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ENFERMAGEM DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA Livro Eletrônico NATALE SOUZA Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/ Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós- graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br 3 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Doenças Transmitidas por Vetores .................................................................4 Apresentação .............................................................................................4 1. Doença por Vetores .................................................................................5 1.1. Dengue ..............................................................................................5 1.2. Doença de Chagas ...............................................................................9 1.3. Zica Vírus .........................................................................................14 1.4. Chikungunya .....................................................................................19 1.5. Leishmaniose Visceral – Calazar ...........................................................25 Questões de Concurso ...............................................................................29 Gabarito ..................................................................................................31 Referências Bibliográficas ..........................................................................32 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES Apresentação Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Es- tadual de Feira de Santana (UEFS), em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em 2001, e em Direito Sanitário pela FIOCRUZ, em 2004; e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente, sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) no Projeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem. Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Con- cursos Psicologia; Legislação do SUS – comentada e esquematizada/Políti- cas de Saúde, Legislação do SUS e Saúde Coletiva 500 questões, pela edi- tora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas de Enfermagem – Editora Sanar; 1000 Questões Residências em Enfermagem – Editora Sanar; e em fase de finalização de mais três obras. Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em mais de 12 concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tem- po ao estudo dos Conhecimentos específicos de Enfermagem, da Legislação Especí- fica do SUS e aos milhares de profissionais que desejam ingressar em uma carreira pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Nesta aula, abordaremos o seguinte tema: Doenças Transmitidas por Veto- res, de forma que você saiba o que realmente é cobrado. Fique atento(a) aos grifos e caixas de textos, além dos comentários das questões. Tenho certeza de que você “fechará o conteúdo”. 1. Doença por Vetores As doenças transmitidas por vetores são importante causa de morbidade no Brasil e no mundo. Tauil (2012) afirma que os fatores de ordem biológica, geográfica, ecológica, social, cultural e econômica atuam sinergicamente na produção, distribuição e con- trole das doenças vetoriais, também conhecidas como metaxênicas. 1.1. Dengue Doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória. É uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br As primeiras manifestações da dengue são: As manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metror- ragia, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue. Brasil (2010) diz que: As manifestações clínicas iniciais da Dengue grave denominada de Dengue hemorrágica são as mesmas descritas nas formas clássicas da doença. Entre o terceiro e o sétimo dia do seu início, quando, da defervescência da febre, surgem sinais e sintomas como vômitos importantes, dor abdominal intensa, hepatomegalia dolorosa, desconforto res- piratório, letargia, derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite), que indicam a pos- sibilidade de evolução do paciente para formas hemorrágicas severas. Agente etiológico Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Quatro são os sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. A transmissão se faz pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, no ciclo O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre e perdura até o sexto dia da doença. Período de incubação da dengue Para o diagnóstico da dengue, faz-se necessária uma boa anamnese, com re- alização da prova do laço, exame clínico e confirmação laboratorial específica. É importante salientar que a confirmação laboratorial é orientada de acordo com a situação epidemiológica, portanto: • em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos suspeitos; • em períodos epidêmicos, solicitar o exame em todo paciente grave ou com dúvidas no diagnóstico, seguindo as orientações da Vigilância Epidemiológica de cada região. Prova do laço A prova do laço deverá ser realizada, obrigatoriamente,em todos os casos sus- peitos de dengue durante o exame físico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br • desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado (ou uma área ao redor da falange distal do polegar) no antebraço da pessoa e verificar a PA (deitada ou sentada); • calcular o valor médio:(PAS+PAD)/2; • insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por cinco minutos, em adultos (em crianças, 3 minutos), ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses; • contar o número de petéquias no quadrado. A prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos, e 10 ou mais em crianças. A prova do laço é importante para a triagem do paciente suspeito de dengue, pois é a única manifestação hemorrágica do grau I de FHD representando a fragi- lidade capilar. Diagnóstico laboratorial Veja como pode ser cobrado. 