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De fato, as leis penais são “frias”, são executadas exatamente como foram criadas, diferenciando apenas as atenuantes, agravantes e qualificadoras, as quais também já estão descriminadas nas leis, conforme ocorre em diversos países, sem margem para interpretações subjetivas, para o tratamento individual de cada reeducando.
A Constituição Federal Brasileira de 1988, em eu artigo 5°, inciso XLVI, impôs o princípio da individualização da pena, sendo este um mandamento constitucional e cláusula pétrea, devendo ser seguido e obedecido por todos.
Conforme preceitua o jurista Wiliam Wanderley, em seu livro de Curso de Direito Penal, Volume 1, a criação do princípio da individualização seria para “a adaptação da pena ao delinquente, após seu conhecimento biológico, o estudo da delinquência, suas causas e fatores”. Tal princípio vai de encontro com o princípio da proporcionalidade, já que para que haja uma correta individualização da pena, deve-se levar em consideração a relevância do bem jurídico tutelado, bem como as características, personalidade, histórico criminal da pessoa do delinquente, relacionando-se assim o seu caráter retribuído.
Se a lei foi criada com o intuito de punir o delinquente pelo delito cometido, mas também para reeducar, reinseri-lo na sociedade, como forma de reabilitação e diminuição da criminalidade, porque não seguem a letra da lei?
De acordo com o artigo 5º da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que “os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização de execução penal”, devendo se submeter a exame criminológico “para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação”. A execução penal não pode ser igual para todos os presos, justamente porque nem todos são iguais, não podendo ser, também, homogênea durante todo o período de seu cumprimento; individualizar a pena consiste em dar a cada preso as oportunidades e elementos necessários para lograr a sua reinserção social.
Percebe-se que infelizmente são apenas palavras, já que não há qualquer exame criminológico realizado na pratica, considerando que tal exame referido na lei, trata-se apenas para que o condenado tenha ou não a progressão de regime, o que consiste apenas na análise do comportamento carcerário do condenado, ou seja, se comportou, não brigou, não desobedeceu, cumpriu os requisitos legai, pode sair em liberdade, mas e a sociedade? 
Fato notório, que não apenas no Brasil, mas em diversos países, o que se vê é totalmente um sistema penal desorganizado, desumano, falido, onde condenados são tratados como animais, sem distinção de pena, de regime a ser cumprido, de qual índole ele vem, se roubou uma bala ou é homicida em série, todos são tratados de forma iguais.
Logo, uma análise criminológica no intuito de individualização da pena, seria totalmente eficaz na medida em que cada condenado seria tratado de forma específica, considerando todo o seu histórico criminológico, personalidade.
Não é justo reinserir um condenado por homicídio em série, um psicopata, sociopata, traficante de pessoas, etc, apenas porque cumpriram os requisitos legais, sabendo que ele irá retornar às suas atividades criminosas, sem qualquer tentativa do Estado de evitar tais condenados retornem à vida pregressa.
Infelizmente, à política fala mais alto do que tentar reabilitar um condenado, já que para que exista inserção obrigatória da análise criminológica há muito gasto governamental, muitas políticas públicas deveram ser implementadas, como o enorme gasto com melhorias na cadeias públicas, incentivos para trabalhos, contratação de profissionais qualificados, e diversos outros gastos para individualizar cada condenado de acordo com seus critérios pessoais para uma melhor abordagem e reabilita-lo na sociedade.
Como se sabe, os condenados saem até mais perigoso do que ingressaram nos presídios, já que o tratamento desumano recebido não lhe dão o direito de querem lutar por uma vida melhor, mudar a sua realidade, já que sabem que o Estado não se importa com o que sentem, em muda-los, sabem que estão sozinhos.
Pense comigo, se um assaltante, traficante, que cresce com violência intrafamiliar, pois é a realidade de muitas pessoas, ligado à pobreza, falta de estudo, de oportunidade, encontra na criminalidade o único meio de sobreviver, sendo em muitos casos a sua única família, como facções criminosas, acaba indo preso e enviado para uma cadeia pública, com superlotação, sem qualquer condição humana de viver, sabendo que não possui qualquer ajuda, dentro e quando sair, acha mesmo que esse condenado possui algum controle psicológico, emocional para reabilita-lo ao convívio social sem retornar para a criminalidade ?
Pergunta até retórica, já que é evidente que qualquer pessoa que já possui um histórico de criminalidade, personalidade, características que evidenciam um tipo de criminoso irá retornar para sua prática habituais, ou seja, seguir a letra da lei sem seguir a modernidade, a realidade em que o mundo se encontra, cada vez mais o sistema penal, carcerário e principalmente a sociedade irão sofrer com a criminalidade. 
 
Porém, estes condenados saem do mesmo jeito que entraram ou até pior, como vemos diariamente nos noticiários, uma vez que sem uma análise criminológica efetiva do delinquente, não há distinção dos crimes praticados, do grau de periculosidade do delinquente, o que gera conseguencia para a sociedade.
Se a análise criminológica fosse inserida na lei, como forma obrigatória de individualização da pena, e houvesse uma fiscalização para a efetiva análise, principalmente realizadas por pessoas qualificadas, efetivamente a criminalidade iria diminuir, uma vez que o condenado receberia um tratamento específico para sua reabilitação perante à sociedade.
 
