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@diego_sanson UFJF Farmacologia – Analgésicos comuns e Opioides Dor – definição IASP- 2020 Experiencia sensitiva e emocional desagradável, associada ou semelhante a uma lesão tecidual real ou potencial @diego_sanson UFJF Dor – classificação Mecanismos: Inflamatória – mediadores inflamatórios, artrite reumatoide Neuropática – lesão nervo periférico ou SNC, neuropatia diabética Nociceptiva – lesão ou trauma simples, do dia a dia Funcional – processamento anormal da dor, fibromialgia Tempo: Aguda – inferior a 3 meses Crônica – superior 3-6 meses Dor – aspectos importantes Dimensões da dor: Física Psicológica @diego_sanson UFJF Espiritual Social Experiencia pessoal Possui variáveis Papel adaptativo Pode gerar efeitos adversos Nociceptores Vias ascendentes Áreas centrais Vias descendentes podem modular essa condução dolorosa Substância cinzenta periaquedutal: Medula rostroventral: Analgésicos @diego_sanson UFJF Analgésicos comuns: - Derivados do Ácido salicílico: ácido acetil salicílico - Derivados do para-aminofenol: paracetamol - Derivados da pirazolona: dipirona Analgésicos opioides: - Derivados do ópio: morfina Analgésicos comuns Mecanismo de ação: bloqueio da enzima ciclo oxigenase 1 e 2 (COX1 e COX2) Dessa forma, bloqueio da síntese de prostaglandina Atenção para: os derivados do para-aminofenol – sem propriedade anti-inflamatória Os outros podem apresentar um pouco Derivados do ácido salicílico @diego_sanson UFJF Ácido acetil salicílico – aspirina Via oral Dor e febre: 2g / dia Inflamação: doses superiores a 3g / dia – dose alta e intolerância, pouco usada Antiagregante: doses próximas de 100 mg a 350 mg / dia – acetilação irreversível da COX1 plaquetária Efeitos adversos Relacionados ao TGI Dor epigástrica Sangramento gástrico Ulcera gástrica Relacionados ao sistema renal Equimoses Síndrome de Reye: encefalopatia e hepatite e relação com varicela Evitar em crianças Derivados do para-aminofenol @diego_sanson UFJF Acetaminofen – paracetamol Via oral Dor e febre: 2 a 3 g / dia Sem ação anti-inflamatória Efeitos adversos Hepatotoxicidade – dose Reações alérgicas – exantema Paracetamol e lesão hepática Sofre metabolização em N-acetil-p-benzo-quinonaimina (hepatotóxico) Conjugação com a glutationa Promove uma detoxicação Em condições normais isso acontece Doses altas de paracetamol O processo não acontece de forma satisfatória Começa a acumular @diego_sanson UFJF Necrose hepatocelular – hepatite Tratamento – N-acetilcisteina (aumenta glutationa) Derivados da pirazolona Dipirona Via oral e parenteral Dor e febre: dose de 2 g a 4 g / dia Proibido nos EUA Risco de agranulocitose Efeitos adversos Agranulocitose e aplasia medular Benefício supera riscos Reação de hipersensibilidade cutânea @diego_sanson UFJF Usos terapêuticos Dor Febre Antiagregante plaquetário (AAS) Analgésicos opioides Analgesia Característica especial: aliviam o sofrimento alterando o componente emocional da experiencia dolorosa Ou outros não apresentam isso @diego_sanson UFJF Opioides endógenos: - Encefalinas, distribuição ampla por todo o SNC - Endorfinas, hipotálamo ... - Dinorfinas, hipotálamo ... Modulam a dor Liberados em determinadas atividades: exercício físico Receptores opioides Mu – Kappa – Delta Mu1 → analgesia supramedular, miose, euforia Mu2 → analgesia medular, depressão respiratória, redução do trânsito intestinal K1 → disforia, analgesia K2 → efeitos desconhecidos @diego_sanson UFJF K3 → analgesia supramedular, sedação Delta → analgesia medular e supramedular Todos os três estão relacionados a analgesia Opioides – classificação Opioides fracos: codeína e tramadol Opioides fortes: morfina, oxicodona, metadona, fentanil @diego_sanson UFJF Opioides – Morfina Padrão dos agonistas MOR Receituário especial A, risco de dependência Via oral, subcutânea, intravenosa, peridural Biodisponibilidade VO = 25% Opioides – codeína 10% se converte em morfina Fraco Polimorfismos genéticos podem alterar efeitos em 10% da população @diego_sanson UFJF Utilizada de forma isolada ou associada (paracetamol) maior ação analgésica Opioides – tramadol Fraco Inibe a recaptação de NOR e 5-HT Via oral, IM e IV Interação com inibidores da recaptação de NOR e serotonina, intensifica efeito Opioides – oxicodona VO Outra opção @diego_sanson UFJF Opioides – metadona VO Receituário especial A Outra opção Menor custo Opioides – Mecanismo de ação Atuam sobre receptores acoplados a proteína G Proteínas inibitórias Inibição da Adenil-ciclase Diminuição de AMPc Diminuição de Ca2+ intracelular Aumento da hiperpolarização @diego_sanson UFJF Receptores MU Sistema de controle descendente da dor Três níveis dos mecanismos: 1. Ação direta em tecido periférico 2. Inibição em medula espinhal 3. Mecanismos de ação central: ativação de vias inibitórias descendentes RVM Inibição de vias excitatórias descendentes RVM Receptores MU localizados em interneurônios gabaergicos Receptores opioides pré-sináptico: Ativação → hiperpolarização e diminuição na liberação de glutamato, SP e CGRP Tudo isso resulta na analgesia Opioides – antagonistas Naloxona Tratamento da toxicidade aguda e reverter a depressão respiratória @diego_sanson UFJF Opioides – efeitos adversos Constipação – efeito mais frequente, orientar dieta e até mesmo laxantes Sedação Depressão respiratória, motivo de óbito, doses elevadas Náuseas e vômitos Prurido, liberação de histamina Euforia Tolerância e dependência Opioides – cuidados Confusão – idosos Interações medicamentosas Opioides – intoxicação Tríade: coma, pupilas puntiformes e depressão respiratória @diego_sanson UFJF Usos terapêuticos Controle da dor Câncer Pós cirurgia IAM Coadjuvantes anestésicos Dependência Pode limitar o uso Responsável: receptores UM @diego_sanson UFJF Opioides e dependência – recompensa morfina Relação com o núcleo accumbens Liberação de GABA Dependência física e psíquica Mensagem final Escolha do analgésico depende do contexto clinico Dependência não deve ser fator limitante Opioides, atenção aos efeitos adversos, constipação e depressão respiratória
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