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Inflamação crônica - PATOLOGIA

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Leonan José – T5 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA – JULIE 
RELEMBRANDO INFLAMAÇÃO AGUDA: temos 
participação celular, reações vasculares, presença de 
mediadores (primários ou secundários) e moléculas. 
 
CÉLULAS: neutrófilos (recrutados), macrófago (já 
presente), mastócito (já presente), células dendríticas 
 
VASOS: dilatação e aumento de permeabilidade 
vascular. Responsável por 1. Tumor (exsudato) 2. Calor, 
3. Rubor, 4. Dor, 5. Perda de função. 
 
MEDIADORES: Mastócitos reconhecem e, depois de 
ativados, faz degranulação, libera mediadores que já 
existem em seu citoplasma = histamina, heparina, etc. 
Esses mediadores primários (provenientes da 
degranulação) são responsáveis por gerar toda a reação 
vascular. 
 Além disso, temos os mediadores secundários 
provenientes dos fosfolipídeos de membrana. EX: 
ativação das fosfolipase quebram os fosfolipídeos de 
membrana que leva a formação de ácido araquidônico e, 
com isso, pode ter ação de COX ou LOX e esses dois 
podem levar a milhares de mediadores (EX: 
prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanas, etc. Elas 
potencializam o processo vascular e celular. 
 O que significa inflamação crônica? É esse 
processo, só que por muito mais tempo. Ocorre quando 
não consegue acabar com o patógeno. Até agora, só foi 
falado da imunidade inata. Do mesmo jeito que a inata 
não consegue acabar e recruta a adaptativa, a 
inflamação aguda recruta a crônica. Mas nem sempre a 
crônica vai ser instaurada quando não consegue acabar. 
 
Os neutrófilos são os mais solicitados na aguda. 
Neutrófilos = 60 a 65% 
Linfócitos = 20 a 25% 
Monócitos 10 a 15% 
Eosinófilo = 2 a 5% 
Basófilos = menos de 1% 
 Quando começa a evoluir para inflamação 
crônica, começa a chamar monócitos. Quando faz isso, 
atrai linfócitos, que é o principal representante da 
imunidade adaptativa. 
 Mas por que não continua chamando neutrófilo 
(que tem muito) ao invés de chamar monócito? 
a) Tempo de meia vida (macrófago pode durar de 
meses a anos, neutrófilo apenas dias) 
b) Remodelagem tecidual 
c) Macrófago é célula apresentadora de antígeno (APC) 
 
PADRÃO DE ATIVAÇÃO 
Macrófago pode ser do tipo M1 ou M2 
M1 = via clássica de ativação, pró-inflamatório 
M2 = via alternativa de ativação, anti-inflamatório, 
favorece reparo tecidual 
 Sempre tem que existir um balanço entre pró e 
anti-inflamatório num momento fisiológico. Se não 
existisse, o tecido sempre seria lesado. Quando o 
problema vai sendo resolvido, o anti vai aumentando. 
Quem faz esse processo são os macrófagos teciduais. 
 
PROVA: Quem é recrutado em cada tipo? 
Aguda = neutrófilo 
Crônico = monócito (podendo estar associado a linfócito) 
 Num quadro agudo, os efeitos cardinais são 
muito característicos, menos a perda de função. No 
quadro crônico, são quase imperceptíveis – ocorre mais 
perda de função do que os outros. 
 
DEFINIÇÃO DE INFLAMAÇÃO 
É uma resposta protetora que envolve células do 
hospedeiro, dos vasos sanguíneos e outros mediadores e 
destinado a eliminar a causa inicial da lesão celular, bem 
como as célula e tecidos necróticos que resultam da 
lesão original e iniciar o processo de reparo 
 
 AGUDA CRÔNICA 
Tempo Rápido 
(minuto, 
horas) 
Lento (dias) 
Infiltrado Neutrófilo Monócito/macrófago 
e linfócito 
Lesão 
tecidual, 
fibrose 
Leve e 
autolimitada 
Acentuada e 
progressiva (pode 
levar a necrose) 
Sinai 
cardinais 
Proeminentes Sutis 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Mais de 12 semanas 
Destruição tecidual e reparo por fibrose 
EX: hepatite B, artrite reumatoide, psoríase, hipertensão, 
diabetes, câncer, autoimunes, neurológicas. Quase todas 
vão ter cunho inflamatório. 
 
