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Universidade Estadual do Maranhão Centro de Ciências Agrárias - CCA Curso de Medicina Veterinária Discentes: Allane Cerqueira, Anna Maria, Diovanna Pires, Marcos Daniel, Maria Fernanda, Mayra Soares, Pedro Henrique Os neutrófilos são o tipo leucocitário mais abundante em circulação, constituem a primeira linha de reconhecimento e defesa contra agentes infecciosos no tecido, tradicionalmente iniciam uma inflamação aguda e são responsáveis por uma resposta imune pró-inflamatória eficaz. Fonte: Google imagens O primeiro passo para a resolução da inflamação é o cumprimento de um programa de morte celular (apoptose), eliminando os neutrófilos que já cumpriram sua agenda antimicrobiana. No processo, o fluxo de neutrófilos para o local inflamado é interrompido, e aumentado o recrutamento de macrófagos, alterando o fenótipo dessas células de um estado pró-inflamatório para um fenótipo anti-inflamatório. Fonte: Google imagens Ao entrarem em apoptose, os neutrófilos liberam mediadores, tais como a proteína anexina (AnxA1) e lactoferrina, que cessam o recrutamento de mais células para o local inflamado, além de mediadores que liberam sinais específicos, atraindo fagócitos para a remoção dos corpos apoptóticos. Fonte: Google imagens As citocinas são proteinas que facil itam a comunicação celular entre as células do sistema imune, medeiam e regulam reações imunológicas e inflamatórias. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20130912164902.pdf Fonte: Google imagens Sendo assim, seu mecanismo se baseia na l igação com um receptor da membrana l igado a mensageiros intracelulares que levam a cascatas dentro da célula, facil itando ou impedindo os processos inflamatórios. Um grupo importante de citocinas é a quimiocina, que age na quimiotaxia e diapedese de leucócitos. Fonte: Google imagens Os macrófagos pertencem à famíl ia dos fagócitos mononucleares do sistema imunológico, têm uma capacidade notável de internalizar materiais. As suas populações, fenotipicamente distintas, estão presentes em cada órgão (ex.: as células de Kupffer no fígado). Eles apresentam um compartimento endocítico altamente desenvolvido, o qual auxil ia na captura de inúmeros estímulos e no envio desses para destruição dos l isossomos. Fonte: Google imagens A eliminação das células apoptóticas pelos macrófagos produz sinais anti-inflamatórios, ao internalizarem tais células, produzem a IL-10 e o TGF-β . O reconhecimento das células necróticas e dos compostos microbianos pelos macrófagos inicia a inflamação, que, por sua vez, leva ao recrutamento dos neutrófi los. O recrutamento dos monócitos para os sít ios inflamatórios é estimulado pelos neutrófi los ativados e há um esforço cooperativo entre os macrófagos e neutrófi los para el iminar o estímulo inflamatório. Os macrófagos estão envolvidos ativamente na resolução da reação inflamatória. Há diferentes vias para a ativação dos macrófagos. As citocinas TH1, como o IFN-γ , aumentam tanto a inflamação quanto a atividade antimicrobiana. Já as citocinas TH2 estimulam uma ativação alternativa, que promove o reparo tecidual. O TGF-β , os corticosteroides e a IL-10 podem estimular um fenótipo anti-inflamatório. Macrófagos Os macrófagos como já apresentados são reconhecidos como células de limpeza do organismos. Possuem citoplasma abundante, um formato irregular e presença de pseudopódes para locomoção e eventos fagocíticos. O córtex da célula apresenta filamentos de actina que se remodelam para apresentar os pseudopódes e dar uma sustentação mecânica. Fonte: br.pinterest.com Macrófagos Fonte: br.pinterest.com Internamente nos macrófagos, ocorre a maturação do fagossomo por meio de fusões com os endossomos(organelas ácidas que agem juntamente com os lisossomos), após isso o fagossomo é transformado em fagolisossomo por meio de enzimas hidrolíticas, e por fim ocorre a digestão do patógeno internalizado. Entretanto, há patógenos que conseguem sobreviver no interior do fagolisossomo, como exemplo temos o protozoário leishmania,causador da leishmaniose. As atividades dos macrófagos podem ser aumentadas por diversas vias de ativação. Uma delas é através do reconhecimento de PAMPs, padrões moleculares que se repetem nos patógenos (ex: L ipopolissacarídeos, RNA de f ita dupla, etc) e que são reconhecidos pelos receptores de reconhecimento de padrão (PRRs) Os macrófagos são notavelmente plásticos e podem mudar seu fenótipo funcional , dependendo de seus microambientes. Essa heterogeneidade se reflete em sua morfologia, no tipo de patógenos que eles podem reconhecer, bem como nos níveis de citocinas inflamatórias que produzem. Além disso, os macrófagos produzem espécies reativas de oxigênio, como o óxido nítr ico, que podem matar bactérias fagocitadas. A natureza heterogênea dessas células pode não ser apenas o resultado de seu processo de diferenciação, mas é provável que seja herdada de seus precursores de monócitos. Um tipo de l infócito do sistema imunológico inato, essencial para a defesa do organismo, fabricado continuamente pela medula óssea a partir de células-tronco e migram para outros tecidos pelos vasos sanguíneos. Atuam em células tumorais e em células que não pertecem ao organismo destruindo-as. Google Imagens Google Imagens As células NK são identificadas por meio de moléculas- CD16 e CD 56-que permitem sua caracterização e diferenciação de outros tipos celulares. As células NK podem ser rapidamente ativadas por IFNs, liberada por células infectadas por vírus, ou por IL-12, liberada por macrófagos estimulados. Podem atacar livremente tumores ou células infectadas por vírus. Sua ação é regulada pelo IL-12 junto ao TNF-α que induzem a produção de IFN-γ que promove a rápida diferenciação das células pré-NK. A IL-21 também regula as atividades da célula, ativando sua apoptose. Google Imagens Algumas células NK podem apresentar memória e elaborar respostas secundárias a antígenos. Essas células são chamadas de células NK de memória. Elas residem nos tecidos linfóides e não linfóides e quando há reexposição a antígenos se desgranulam e produzem citocinas, levando a uma rápida expansão do seu número e da imunidade contra citomegalovírus. Essas células podem ser ativadas/reativadas por múltiplos receptores com finalidades distintas. ROITT, Ivan Maurice; BROSTOFF, Jonathan; MALE, David K. Imunologia. 8. ed. CRISTINE SILVA, Ítala. NEUTRÓFILOS: ASPECTOS CLÁSSICOS, PLASTICIDADE E NOVAS FUNÇÕES IMUNORREGULATÓRIAS. IMUNOLOGIA , [s. l.], p. 35-46, 2016. CRYOPRAXIS, quantificação de células "natural killer". Disponível em: https://cryopraxis.com.br/quantificacao-de- celulas-natural-killersnk/. Acesso em: 11 de maio de 2021. http://www.nuepe.ufpr.br/portal/?page_id=578 TIZARD, Ian R. Imunologia Veterinária, 9ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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