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Universidade federal do Ceará - UFC 
Curso : Biblioteconomia 
Disciplina: Representação Temática da Informação: indexação 
Professora: Virgínia Bentes Pinto 
Aluna: Esther Emili da Silva 
Matrícula: 413349 
Data: 13/01/2021. 
Semestre: 2020.2 
Primeiro trabalho do semestre. 
 
O conceito de Documento em Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia; Tanus, Gabrielle 
Francinne de S.C.; Renau, Leonardo Vasconcelos; Araújo, Carlos Alberto Ávila; arquivo RBB. 
Resumo: O conceito de documento é muito diferente em Museologia , onde o Documento é 
considerado uma obra de arte e uma relíquia mundial, na Biblioteconomia o documento vai 
muito além de um livro escrito, Documento na Biblioteconomia pode ser tudo que representa 
a história de uma pessoa, lugar, da natureza , até um simples bordado pode ser considerado 
um Documento pois é o registro da cultura de uma pessoa. Uma foto de família é o Registro 
documental dos componentes daquela família , da história e lembranças da época em que a 
foto foi tirada. Enfim o conceito de Documento em Biblioteconomia é uma coisa ampla e 
infinita, pois tudo pode ser considerado um Documento desde que tenha uma história por 
detrás dele e na arquivologia o Documento é no sentido propriamente dito da palavra , sendo 
físico , em uma folha de papel ou digitalizar . 
 O conceito de Documento atualmente, não é algo novo e nem tampouco consensual entre os 
professores e pesquisadores da área de ciências da informação. Ele se subdivide nas três áreas 
citadas neste trabalho: Museologia, Arquivologia e Biblioteconomia. Para cada uma dessas 
áreas de atuação do profissional de ciências da informação , tem o seu conceito próprio e bem 
distintos entre si. O sentido de Documentação criado no século XIX por Paul Outlet e Henry la 
Fontaine, foi mudado ao longo dos séculos XIX, XX e atual século XXI na Biblioteconomia 
principalmente onde o seu conceito foi bastante enriquecedor e ampliado. Um pedaço de 
madeira pode ser um Documento desde que ele tenha sido parte de um lugar com sua 
história. O pedaço de madeira em si não é um Documento se ele não tiver todo um contexto 
em sua origem. Um pequeno vestido que foi usado por quatro gerações de mulheres de uma 
família é um Documento pois faz parte do registro histórico e cultural dessa família. Enfim tudo 
na Biblioteconomia pode ser considerado Documento desde que haja todo um conjunto de 
dados que formam Informações sobre ele . 
A Documentação, campo do conhecimento criado no final do século XIX por Paul Otlet 
e Henri La Fontaine, é marcada por diversas visões de suas origens e de seu 
desenvolvimento ao longo dos séculos, mas conforme revela a sua própria 
denominação, sua relação com o documento parece indubitável, ao contrário das outras 
áreas acima mencionadas. Uma das principais contribuições deste campo foi, justamente, 
a consolidação do conceito de documento. 
“ Documento é o livro, a revista, o jornal, é só a peça de arquivo, a estampa, a fotografia, , a 
música, atualmente o filme, e toda a parte documental que prece ou sucede a emissão 
radiofônica. Ao lado dos textos e imagens há objetivos documentais por si mesmos( Realiza) ( 
Otlet, 1937).” 
Os documentos na visão de Paul Outlet ainda é essa , pois essa ideia ainda permanece desde 
quando foi criada no século XIX até os dias de hoje , porém o seu entendimento para o 
Bibliotecário vai muito além disso, porque o seu significado não está restrito a uma peça física 
ou digital de um arquivo que faz parte de um acervo de biblioteca, afinal não se trata apenas 
de livros. Assim o conceito inicial de Paul Outlet foi se distanciando cada vez mais através dos 
séculos até os dias de hoje. Em sumo o conceito Otlet , que foi o percursor da documentação 
desde sua época veio se ampliando. Paul Outlet e Henry La Fontaine acreditavam que a 
documentação apresenta informações biográficas sobre os principais artífices escritos nele. 
Para eles os documentos eram tudo que existem desde um lápis , uma pedra ou um bordado. 
Na ciência da informação o conceito de Otlet e La Fontaine são adotados até hoje . Pode-se 
afirmar que tudo que existe pode ser considerado um documento . Ele está muito além que 
alguma coisa escrita e declarada em uma folha de papel. Os documentos são a história 
analógica ou digital da humanidade, ou seja o registro de óbitos, hábitos, cultura, maneira de 
viver de uma pessoa e vai além disso. É de valor histórico, pois possui uma história, cultura , 
vida , de um povo. Seu valor não tem preço. Diferente da sua referência no dicionário onde diz 
que documento é tudo que está escrito de valor sentimental ou jurídico em uma folha de 
papel ( documento analógico) ou computador ( documento digital). 
