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Maria Seiane Farias Barros – medicina IESVAP Estrutura Túnica Intima Forma o revestimento interno do vaso e está em contato direto com o sangue que flui pelo lúmen. Endotélio Camada mais interna É continuo com o endocárdio. Influencia no fluxo sanguíneo, secreção de mediadores químicos (contração muscular) e assistência com a permeabilidade capilar. Membrana Basal Profunda ao epitélio Apoio físico para a camada endotelial Formada por fibras colágenas que oferecem resistência a tração, resiliência ao estiramento e distensão. Se ancora no tecido conjuntivo subjacente Lâmina elástica interna Lamina fina de fibras elásticas, com aberturas, fenestrações. Túnica Média Camada de tecido muscular liso e conjuntivo. A principal função das células musculares lisas, que se estendem circularmente em torno do lúmen é regular o diâmetro do lúmen. Vasoconstrição vs Vasodilatação Regula o fluxo sanguíneo e a pressão. Possui a lâmina elástica externa, rede de fibras elásticas. Túnica Externa Composta por fibras elásticas e colágeno. Contém diversos nervos e minúsculos vasos sanguíneos que irrigam o tecido da parede do vaso, vasa vasorum. Artérias São os vasos sanguíneos que conduzem o sangue sob alta pressão do coração e distribuem para o corpo. Possuem calibre decrescente Abundância de fibras elásticas, possibilita alta complacência, o que significa que suas paredes se esticam ou expandem facilmente sem se romper em resposta a um pequeno aumento da pressão. Artérias elásticas Maiores artérias do corpo, de grosso calibre. Aorta, pulmonar Túnica média espessa e com fibras elásticas, o que ajuda sua expansão quando recebem o débito cardíaco dos ventrículos, minimizando a variação de pressão. Artérias musculares Médio porte Dominadas de musculo liso, capacidade de reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo, conforme exigido pela circunstância. Braquial, femoral, observadas na parede do corpo Arteríolas Lumens relativamente estreitos e paredes musculares espessas O enchimento dos leitos capilares e o nível da pressão arterial no sistema vascular são controlados principalmente pelo grau de tônus (firmeza) no músculo liso das paredes arteriolares. Se o tônus for maior que o normal, ocorre hipertensão Anastomose Comunicações entre artérias Oferecem vários possíveis desvios para o fluxo sanguíneo em caso de obstrução do trajeto habitual. Aterosclerose Doença progressiva caracterizda pela formação de placas aterosclerósticas nas paredes das grandes arterias e médias. Em geral, as lesões iniciais, denominadas estrias gordurosas, formam-se ainda na infância e caracterizam- se por acúmulo de colesterol em macrófagos O LDL (mau colesterol, lipoproteína de baixa densidade) transporta colesterol do fígado para as células do corpo (reparação de membrana, hormônios esteroides, sais biliares). Pórem quantidades excessivas promovem ATEROSCLEROSE. Desenvolvimento das placas ateroscleróticas A formaçãoda placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular por diversos fatores de risco, como dislipidemia, hipertensão arterial ou tabagismo. A disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas, favorecendo a retenção destas no espaço subendotelial. LDL em excesso no sangue se acumula na camada da túnica intima e. sofrem oxidação. Surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície endotelial, processo estimulado pela presença de LDL oxidada Em resposta a subst. quimiotáticas os monócitos migram para o espaço subendotelial Macrófagos fagocitam as moléculas oxidadas. Se forma um aglomerado esponjoso. As células T e os macrófagos intensificam a resposta inflamatória, liberando citocinas. Se formará o início da placa com todas essas estruturas. E isso induzirá a proliferação e migração de células do músculo liso para a camada intima A expansão do ML reduzirá o lúmen da artéria, então diminui o fluxo sanguíneo. Quando há o rompimento do vaso, as plaquetas e fibrilas se ligam ao endotélio, coagulação sanguínea, e formam o trombo O trombo pode ocluir a artéria ou ser levado para a corrente sanguínea e obstruir vasos menores distais na forma de êmbolo. Fatores externos que influenciam Pressão arterial – risco para o infarto do miocárdio Tabagismo – diminui o HDL e aumenta o LDL, aumentam a viscosidade do sangue que proporciona formação de trombos, provoca vasoconstrição, aumento da pressão arterial e aumenta os radicais livres no sangue que lesionam a parede endotelial. Hipercolesterolemia – aumento do colesterol no sangue Diabetes melitus – induz a hiperglicemia que causa modificação nos vasos e acelera os eventos da aterosclerose Obesidade e sedentarismo Consequências Estenose –restringe o fluxo de sangue causando infarto, isquemia ou atrofia tecidual. Trombose – se forma sobre uma placa inflamada e obstrui o vaso. Enfraquecimento da parede vascular – aneurisma, dilatação anormal e possível ruptura, desencadeia a hemostasia Veias Possuem válvulas, dobramentos do endotélio que se projetam para o lúmen e auxiliam no retorno venoso impedindo o refluxo de sangue. São mais numerosas que as artérias e geralmente acompanham-nas, homólogas O seio venoso é uma veia com uma parede endotelial fina que não tem músculo liso para alterar seu diâmetro. O tecido conjuntivo denso circundante substitui as túnicas média e externa no fornecimento de suporte As veias superficiais, atravessam a tela subcutânea desacompanhadas de artérias paralelas, e ao longo de seu curso, formam pequenas conexões (anastomoses) com as veias profundas que estão entre os músculos esqueléticos Túnica intima Mais finas que as da artérias Ausência de lamina interna Lúmen maior que o das artérias Túnica média Muito mais fina que as das artérias com pouco músculo liso. Lamina elástica externa ausente Túnica