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O desemprego e a criminalidade - Matheus Assunção

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PAUÍ – UESPI 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL 
LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA 
 
 
MATHEUS DA SILVA ASSUNÇÃO 
 
 
 
 
 
 
O desemprego e a criminalidade na cidade de Teresina- PI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA - PI 
2021 
 
RESUMO 
O presente artigo analisa a relação entre crime e desemprego na cidade de Teresina 
no ano de 2019. Como fruto de uma análise bibliográfica, este trabalho parte da 
seguinte questão problema: as altas taxas de desemprego estão relacionadas ao 
aumento da criminalidade na cidade de Teresina? A partir dessa questão foi 
desenvolvida uma discussão acerca de conceitos de crime, criminologia e violência. 
Foi levantado também uma análise baseada na crítica à violência de Walter Benjamin 
sobre a justificativa de ações violentas para um bem, ou seja, cometer um crime para 
suprir uma necessidade financeira. A partir desses estudos não foi possível determinar 
que existe relações diretas entre desemprego e crime, apesar dos dados da cidade 
de Teresina apontarem um aumento de crimes no ano que a taxa de desemprego 
bateu recordes. 
Palavras chaves: Crime; Desemprego; criminologia; Teresina. 
INTRODUÇÃO 
Este artigo trata-se de um estudo sobre criminalidade e o desemprego na cidade 
de Teresina - PI no ano 2019. A fixação desta data não foi escolhida de forma 
aleatória, ela se justifica após pesquisas nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatísticas (IBGE) mostrarem que no primeiro trimestre de 2019 o Brasil teve uma 
alta significativa nas taxas de desemprego, passando de 12,2 milhões de 
desempregados para 13,4 milhões. Esse aumento por si só já seria uma problemática 
para se pesquisar, no entanto, o que mais chamou a atenção foi que no mesmo ano 
a cidade de Teresina registrou as maiores altas nas taxas de desemprego dentre as 
capitais do país, colocando a cidade com a quarta maior taxa entre as capitais do 
Brasil. Vale ressaltar que desempregado segundo o IBGE são pessoas com idade 
para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão exercendo atividade profissional, 
mas estão aptas e procurando emprego. Alguns casos singulares nessa definição são 
universitários que dedicam seu tempo exclusivamente aos estudos e donas de casa, 
pois estão fora da força de trabalho. 
A criminalidade em Teresina no mesmo ano de 2019 parece acompanhar o 
crescimento das taxas de desemprego, chegando a níveis históricos em determinadas 
especificidades de crimes. O roubo de veículos, por exemplo, segundo os dados 
estatísticos da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP-PI), esteve 
acima em todos os períodos do ano se comparados aos dados de 2018, chegando 
aos números mais altos no mês de agosto com 307 roubos, totalizando 3291 roubos 
no ano. Os assaltos (exceto roubo de veículos e latrocínios) oscilaram durante o ano 
havendo meses com números menores se comparado à 2018, no entanto, a somatória 
ao final do ano apresentou um aumento de 773 casos. A única individualidade da 
criminalidade que andou na contramão foram as mortes violentas intencionais, que 
nesse ano começou com 22 mortes no mês de janeiro e chegaram a 43 mortes no 
mês de novembro. Apesar da alta durante o ano, os dados finais mostram uma 
redução significativa de 25,31%. É importante colocar a amplitude do termo “mortes 
violentas intencionais” que abrange casos de homicídio doloso, latrocínio, lesão 
corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. 
O artigo se apresenta através de análises bibliográficas de estudiosos do 
fenômeno da violência, criminalidade e crime. Busca também por meios de dados 
estatísticos apresentar um comparativo entre as diversas formas de crimes e as taxas 
de desemprego na cidade de Teresina. 
Importante colocar que o objetivo principal deste trabalho não é definir se a taxa 
de desemprego resultou no aumento da criminalidade na cidade de Teresina ou se os 
fenômenos não estão relacionados, pois muitos são os trabalhos que tentam 
responder essa problemática ainda sem consenso. Dito isto, o artigo faz é colocado 
para levantar a discussão acerca da relação entre os altos números de desemprego 
e o aumento da criminalidade que pouco se discute dentro da academia piauiense. 
VIOLÊNCIA, CRIME E CRIMINALIDADE 
Conceituar violência, criminalidade e crime é mais complexo que se imagina. 
Esses fenômenos estão presentes desde o primórdio da sociedade e evoluem junto 
com ela, logo conceituar de forma precisa é impossível. 
Nossa sociedade moderna define o crime como qualquer ato que viole o código 
de lei penal, definindo o indivíduo que comete tal ato de criminoso. Para o código penal 
brasileiro segundo o art. 1° da Lei de Introdução do Código Penal “considera-se crime 
a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer 
isoladamente, quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa”. 
Consideramos então o conceito formal de crime como o ato que viole a lei vigente do 
Estado. 
Tendo definido de forma prática o conceito de crime podemos entender as 
definições de Boris Fausto sobre a criminologia. Para FAUSTO (1984) temos por 
definição de criminalidade como “o fenômeno social na sua dimensão mais ampla, 
permitindo o estabelecimento de padrões através da constatação de regularidade e 
cortes”. Ele continua definindo crime dizendo que é “o fenômeno na sua singularidade 
cuja riqueza em certos casos não se encerra em si mesma”. Criminalidade então é 
um fenômeno social amplo que abrange o crime como sua forma individual prática 
infinitas especificidades. 
Temos a compreensão da criminalidade como um fenômeno social a partir do 
final do século XIX e início do século XX por meio dos estudos criminológicos do EUA. 
VIANA (2016) descreve a imersão da criminologia nos assuntos sociais da seguinte 
forma: 
(...) a mola propulsora para o desenvolvimento da sociologia criminal naquele 
período foi o grande fenômeno migratório pelo qual passavam os Estados 
Unidos, aliado ao êxodo rural para as grandes cidades e o crescente 
desenvolvimento industrial. Como consequência desse cenário, a 
Criminologia norte-americana se desenvolve como disciplina independente 
do Direito Penal e com vocação de disciplina sociológica e social-psicológica. 
(VIANA, 2016 p.179). 
Temos hoje a criminologia não apenas como uma disciplina do Direito Penal, 
mas como fenômeno social e não mais biológico-individual (VIANA, 2016). Da mesma 
forma temos o crime como fenômeno social que não pode ser estudado de forma 
isolado. 
 
