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Analgesia - FARMACOLOGIA DA DOR - OPIOIDES

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Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
ANALGESIA 
Dor: consequência perceptual final do processamento neural de determinada informação sensorial. 
Em geral o estímulo inicial surge da periferia e é transferido sob múltiplos controles, através de transmissores 
sensoriais no SNC até o córtex. 
DOR é definida como uma experiência subjetiva desagradável, 
decorrente da expressão integrada de mecanismos 
neurofisiológicos aferentes e fenômenos afetivo-emocionais, 
susceptíveis à modulação de fatores culturais e ambientais. 
Dor nociceptiva: dor transitória em resposta a estímulo 
nóxico. 
Dor inflamatória: dor espontânea e hipersensibilidade à dor, 
em respota à lesão tecidual e à inflamação. 
Dor neuropática: dor espontânea e hipersensibilidade à dor, 
associada a lesão do sistema nervoso. 
Dor funcional: hipersensibilidade à dor, resultante de uma 
alteração do processamento central da informação normal. 
Vias neurais da dor: 
 
 
 
 
 
 
 
Neurotransmissores inibitórios do corno dorsal: 
Peptídeos opioides (beta endorfinas, encefalinas, dinorfinas). 
Noradrenalina 
Serotonina 
Glicina 
GABA 
Modulação da via nociceptiva: 
Dor aguda: gerada por um estímulo nóxico excessivo. 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Dor crônica: está associada com aberrações da via fisiológica normal, dando origem: hiperalgesia e alodínia, sistema 
ascendente (inibição), controles inibitórios descendentes (estímulo). 
Dor crônica dá origem a alodinia/hiperalgesia? Há uma dificuldade em definir se a dor é de componente periférico 
ou componente central. Componente central: facilitação central da transmissão no corno dorsal e no tálamo. 
Alodinia – resposta dolorosa a estímulo não doloroso. 
Hiperalgesia – resposta dolorosa aumentada a estímulo tóxico. 
Terapêutica na dor: 
Opióides 
Anestésicos Locais 
Anti-inflamatórios 
Medicação coadjuvante (clonidina, duloxetina, vanlafaxina, anandamida, 2-araquidonilglicerol, tricíclicos, AINES, 
agonistas 5HT, anticonvulsivantes, antiarrítmicos). 
Local de ação dos analgésicos /anestésicos: 
 
 
 
 
 
 
AINEs: 
 A.A.S. / Dipirona 
 Indometacina 
 Diclofenaco 
 Piroxicam 
 Ibuprofeno 
 Acetaminofeno 
 AINES seletivos 
 
 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Opioides: 
Opióides termo genérico: ▪ toda substância natural ou sintética que tem ações semelhantes à morfina. 
Analgésico, depressor do SNC e qualquer droga capaz de causar 
dependência física. 
Opiáceos → opióides naturais (morfina, codeína) 
Opióides → sintéticos. 
Tipos de receptores (mü; delta e kapa) e peptídios opióides 
endógenos. 
Mu: 
▪ Analgesia 
▪ Beta endorfina / encefalinas / dinorfina 
▪ Depressão respiratória / constipação / ret. urinária 
Delta: modula atividade mu-R 
▪ Beta endorfina / encefalinas / dinorfina 
Kapa: 
▪ Analgesia / sedação / disforia / psicomiméticos ▪ dinorfina 
 
Local de ação dos opioides: 
 
 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
 
Agonistas Puros: 
▪ Morfina ▪ Meperidina ▪ Codeína ▪ Tramadol ▪ Metadona ▪ Oxicodona ▪ Fentanil ▪ Alfentanil ▪Sufentanil ▪ 
Ramifentamil 
Agonista Parcial ou Agonista-Antagonista: 
 ▪ Pentazocina ▪ Nalbufina ▪ Butorfanol ▪ Nalorfina ▪ Buprenorfina 
Antagonistas: ▪ Naloxona ▪ Naltrexona 
Opioides utilizados em anestesia: 
 
Ações farmacológicas dos opioides: 
Analgesia, depressão respiratória, miose, constipação, 
retenção urinária, alteração humor, inconsciência, 
náuseas/ômitos, anti-tussígeno (codeína), hipotensão postural 
e sedação. 
Usos clínicos: 
Potentes analgésicos, inibem os reflexos fisiológicos aos 
estímulos dolorosos. 
 
