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Vitaminas - Resumo

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BioquímicaHaíssa Maria Augusto Soares
1M – Turma 108 – 2017.1
 Vitaminas
	Vitaminas são substâncias que geralmente não são produzidas pelo corpo humano, ou quando são, não é em uma quantidade adequada para o organismo, por isso é preciso que se tenha uma ingestão de alimentos que contenham tais substâncias. Elas realizam funções celulares específicas, também podendo ser denominadas de “micronutrientes”
· Hidrossolúveis
São as vitaminas que são solúveis em água (complexo B e vitamina C)
1. Tiamina (B1): sua forma biologicamente ativa é a tiaminapirofosfato (TPP) e tem função de cofator na descarboxilação oxidativa dos alfa-cetoácidos (papel importante nos tecidos do sistema nervoso) e de coenzima na reação das trancetolases (enzimas que transformam glicose em pentose-fosfato). Carência pode levar a: Beribéri (sinais dessa doença em bebês são a taquicardia, vômito e convulsões, podendo levar a morte, já em adultos, os sintomas são pele seca, irritabilidade, pensamento desordenado e paralisia progressiva – esses sintomas podem ser explicados pelo envolvimento dessa vitamina no sistema nervoso) e Síndrome de Wernicke-Korsakoff (deficiência de tiamina associada principalmente ao alcoolismo crônico, levando a sintomas como apatia, perda de memória, ataxia e movimentos rítmicos dos globos oculares, denominado nistagmo, as consequências dessa síndrome podem ser tratadas pela suplementação de tiamina). Alimentos: Sementes de plantas, pão de trigo, alimentos integrais.
2. Riboflavina (B2): suas formas biologicamente ativas são a flavina mononucleotídeo (FMN) e a flavina adenina dinucleotídeo (FAD) e servem como cofatores para a transferência de elétrons (oxirredução). São capazes de aceitar de forma reversível 2 átomos de hidrogênio, formando o FMNH2 e o FADH2. Sua deficiência não está diretamente ligada a nenhuma doença, mas pode causar sintomas como dermatite, queilose, glossite, fotofobia, seborreia e estomatite. Alimentos: plantas, pão de trigo, fígado e germe de trigo.
3. Niacina (B3, P ou PP): suas formas biologicamente ativas são a nicotinamida-adenina-dinucleotídeo (NAD) e a nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato (NADP) que servem como cofatores nas reações de oxirredução em que a coenzima sofre redução no anel piridina devido à incorporação de um íon hidreto, formando NADH e NADPH. Um fato sobre essa vitamina é que ela é sintetizada no corpo a partir do triptofano (aminoácido), mas a produção é ineficiente e necessita das vitaminas B1, B2 e B6. A deficiência dessa vitamina pode causar pelagra, doença que envolve a pele, o trato intestinal e o sistema nervoso central levando à dermatite, diarreia e demência, podendo levar à morte. Essa vitamina é utilizada no tratamento de hiperlipidemia (inibe a lipólise no tecido adiposo, diminuindo assim a síntese hepática de triacilgliceróis, que é necessário pra a produção de LDL), também é importante salientar que a niacina aumenta os níveis de HDL. Alimentos: grãos enriquecidos e não refinados, cereais, leite e carnes magras.
4. Ácido Pantotênico ou Pantotenato (B5): é um componente da coenzima-A (cisteína, adenosina e pantotenato) que é um grande transportador de grupos acila, grupos derivados de ácidos. Sua deficiência não foi observada em humanos. Alimentos: fermento, fígado, leite, ovos, carne, grãos de cereais.
5. Piridoxina (B6): sua forma biologicamente ativa é a piridoxal-fosfato e pode ser encontrada na forma de piridoxina (encontrada principalmente em plantas), piridoxal ou piridoxamina (encontradas em alimentos de origem animal). Atua como coenzima para um grande número de enzimas, principalmente para aquelas que catalisam reação de aminoácidos, mas também participa da degradação do glicogênio. A deficiência da vitamina B6 é rara, sendo mais comum em bebês que fazem uso de leite em pó com baixos níveis dessa vitamina, mulheres que fazem usos de contraceptivos orais e alcoolistas, os sintomas dessa deficiência incluem a convulsão, podendo evoluir para neuropatologias mais graves. Sua toxicidade pode levar a uma neuropatia sensorial, podendo melhorar os sintomas com a suspensão da ingesta da vitamina. Alimentos: carne, plantas verdes e alguns microrganismos.
6. Biotina: sua forma biologicamente ativa é a biocitina, que serve como coenzima na carboxilação, que é comum no processo de coagulação. Sua deficiência é rara pois está amplamente distribuída nos alimentos, porém, ao introduzir clara de ovo crua à dieta, é possível que aconteça essa deficiência pois a clara do ovo possui uma glicoproteína que se liga fortemente à biocitina, não deixando ela ser absorvida pelo corpo. Essa deficiência também pode aparecer após longas terapias com antibióticos. Alimentos: fermento, fígado, chocolate.
7. Ácido fólico (B9): sua forma biologicamente ativa é o tetraidrofolato que serve como carreador de grupos de carbono para síntese de aminoácidos, purinas e monofosfato de timidina (TMP). Sua deficiência pode levar à anemia megaloblástica (devido à diminuição da produção de purinas e TMP, que leva a uma incapacidade da célula de produzir DNA e se dividir) e a defeitos do tubo neural em fetos (sendo a espinha bífida e anencefalia os mais comuns, foi comprovado que a ingestão de ácido fólico durante a gravidez diminui o risco desses defeitos). Alimentos: frutas, vegetais, feijões.
