectos ligados à morfologia dos espaços entre- caracteres das fontes: O kern e o Track. De acordo com Lupton (2006), o kern é o elemento que representa o espaçamento entre os caracteres de uma mesma família tipográ�ca quando dispostos em um texto. Esse espaço pode ser variável de acordo com a ordem das letras nas palavras. Diferente do kern, o track é o espaço entre letras e entre as palavras do texto de um mesmo bloco. O processo de manipulação desses espaços geralmente é utilizado para melhordispor as informações de acordo com a limitação de espaço na área do texto. Ajuste de Espaçamento Horizontal: Kerning e Tracking Composição Tipográ�ca:Composição Tipográ�ca: Kerning e TrackingKerning e Tracking 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/33 O processo de manipulação de kern recebe o nome de kerning. O processo de ajustamento ou manipulação do track recebe o nome de tracking. KERNING O kerning é um processo de modi�cação, podendo ser adição ou remoção de espaço entre pares de caracteres especí�cos dentro de uma mesma unidade textual (nesse caso, a palavra). Existem três tipos de kerning: Métrico, óptico e manual. É possível ajustar o tipo de kerning a ser aplicado de modo automático. O kerning métrico usa pares de ajustes, que estão incluídos na maioria das fontes mais usadas atualmente. Os pares de kerning possuem informações sobre o espaçamento de pares entre certas letras. Alguns exemplos podem ser citados como: LA, P., To, Tr, Ta, Tu, Te, Ty, Wa, WA, We, Wo, Ya e Yo. Como você pode perceber, a margem do primeiro glifo é invadida pelo segundo caractere, de modo a criar melhor conectividade entre as letras da palavra ou, nesse caso, da sílaba. Já o kerning óptico é usado para ajustar o espaçamento entre caracteres adjacentes com base em suas con�gurações geométricas. Algumas famílias de fontes incluem especi�cações avançadas de pares de kerning de modo já nativo. Porém, se uma fonte possuir apenas kerning interno mínimo, não possuir kerning nativo, se forem usadas duas fontes diferentes ou duas con�gurações de dimensões distintas em uma ou mais palavras de uma mesma linha, é recomendável usar a opção de kerning óptico no bloco de texto que se está compondo. Figura 4.9 - Antes (acima) e depois (abaixo) da aplicação de kern óptico ao par “W” e a” Fonte: Adobe (on-line). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/33 Além do métrico e o óptico, existe o kerning manual. Esse tipo de ajustamento é ideal para con�gurar o espaço entre duas letras. De acordo com Adobe (2018), o kerning manual e o tracking são cumulativos, portanto, deve-se primeiro ajustar os pares de letras separadamente e, em seguida, estreitar ou alargar um bloco de texto sem que isso afete o kerning relativo daqueles pares de letras. É importante que não se confunda o kerning com o "espaçamento entre palavras" que geralmente é usado para "justi�car" o alinhamento do texto. Enquanto a justi�cação se aplica ao bloco textual, o kerning altera o valor do kern apenas entre o primeiro caractere e o espaço que o antecede na mesma palavra. Um exemplo de combinação desses elementos pode ser conferido na imagem a seguir. Como pode-se observar, deve-se considerar o uso desses elementos somente quando recomendável. Apesar de apresentarem alterações leves, a utilização de maneira incorreta pode afetar de forma negativa a leiturabilidade e legibilidade do texto. TRACKING O tracking é um elemento de ajuste que se aplica às palavras e/ou ao bloco de texto. Seu uso é recomendável para justi�cação de texto, ou seja, uma melhor distribuição do texto no espaço limitado da página. O tracking se divide em dois tipos principais: expandido e condensado. Figura 4.10 - Combinação de kerning e tracking (A - Original | B - Kerning aplicado entre “W” e “a” | C - Tracking aplicado) Fonte: Adobe (on-line). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/33 Tracking expandido Como o nome indica, o tracking expandido busca “esticar” a palavra às margens, buscando criar margens retas e simétricas no bloco de texto. Tracking condensado O tracking condensado pode ser resumido como o oposto do tracking expandido, buscando “comprimir” o texto dentro do espaço. É recomendável para a economia de espaço, mas pode prejudicar a leiturabilidade. Na imagem a seguir, podemos ver exemplos de textos com tracking expandido e condensado. Os elementos de espaçamento horizontal auxiliam o processo de otimização do uso do espaço limitado do local onde os textos estão inseridos. O uso de modo rígido e