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Introdução ao Metabolismo Conceito de Metabolismo É uma atividade celular altamente dirigida e coordenada, na qual cooperam diversos sistemas multienzimáticos. É a soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo. (Albert Lehninger) Funções do Metabolismo • Obter energia química do sol ou de nutrientes do ambiente; • Converter as moléculas dos nutrientes e da própria célula em precursores das macromoléculas; • Polimerizar os precursores em macromoléculas; • Sintetizar e degradar as biomoléculas de acordo com a necessidade celular. Divisão do Metabolismo Anabolismo É a fase biossintética e consumidora de energia do metabolismo. Catabolismo É a fase degradativa e liberadora de energia do metabolismo. Macromoléculas Produtos Pobres em Energia Nutrientes Ricos em Energia ADP NAD FAD ATP NADH FADH2 Moléculas Precursoras Anabolismo Catabolismo Energia Química Introdução ao Metabolismo Metabolismo – é o conjunto das reações bioquímicas que ocorrem em um organismo Metabolismo energético parte do metabolismo que diz respeito ao armazenamento e utilização de energia Metabolismo de lipídeos diz respeito a síntese e degradação de lipídeos Metabolismo de açúcares diz respeito a síntese e degradação açúcares A unidade do metabolismo é a via metabólica: Cada via metabólica tem uma função Para que serve na célula? Cada via metabólica tem sua regulação Como é ligada e desligada? Cada via metabólica tem suas conexões Com que outras vias se conecta? Mapa metabólico v v Amido Triacil gliceróis Proteínas Aminoácidos Glicose Ácidos Graxos Acetil-CoA Acetoacetil- CoA Glicose Lipídios Proteínas Aminoácidos Glicídios Ciclo de Krebs O catabolismo é convergente, o anabolismo é divergente e o ciclo de Krebs é um processo anfibólico Convergências e Divergências no Metabolismo Celular Catabolismo • Três estágios: – 1 estágio – Quebra das macromoléculas (proteínas, carboidratos e lipideos) em unidades menores; – 2 estágio – produtos do primeiro estágio (aminoácidos, monossacarídeos) são transformados em Acetil-CoA; – 3 estágio – Acetil-CoA é oxidado ao longo do ciclo de Krebs a CO2 e as coenzimas NAD+ e FAD são reduzidas para formar NADH E FADH2 Bioenergética e tipos de Reações Bioquímicas As células e os organismos vivos devem realizar trabalho para permanecer vivos, crescerem e se reproduzirem; - A capacidade de controlar a energia e direcioná-la para o trabalho biológico é uma propriedade fundamental de todos os organismos vivos; - Os organismos modernos realizam uma notável variedade de transduções de energia , conversões de uma forma de energia em outra; - Eles usam a energia química dos combustíveis para sintetizar macromoléculas complexas, altamente organizadas, a partir de precursores simples; - A BIOENERGÉTICA é o estudo quantitativo das reações de energia e conversões de energéticas em sistemas biológicos ; - As transformações biológicas de energia obedecem as LEIS DA TERMODINÂMICA Termodinâmica Energia (Calor) Trabalho (movimento) Máquina à vapor 1ª Lei: Princípio da conservação da energia: A energia não pode ser criada nem destruída. Pode somente mudar a forma ou o local em que ela se apresenta “Termodinâmica é o conjunto de princípios que regem as transformações de energia” 2ª Lei: Princípio da “desordem crescente” Nos processos espontâneos há uma tendência a aumentar o grau de desordem. O universo sempre tende para a desordem crescente: em todos os processos, naturais a entropia do universo aumenta. Leis Conceitos termodinâmicos Energia livre de Gibbs, G: Quantidade de energia associada a uma reação, capaz de realizar trabalho. Quando a reação libera energia a variação na energia livre de Gibbs tem sinal negativo G<0 (exergônica) Quando a reação absorve energia a variação na energia livre de Gibbs tem sinal positivo G>0 (Endergônica) Entalpia, H: É o conteúdo de calor de um sistema. Reflete o número e o tipo de ligações químicas nos reagentes e nos produtos Quando uma ligação libera calor H tem, por convenção ,um sinal negativo. H< 0 (Exotérmica) Quando uma ligação absorve calor H tem, por convenção ,um sinal positivo H>0 (Endotérmica) Entropia, S: É uma expressão do grau de desordem de um sistema. Quando os produtos de uma reação são menos complexos ou mais desordenados que os reagentes a reação ocorre com ganho de entropia S>0 (Aumento da desordem) S<0 (Diminuição da desordem) G=H -T S A variação de energia livre (G) depende da variação do conteúdo de calor (H) e da variação no grau de desordem (S) Energia Livre de Gibbs (G) • É a quantidade de energia de uma sistema capaz de produzir trabalho, medida em condições constantes de temperatura e pressão. • Indica a possibilidade de uma reação ocorrer G > 0 a RQ não ocorre