8. Cobalamina (B12): suas formas biologicamente ativas são a metilcobalamina e desoxiadenosilcobalamina. Serve para a remetilação da homocisteína em metionina e também para a isomerização da metilmalonil-coenzimaA, são transportadoras de grupos monocarbônicos. Essa vitamina é sintetizada apenas por microrganismos, mas é armazenada no fígado de animais. É uma vitamina hematopoiética, pois tem função principal no tecido hematopoiético. A sua absorção depende de uma proteína gástrica denominada “fator intrínseco”, que é transportada até o íleo, onde é absorvida. A anemia perniciosa é raramente causada pela falta de vitamina B12 na dieta, geralmente é uma má produção do fator intrínseco, levando à uma má absorção da vitamina. Alimentos: fígado, leite integral, ovos, ostras, camarões frescos e carnes de porco e galinha.
9. Ácido ascórbico (C): é cofator em reações de hidroxilação de colágeno e também serve como agente redutor, ou seja, é antioxidante. A vitamina C também facilita a absorção de ferro da dieta. Sua deficiência pode levar ao escorbuto, que tem sintomas como descamação da pele, lábios rachados, sangramento das gengivas, gengivas doloridas e esponjosas, desprendimento dos dentes, sangramentos com hemorragias subcutâneas, dores musculares, anorexia, articulações sensíveis e limitação dos movimentos. É preciso uma ingestão de 60mg/dia
· Lipossolúveis
São vitaminas que não são solúveis em água (K, A, D, E)
1. Vitamina A: suas formas biologicamente ativas são retinol (encontrado em tecidos animais), retinal e ácido retinóico. Vegetais amarelos (betacaroteno), verdes (luteína) e vermelhos (licopeno). Tem função em diversos tecidos, como no ciclo visual, que serve como componente dos pigmentos visuais dos cones e bastonetes, no crescimento, pois uma deficiência de vitamina A leva a uma diminuição da taxa de crescimento em crianças, junto com um desenvolvimento ósseo lento. Na reprodução a vitamina A mantém a espermatogênese nos machos e previne a reabsorção fetal nas fêmeas e na manutenção das células epiteliais a vitamina A é essencial pois torna capaz a diferenciação e a secreção normal de muco. A necessidade diária é de 500 a 600 microgramas por dia de retinol ou duas vezes mais a quantidade de betacaroteno. A deficiência pode levar à xeroftalmia, diminuição da resistência à infecções e perda de apetite (o ácido retinóico é utilizado no tratamento de acne, psoríase e leucemia promielocítica. A toxicidade pode levar a cefaleia devido ao aumento da pressão intracraniana, anorexia, náuseas e dermatite, com uma pele seca e prurítica. Alimentos: fígado, rim, nata, manteiga, gema de ovo, vegetais amarelos, verde-escuros e vermelhos.
2. Vitamina D (colecalciferol):sua forma biologicamente ativa é a 1,25-di-hidroxicolecalciferol, interage com o DNA estimulando ou inibindo seletivamente a expressão gênica, por isso é considerado um hormônio esteroide. Sua ação mais relevante é a regulação dos níveis de cálcio e fosforo no plasma sanguíneo. Pele – fígado – rim. Na pele, a forma que age é a 7-dehidroxicolesterol. Tem função no intestino (estimula a absorção de cálcio e fosfato) e nos ossos (estimula a remoção do cálcio e do fosfato do osso para a corrente sanguínea). Atuação de dois hormônios: PTH (hormônio paratireóideo, que estimula a síntese de vitamina D e a remoção de cálcio para a corrente sanguínea) e calcitonina (produzido na tireoide e inibe a remoção de cálcio dos ossos). A necessidade diária é de 2.000 UI. A deficiência pode levar ao raquitismo em crianças e à osteomalácia em adultos, devido à desmineralização dos ossos, também pode levar à osteodistrofia renal, que é uma falência renal crônica, e ao hipoparatireoidismo, que é a ausência do hormônio paratireóideo causando hipocalcemia e hiperfosfatemia. Toxicidade de vitamina D pode levar à formação de cálculos renais, perda de apetite, náusea, sede e estupor. Alimentos: peixes gordurosos, fígado e gema de ovo.
3. Vitamina K: sua forma biologicamente ativa é a vitamina K2 – menaquinoma. Funciona como cofator na ativação dos fatores (proteínas) de coagulação II, VII, IX, X, proteína C e S (são sintetizadas no fígado como precursores inativos). Também é necessária para a síntese hepática da protrombina. Deficiência não é comum porque os níveis necessários são alcançados com a produção pelas bactérias intestinais ou pela dieta. Um tratamento muito longo com antibióticos pode levar à deficiência e a possíveis hemorragias. Como o intestino de bebês recém nascidos não tem bactérias, é recomendado que recebam uma dose intramuscular de vitamina K contra doenças hemorrágicas. Sua toxicidade pode produzir anemia hemolítica e icterícia em bebês. Alimentos: repolho, couve-flor, espinafre, gema do ovo e fígado
4. Vitamina E (tocoferol): suas formas biologicamente ativas são os tocoferóis, sendo o mais ativo o alfa-tocoferol, que pode ser regenerado com a vitamina C. Tem função antioxidante e sua necessidade diária é de aproximadamente 15mg/dia. A deficiência é quase inteiramente restrita a bebês prematuros, quando observada em adultos é associada a defeitos na absorção ou transporte de lipídeos. É a menos tóxica das vitaminas lipossolúveis.

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