controlado, permite ao diagramador a concepção de projetos que conseguem transmitir de modo claro a mensagem que pretende transmitir com a composição tipográ�ca em questão. praticarVamos Praticar Figura 4.11 - Tipos de tracking Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/33 O kern e track são objetos que representam os espaços entre caracteres, pares de caracteres, palavras ou blocos de texto. Apesar de semelhantes, esses objetos não devem ser confundidos, pois possuem aplicações distintas. Considerando esses dois elementos, suas características e diferenças, assinale a a�rmação correta. a) O processo de ajuste do kern se chama kernering, e recebe esse nome em referência ao verbo “espaçar” em inglês. Feedback: alternativa incorreta, pois o processo de ajuste do kern se chama “kerning”. b) O track recebe esse nome por ser um elemento que é aplicado a todo o texto, não podendo ser aplicado somente ao bloco textual isoladamente. Feedback: alternativa incorreta, pois o track é o espaço que se distribui entre caracteres e palavras. Sua aplicação pode ser feita tanto no texto geral, quanto no bloco de texto. c) O leading é o espaço entre as letras em relação ao espaçamento de uma das linhas do texto (tracking). Feedback: alternativa incorreta, pois o leading não foi abordado no enunciado e diz respeito ao espaçamento entrelinhas. d) O kerning é o processo de modi�cação/ajustamento do kern. Feedback: alternativa correta, pois o processo de manuseio e ajuste do espaçamento entre os pares de caracteres (kern) se chama kerning. e) O tracking é o conjunto de ajustamento dos elementos horizontais: o kern e o track. Feedback: alternativa incorreta, pois tracking não está relacionado ao ajustamento do kern. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/33 A Tipogra�a é o conjunto de processos de criação, composição e impressão de um texto, física ou digitalmente em um espaço limitado e controlado. É um dos campos do design grá�co geral que tem como objetivo principal dar organização estrutural e forma à comunicação escrita. Além disso, essa área do conhecimento busca conferir ordem estrutural e formal à comunicação impressa. Em relação aos métodos usados pela tipogra�a, o desenvolvimento da parte visual é realizado por meio da escolha de fontes tipográ�cas, layout dos textos e tonalidades a serem aplicadas a esses elementos. Segundo Duh (2011), o estudo da tipogra�a busca que os objetos grá�cos harmonizem-se com todos os elementos presentes na página ou na área onde será impresso (físico ou digital). Esse processo de ajuste busca intensi�car de forma positiva a usabilidade e existem pelo menos três critérios tipográ�cos que são requisitos para uma boa usabilidade do objeto informacional comunicativo. Visibilidade: Representa o conjunto de qualidades de um caractere e/ou símbolo que deve se apresentar visualmente ao usuário, sem interferência Composição de MaterialComposição de Material Tipográ�co: Legibilidade eTipográ�co: Legibilidade e LeiturabilidadeLeiturabilidade 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/33 do fundo ou de elementos de adorno, por exemplo. Legibilidade: Diz respeito ao conjunto de qualidades que permitem o reconhecimento das letras individualmente sem ruídos na escrita, contraste e iluminação. Nesse sentido, recomenda-se que a forma seja clara e de fácil reconhecimento. Leiturabilidade: Diz respeito ao conjunto de qualidades relacionadas ao reconhecimento e a �uência dos tipos/glifos emsentenças, como frases e parágrafos. A leiturabilidade depende mais do layout, ou estrutura do texto, que propriamente das características individuais dos caracteres. Apesar dessa divisão em três aspectos, comumente os elementos são divididos em dois, dando ênfase à legibilidade e à leiturabilidade. Nesses casos, a visibilidade é condensada como um aspecto que permeia os outros dois. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/33 Em alguns casos, os conceitos de legibilidade e leiturabilidade podem se confundir. No entanto, ambos referenciam à aspectos diferentes e individuais. De forma resumida, é possível a�rmar que legibilidade diz respeito à capacidade de reconhecer as letras, enquanto a leiturabilidade diz respeito à capacidade de se ler as palavras e diversas linhas do texto (BERKSON, 2019). A imagem a seguir apresenta um texto onde as letras são legíveis, mas não apresentam harmonia entre si, o que di�culta a leitura. Portanto, caracteriza um caso de baixa leiturabilidade. reflita Re�ita Até meados das primeiras décadas do século XX, a tarefa de comunicar dependia única e exclusivamente do texto em si, independente da apresentação visual e elementos não-verbais. No entanto, a partir de 1925, devido ao advento do movimento Nova Tipogra�a (New Typography), isso mudou drasticamente. Assim, percebeu-se que o aumento crescente da complexidade da informação necessitava de novas maneiras de apresentá-la nos materiais impressos, estruturados por meio do design da informação e do design grá�co. Devido a tarefa de encontrar maneiras de transformar uma mensagem complexa em algo simples, surgiram diversos elementos que atualmente são básicos em publicações impressas e digitais, tais como fotogra�as, artes (infográ�co, charge, ilustração), box, �os, além de demais elementos tipográ�cos. Fonte: Martins (2009). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/33 Além de aspectos relacionados com o tipo de fonte e sua combinação, para aumentar a legibilidade e leiturabilidade deve-se considerar a otimização dos elementos de ajustes, como o Kerning e Tracking. A con�guração incorreta do kerning e tracking podem afetar o ritmo de leitura, que prejudicam de forma intensa a leiturabilidade. Na imagem a seguir, é possível observar o uso incorreto do ajustamento que causa prejuízos ao ritmo de leitura. Vários aspectos afetam a legibilidade e a leiturabilidade, como as margens, os alinhamentos, o comprimento das linhas, a composição e tamanho dos parágrafos, o espaçamento vertical e horizontal, as entrelinhas, o tracking e kerning, entre outros. Considerando esses elementos, Itiro (2005) sugere que: 1. Em caso de projeto de apresentação em alta escala, como banners, priorize tipos de letras (fontes) simples, evitando fontes rebuscadas e sem serifa; Figura 4.12 - Alta legibilidade e baixa leiturabilidade Fonte: Adaptado de Berkson (2019). Figura 4.13 - Ritmo ruim e ritmo bom Fonte: Adaptado de Berkson (2019). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/33 2. Evite letras maiúsculas, especialmente palavras inteiras em maiúsculas. Elas devem ser usadas apenas em início de frases, de nomes próprios e de títulos; 3. Pre�ra letras com serifas (pequenos traços perpendiculares nas extremidades das letras) para textos corridos, e as letras sem serifas para títulos e manchetes. Segundo Iida (2005), acredita-se que as letras com serifas são apropriadas para os textos corridos porque ajudariam a conduzir o olhar no sentido da leitura. As dimensões das letras dependem da distância visual (distância do texto ao leitor). saiba mais Saiba mais Combinar fontes é um processo corriqueiro, porém demanda trabalho e conhecimentos relacionados às diversas famílias de fontes, assim como aos seus usos, características e morfologia. Por ser um trabalho que pode lhe render muita dor de cabeça, existem diversas ferramentas online que podem lhe ajudar a selecionar a melhor fonte para seu projeto. A opção mais utilizada é a Adobe Fonts, de uso gratuito e desenvolvida por uma das maiores fabricantes de softwares para tipogra�a e diagramação. Ao acessar o endereço, você seleciona uma família de fontes e o site lhe indicará a melhor combinação. Fonte: Elaborado pelo autor. ACESSAR https://fonts.adobe.com/collections 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/33 São exemplos de letras populares com serifa: Times New Roman, Spectral e Currier. São exemplos de letras sem serifa: Arial e Century Gothic. Desse modo, a legibilidade e a leiturabilidade são fatores que podem alterar de modo drástico a comunicação e o transporte da mensagem entre o objeto tipográ�co e o leitor/usuário. praticarVamos Praticar Os conceitos de visibilidade, leiturabilidade e legibilidade podem ser confundidos. No entanto, representam signi�cados distintos e com aplicações especí�cas dentro do estudo das composições tipográ�cas. Considerando essas diferenças, assinale a alternativa correta. a) A principal diferença entre legibilidade e leiturabilidade é o campo de atuação. Leiturabilidade é um conceito ligado às questões tipográ�cas, enquanto legibilidade é um conceito atrelado a ergonomia de acessibilidade grá�ca. b) A leiturabilidade diz respeito ao conjunto de qualidades relacionadas ao reconhecimento e a �uência dos tipos/glifos em sentenças, como frases e parágrafos. Figura 4.14 - Comparação entre fonte com serifa e sem serifa Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/33 Feedback: alternativa correta, pois a leiturabilidade é um fator ligado ao reconhecimento e a �uência dos caracteres. c) A legibilidade e a