Analgésicos: dor associada ao câncer; cólica renal. 
Tosse:  tosse com  doses – codeína, 
dextrometorfano, levopropoxifeno. 
Diarréia: difenoxilato (sem ação no SNC). 
Associados a anestésicos: devido a propriedades 
sedativas, ansiolíticas e analgésicas. 
MORFINA: 
A morfina, codeína (metilmorfina) e seus derivados sintéticos constituem os opioides mais amplamente utilizados 
para o controle da dor. 
A morfina é metabolizada no fígado (sofre metabolismo de primeira passagem). No fígado, sofre glicuronidação na 
posição 3 (M3G) ou 6 (M6G). M3G – inativada. M6G – atividade analgésica (M6G é secretada pelo rim, em paciente 
com doença renal crônica pode ser tóxico). 
A morfina dispõe de diferentes vias de administração. A preparação oral tem liberação controlada, para reduzir o 
numero de doses diárias para produzir analgesia (alta dose de opioide a ser liberada no decorrer de 12-24h). 
Infelizmente tem alto índice de abuso e produção ilegal para liberar a dose de uma vez. 
A morfina epidural ou intratecal pode produzir analgesia altamente efetiva – alcança concentrações altas no corno 
dorsal da medula espinal. 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Morfina libera histamina, podendo causar hipotensão arterial. 
A administração epidural tem duração muito mais longa do que a administração parenteral, devido o tempo 
necessário para difusão da morfina (hidrofílica) do SNC para a circulação sistêmica. 
A codeína é mais utilizada como antitussígeno e antidiarréico. 
Os composto semi-sintéticos oxicodona e hidrocodona são análogos da codeína mais efetivos. 
→Agonistas sintéticos: 
2 principais classes de agonistas sintéticos dos receptores UM: fenileptilaminas (metadona) e fenilpiperidinas 
(fentanil e meperidina). 
Metadona: uso no tratamento da adicção de drogas, mas também para controle da dor. Possui meia vida de 
eliminação de 24h (interação com proteínas plasmáticas) e seus efeitos analségicos duram cerca de 4 a 8h. É 
frequentemente utilizada para obter alívio prolongado da dor crônica em pacientes com câncer terminal. 
Fentanil: ação curta, meia vida comparada a da morfina. Mas, é 75-100x mais potente que a morfina. 
Pode ser administrado via transmucosa bucal, via transdérmino (lipofilicidade), proporcionando analgesia sistêmica 
de longa duração. 
Alfentanil (ainda mais potente que o fentanil) e o sufentanil (menos potente) são estruturalmente relacionados com 
o fentanil. 
O remifentanil (fenilpiperidina mais recente) contém um metil éster – metabolismo e eliminação bastante rápidos 
por esterases inespecíficas. É ideal para infusão contínua (durante anestesia). Não libera histamina. 
A meperidina (outra fenilpiperidina) é um agonista MU com potência analgésica semelhante à da morfina (75-100 
mg equivalem a 10mg de morfina). VO, sua atividade fica reduzida pela metade. É metabolizada pelo fígado, e o 
metabólito normeperidina pode causar excitabilidade do SNC e convulsões (normeperidina é secretada pelos rins, 
tem maior meia-vida do que a meperidina – cuidado com uso em pacientes renais crônicos!). Provoca midríase 9ao 
contrário dos opioides que provoca miose). 
Libera histamina – vasodilatação arteriolar transitória, venodilatação mais prolongada e hipotensão arterial. 
Uso clínico: analgesia no pré e pós-operatório, atenuação de tremores. 
 
→Agonistas parciais e mistos: 
Agonistas parciais ou agonistas MU ou KAPA parciais ou mistos – agonistas MU parciais: butorfanol e a buprenorfina 
– produzem analgesia semelhante à da morfina, mas com menores sintomas eufóricos. 
A nalbufina é um agonista gama com atividade antagonista Mü: tem ação nos receptores kapa – analgésicos 
efetivos, mas com efeitos de disforia indesejável. 
→Antagonistas dos receptores opioides: 
Antagonistas dos receptores opioides Mü são utilizados para reverter os efeitos colaterais potencialmente fatais da 
administração de opioides (especificamente a depressão respiratória). 
A naloxona é um derivado sintético da oximorfona, administrada VI. 
O antagonista naltrexona é administrado via oral, primariamente utilizado em condições ambulatoriais,tipicamente 
para desintoxicação de indivíduos com adicção de opioides. 
 
Efeitos colaterais: 
Sistema cardiovascular: 
Hipotensão postural, pequena depressão cardiovascular, ↓ FC → estimulação do Núcleo dorsal do vago, liberação 
histamina. 
Sistema respiratório: 
Depressão respiratória (dose dependente), diminui ventilação, rigidez muscular (músculos da respiração - requer uso 
de bloqueadores neuromusculares). 
Sistema GI/urinário: 
Náuseas e vômitos, constipação, retardo do esvaziamento gástrico e retenção urinária. 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
 
 
Outros: 
Útero: pode  tônus e prolongar trabalho de parto. 
 Rubor, calor na pele prurido → liberação de histamina. 
Tolerância e Dependência – síndrome de abstinência inclui os sinais e sintomas, como: hiperventilação, midríase, 
dores musculares, vômitos, diarréia, ansiedade, etc. 
Metadona: usada na desintoxicação de dependentes de heroína. 
Contraindicação: 
Pacientes com lesões cranioencefálicas. 
Durante a gravidez. 
Pacientes com comprometimento das funções pulmonar, hepática ou renal.

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