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FONTE: Parasitologia Humana – David P. Neves. Tabela por Cora M Rocha. Ascaridíase Ancilostomose Estrongiloidíase Agente etiológico Ascaris lumbricoides Ancylostoma duodenale e Necator americanus Strongyloides stercoralis Morfofisiologia Macho: cor leitosa, 20 a 30cm de comprimento; - A boca é localizada na extremidade anterior e contornada por lábios com serrilha de dentículos. - A extremidade posterior é encurvada para a face ventral (diferencia da fêmea). Fêmea: cor leitosa, 30 a 40cm, mais robustas que os machos; - extremidade posterior retilínea. Ovo: Possuem cápsula espessa em razão da membrana externa mamilonada (facilita sua aderência a superfície, propiciando sua disseminação); - os inférteis, podem ser encontrados nas fezes, são mais alongados e possuem membrana mamilonada delgada. - Ovo decorticado: sem a membrana mamilonada. A. duodenale: Os vermes adultos apresentam dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca. Macho: 8 a 11 mm de comprimento, com bolsa copuladora desenvolvida, apresentam dois espículos longos e gubernáculo. Fêmea: 10 a 18 mm de comprimento, cauda afilada, com processo espiniforme. N. americanus: Os vermes adultos apresentam forma cilíndrica e boca contendo duas lâminas ou placas cortantes. Macho: 5 a 9 mm, bolsa copuladora desenvolvida e sem gubernáculo. Fêmea: 9 a 11 mm, extremidade anterior afilada, sem a presença do processo espiniforme. Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico, de 1,7 a 2,5 mm de comprimento. Produz 30 a 40 ovos por dia, via partenogênese (sem copulação). Elimina na mucosa intestinal o ovo já larvado, a larva rabditoide libertada ainda no interior do hospedeiro. Fêmea de vida livre ou estercoral: aspecto fusiforme, de 0,05 a 0,07 mm de comprimento. Apresenta receptáculo seminal. Macho de vida livre: aspecto fusiforme, 0,7mm de comprimento. Apresenta espículos que auxiliam na cópula. Habitat (preferencial) Vermes adultos no intestino delgado (ID), em infecções intensas ocupam toda a extensão do órgão. Intestino delgado Parede do intestino, mergulhada nas criptas duodenais. Nas formas graves atinge estômago e intestino grosso. Ciclo de vida Monoxênico: único hospedeiro. 1. Ovos não embrionados são eliminados nas fezes do hospedeiro; 2. Os ovos férteis, sob temperatura e umidade adequadas, tornam-se embrionados 15 dias; 3. A primeira larva (L1) é a rabditoide, formada dentro do ovo; 4. Após uma semana, ainda dentro do ovo, se transforma em L2; 5. L2 transforma-se em L3 infectante, sendo filarioide; 6. As L3 filarioides permanecem infectantes, dentro do ovo por meses, podendo ser ingeridas; 7. Após ingestão, os ovos com L3 atravessam o trato digestório e as larvas eclodem no ID (ambiente propício devido ao pH, sais, temperatura etc.); 8. As larvas atravessam a parede do intestino e atingem os vasos linfáticos e a veia mesentérica superior atingindo o fígado; 9. Em 2 a 3 dias alcançam o átrio direito, pela veia cava inferior, e 4 a 5 dias após são encontradas nos pulmões (ciclo de Loss); 10. Sofre muda de L3 para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde sofre nova muda para L5; 11. Sobem pela árvore brônquica e traqueia, atingindo a faringe (podem ser expelidas ou deglutidas); 12. Quando deglutidas fixam-se no ID; 13. Transformam-se em adultos, alcançam a maturidade sexual, copulam e ocorre a oviposição ovos prontos para serem eliminados nas fezes. Ciclo monoxênico 1. Ovos liberados nas fezes darão origem aos dois primeiros estádios rabditoides (L1 e L2); 2. L2 sofre muda para L3 (filarioide infectante); 3. A L3 penetra a pele do indivíduo, nos dois agentes etiológicos, e na A. duodenale também pode ocorrer infecção pela ingestão da L3; 4. As larvas que penetram migram pela circulação sanguínea ou linfática até alcançar os