ABORDAGEM ECONÔMICA DO CRIME 
Não existe um consenso sobre as causas da criminalidade, tanto que o 
fenômeno é estudado nos mais diversos campos da ciência como a econômica, 
socióloga, política, psicologia, entre outras. O estudo interdisciplinar pode não 
responder o questionamento da origem, mas enriquece o debate sobre o objeto. 
O propósito deste tópico é debater sobre a ótica econômica da criminologia, 
tendo em vista que o objetivo do artigo é relacionar o crime e o desemprego. 
Gary S. Becker ganhador do prêmio Nobel de economia em 1992 foi o pioneiro 
na utilização dos estudos econômicos para explicar o fenômeno da criminalidade. 
Becker publicou o artigo intitulado “Crime and Punishment: An Economic approach” 
(Crime e Punição: uma abordagem econômica) em 1968 que tentou explicar os 
motivos prévios que levavam seres dotados de racionalidade a praticarem atos ilegais. 
Os estudos de Becker mostraram que as atitudes criminais eram atos analisados pelos 
infratores, que buscavam o acumulo de capital de forma prática. O texto de Cerqueira 
e Lobão (2004) apresenta com clareza as principais ideias de Becker: 
A decisão de cometer ou não o crime resultaria de um processo de 
maximização da utilidade esperada, em que o indivíduo confrontaria, de um 
lado, os potenciais ganhos resultantes da ação criminosa, o valor da punição 
e as probabilidadesde detenção e aprisionamento associadas e, de outro, o 
custo de oportunidade de cometer crimes, traduzido pelo salário alternativo 
no mercado de trabalho (Cerqueira e Lobão, 2004. p. 247). 
Podemos ver que através da ótica econômica a ação criminosa é planejada 
através de cálculos de variáveis que analisam benefícios e custos. Essa ideia 
apresenta um indivíduo racional que toma a decisão baseado em suas necessidades 
e ganhos futuros e não por ser mal. A teoria de Becker defende em sua essência o 
crime como uma atividade econômica como qualquer. 
Lobão (2007) resume os objetivos da teoria econômica da seguinte forma: 
A economia também se preocupa em identificar as razões do comportamento 
criminoso. A teoria econômica é, nesse caso, utilizada para analisar a opção 
do indivíduo por atividades criminosas e, também, apontar os incentivos 
capazes de dirimir a prática criminosa em determinada região. Assim, o 
estudo da criminalidade pela teoria econômica fornece instrumentos para 
uma interpretação alternativa sobre o avanço do crime. (LOBO 2007 p.34). 
Os trabalhos acerca da criminalidade pela ótica econômica têm gerado diversos 
debates e análises sobre a posição do indivíduo na atividade criminal e explicam as 
diversas especificidades da criminologia no mundo contemporâneo. Esses trabalhos 
ajudam governos a entender e elaborar ações de combate ao crescimento das taxas 
de crimes. 
DESEMPREGO E O CRIME 
Não é possível definir com exatidão as causas que levam os indivíduos à 
criminalidade e a ciência econômica não é a única ciência que busca solucionar essa 
questão. Diversos estudos quantitativos são realizados para explicar as altas taxas de 
crimes nas cidades, estados ou áreas metropolitanas. Mesmo não conseguindo 
apontar com exatidão, algumas hipóteses são levantadas e dentro delas diversas 
abordagens são adotadas, a mais aceita está ligada diretamente as condições 
socioeconômicas das regiões estudadas. BEATO (1998) explica que: 
 