1. (CESPE/TRT – 10ª REGIÃO/2013) O Ministério da Saúde recomenda a realização da prova do laço nos atendimentos de casos suspeitos de dengue. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Certo. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico. 1.2. Doença de Chagas É uma doença parasitária de sinonímia Tripanossomíase americana, com curso clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo se manifestar sob várias formas. A fase aguda é caracterizada por: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Às vezes, essa miocardite só é identificada por eletrocardiograma ou ecocar- diograma. Na fase aguda, pode ocorrer pericardite, derrame pericárdico, tampona- mento cardíaco, cardiomegalia, insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural. Manifestações clínicas mais comuns na fase aguda Manifestações na fase crônica Passada a fase aguda, aparente ou inaparente, se não for realizado tratamento específico, ocorre redução espontânea da parasitemia com tendência à evolução para as formas: Veja cada uma dessas formas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br O agente etiológico da doença de chagas é o Seus vetores são triatomíneos hematófagos, também conhecidos como “barbei- ros” ou “chupões”, que, dependendo da espécie, podem viver em meio silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio. Veja como pode ser cobrado. 2. (CESPE/SAEB-BA/2011) Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção que apresenta, respectivamente, o vetor e o agente causador da doença de Chagas. a) um aracnídeo e um protozoário b) um artrópode e um vírus c) um triatomíneo e um protozoário d) um mosquito e um vírus O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Letra c. Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da família Trypanosomatidae. Seus veto- res são triatomíneos hematófagos, também conhecidos como “barbeiros” ou “chu- pões”. Formas de transmissão O período de incubação da doença de chagas varia de acordo com a forma de transmissão. Veja: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Com relação ao diagnóstico da doença de chagas, podemos destacar que: • a fase aguda é determinada pela presença de parasitos circulantes em exa- mes parasitológicos diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa); • a fase crônica é caracterizada pela presença no indivíduo de anticorpos IgG anti-T. cruzi, detectados por dois testes sorológicos de princípios distintos, sendo a Imunofluorescência Indireta (IFI), a Hemoaglutinação (HE) e o ELISA os métodos recomendados. Todos os casos de doença de chagas devem ser imediatamente notificados ao siste- ma de saúde pública para que seja realizada investigação epidemiológica oportuna. Não devem ser notificados casos de reativação ou casos crônicos. 1.3. Zica Vírus Zika é uma doença que foi detectada no país no ano de 2015, em amostras de soro de pacientes da cidade de Natal. A partir desse evento a doença tem se disse- minado no país. De acordo com Brasil (2016), o vírus Zika circula em outros esta- dos, como: São Paulo, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Rio de Janeiro, Ceará, Roraima, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Pernambuco e Pará. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus emergente, pertencente ao sorocomplexo Spondweni, gênero Flavivírus, família Flaviviridae, transmitido pela picada do mes- mo vetor da dengue, o Aedes aegypti. É uma doença viral caracterizada pelo qua- dro clínico comum de Pode ocorrer, com menos frequência, dor retro-orbital, anorexia, vômitos, diar- reia e dor abdominal e aftas. Astenia pós-infecção é frequente. Os sintomas citados acima desaparecem em até 7 dias. Veja como pode ser cobrado. 3. (QUESTÃO INÉDITA/2018) A Zika é uma doença viral caracterizada por um quadro clínico, podendo ocorrer, com maior frequência, dor retro-orbital e dor ab- dominal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600,vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Errado. Pode ocorrer com menor frequência: dor retro-orbital, anorexia, vômitos, diarreia e dor abdominal e aftas. Astenia pós-infecção é frequente. O vírus tem tropismo pelo sistema nervoso central. Conforme Brasil (2016), foram relatados casos de pacientes infectados pelo vírus Zika que apresentaram a síndrome de Guillain-Barré (doença autoimune desmielinizante que causa paralisia flácida aguda ou subaguda). É importante pontuar dois aspectos em relação à doença causada pelo vírus Zika: Modo de transmissão do vírus Zica O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br • VETORIAL – o vírus Zika é usualmente transmitido ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes. • PERINATAL – a mãe infectada com o vírus Zika nos últimos dias de gravidez pode transmitir o vírus ao recém-nascido durante o parto. • SEXUAL – pesquisas trazem evidências clínicas e sorológicas de transmissão do vírus Zika por contato direto pessoa-pessoa. • POR TRANSFUSÃO DE SANGUE – o vírus Zika foi detectado por meio da técni- ca RT-PCR, em amostras de sangue de doadores que estavam assintomáticos para o momento da doação. Período de incubação Notificação O vírus Zika (ZIKV) é uma doença de notificação compulsória. Diagnóstico O diagnóstico da doença ocasionada pelo vírus Zika é feito por meio de testes laboratoriais que permitam diferenciar entre Chikungunya e Zika, já que as mani- festações clínicas produzidas são parecidas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br A sorologia para detecção de anticorpos IgM contra o vírus Zika, usando os testes de ELISA e de Imunofluorescência, deve ser realizada a partir do 5º dia após o início dos sintomas. População de risco para o vírus Zica • Gestantes nos primeiros três meses de gravidez (primeiro trimestre), que é o momento em que o feto está sendo formado. • Existe risco também, porém em menor grau, quando a virose é adquirida no 2º trimestre de gestação. • A partir do 3º trimestre, o risco de microcefalia é baixo, pois o feto já está completamente formado. Para Brasil (2016): A gestante com exantema deve ser acompanhada no pré-natal de baixo risco. A infec- ção pelo vírus Zika não é condição para encaminhamento para o serviço de pré-natal de alto risco, salvo se ocorrerem agravos que justifiquem tal ação. No entanto, como é uma condição que irá gerar uma grande carga emocional, o seguimento desta gestante deve incluir o suporte multiprofissional. É fundamental informar à mãe e à sua família que a confirmação de infecção pelo vírus Zika nesse período não é sinônimo de presença de microcefalia no concepto. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br São considerados casos confirmados para gestante sob risco de feto com microcefalia a possível exposição ao vírus Zika. Caso a ultrassonografia obstétrica da gestante mostre um feto com circunfe- rência craniana (CC) aferida menor que dois desvios padrões (< 2 dp) abaixo da média para a idade gestacional, ou com alteração no sistema nervoso central (SNC) sugestiva de infecção congênita, este pode ser considerado um caso SUSPEITO de microcefalia relacionada ao vírus Zika na gestação. 1.4. Chikungunya O nome Chikungunya deriva de uma palavra em Makonde e significa “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pessoas que sofrem com a artralgia característica. A Chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus Chi- kungunya, da família Togaviridae e do gênero Alphavirus. A transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus infectadas. Período de incubação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br O período de viremia da Chikungunya no ser humano pode perdurar por até dez dias e, geralmente, inicia-se dois dias antes da apresentação dos sintomas, poden- do perdurar por mais oito dias. Sinais e os sintomas A doença pode evoluir em três fases: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Fase aguda É caracterizada principalmente por febre de início súbito e surgimento de inten- sa poliartralgia, geralmente acompanhada de dores nas costas, cefaleia e fadiga, com duração média de sete dias. A febre pode ser contínua, intermitente ou bifá- sica, porém a queda de temperatura não é associada à piora dos sintomas, como ocorre na dengue. Pode haver edema. Segundo Brasil (2015), a poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos pacientes com Chikungunya na fase aguda. A dor articular normalmente é poliarticular, simétrica, mas pode haver assime- tria. Ela acomete grandes e pequenas articulações e abrange, com maior frequên- cia, as regiões mais distais. Veja como pode ser cobrado. 4. (QUESTÃO INÉDITA/2018) A fase aguda da Chikungunya é iniciada após o perí- odo de incubação e dura até o décimo dia. Com relação à fase aguda, julgue o item abaixo: O paciente na fase aguda não pode apresentar edema. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Errado. Na fase aguda, pode haver edema. Outros sinais e sintomas descritos na fase aguda de Chikungunya são: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br23 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br As alterações laboratoriais de Chikungunya, durante a fase aguda, são inespecí- ficas. Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 cels/mm3 é a observação mais frequente. Fase subaguda Brasil (2015) traz que na fase subaguda: A febre normalmente desaparece, podendo haver persistência ou agravamento da ar- tralgia, incluindo poliartrite distal, exacerbação da dor articular nas regiões previamente acometidas na primeira fase e tenossinovite hipertrófica subaguda em punhos e torno- zelos. O comprometimento articular costuma ser acompanhado por edema de intensi- dade variável. Há relatos de recorrência da febre. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Fase crônica Após a fase subaguda, alguns pacientes poderão ter persistência dos sintomas, principalmente dor articular e musculoesquelética. As manifestações têm compor- tamento flutuante. Os principais fatores de risco para a cronificação são: O sintoma mais comum nesta fase crônica é o acometimento articular persis- tente ou recidivante nas mesmas articulações atingidas durante a fase aguda, ca- racterizado por dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de eritema. Notificação Todo caso suspeito de Chikungunya deve ser notificado imediatamente ao ser- viço de vigilância epidemiológica. Veja como pode ser cobrado. 