Os arquivos são instituições públicas ou privadas que tem como principais funções ou 
processos a: criação, avaliação, aquisição, classificação, descrição, comunicação e conservação 
dos documentos gerados em decorrência do exercício das atividades funcionais das que se 
estabelecem primordialmente pelas vias jurídico – administrativas ( ROSSEAU, COLTURE, 
1998). 
Os arquivos são formados de documentos físicos ou digitais , que são os objetos de estudo dos 
arquivistas, principalmente. 
Atualmente a Arquivologia também estuda arquivos de imagem , fotográfico, filmagem, 
pessoais , literários , entre muitos outros desde que sejam físicos ou digitais. 
Todos os livros, papéis mapas, fotografias ou outras espécies documentárias, 
independentemente de sua apresentação física ou características, expedidos ou recebidos por 
qualquer entidade pública ou privada, no exercício de seus encargos legais ou em função das 
suas atividades e preservados ou depositados para preservação por aquela entidade ou por 
seus legítimos sucessores como prova de suas funções , sua política, decisões, métodos, 
operação ou outras atividades, ou em virtude, do valor informativo dos dados neles contidos 
(SCHELLENBERGUE, 2006, pág.41) 
O conceito estudado de documento pelos arquivistas é o de que as espécies documentárias 
físicas no papel ou digitalizadas que são materiais de estudo da Arquivologia e fazem parte de 
instituições públicas ou privadas , seria o seu significado documentário propriamente dito. 
Já na Biblioteconomia não tem como eleger um contexto preciso de Documentação já que 
tudo oque possui uma história pode ser considerado Documento pessoal, cultural , biológicos , 
entre outros. Pode ser um documento pessoal , de uma região ou até mesmo da humanidade, 
ele tem um sentido tão amplo e muitas vezes somente o profissional dessa área da ciência da 
informação consegue ter a visão documentária que ele possui. 
E na Museologia, o documento é considerado uma obra de arte . E como tal, é considerado um 
patrimônio cultural da humanidade. 
Conclui-se que o documento está presente na literatura dessas áreas, salvaguardadas 
suas distinções conceituais e procedimentais, e que novas abordagens têm conduzido a 
certas aproximações entre essas áreas com a Ciência da Informação, em razão da 
relação do conceito de documento com o de informação. ( Tanus, Renau, Araujo, 2012.) 
O documento funciona de diferentes formas na ciência da informação. Na biblioteconomia ele 
é um documento assim como um livro, na e na museologia obra de arte. E na arquivologia os 
documentos são arquivos e cada um tem sua origem, finalidade e setor onde deve ser 
guardado. 
Para a Biblioteconomia seria o livro , para a arquivologia o arquivo e no museu todas as obras 
de arte são documentos da espécie humana e que atestavam a legalidade de seus 
patrimônios. 
 Gomes (1967) aponta que a origem dos arquivos teve como base o surgimento da 
escrita e a proliferação dos documentos nas mais variadas instâncias: individual, 
religiosa, jurídica, profissional, econômica, socialou nacional. Para ele, esse crescimento 
da quantidade de documentos decorreu da passagem de uma cultura oral para a 
escrita, permitindo ao ser humano conhecer na estrutura, no tempo e no espaço, o 
valor das palavras, levando-o a perceber que, depois da descoberta da escrita, a origem 
dos arquivos torna-se igualmente relevante para a sociedade. 
A origem dos documentos começa a mais de centenas de ondes quando os primeiros e mais 
recentes foram escritos nas pedras. O homem deixou seus registros de várias formas até 
chegar finalmente no papel. Oque facilitou a sua distribuição em diversos compartimentos. E 
mais tarde com a invenção do computador passou a ser registrado de forma digital em 
computadores e mais tarde nos celulares. 
 (CURRÁS, 1982). Por fim, é possível perceber que há na literatura uma multiplicidade 
de conceitos de documentos e de documentos arquivísticos, bem como conceitos de 
arquivos, os quais variam segundo a característica do acervo, sem, contudo, perder de 
vista os princípios da Arquivologia. 
Os documentos são distribuído em acervos públicos, pessoais e privados . Variam de 
características, conteúdo e história . E cada um tem o seu destino e alguns até valor 
sentimental ou históricos. 