 Verificou-se que o estudo da criminologia é importante para análise da personalidade do condenado pela prática do crime, sendo um fator importante para ressocialização do preso. Para alcançar os fins propostos utiliza-se o método científico-dedutivo com pesquisa na doutrina especializada.
O presente trabalho não soluciona a crise do sistema prisional, mas através de algumas observações e análise mostra que com trabalho digno efetivado na ressocialização do indivíduo pode propiciar mudanças significativas no ordenamento de execução da pena.
Bibliografia: 
JORGE, Wiliam Wanderley. Curso de Direito Penal. Volume 1. Editora Forense. 7a. edição. 2005.
De fato, as leis penais são 
“
frias
”
, 
são executadas 
exatamente
 
como foram 
criadas, diferenciando apenas
 
a
s atenuantes, 
agravantes
 
e qualificadoras, 
as quais 
também
 
já 
estão
 
descriminadas nas leis, conforme ocorre em diversos países, sem 
margem para 
interpretações
 
subjetivas
,
 
para o tratamento individual de cada 
reeducando.
 
A Constituição Federal Bra
sileira de 1988, em eu artigo 5°, inciso XLVI, 
impôs
 
o princípio da individualização da pena, 
sendo este um mandamento
 
constitucional
 
e cláusula pétrea, devendo ser se
guido e obedecido por todos.
 
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nforme 
preceitua o jurista Wiliam Wanderley, em seu livro de Curso de 
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lume 1, 
a criação do princípio da individualização seria para 
“
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, após seu conhecimento biológico, o estudo da 
delinquência
, suas causas e fatores”. 
Tal princípio vai de encontro com o princípio da 
proporcionalidade, já q
ue para que haja uma correta individualização da pena, deve
-
se levar em consideração a 
relevância
 
do bem jurídico tutelado, bem como as 
característica
s
,
 
per
sonalidade, histórico criminal da pessoa do delinquente, 
relacionando
-
se
 
assim o seu caráter 
retribuído
.
 
Se a lei foi 
criada com o 
intuito
 
de punir o delinquente pelo delito cometido, 
mas 
também
 
para 
reeducar, 
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na sociedade, como forma de reabilitação e 
diminuição
 
d
a criminalidade
, porque não seguem a letra da lei?De acordo c
om o artigo 
5º da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que “os 
condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização de execução penal”, devendo se submeter a exame 
criminológico “para a obte
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classificação”. A execução penal
 
não pode ser igual para todos o
s presos, justamente 
porque nem todos são iguais, não podendo ser, também, homogênea durante 
todo o 
período de seu cumpriment
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ena consiste em dar a cada preso as 
oportunidades e elementos necessários para lograr a sua reinserção social.
 
 
Percebe
-
se que infelizmente são apenas palavras, já que não há qualquer 
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criminológico
 
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consiste apenas na análise do comportamento carcerário do condenado, ou seja, se 
comportou, 
não
 
brigou, 
não
 
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deceu, cumpriu os requisitos legai, pode sair em 
liberdade
, mas e a sociedade? 
 
 
De fato, as leis penais são “frias”, são executadas exatamente como foram 
criadas, diferenciando apenas as atenuantes, agravantes e qualificadoras, as quais 
também já estão descriminadas nas leis, conforme ocorre em diversos países, sem 
margem para interpretações subjetivas, para o tratamento individual de cada 
reeducando. 
A Constituição Federal Brasileira de 1988, em eu artigo 5°, inciso XLVI, 
impôs o princípio da individualização da pena, sendo este um mandamento 
constitucional e cláusula pétrea, devendo ser seguido e obedecido por todos. 
Conforme preceitua o jurista Wiliam Wanderley, em seu livro de Curso de 
Direito Penal, Volume 1, a criação do princípio da individualização seria para “a 
adaptação da pena ao delinquente, após seu conhecimento biológico, o estudo da 
delinquência, suas causas e fatores”. Tal princípio vai de encontro com o princípio da 
proporcionalidade, já que para que haja uma correta individualização da pena, deve-
se levar em consideração a relevância do bem jurídico tutelado, bem como as 
características, personalidade, histórico criminal da pessoa do delinquente, 
relacionando-se assim o seu caráter retribuído. 
Se a lei foi criada com o intuito de punir o delinquente pelo delito cometido, 
mas também para reeducar, reinseri-lo na sociedade, como forma de reabilitação e 
diminuição da criminalidade, porque não seguem a letra da lei? 
De acordo com o artigo 5º da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que “os 
condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização de execução penal”, devendo se submeter a exame 
criminológico “para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada 
classificação”. A execução penal não pode ser igual para todos os presos, justamente 
porque nem todos são iguais, não podendo ser, também, homogênea durante todo o 
período de seu cumprimento; individualizar a pena consiste em dar a cada preso as 
oportunidades e elementos necessários para lograr a sua reinserção social. 
 
Percebe-se que infelizmente são apenas palavras, já que não há qualquer 
exame criminológico realizado na pratica, considerando que tal exame referido na lei, 
trata-se apenas para que o condenado tenha ou não a progressão de regime, o que 
consiste apenas na análise do comportamento carcerário do condenado, ou seja, se 
comportou, não brigou, não desobedeceu, cumpriu os requisitos legai, pode sair em 
liberdade, mas e a sociedade?

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