A abordagem (...) sugere que o mecanismo responsável pela maior ou menor 
incidência da criminalidade surge da percepção dos indivíduos a respeito de 
sua posição econômica relativamente aos ideais de sucesso de uma 
sociedade. A violência seria o resultado de um processo de frustração de 
indivíduos privados relativamente na realização de objetivos socialmente 
legítimos. (BEATO, 1998 p.3). 
Ele continua dizendo que: 
As poucas opções disponíveis àqueles que se encontram submetidos a um 
estado de penúria para lidar com problemas econômicos, por um lado, e a 
dificuldade para enfrentar situações emocionais difíceis, por outro, levariam a 
uma escalada de ações violentas. (BEATO, 1998 p.3). 
As abordagens apresentadas por Beato complementam o que já havia sido 
apresentado aqui na teoria de Becker. Para Becker o homem entra na criminalidade 
após analisar as circunstâncias e perceber que o crime solucionaria suas 
necessidades através do cálculo de custo x benefício. Beato vai um pouco além, ele 
apresenta que a decisão racional do indivíduo está diretamente ligada à sua condição 
social, pois o mesmo não cometeria delitos criminais apenas pelo lucro. 
Nesse debate cabe uma análise sobre a relação de necessidade e crime. Neste 
momento usarei o texto de Walter Benjamin “Critica da violência: crítica do poder” 
onde o autor discute sobre a relação entre justiça e ética social. Essa discussão é 
importante para entendermos quais ações podem ser consideradas crimes, já que até 
o momento temos apenas o crime como aquilo que foge da curva do legal, mas não 
discutimos o que (dentro da sociedade contemporânea) pode ser caracterizado como 
legal ou ilegal. 
O texto de Walter Benjamin se baseia na ideia de que “qualquer que seja o 
efeito de uma determinada causa, ela só se transforma em violência, no sentido forte 
da palavra, quando interfere em relações éticas”. O uso da palavra “violência” de 
Benjamin pode ser facilmente substituído por “crime”, partindo da ideia que crime seria 
o ato, e a violência o fenômeno em sua totalidade. Então faremos essa analogia entre 
violência e crime na crítica de Benjamin. 
O autor questiona se em determinados caso a violência pode justificar fins 
justos, ou seja, cometer atos criminosos se justificariam pela necessidade. 
Segundo Benjamin, pela ótica do direito natural, não existe “problema nenhum 
no uso de meios violentos para fins justos; esse uso é tão natural como o ‘direito’ do 
ser humano de locomover seu corpo até um determinado ponto desejado” e continua 
dizendo que “a violência é um produto da natureza, por assim dizer, uma matéria prima 
utilizada sem problemas, a não ser que haja abuso da violência para fins injustos”. 
Não estou nesse texto dizendo que a necessidade legitima a violência, muito 
menos Benjamin, pois o mesmo apresenta logo em seguida as ideias do direito 
positivo que se opõe totalmente. Se o direito natural utiliza apenas os fins para 
legitimar as ações, o direito positivo analisa todas as situações a partir dos meios, logo 
O direito natural visa, pela justiça dos fins, ‘legitimar’ os meios, o direito positivo visa 
‘garantir’ a justiça dos fins pela legitimidade dos meios”. 
Essa discussão de Walter Benjamin se faz extremamente necessário quando 
se discute a criminalidade, pois o consenso geral adota o indivíduo criminoso como 
“vilão” da sociedade, mas não se questiona se o verdadeiro vilão pode ser a própria 
sociedade. 
Devemos tomar o cuidado de analisarmos a criminalidade apenas pela ótica do 
desemprego ou outras necessidades sociais, entende-se que esta é um fenômeno 
complexo marcada por diversos aspectos e não se deve negligenciar. 
 