CAUSAS 
Infecção persistente 
Doenças de hipersensibilidade (resposta inflamatória 
exagerada leva a lesão tecidual. São quatro tipos) 
Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos 
(exógenos e endógenos) 
 
EXEMPLOS DE EXÓGENOS: 
Acúmulo de carbono (em carvoarias) = antracose 
Acúmulo de sílica = silicose 
 
EXEMPLOS DE ENDÓGENOS: 
Aterosclerose = acúmulo de lipídio (principalmente LDL) 
 
Leonan José – T5 
CARACTERISTICAS DE INFLAMAÇÃO CRÔNICA (PROVA) 
Infiltrado de células mononucleares (macrófagos, 
linfócitos e plasmócitos) 
Destruição tecidual 
Tentativa de reparo 
 
MACRÓFAGOS 
Monócitos se diferencia em macrófago. Aumenta 
grânulos, expressão proteica. 
Padrão inflamatório que causa lesão tecidual = M1 
Padrão anti-inflamatório que causa reparo = M2 
 
M1 
Gera mais citocinas e quimiocinas que causa inflamação 
Produz EROs, mas machuca as células saudáveis 
Se encontrar IL-13, IL-4, vira M2 
Reparo tecidual, fibrose 
Efeito anti-inflamatório 
 Sempre que há recrutamento de monócito e 
linfócito, o monócito no tecido se diferencia em 
macrófago, com característica de ser APC. Ele apresenta 
para que é mais especializado do que ele, ou seja, os 
linfócitos, que são da adaptativa. Ele interage e secreta 
citocinas para o linfócito = IL-2 (que induz a proliferação) 
e IFN-gama (que atua no macrófago, deixando-o mais 
microbicida = aumenta o potencial de EROS e espécies 
reativas de nitrogênio). Macrófago interagindo com 
linfócito é um ciclo vicioso. 
 
MEDIADORES 
Citocinas são as principais. Por isso os sinais cardinais 
não são tão explícitos. 
 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA 
Um exemplo clássico é a formação de 
granuloma, que pode levar a um quadro de necrose. 
Granuloma é um tipo de inflamação crônica onde tem-se 
um conjunto de macrófago e leucócito. Não 
necessariamente leva a necrose. 
A formação de granuloma é a o mecanismo que 
o organismo encontrou para “isolar” o agente agressor. 
Ele não é um organismo fácil de ser eliminado, pois está 
na inflamação crônica. Temos 2 tipos de infecção 
granulomatosa: 
1. Granuloma não imune (corpo estranho) 
2. Granuloma imune (infecciosos) 
O granuloma possui, no centro, o agente 
agressor e os macrófagos em volta, formando uma 
bainha. Alguns deles ficam maiores e começam a adquirir 
a característica de epitélio. Formam-se células gigantes. 
Normalmente, em volta ficam os linfócitos. 
 GRANULOMA = tem-se um estímulo. Tem-se o 
recrutamento de monócitos, que tentam isolar o 
microrganismo. Alguns vão ficar maiores com 
característica de epitélio. Outros, vão se fundir e se 
tornar células gigantes multinucleadas. Em volta disso, 
há os linfócitos. Macrófagos e linfócitos ficam 
conversando em forma de citocinas. 
 
 GRANULOMA DE CORPO ESTRANHO = materiais 
que entram e são inertes. O corpo entende que é 
estranho e forma o granuloma em volta. 
Reconhecimento por scavenger. 
 
 GRANULOMA IMUNE = “hiperplasia focal, 
avascular (na verdade há micro vascularização), do 
sistema mononuclear macrofágico, como resposta a 
agentes agressores de baixa virulência”. 
 
CARACTERÍSTICA 
Agentes de baixa virulência: pouca agressão ao tecido 
Agentes de alta patogenicidade: provocam ampla 
resposta no tecido 
 
 EX: Mycobacterium vai ser fagocitado, mas 
consegue sobreviver no macrófago. Com isso, recruta 
linfócito T (adaptativa), que joga IL-12, lif T fica ativa, 
divide-se, produz IFN-gama, que faz o macrófago ficar 
muito mais microbicida. Muitos ainda não vão conseguir 
eliminar, levando a sua morte e liberação das bactérias. 
Essas últimas serão isoladas, formando granuloma = 
necrose caseosa. 
 
 
Camadas de células é bem comum em granuloma imune.

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