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A TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
Prof.ª Ana Larissa Marques Perissini.
Psicóloga – Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, 
Psicologia da Saúde e Sexualidade. Mestre Pela USP.
As bases teóricas da terapia cognitiva têm sido 
desenvolvidas e moldadas por várias 
abordagens:
 Abordagem fenomenológica: afirma que as visões do
indivíduo a respeito do self e do mundo pessoal são
fundamentais para a determinação do comportamento.
(DATTILIO; FREEMAN, 1998)
Séculos XIX e XX filósofos europeus
Incluindo Kant, Heidegger, Jaspers e Frankl.
Continuaram a desenvolver a ideia de que os processos cognitivos
conscientes têm um papel fundamental na existência humana.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008)
 Teoria estrutural: promove o conceito da
estruturação hierárquica dos processos
cognitivos, com uma ênfase na divisão em
processo de pensamento primário e secundário.
 Psicologia Cognitiva: integra características de
ambas as teorias. Enfatiza a importância da
cognição no processamento das informações e
na mudança comportamental.
(DATTILIO; FREEMAN, 1998)
A terapia cognitiva combina 
aspectos dos sistemas mais 
tradicionais de terapia dentro 
de sua própria estrutura 
conceitual.
(DATTILIO; FREEMAN, 1998)
VÍDEOAULA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
 Surgiu no final dos anos 50. 
 Trabalhos de Albert Ellis.
MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL
• Terapia Cognitiva.
• Início dos anos 60.
• Aaron T. Beck.
(KNAPP, 2008)
Aaron T. Beck
 Psiquiatra.
 Formação Psicanalítica.
 Pesquisa com pacientes deprimidos modelo
psicanalítico da depressão.
 Depressão visão distorcida e negativa de:
Si mesmo 
Do mundo ao seu redor 
De seu futuro
Tríade 
cognitiva 
negativa
(KNAPP, 2008)
 Tríade negativa
Decorrente de esquemas cognitivos:
 Disfuncionais negativos.
 Rígidos.
 Não realísticos.
Formados durante a 
infância.
Interações com o ambiente, que
seriam os elementos críticos para o
surgimento, a manutenção e a
recorrência da depressão.
(KNAPP, 2008)
Conjunto de técnicas:
 Corrigir crenças distorcidas.
 Aliviar os sintomas depressivos.
Terapia Cognitiva: 
Novo modelo explicativo para o 
desencadeamento e a manutenção dos sintomas 
depressivos e seu tratamento. 
• TC apresentava uma eficácia semelhante à
observada com o uso de antidepressivos no
tratamento da depressão.
(KNAPP, 2008)
VIDEOAULA JUDITH BECK
Terapia Cognitiva:
 Psicoterapia Breve.
 Estruturada.
 Orientada ao presente.
 Direcionada a resolver problemas atuais.
 Modificar pensamentos e os comportamentos
disfuncionais.
(BECK, J, 1997)
 A Terapia Cognitiva difere dos modos tradicionais
da psicoterapia:
“É um processo cooperativo de investigação
empírica, testagem da realidade e resolução de
problemas entre o terapeuta e o paciente”.
(BECK; WEISHAAR, 1986, apud DATTILIO E FREEMAN, 1998)
Pode ser claramente diferenciado como um sistema de 
psicoterapia, em oposição a um mero aglomerado de 
técnicas.
(DATTILIO; FREEMAN, 1998)
MODELO COGNITIVO:
Pensamento Distorcido ou disfuncional
Humor
Comportamento
Pensamento Distorcido comum a todos os distúrbios
psicológicos.
(BECK, J, 1997)
A TCC é uma abordagem de senso
comum que se baseia em dois princípios
centrais:
 Nossas cognições têm uma influência controladora
sobre nossas emoções e comportamento;
 O modo como agimos ou nos comportamos pode
afetar profundamente nossos padrões de pensamento
e nossas emoções.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008)
(http://o-quarteto-
inseparavel.blogspot.com.br/2008/04/terapia-cognitivo-
comportamental_02.html)
Os elementos cognitivos dessa 
perspectiva foram 
reconhecidos pelos filósofos 
estóicos Epíteto, Cícero, 
Sêneca, entre outros, 2 mil 
anos antes da introdução da 
TCC.
(BECK et al., 1979, apud WRIGHT; BASCO; THASE , 2008)
Segundo Epíteto:
“os homens não se perturbam pelas coisas que acontecem, 
mas sim pelas opiniões sobre as coisas”
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008)
Tradições filosóficas orientais 
taoísmo e o budismo
Cognição é considerada como uma força primária 
na determinação do comportamento humano.
(BECK et al., 1979; CAMPOS, 2002, apud WRIGHT, BASCO, THASE, 2008) 
Segundo Dalai Lama (1999):
“se pudermos reorientar nossos 
pensamentos e emoções e 
reorganizar nosso comportamento, 
então poderemos não só aprender a 
lidar com o sofrimento mais 
facilmente, mas, sobretudo e em 
primeiro lugar, evitar que muito dele 
surja”
A avaliação realista e a modificação no 
pensamento produzem uma melhora no humor e 
no comportamento.
A melhora duradoura resulta da modificação das 
crenças disfuncionais básicas do paciente.
(BECK, J, 1997)
Nas últimas décadas, a terapia cognitiva teve um 
enorme impacto sobre o campo da saúde mental, 
como resultado de sua demonstrada eficácia na 
compreensão e no tratamento de uma ampla 
extensão de distúrbios emocionais e 
comportamentais.