pulmões, onde há mudança para o estádio L4; 5. Ao chegar nos alvéolos pulmonares, ascendem para a traqueia; 6. Ao atingir a traqueia, a L4 pode ser expelida por expectoração ou deglutida; 7. As larvas entram no trato gastrointestinal e migram para o ID; 8. No ID as L4 sofrem hematofagia e amadurecem em formas adultas, maduros sexualmente; 9. Após copulação, a fêmea deposita os ovos na luz intestinal que são liberados com as fezes. Pela via oral: 1. Ingestão de L3; 2. Migram para o ID, onde penetram na mucosa intestinal e mudam para L4; 3. L4, hematofagia, em vermes adultos; 4. Vermes adultos copulam e a fêmea faz a oviposição. - Ciclo direto partenogenético e indireto, sexuado, ambos monoxênicos. - Larvas rabditoides podem se diferenciar em larvas filarioides infectantes; larvas rabditoides podem evoluir para fêmeas de vida livre ou macho de vida livre. Ciclo direto: 1. Larvas rabditoides, no solo ou sobre pele perianal, transforma-se em larva filarioide infectante; 2. Penetração ativa da L3, alcançam circulação venosa e linfática e seguem para coração e pulmão; 3. Nos capilares pulmonares se transformam em L4; 4. L4 atravessa a árvore brônquica e traqueia e chega à faringe; 5. Quando deglutidos chegam ao ID, onde se transformam em fêmeas partenogenéticas, nesse local larvas rabditoides se desenvolvem e podem ser eliminadas com as fezes. Ciclo indireto: 1. Larvas rabditoides produzem machos ou fêmeas de vida livre e completam seu ciclo pela penetração ativas das larvas L3 e acontece todo o processo mencionado. Transmissão Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo larva L3; · Contaminação de água de córregos podem contaminar verduras; · Poeira, aves e insetos podem veicular os ovos. Penetração da pele, pessoas descalças, pela larva L3 ou ingestão de larvas L3 da espécie A. duodenale. Hetero ou primoinfecção: larvas L3 penetram a pele (sem preferência da região). Autoinfecção externa: Larvas rabditoides presentes na região perianal de indivíduos infectados se transformam em filarioides infectantes e completam o ciclo. Autoinfecção interna: larvas rabditoides ainda na luz intestinal de indivíduos infectados transforma-se em filarioides infectantes e penetram na mucosa intestinal. (pode levar a hiperinfecção e forma disseminada) Prevenção Educação em saúde; Saneamento básico; Drogas ovicidas em áreas endêmicas; Tratamento dos doentes. Educação em saúde; Saneamento básico; Lavar mãos e manuseio de alimentos; Uso de água filtrada ou fervida; Uso de calçados. Programas de controle e educação em saúde: lavagem adequada de alimentos, utilização de calçados, educação sanitária. Tratamento dos indivíduos infectados Sinais e sintomas Em infecções de baixa intensidade não se observa nenhuma alteração. Infecções maciças apresentam: quadro pneumônico com febre, dispneia, tosse, bronquite e eosinofilia. A sintomatologia das vias respiratórias é denominada Síndrome de Loeffler. Erupções papulovesiculares; tosse, inflamação na garganta, febre. Quando atinge o trato respiratório: coriza, faringite, laringite, dor ao falar e deglutir. No trato gastrointestinal: dor epigástrica com cólicas, náuseas, vômitos, flatulência e diarreia. Tríade clássica: diarreia, dor abdominal e urticária. Atinge a pele eritema, urticária etc. Na forma pulmonar pode gerar tosse com ou sem expectoração, febre, dispneia e crise asmatiformes. Na forma crônica anemia, eosinofilia, sudorese, incontinência urinária, tintura, astenia, insônia etc. Fisiopatologia - Lesões pulmonares (focos hemorrágicos pela migração das larvas) e hepáticas (focos hemorrágicos e de necrose devido a migração de formas larvares). - Ação espoliadora: os vermes adultos consomem grande quantidade de nutrientes (proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas) causando subnutrição e depauperamento físico e mental. - Ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos causam edema, urticária. - Ação mecânica: os vermes causam irritação na parede intestinal, pode levar à obstrução. Com a penetração da L3 há o aparecimento das erupções na pele, variando de papuloeritematosas até um edema generalizado. As larvas passam pelo trato respiratório e gastrointestinal, e ao chegarem no hábitat final, há laceraçãoda mucosa e da submucosa, acompanhado de sucção e secreção de enzimas hidrolíticas. Assim, há intensa perda de sangue intestinal, acarretando anemia por deficiência de ferro e hipoalbunemia, anemia microcítica e hipocrômica. Cutânea: Hipersensibilidade com formação de edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticária. Pode ocasionar lesão larva currens. Pulmonar: A travessia das larvas do interior dos capilares para alvéolos provoca hemorragia, infiltrado inflamatório (eosinófilos e linfócitos), síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória. Intestinal: enterite catarral, edematosa e ulcerosa. Disseminada: Observada em pacientes infectados e imunocomprometidos pelas situações citadas ou por megacólon, diverticulite, íleo paralítico etc. Diagnóstico Laboratorial: Identificação de ovos nas fezes, os quais aparecem após 40 dias da infecção. Método Kato Katz - Anamnese associado aos sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, acompanhados de anemia ou não. - Uso de coprocultura pelo método Harada Mori. - Métodos imunológicos como ELISA. - Métodos parasitológicos ou diretos com pesquisa de larvas. Exame de fezes, coprocultura. - Endoscopia digestiva (mucosa gastrointestinal); - Método indireto: hemograma (eosinofilia); -Imagem: RX de tórax (síndrome de Loeffler). Epidemiologia Em regiões pobres, uma estimativa de prevalência de aproximadamente 30%; prevalência baixa em regiões áridas e alta em locais úmidos e quente. Pessoas distribuídas principalmente nas regiões dos trópicos e subtrópicos do mundo. Muitos países afetados pela ancilostomose experimentaram um crescimento econômico considerável (América Latina e Caribe), com aumento da urbanização e da segmentação socioeconômica com regiões de miséria. No Brasil, um estudo (1990 a 2009), utilizando métodos parasitológicos revelou 5,5% de prevalência de S. stercoralis, o que confirma hiperendemia no país. Revelou também que a ocorrência aumentou com a idade, os indivíduos com idade superior a 60 anos, e nos indivíduos imunossuprimidos. Enterobiose ou oxiurose Tricuríase Amebíase (protozoário) Agente etiológico Enterobius vermicularis Trichuris trichiura Entamoeba histolytica Morfofisiologia Cor branca, corpo filiforme. Fêmea: 1cm de comprimento, seu corpo é distendido em quase tua totalidade pelos ovos. “Saco de ovos”. Macho: menor que a fêmea, até 0,5 cm de comprimento, presença de espículo projetado durante cópula. Ovo: apresenta aspecto de letra “D”, possui dupla camada e quando deixa o corpo da fêmea já apresenta uma larva em desenvolvimento no seu interior. Os machos são menores que a fêmea. Os vermes adultos medem de 3 a 5 cm de comprimento. Macho: presença de espículo para copulação. Ovos: formato elíptico. Possuem três camadas que favorece a resistência destes ao meio. As amebas possuem diferenças quanto ao tamanho do trofozoíto, tamanho do cisto, pelo número de núcleos nos cistos e inclusões citoplasmáticas; A histolytica é patogênica. Apresenta trofozoíto invasivo; pré-cisto é a fase intermediária entre trofozoíto e cisto; o metacisto é multinucleado e emerge do cisto, o qual sofre divisões e dá origem ao trofozoíto; os cistos são ovais. Os trofozoítos se movem por pseudópodes, a ingesta de alimentos é por fagocitose e a multiplicação por divisão binária. Habitat (preferencial) - Ceco do ser humano e apêndice cecal, livres ou aderidos à mucosa. - Fêmeas grávidas podem ser encontradas no ânus ou região perianal. - Intestino grosso de humanos. - Em infecções intensas ocupam o cólon distal, reto e íleo. Os trofozoítos normalmente vivem na luz do intestino grosso e podem penetrar na mucosa intestinal ou atingir outras regiões do organismo como o fígado, pulmão, rim, e raramente, o cérebro. Ciclo de vida Ciclo monoxênico. 