leiturabilidade são conceitos que representam uma antítese na relação de análise tipográ�ca de textos. Feedback: alternativa incorreta, pois ambos os conceitos são complementares. d) A visibilidade é um conceito ligado aos aspectos de leiturabilidade, tendo uma relação de oposição ao conceito de legibilidade. Feedback: alternativa incorreta, pois a visibilidade está ligada tanto com a leiturabilidade quanto com a legibilidade. e) A legibilidade diz respeito ao conjunto de qualidades que permitem o reconhecimento das letras em conjunto com a presença de ruídos na escrita, contraste e retro-iluminação. Feedback: alternativa incorreta, pois a legibilidade está ligada ao reconhecimento das letras individualmente, sem ruídos na escrita, contraste e iluminação. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/33 Um material tipográ�co possui diversos blocos de textos, sendo que cada bloco pertence a uma categoria. Essa ideia de categorizar os textos é essencial para a criação de uma experiência visual saudável. Sendo mais estudada pelos pro�ssionais que atuam com composições tipográ�cas editoriais, a hierarquização permite organizar ideias por meio do controle de diversos elementos relacionados à tipometria e aos ajustes textuais. Na imagem a seguir, pode-se perceber a comparação entre uma hierarquização simples e a transição do mesmo bloco de texto para uma hierarquização com maior complexidade e visualmente agradável. Composição de MaterialComposição de Material Tipográ�co:Tipográ�co: Hierarquização, RepetiçãoHierarquização, Repetição e Seleção de Core Seleção de Cor 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/33 Apesar de existirem diversas opções e combinações, tradicionalmente os principais níveis de hierarquia são 3: Nível 1 – Headline ou título: É a seção do texto que deve ser vista de imediato, deve ser usada para atrair oleitor e indicar o principal tema do documento. Nível 2 – Subtexto: Essa é a seção que apresenta um breve resumo do que o conjunto de blocos de textos se trata, para convencer o leitor a seguir no documento. Nível 3 – Texto: Essa, geralmente, é a parte mais extensa em relação ao volume de palavras. Nessa seção, os elementos dos níveis anteriores são explicados em um texto corrido. Na imagem a seguir, é possível observar um jornal do �m do século XIX que usa apenas três níveis de hierarquia. Figura 4.15 - Comparação entre modelos de hierarquização, repetição e módulos de cor Fonte: Eichlig (2019). 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/33 Além da hierarquização, existem outras maneiras de manipular a composição tipográ�ca modi�cando a família das fontes, a cor dos caracteres ou a cor do fundo. O processo de diagramação de conteúdo editorial precisa lidar com elementos grá�cos (categorias de materiais visuais) e aspectos (variáveis que podem modi�car o resultado �nal e a percepção do leitor). Os sistemas de medidas utilizados em diagramações (redação de textos) são geralmente em paicas e pontos, sendo que 1 P (uma paica) corresponde a 12 p (doze pontos). Figura 4.16 - Jornal com três níveis Fonte: Bergens Tidende (on-line). Figura 4.17 - Diferentes níveis hierárquicos Fonte: Elaborado pelo autor. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/33 Configuração dos Elementos O espaço delimitado disponível para a impressão dentro de uma página se chama mancha grá�ca. Esse espaço é delimitado por margens, de modo que qualquer elemento posicionado fora da mancha grá�ca é chamado "sangrado". Organizar os elementos signi�ca distribuí-los de acordo com a experimentação do material. Os elementos são: texto, título (título, subtítulo, antetítulo, intertítulo e olho), foto, arte (infográ�co, charge, ilustração), box, �o, cabeçalho, rodapé, anúncio etc. Esses elementos possuem con�gurações especí�cas sobre os seguintes aspectos: fonte tipográ�ca, colunagem e cor. Fonte Os aspectos da fonte são ligados à fatores relacionados com a família tipográ�ca, a combinação de diferentes fontes e os ajustamentos dados aos caracteres. Colunagem Os aspectos da colunagem estão ligados à fatores relacionados com a distribuição do texto em colunas, bem como suas con�gurações de margem, tabulamento e número de objetos em cada parte. Cor Os aspectos da cor estão ligados à fatores relacionados com a matiz, saturação, composição tonal e diversas outras con�gurações de cores em diferentes sistemas colorimétricos. Assim como os fatores de ajustamento, a compreensão dos aspectos de organização do texto em blocos é essencial para a criação de produtos de alta usabilidade. Considerar os elementos usados na criação e o usuário �nal, bem como suas demandas e expectativas sobre o projeto, é a chave do sucesso quando se trata de composição tipográ�ca. 