DESEMPREGO 
Desempregado é todo cidadão acima de 14 anos que não está exercendo 
atividade remunerada, mas está à procura. Logo a taxa de desemprego é a 
porcentagem de pessoas aptas a trabalhar que estão desempregadas. 
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNDA 
Contínua) Teresina ocupou o primeiro lugar na com aumento de desemprego entre as 
capitais do Brasil, com aumento de 1,4%. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre 
do ano de 2019 e divulgada em 2020. Esse aumento é comparado com o terceiro 
trimestre do mesmo ano. Esses dados colocam Teresina como a quarta capital com a 
maior taxa de desemprego, estimando que aproximadamente 70 mil pessoas estejam 
sem empregos no final de 2019. As taxas de 2019 foram as maiores taxas desde 2012. 
Os números de desemprego em Teresina não acompanharam a média nacional 
que teve baixa de 1,7% em 2019. Quando comparada ao trimestre anterior a queda 
foi de 7,1% e comparada ao mesmo período de 2018 teve baixa de 4,3%. 
Esses dados do IBGE são registrados após pesquisas bem criteriosa. Os dados 
são colhidos semanalmente por todo o território nacional e atualizados ao final de cada 
mês. As amostras são colhidas em mais de 200 mil domicílios e além da taxa de 
desocupação o IBGE colhe a quantidade de pessoas com emprego que é utilizada no 
cálculo da taxa de desemprego. A cada 3 meses os números são divulgados, fazendo 
um balanço médio com o trimestre anterior. 
A pesquisa é feita com pessoas acima de 14 anos, idade considerada apta para 
o trabalho, e que durante um prazo de uma semana esteve à procura de emprego. Se 
dentro dessa semana a pessoa trabalhou mais de 40 horas é considerada ocupada. 
Para pessoas desocupadas e que pararam de procurar emprego, no entanto 
gostariam de trabalhar, são consideradas desalentadas. 
Os dados de criminalidade no estado do Piauí são registrados e divulgados 
pela Secretaria de Segurança Pública do Estado – SSP e mostra pequeno aumento 
na criminalidade da cidade de Teresina. Os dados da SSP são mais detalhados nas 
ocorrências de veículos. A capital do estado teve média de 10 veículos roubados por 
dia, representando um aumento de 10% quando comparado aos números de 2018. 
No total o roubo de veículos foram de 3291. Os mesesde abril e maio tiveram as 
maiores altas, em abril por exemplo foram 302 roubos em 2019, enquanto 2018 teve 
215. Infelizmente os dados apresentados pela SSP são limitados, dificultando a 
análise e estudos 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
O presente artigo teve como interesse promover uma discussão teórica acerca 
dos estudos da criminalidade em uma ótica econômica. Dessa forma, desejava-se 
compreender as relações entre as taxas de desemprego e o aumento da criminalidade 
na cidade de Teresina – PI. 
A ideia deste trabalho baseia-se na relação entre a alta taxa de crimes em 
cidades com altos números de desemprego, levantando a hipótese que o desemprego 
é motivo que leva os indivíduos de uma cidade a cometer crimes. Visto na teoria de 
Becker que o crime é uma forma de trabalho remunerado como qualquer outro, esta 
medida fora da legalidade seria uma forma de superar as necessidades sociais. 
Foi utilizado também a ideia de Walter Benjamin que discute a legalidade do 
próprio crime, onde ações ilegais justificam finais necessários. Nesse caso foi 
colocado para retratar que roubar se justificaria pela necessidade de sobrevivência, 
pois com o desemprego desaparece a renda necessária para se alimentar. A 
problemática aqui seria: é justo roubar para não morrer de fome? 
No final do trabalho, quando comparamos números de desemprego da cidade 
de Teresina com números de crimes no ano de 2019 podemos perceber que os 
números acompanham. Infelizmente a SSP-PI não fornece dados detalhados, o que 
facilitaria os estudos criminológicos que tem como principal função entender as 
origens do crime para combater. Sem uma real dimensão dos números fica impossível 
criar ações eficazes para o combate. 
Essa simples comparação feita neste artigo não é suficiente para responder a 
pergunta acerca do desemprego e o aumento de crimes, mas serve para introduzir o 
leitor nos estudos criminológicos e incentivar a formação de novos estudiosos. 
 
REFERENCIAS: 
BEATO, Claudio. Determinantes da Criminalidade em Minas Gerais. Revista Brasileira 
De Ciências Sociais, São Paulo – SP. Vol. 13 n.37. 1998. 
CERQUEIRA, Daniel; LOBÃO, Waldir. Determinantes da criminalidade: arcabouços 
teóricos e resultados empíricos. Dados. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 
v. 47, n.2, 2004. 
FAUSTO, Boris. Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880 – 1924). 
Brasileiense. São Paulo, 1984. 
LOBO, Luiz Fernando Araújo. A criminalidade na Região Metropolitana de Salvador e 
sua relação intertemporal com o desemprego. Salvador, 2007 
VIANA, Eduardo. Criminologia. 4ª edição. Editora Juspodivm, 2016.

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