1. Depois da cópula os machos são eliminados com as fezes do hospedeiro e morrem; 2. As fêmeas grávidas desprendem-se do ceco, passam por todo intestino grosso, pelo esfíncter anal e alcançam o ambiente externo; 3. As fêmeas podem ser expulsas com as fezes do hospedeiro ou fixam-se no ânus; 4. A maior parte dos ovos podem ser liberado no momento da ruptura mecânica do corpo da verme fêmea; 5. Os ovos embrionados tornam-se infectantes; 6. O indivíduo ingere o ovo; 7. Larvas rabditoides eclodem no duodeno e alcançam o ceco, nesse trajeto realizam duas novas mudas e transformam-se em vermes adultos; 8. O macho morre após cópula e a fêmea é encontrada na região do ânus, e caso não ocorra reinfecção, pode extinguir-se. Ciclo monoxênico. 1. Os ovos são eliminados nas fezes; 2. Os ovos possuem uma larva de primeiro estágio que são infectantes para o hospedeiro; 3. Os ovos são ingeridos e no intestino delgado do hospedeiro eclodem (estimulado pelo suco gástrico e suco pancreático); 4. O desenvolvimento das larvas ainda está sob estudos, mas migram para o intestino grosso. 5. Os nematódeos passam pelos quatro estágios larvais; 6. O crescimento e o desenvolvimento dos vermes levam ao rompimento das células epiteliais e a exposição da porção posterior do corpo de T. trichiura à luz intestinal do hospedeiro; 7. Com a cópula dos vermes adultos há a oviposição. Ciclo monoxênico. 1. O indivíduo ingere cistos maduros com alimento ou água contaminados; 2. Os cistos passam pelo estômago, passa pelo ID e chegam ao Grosso, onde ocorre o desencistamento com a saída do metacisto; 3. O metacisto dá origem, após divisões, aos trofozoítos; 4. Os trofozoítos migram para o grosso e colonizam; 5. Os trofozoítos ficam aderidos à mucosa como comensais; 6. Podem se desprender, sofrer desidratação e eliminar substâncias, transformando-se em pré-cistos; 7. Os pré-cistos secretam uma membrana cística e se transformam em cistos tetranucleados que são eliminados com as fezes. Ciclo patogênico: 1. O equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal; 2. Na invasão há formação de úlceras e através da circulação porta pode atingir outros órgãos (fígado, pulmão, rim etc.) e causar amebíase extraintestinal. Transmissão Heteroinfecção: ovos presentes em alimentos, poeiras ou outros fômites (objetos inanimados que podem levar e espalhar a doença e agentes infecciosos) alcançam o novo hospedeiro (primo-infecção); Indireta: os ovos alcançam o mesmo hospedeiro que o eliminou; Autoinfecção externa ou direta: o próprio indivíduo coça a região perianal e leva a mão à boca; Autoinfecção interna: as larvas eclodem no reto e migram para o ceco, transformando-se em vermes adultos; Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e readentram o sistema digestivo até chegar ao ceco, onde se transformam em vermes adultos. Podem ser disseminados pelo vento ou água e contaminar alimentos e a água, sendo então ingeridos pelo hospedeiro; Pode haver contaminação pela ingestão de ovos diretamente da mão contaminada por geofagia. - Ingestão de cistos maduros em alimentos, sólidos ou líquidos. - Água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos, é um modo frequente de contaminação; - Portadores assintomáticos que manipulam alimentos. Prevenção - Manejo adequado de vestes e roupas de cama do indivíduo infectado; - Corte das unhas e lavagem das mãos; - Educação sanitária. - Tratamento da pessoa parasitada. - Educação em saúde; - Saneamento básico; - Tratamento de doentes. - Educação em