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Vírus Fitopatogênicos: Os vírus são parasitas intracelulares de dimensões sub-microscópicas constituídos de ácidos nucléicos e proteínas. Utilizam a célula para se replicar. Biotróficos. Estrutura e composição: Ácido Nucléico (RNA ou DNA – fita simples ou fita dupla + capsídeo (proteção ácido nucléico). Proteínas da capa proteica: Capsômero. Componentes estruturais: Genoma: conjunto de informações genéticas de um vírus, codificado pelo ácido nucléico. Capsídeo: capa proteica que envolve o genoma viral. Capsômero: subunidades do capsídeo. Componentes químicos dos vírus: ácidos nucléicos, proteínas, lipídeos, carboidratos. Formas: a) Helicoidal. b) Icosaédrico. c) Complexo (bacteriófagos) Características Gerais: Parasitas obrigatórios. Presença de um só tipo de ácido nucléico (RNA ou DNA), em cadeia simples ou dupla. Incapacidade de crescer e se dividir autonomamente. Dependem da célula hospedeira para replicação. Replicação somente a partir do seu próprio material genético. Ausência de informação para produção de enzimas do ciclo energético. Ausência de informação para síntese de RNA de transferência e ribossômico. Vírus Fitopatogênicos: predominam RNA de fita simples, polaridade positiva, 76% do total. Mono, bi ou tripartidos (necessidade de todas as moléculas na célula hospedeira para causar infecção). Transmissão: Material de propagação vegetativa e enxertia. (mudas, tubérculos, rizomas) Transmissão mecânica. (objeto). Sementes e pólen. Insetos (principais). Ácaros. Organismos habitantes do solo. a) Transmissão mecânica: natural (atrito entre folhas, contato raízes). Experimental: teste de infectividade, círculo hospedeiros. b) Sementes: apenas 20% dos vírus (penetram tecidos embrionário), eficiência é baixa (falta de conexão dos feixes vasculares da planta mãe com as células embrionárias das sementes, inibidores virais nas sementes) c) Pólen: transmissão durante a fertilização. d) Enxertia: teste de indexação, renovação inóculo. e) Vetores: tipo mais comum. Ácaros, nematoides, insetos. Insetos são os vetores mais importantes, porque: aparelho bucal facilita a aquisição e inoculação. Grande capacidade de locomoção. Grande número de indivíduos em pouco tempo, formação de colônias nas plantas hospedeiras. Vetor (relação intrínseca com o vírus, adquire) ou Agente de Disseminação (apenas carrega). Vetor Virulífero: quando o inseto veicula o vírus sendo capaz de deixá-lo no hospedeiro sadio iniciando a infecção de um hospedeiro por esse vírus. Classificação: 1- Persistência do vírus no vetor: não persistente (minutos), semi-persistente (horas) e persistente) dias, semanas) 2- Movimentação do vírus no vetor: não circulativa (não persistente e semi-persistente). Circulativa (persistente -propagativa (circula e multiplica) e não propagativa (circula e não multiplica) Não persistente: picada de provam estiletes atingem as células epidérmicas. Rápida aquisição – inoculação. Vírus carregado nos estiletes. Não há replicação do vírus dentro do inseto, não circula na hemolinfa. Semi-persistente: estiletes geralmente atingem o floema da planta, rápida aquisição – inoculação, não há replicação do vírus dentro do inseto. Vírus nas glândulas salivares. Persistente: estiletes atingem o floema (picada de alimentação). Lenta aquisição e inoculação. Há replicação do vírus no inseto. Vírus circula na hemolinfa. Latência: tempo de circulação e/ou replicação do vírus no vetor até a inoculação. Controle químico do vetor... no caso de não persistente não funciona, se o inseticida agir no sistema nervoso, se o inseticida matar na hora da certo. No caso de persistente dá certo. Infecção e replicação: Vírus penetra a célula (necessidade de um vetor - transmissão). Liberação ácido nucléico = desnudamento. Síntese de RNA polimerase e moléculas proteicas. RNA polimerase sintetizará fitas (-) e depois (+) de RNA. Acoplamento dos componentes = novas partículas virais. Replicação: é a duplicação do ácido nucléico. Processos: replicação do ácido nucléico e síntese de proteína viral. Etapas do ciclo de replicação do TMV 1- O TMV entra na célula por ferimentos. 2- A capa proteica é retirada e ao mesmo tempo os ribossomos traduzem o RNA para síntese das replicases (RP). 3- As replicases transcrevem o RNA viral (+ss) produzindo cópias complementares (-ssRNA). 4- O -ssRNA serve de molde para gerar RNA viral (+ss). 5- Ao mesmo tempo o -ssRNA serve de molde para gerar RNAs sub-genômicos que serão usados para sintetizar as proteínas de movimento (MP) e capsidial (CP). 6- Parte do RNA viral (+ss) é encapsulado pelas proteínas capsídias. 7- Parte do RNA viral é “protegido” pela proteína de movimento para mover-se para a célula vizinha e novo ciclo de replicação. De um modo simplificado: 1- Penetração – entrada passiva. 2- Desnudamento. 3- Associação com o ribossomo do hospedeiro. 4- Síntese de RNA polimerase dependente de RNA (ribo). 5- Polimerase sintetiza RNA genômico e RNA de capa proteica. 6- Ribossomo sintetiza capa proteica. 7- Montagem – encapsidamento. 8- Migração. Invasão sistêmica: a) Célula a célula: movimento lento, passagem para células vizinhas através dos plasmodesmos. Proteínas de movimento virais: aumentam o limite de exclusão de tamanho dos plasmodesmas. b) Movimento a longas distâncias: tecido vascular (floema). Percurso viral: ponto de infecção -> raízes -> tecidos novos e folhas jovens -> planta toda. 10 a 100 x mais rápido. Viróide: Molécula de RNA circular, fita simples, sem capa proteica. Somente encontrado em plantas. Menor agente infeccioso. Transmissão mecânica, pólen e semente. Vírus que podem prejudicar: 1- Plum pox vírus – PPV: infecta pessegueiro, ameixeira, nectarina, etc. Chile e Argentina. Vetores: 20 espécies de afídeos. 2- Afriacan cassava mosaic vírus: mandioca. Africa.. vetor: Bemisia tabaci (persistente circulativo). 3- Tomato yellow leaf curl vírus: tomateiro, pimentão, maria pretinha. Mediterrâneo, África... Vetor: Bemisia tabaci. Cuidado!! Deficiências ou toxidez, nutricionais, toxemias por insetos, fito toxidade, características genéticas podem confundir. Nomenclatura: BCMV – Bean common mosaic vírus (Vírus do Mosaico do Feijoeiro). B – Hospedeiro. CM – sintoma V- a palavra vírus. Controle: Uso de material propagativo livre de vírus. Utilização de plantas resistentes ao vírus ou ao vetor. Não plantar próximo a lavouras /pomares velhos. Evitar plantios próximo a hospedeiro do vetor. Remoção fonte de inóculo. Controle do vetor: Inseticidas só para vírus com relação persistente. Óleo mineral: dificulta aderência vírus no estilete. Superfícies refletoras. Controle das viroses: Armadilhas amarelas. Barreiras verdes (gramíneas para vira-cabeça e geminivírus do tomateiro) evasão ao vetor (região/época). Diagnose: visual (virose comum), gama de hospedeiros. Testes sorológicos. Efeitos citopáticos (microscopia eletrônica) – alterações nas organelas – inclusões citoplasmáticas. Vira – cabeça do tomateiro. Tristeza dos citros.