externa Mais espessa e composta por colágeno e fibras elásticas Retorno Venoso O volume de sangue que flui de volta ao coração pelas veias sistêmicas, é consequente à pressão produzida pelo ventrículo esquerdo por meio das contrações do coração A diferença de pressão entre as vênulas e o ventrículo direito normalmente é suficiente para provocar o retorno venoso para o coração Se a pressão no VD aumentar, valvopatia, o retorno venoso diminui Ao ficar de pé a pressão que empurra o sangue para cima é suficiente apenas para vencer a forca da gravidade. Além do coração existem outros mecanismos que empurram o sangue: Bomba de musculo esquelético Na posição ortostática as duas válvulas estão abertas A contração dos músculos das pernas, como quando você fica na ponta dos pés ou dá um passo, comprime a veia. O sangue é empurrado através da válvula proximal, em uma ação chamada ordenha. Ao mesmo tempo, a válvula distal do segmento não comprimido se fecha conforme um pouco de sangue é empurrado contra ela No relaxamento, a pressão cai na seção previamente comprimida da veia, então a válvula proximal se fecha e a válvula distal se abre porque a pressão arterial no pé está mais elevada do que na perna, e a veia se enche com o sangue que vem do pé Bomba respiratória Durante a inspiração, o diafragma se move para baixo, o que provoca uma diminuição da pressão na cavidade torácica e um aumento da pressão na cavidade abdominal Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas das veias evitam o refluxo do sangue das veias torácicas para as veias abdominais. Varizes O fluxo normal do sangue no sistema venoso depende da presença de válvulas competentes que previnam o refluxo Quando essas são excessivamente distendidas por alta pressão ou desgastadasocorre aumento da área de seção transversa, mas as válvulas não aumentam de tamanho, portanto não se fecham completamente e se tornam incompetentes. Elas represam o sangue e dilatam a veia, que perde sua função Pernas, principalmente na região do tornozelo e pés são os mais atingidos. Locais típicos incluem a junção da veia safena magna e a veia femoral, junção entre a veia safena parva e a veia poplítea. Tipos Varizes Primárias São as mais frequentes Fatores que predispõem seu aparecimento: hereditariedade, profissão, ação de alguns hormônios. Acredita-se que algumas pessoas apresentam um defeito no tecido conjuntivo que seria responsável pelo alterações valvares. Varizes secundárias Fatores secundários, doença já disposta. Fatores de melhora Elevação das pernas Meias de compressão, que aplicam pressão nas pernas Atividade física e alimentação Fatores de piora Tabagismo Sedentarismo, obesidade, provoca aumento da pressão intra-abdominal que aumenta a pressão nos MI. Idade, que provoca a perda de elasticidade, e imobilidade. Sintomas agravados durante a gravidez, a ação da progesterona relaxa a musculatura lisa. Membros Inferiores Veias superficiais Frequentemente se anastomosam com as veias profundas. Veia safena magna Mais longas do corpo, do pé a virilha Mais suscetíveis a varicosas pois precisam suportar uma longa coluna de sangue e não são apoiadas por músculos esqueléticos Na cirurgia de revascularização do miocárdio utilizam-se seções dessa veia (ponte de safena) Possui de 10 a 20 válvulas Se origina na região medial do arcovenoso Veia safena parva Esvaziam na veia poplítea, posteriormente ao joelho 9 a 12 válvulas Se origina no arco venoso dorsal lateralmente Veias profundas Tem os mesmos nomes das artérias correspondentes Membros superiores Artérias A. axilar: inicia na margem lateral da 1ª costela A. braquial: termina no ápice da fossa cubital ao desenvolver seus ramos. – possui ramos importantes: Braquial profunda: envolve a parte posterior do úmero-supre o tríceps. Colaterais ulnares: suprem a articulação do cotovelo, proporcionam circulação lateral p/ regiões distais do membro, quando o cotovelo é dobrado. Radial é lateral e ulnar é medial, se anastomosam na palma para formar os arcos palmares. Veias Profundas: seguem o trajeto da artéria acompanhante e tem mesmo nome, possui mais válvulas. Superficiais: são visíveis, maiores do que as outras para formar anastomoses Rede venosa dorsal: ideal para cateteres intravenosos. Veia intermédia do cotovelo (conexão basílica- cefálica) fácil de encontrar nas pessoas, utilizada para retirar sangue ou administrar substancias por via intravenosa. Pulsos Definição: expansão e retração alternadas das artérias elasticas a cada sístole ventricular esquerda cria uma onda de pressão móvel, o pulso. Tipos: Choque e homeostasia É uma falha no sistema circulatório em entregar nutrientes e sangue suficientes para as necessidades metabólicas. Choque hipovolêmico: diminuição de volume sanguíneo o Causa: hemorragia aguda, que pode ser externa (traumatismo) ou interna (ruptura de um aneurisma) o Consequências: volume de sangue para as veias cai – retorno venoso diminui – enchimento do coração cai (mecanismo de frank-starling) – volume sistólico diminui e há redução do debito cardíaco. Choque cardiogênico: disfunção cardíaca Choque vascular: vasodilatação inadequada. Choque obstrutivo: obstrução do fluxo sanguíneo. Respostas ao choque (mecanismos compensatórios) Objetivo de devolver o DC e a PA normal, funcionam em perda sanguínea de ate 10% do volume total. Ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona Secreção do hormônio antidiurético Ativação da parte simpática do SNA Liberação de vasodilatadores locais – resposta a hipóxia. Sintomas do choque: PA sistólica inferior a 90 Pulso rápido e fraco, decorrente da redução do DC e frequência cardíaca acelerada. Pele fria, pálida e úmida- constrição simpática e estimulação do suor. Estado mental alterado devido à redução de O2 no encéfalo.
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