sem ajuda externa. Reação Endergônica G = 0 não há possibilidade de ocorrer qualquer RQ. Sistema em Equilíbrio G < 0 a RQ tende ocorrer espontaneamente, com liberaçào de energia. Reação Exergônica Energia Livre de Gibbs (G) e a Constante de Equilíbrio (Keq) G = Go + RTln RQ: aA + bB cC + dD [A]a [B]b [C]c [D]d G = Go + RT ln Keq R Constante dos gases 1,98 cal/mol.K ou 8,134 J/mol.K T Temperatura absoluta ( Kelvin) ln Logarítimo natural [A]a [B]b [C]c [D]d = Keq G = Go + RT ln Keq 0 = Go’ + RT ln Keq No equilíbrio G = 0 Relação entre Go’ e Keq 1,0 zero está no equilíbrio Go’ Keq > 0 negativo ocorre no sentido direto < 0 positivo ocorre no sentido inverso sob condições padrões Go’ = - RT ln Keq Energias livres de reações são aditivas A B C Acoplamento de reações permite realização de reações endergônicas Glicose + Pi Glicose 6-fosfato + H20 G0’ = 13.8 kJ/mol ATP + H20 ADP + Pi G0’ = -30.5 kJ/mol Glicose + ATP Glicose 6-fosfato + ADP G0’ = 13.8 kJ/mol + (-30.5 kJ/mol) = - 16.7 kJ/mol • Síntese de biomoléculas • Transporte ativo • Contração muscular e locomoção • Neurotransmissão • Bioluminescência O ATP como Moeda Energética Funções do ATP A Variação de Energia Livre de Hidrólise do ATP As bases químicas da grande variação de energia livre associada com a hidrólise do ATP: os produtos são mais estáveis que o substrato. Hidrólise diminui a repulsão entre as cargas Ionização Estabilização por ressonância A hidrólise do 1,3-bifosfoglicerato resulta no 3-fosfoglicerato, que possui um grupo carboxílico que se dissocia imediatamente. A ionização e as estruturas ressonantes tornam o produto mais estável do que o reagente. O Pi é estabilizado por ressonância. 1,3 bifosfoglicerato Ácido 3-fosfoglicérico 3-fosfoglicerato H2O Pi Hidrólise Ionização Estabilização por ressonância 1,3-bifosfoglicerato + H2PO4 3-fosfoglicerato + Pi + H + Go´ = -49,3 kJ/mol Variação de Energia Livre de Hidrólise de Outros Compostos Fosfatados Doador de e- Aceptor de e- Se Oxida Agente Redutor (ou Redutor) Se Reduz Agente Oxidante (ou Oxidante) P a r C o n ju g a d o R e d o x e- As Oxidações Biológicas Envolvem Desidrogenação Os Pares Redox e as Formas de Transferência de Elétrons Identificando o estado redox dos átomos de carbono Totalmente oxidado Totalmente reduzido O H Função química - 3 Alcano 1 3 Alcool 1 1 (0) Aldeído (cetona) 2 1 Ácido carboxílico 2 - Gás carbônico Quandoexaminamos uma molécula ou grupamento químico: Oxigênio é um indicador de oxidação Hidrogênio é um indicador de redução Um exemplo de reação redox Lactato (álcool) Piruvato (cetona) Lactato desidrogenase Oxidação do lactato a piruvato Desidrogenação: dois elétrons e dois íons de hidrogênio (o equivalente a dois átomos de hidrogênio) são removidos do C-2 de lactato, um álcool, para formar piruvato, uma cetona. Nas células a reação é catalisada pela enzima lactato desidrogenase e os elétrons são transferidos para um cofator chamado nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+). A redução da nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e de seu análogo fosforilado (NADP) envolve a transferência um íon hidreto (um próton e dois elétrons) de um substrato oxidável. Os Transportadores de Elétrons A flavina adenina dinuclotídeo (FAD) aceita dois átomos de hidrogênio, que aparecem no sistema em anel da flavina. Os Transportadores de Elétrons Funções do NAD e do NADP NAD oxidação de combustíveis NADP biossíntese Via glicolítica Ciclo de Krebs oxidação de ácidos graxos Cadeia de transporte de elétrons NAD+ NADH O2 H2O Biossíntese de lipídeos Outras biossínteses Via das pentose s NADPH NADP+ Glicose (C6) Pentose (C5) Vias Anabólicas Vias Catabólicas Outras vias oxidativas A fosforilação em nível de substrato envolve a transferência de fosfato de um intermediário metabólico de alta energia diretamente para o ADP. P Adenosina P P P P P Adenosina Composto de alta energia Composto de baixa energia Fosforilação em Nível de Substrato Formas de Síntese de ATP O fosfato é transferido para o ATP, e deste para moléculas receptoras como a glicose e o glicerol. Fosforilação em Nível de Substrato Formas de Síntese de ATP A energia liberada pelos elétrons, durante passagem destes pelos componentes da cadeia respiratória, é usada para a formação de uma gradiente eletroquímico de prótons H+. Fosforilação Oxidativa FADH2 FAD Formas de Síntese de ATP As desidrogenases que usam o FAD como grupo prostético, doam seus elétrons para o componente ubiquinona (UQ) Fosforilação Oxidativa Formas de Síntese de ATP O retorno destes prótons H+ para a matriz mitocondrial libera energia para a síntese de ATP pela enzima F1-ATPase, a partir de ADP e Pi Fosforilação Oxidativa Formas de Síntese de ATP
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