5. (QUESTÃO INÉDITA/2018) Quando a duração dos sintomas persiste até 3 me- ses, atinge-se a fase crônica. Nesta fase, algumas manifestações clínicas podem variar de acordo com o sexo e a idade. Com relação aos principais fatores de risco para a cronificação, julgue o item abaixo: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Apresentar maior intensidade das lesões articulares na fase aguda. Certo. Os principais fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 anos; de- sordem articular preexistente; e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda. 1.5. Leishmaniose Visceral – Calazar Protozoose cujo espectro clínico pode variar desde manifestações clínicas discre- tas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a óbito. No Brasil, a leishma- niose visceral é uma doença endêmica, no entanto, têm sido registrados surtos frequentes. É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br A leishmaniose, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a forma de transmissão é por meio da fêmea de insetos fle- botomíneos das espécies de Lutzomyia longipalpis e L. cruzi infectados. A trans- missão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. Veja como pode ser cobrado. 6. (CESPE/MPU/2013) No Brasil, a forma de transmissão da leishmaniose visceral ocorre durante banhos de rios e açudes que tenham caramujos infectados. Errado. No Brasil, a forma de transmissão é por meio da fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipalpis e L. cruzi infectados. Períodos da Leishmaniose Visceral O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Agente etiológico Protozoário tripanossomatídeo do gênero Leishmania, espécie Leishmania cha- gasi, parasita intracelular obrigatório sob forma aflagelada ou amastigota das célu- las do sistema fagocítico mononuclear. Dentro do tubo digestivo do vetor, as formas amastigotas se diferenciam em promastigotas (flageladas). Período de incubação Diagnóstico O diagnóstico laboratorial, na rede básica de saúde, baseia-se principalmente em exames imunológicos e parasitológicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br Notificação É uma doença de notificação compulsória e requer investigação epidemiológica. A vigilância da LV compreende a vigilância entomológica de casos humanos e ca- ninos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br QUESTÕES DE CONCURSO 1. (CESPE/STM/2011) No Brasil, a dengue é uma doença de notificação compul- sória, seja em surtos epidêmicos localizados em áreas endêmicas, seja em casos esporádicos em áreas não endêmicas. 2. (CESPE/CORREIOS/2011) Considerando o caso clínico acima, e supondo que esse paciente esteja com dengue, julgue os itens subsecutivos. Plaquetopenia menor que 100.000/mm3 e prova do laço positiva são critérios clíni- cos para o diagnóstico de febre hemorrágica da dengue. 3. (CESPE/EBC/2011) Entre os mecanismos de transmissão da doença de Chagas, não se incluem a transmissão oral nem a transmissão vetorial extradomiciliar. 4. (CESPE/TJDFT/2015) Julgue o próximo item relacionado a agentes infecciosos e suas doenças transmissíveis. A doença de Chagas acomete milhões de brasileiros e tem como agente etiológico o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. 5. (CESPE/SEPLAG-DF/2008) A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypa- nossoma cruzi, provoca uma infecção que pode ser transmitida ao homem pela via vetorial (picada de barbeiro), como também por via oral (ingestão de alimentos contaminados). 6. (CESPE/SEGESP-AL/2013) Acerca das principais doenças de interesse para a saúde pública, julgue os itens seguintes. Os agentes etiológicos da leishmaniose visceral são protozoários tripanossomatíde- os do gênero Treponema, parasitas intracelulares que, dentro do tubo digestivo do vetor, assumem formas amastigotas ou flageladas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br30 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br 7. (QUESTÃO INÉDITA/2018) Zika é uma doença que foi detectada no país no ano de 2015. Com relação a Zika, julgue o item a seguir: O modo de transmissão do vírus Zica é somente vetorial e perinatal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br GABARITO 1. C 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 32 ENFERMAGEM Doenças Transmitidas por Vetores Prof.ª Natale Souza www.grancursosonline.com.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Téc- nica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/publicacoes/dengue_diagnostico_manejo_adulto_crianca_3ed.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2018. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bol- so. 8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2018. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Febre de Chikungunya: manejo clíni- co. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: <http://portalarquivos2. saude.gov.br/images/pdf/2015/fevereiro/19/febre-de-chikungunya-manejo-clini- co.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2018. UNASUS. A UNA-SUS. Disponível em: <http://www.saude.pi.gov.br/uploads/ warning_document/file/276/livro.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2018. TAUIL, Pedro Luiz. Controle de doenças transmitidas por vetores no sistema único de saúde. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília, v. 11, n. 2, p. 59-60, jun. 2002. Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/pdf/iesus/v11n2/v11n2a01.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDREIA CORREIA - 09870572600, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br DoençaS Transmitidas por Vetores Apresentação da Professora 1. Doença por Vetores 1.1. Dengue 1.2. Doença de Chagas 1.3. Zica Vírus 1.4. Chikungunya 1.5. Leishmaniose Visceral – Calazar Questões de Concurso Gabarito Referências Bibliográficas
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