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/33 praticarVamos Praticar A hierarquização permite a criação de uma identidade visual única devido a in�nita possibilidade de combinação de fontes e tamanhos. Existem diversas formas de organizar o texto em categorias e níveis. Considerando isso, assinale a alternativa correta que representa uma organização comum e tradicional em nível decrescente em relação ao tamanho das fontes usadas. a) Título - Subtítulo - Texto. Feedback: alternativa correta, pois a ordem está certa, o título geralmente possui a fonte em tamanho maior, seguido do subtítulo e do texto em geral. b) Título - Entretítulo - Para-título. c) Texto - Pré-título - Subtítulo - Corpo do texto. d) Subtítulo - Título - Sob-título. e) Corpo do texto - Título do texto - Rodapé 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/33 indicações Material Complementar L IVRO Manual de Editoração e Estilo Editora: Edusp Autor: Plinio Martins Filho ISBN: 8531416299 Comentário: Um material tipográ�co, seja uma revista, jornal ou publicação digital, é resultado do trabalho de uma equipe. Cada editora tem suas normas de organização e formatação, buscando, além criar unidade e coerência ao documento, dar uniformidade global à sua produção. O livro Manual de Editoração e Estilo é, segundo seu autor, “uma proposta de normalização na edição de livros que possa corresponder a uma uni�cação racional de critérios 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/33 que, mantendo a capacidade de diferenciar os inúmeros objetos editoriais e as características individuais de cada obra, possam agrupar-se em categorias, classes, espécies e gêneros, facilitando desse modo o trabalho de quem edita livros e a compreensão desse objeto pelo leitor”. FILME The Founder (Fome de Poder) Ano: 2016 Comentário: O �lme The Founder (no Brasil �cou conhecido como: Fome de Poder), é um drama sobre a biogra�a de Ray Krock. Estreou em 2016 e foi dirigido por John Lee Hancock e escrito por Robert Siegel. O �lme retrata a história da criação da rede de fast food McDonald's. Além de abordar a vida de Ray Krock, o �lme também aborda as estratégias usadas para a criação dos aspectos visuais da marca, bem como o processo de desenvolvimento de elementos grá�cos, textuais e não verbais que hoje permitem reconhecer a marca em qualquer lugar do mundo. T R A I L E R 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/33 conclusão Conclusão Compreender os aspectos tipográ�cos é essencial para todos os pro�ssionais que trabalham com a criação de materiais que buscam transmitir informações por meio de textos, sejam editoriais ou não. Como abordado, a con�guração desses materiais perpassa pelo uso correto dos elementos de ajuste dos espaçamentos horizontais e verticais. Além destes, deve-se considerar os aspectos de leiturabilidade, legibilidade, hierarquização e composição durante o processo de redação, sobretudo em materiais editoriais. Assim, apesar de não haver garantias sobre as variáveis das características dos produtos �nais, considerar esses fatores citados é o primeiro passo para que os materiais produzidos apresentem qualidade elevada e satisfatória. referências Referências Bibliográ�cas BERKSON, W. Readability, affability, authority. I Love Typography, 2010. Disponível em: <https://ilovetypography.com/2010/11/02/reviving-caslon-part-2-readability- affability-authority/>. Acesso em: 7 jul. 2019. https://ilovetypography.com/2010/11/02/reviving-caslon-part-2-readability-affability-authority/ 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/33 DUH, M.; KRAŠNA, M. Aesthetics and creativity in e-learning material. International journal of knowledge and learning, Suíça, v. 7, n. 1-2, p. 130-144, 2011. EICHLIG, R. Três níveis de hierarquia tipográ�ca e o segredo de um grande design! Temporal Cerebral, 2019. 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IMPRIMIR https://temporalcerebral.com.br/tres-niveis-de-hierarquia-tipografica-e-o-segredo-de-um-grande-design/ https://helpx.adobe.com/br/indesign/using/kerning-tracking.html06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/33 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/33 06/06/2020 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/33
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