saúde; - Saneamento básico; - Tratamento de doentes. Sinais e sintomas Manifestações gastrointestinais: náusea, vômito, dores abdominais, alteração na frequência evacuatória. Prurido local, comum à noite. Alterações comportamentais como irritabilidade, anorexia, vertigem, aumento da frequência de crises convulsivas e enurese. Infecções leves são assintomáticas ou apresentam sintomatologia intestinal discreta; Infecções moderadas apresentam dores de cabeça, dor epigástrica e no baixo abdome, diarreia, náusea, vômito. Amebíase intestinal: diarreia, disenteria, amebomas, apendicite amebiana. Podem evoluir para hemorragias, perfurações, estenose etc. Amebíase extraintestinal,hepática, cutânea. Fisiopatologia · Alterações causadas pelos vermes no intestino (erosões e inflamação); · Lesões anais e perianais resultante da presença da fêmea grávida e da oviposição; · Lesões do parasitismo ectópico. · O deslocamento da fêmea pela mucosa anal e perianal leva ao prurido. Na proximidade do verme, a movimentação e a alimentação destes causam lesões ao epitélio e à lâmina própria intestinal do hospedeiro, podendo ser observado um aumento na produção de muco pela mucosa intestinal, áreas de descamação da camada epitelial e infiltração de células mononucleares na lâmina própria. Em infecções mais intensas, a inflamação da mucosa intestinal pode resultar em colite e apendicite. O esforço continuado de defecação associado a possíveis alterações nas terminações nervosas locais pode resultar em prolapso retal. A evolução da patogenia ocorre com a invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos ou virulentos; A E. histolytica tem efeito direto sobre a célula, necessitando da adesão. Uma vez invadida a mucosa, os trofozoítos se multiplicam e prosseguem penetrando nos tecidos sob a forma de microulcerações. Na submucosa, as amebas podem progredir em todas as direções. Diagnóstico Observação de ovos ou fragmentos da fêmea no exame parasitológico fecal; Uso de fita adesiva ou de Graham, fita gomada Exames parasitológicos de fezes, Kato-Katz. Uso de colonoscopia ou anoscopia para visualização de vermes adultos. Diagnóstico laboratorial feito com fezes, soros e exsudatos. Os exames de imagem como radiografia, tomografias, ultrassonografias e RM auxiliam na identificação da localização, número e tamanho dos abscessos. Uso de retossigmoidoscopia permite visualizar úlceras. Epidemiologia O E. vermicularis é o helminto de importância clínica mais prevalente em países da Europa, na Australia e nos EUA. A idade do hospedeiro é um fator que influencia o parasitismo por E. vermicularis, sendo as crianças em idade escolar as mais parasitadas. Estima-se que a prevalência na população infantil como um todo é pelo menos o dobro da observada em adultos. A prevalência da enterobiose em climas temperados é maior do que nos trópicos A maioria dos infectados vivem em regiões tropicais e subtropicais do globo. Áreas onde as condições ambientais, especialmente umidade e temperatura, e condições socioeconômicas e estruturais, como educação e saneamento precários e indisponibilidade de água potável, favorecem a contaminação do ambiente e a sobrevivência do parasito. A intensidade da infecção por T. trichiura são mais elevadas em criança? e diminuem na fase adulta. No Brasil, a infecção por E. histolytica apresenta grande diversidade no número de indivíduos infectados ou com sintomatologia da doença, variando de região para região. No Sul e Sudeste do país, a prevalência varia de 2,5 a 11%, na região Amazônica atinge até 19%, e nas demais regiões fica em tomo de 10%. Há, no entanto, a incidência da doença é de acordo com as condições sanitárias e socioeconômicas, principalmente com relação às condições de habitação, presença de esgotos e água tratada.
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