Nas bibliotecas especializadas os documentos se aproximam do seu valor universal que é o 
teórico onde um documento é uma folha de papel escrita . Embora algumas vezes também vá 
além disso. 
Mas, nos museus os documentos que fazem parte do acervo do museu é uma relíquia mundial 
de valor inestimável e considerado uma obra de arte. Na museologia tudo o que serve para o 
estudo da história da humanidade e tudo ligado a ela faz parte é um documento histórico e 
cultural da humanidade. 
A aproximação entre a Documentação e a Biblioteconomia está relacionada às linguagens 
documentárias, sobretudo porque o código de Classificação Decimal Universal (CDU), 
publicado pela primeira vez em 1905, e incorporado às bibliotecas, foi o instrumento 
que apresentou para muitos profissionais a Documentação. 
Nesse caso , a cdu criada por Otlet e La Fontaine e o seu código de classificação decimal 
universal para todas as Bibliotecas dita a linguagem usada na arquivologia que é o estudo dos 
arquivos utilizada nos documentos , no caso será o arquivo. Nesse contexto a linguagem 
arquivista se aproxima intimamente do sentido de documento em relação as regras 
documentárias usadas desde a criação da no CDU , por todos os bibliotecários. 
É importante ressaltar que para o bibliotecário esse contexto de documentos é muito mais 
ampliado , porque esse profissional enxerga na história da criação dos objetos , no seu valor 
sentimental e tudo referente aquela criação , que vai desde um artesanato a uma simples 
pedra um documento analógico , com uma história de valor. 
Portanto, pode ser dizer que quase tudo pode ser considerado um documento desde que 
tenha valor e esse valor pode ser monetário ou sentimental. E entende- se que o trabalho do 
bibliotecário está muito além do que é feito dentro do ambiente das bibliotecas, pois ele é um 
organizador cultural e visionário cuja função está em ver com essa visão ampliada o valor dos 
objetos , organiza- los , e cuidar para que ele seja valorizado. E o bibliotecário pode atuar em 
diferentes funções porque o seu trabalho está além do ambiente físico das bibliotecas , vai 
desde organizador de documentos ou bibliotecas particulares , numa loja catalogando os 
objetos do acervo daquele ambiente , em sua biblioteca pessoal, em uma empresa criadora de 
software fazendo guias e tutoriais para aquele software , gestor de uma biblioteca, 
biblioterapia, dando palestras sobre o seu trabalho como bibliotecário, trabalhando como 
gestor de startup ou uma MEI oferecendo cursos para aperfeiçoar outros bibliotecários, em 
um escritório de advocacia, enfim em múltiplas funções desde que ele entenda que tudo pode 
ser considerado um documento dede que tenha uma história e pode ser analógico ou digital. 
Em consequência desta visão, surgiram estudos que tentavam responder a propalada 
explosão informacional no contexto científico. Por fim, com a abordagem de estudos do 
acontecimento histórico iniciada na primeira metade do século XX pela assim chamada 
Escola dos Annales, houve uma abertura do conceito de documento, que impactou 
definitivamente o campo da História e das instituições museológicas, culminando na 
projeção dos artefatos/objetos como fontes de informação e instrumentos para as 
pesquisas históricas (BURKE, 1992). Considera-se, dessa forma, os objetos de museus, 
como vestígios da cultura material, os quais servem igualmente para a (re)constituição 
de uma memória coletiva. Nesta linha, conforme Le Goff (1994, p. 547), “Só a análise 
do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao 
historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa”. Essa 
abertura eleva a valorização do objeto/documento também como monumento, levado a 
outros campos do conhecimento, além da História. 
Como Burke,1992 e Lê Goff, 1994 afirmaram o trabalho do bibliotecário está em reconhecer 
que todos os objetos tem um valor desde sentimental , histórico ou monetário e deve ser 
preservado porque se trata de documentos. 
A museologia , a arquivologia e a Biblioteconomia são divisões da ciência da informação, e 
embora o sentido do que é um documento varie bastante nessas três áreas de trabalho do 
profissional da informação. Seus conceitos são tão diferentes que levou a criação , nas 
universidades de cursos acadêmicos distintos para o estudo de cada área. 
Enfim, evidentemente os conceitos para estas diferentes áreas da ciência da informação são 
diferentes mas, que se completam entre si . O profissional da Informação tem que ter uma 
noção geral de cada uma dessas três áreas e estar sempre em busca da Informação. 
Principalmente o bibliotecário.

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