(DATTILIO; FREEMAN, 1998)
HIPÓTESES EXPLICATIVAS BASEADAS NO
MODELO COGNITIVO MAIS GERAL FORAM
SUGERIDAS:
 Transtorno Obsessivo-compulsivo.
 Ansiedade generalizada.
 Transtorno de Pânico.
 Ansiedade Social.
 Dependência Química.
 Transtornos Alimentares.
 Transtornos de Personalidade.
 Transtorno Bipolar.
 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
(KNAPP, 2008)
 Componentes comportamentais do modelo de
terapia cognitivo-comportamental:
 Início nos anos de 1950 e 1960.
 Pesquisadores clínicos começaram a aplicar as ideias de
Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais.
Ivan Pavlov
(WRIGHT, BASCO, THASE, 2008)
Skinner
Joseph Wolpe (1958) e Hans Eysenck (1966)
Pioneiros na exploração do potencial das intervenções
comportamentais.
• Dessensibilização contato gradual com objetos ou situações
temidos.
(WRIGHT, BASCO, THASE, 2008)
Técnica de Dessensibilização
 Treinamento de relaxamento: relaxamento muscular
progressivo – Biofeedback.
À medida que a terapia comportamental se expandia, vários 
investigadores proeminentes – como Meichenbaum (1977) 
e Lewinsohn e colaboradores (1985) – começaram a 
incorporar as teorias e estratégias cognitivas a seus 
tratamentos.
Observaram que a perspectiva cognitiva acrescentava 
contexto, profundidade e entendimento às intervenções 
comportamentais.
A designação mais abrangente de terapia 
cognitivo-comportamental (TCC) é a mais usual 
na atualidade, pois utiliza ao mesmo tempo 
intervenções típicas do modelo cognitivo, como 
as técnicas destinadas à correção de crenças e 
pensamentos disfuncionais e incorpora técnicas 
comportamentais da terapia comportamental, 
como a exposição e o uso de reforçadores, entre 
outras. 
(KNAPP, 2008)
A prática clínica da terapia 
cognitivo-comportamental (TCC) 
baseia-se em um conjunto de 
teorias bem-desenvolvidas que 
são usadas para formular planos 
de tratamento e orientar as 
ações do terapeuta.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
MODELO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Processamento cognitivo Recebe um papel central 
nesse modelo
Paciente:
• Avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente
que o circunda (p. ex., eventos estressantes, comentários ou
ausência de comentários dos outros, memórias de eventos do
passado, tarefas a serem feitas, sensações corporais).
•Cognições estão frequentemente associadas às reações
emocionais.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
 Evento = preparando-se para ir a uma festa.
 Avaliação Cognitiva = “Não vou saber o que dizer....”
“Vou parecer um desajustado...”
“Vou travar e querer ir embora 
imediatamente”. 
 Emoção = ansiedade, tensão.
 Comportamento = deu uma desculpa e evitou a festa.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
NÍVEIS DE PROCESSAMENTO COGNITIVO
Beck identificou 03 níveis básicos de processamento
cognitivo:
 Nível mais alto da cognição consciência.
Estado de atenção no qual decisões podem ser tomadas 
racionalmente.
Atenção Consciente nos permite:
 Monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente.
 Ligarmemória passadas às experiências presentes.
 Controlar e planejar ações futuras.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
Na TCC os terapeutas incentivam:
 O desenvolvimento de pensamento racional e a soluções de 
problemas.
 Reconhecer e mudar pensamento patológico em dois níveis 
de processamento de informações relativamente autônomo 
(pensamentos automáticos e esquemas).
A TCC:
 Enfatiza técnicas destinadas a ajudar os pacientes a
detectar e modificar seus pensamentos profundos.
 Ensina os pacientes a “pensar sobre o pensamento” para
atingir a meta de trazer as cognições autônomas à atenção
e ao controle consciente”.
 PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS:
São cognições que passam rapidamente por nossas mentes 
quando estamos em meio a situações (ou relembrando 
acontecimentos).
 P.A. Normalmente são privativos ou não-declarados,
e ocorrem de forma rápida à medida que avaliamos o
significado de acontecimentos em nossas vidas.
 Transtorno Psiquiátricos vivenciam inundações de
pensamentos automáticos que são desadaptativos ou
distorcidos.
Podem gerar reações emocionais dolorosas e
comportamento disfuncional.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
 Um dos indícios mais importantes de que os pensamentos
automáticos podem estar ocorrendo é a presença de
emoções fortes.
Todas as pessoas têm pensamentos automáticos.
Situação Pensamento 
Automático
Emoções
Minha mãe telefona
e pergunta por que 
eu esqueci o 
aniversário de minha 
irmã.
“Fiz besteira de 
novo. Não tem jeito, 
nunca vou conseguir 
agradá-la. Não 
consigo fazer nada 
direito. O que 
adianta?”
Tristeza, raiva.
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
 Pensamentos Automáticos podem ser:
 Logicamente verdadeiros.
 Uma percepção adequada da realidade da situação.
ESQUEMAS
 São matrizes ou regras fundamentais para o
processamento de informações que estão abaixo da cada
mais superficial dos pensamentos automáticos.
 São princípios duradouros de pensamento.
 Começam a tomar forma no início da infância.
 São influenciados por uma infinidade de
experiências de vida, incluindo:
 Os ensinamentos e os modelos dos pais.
 As atividades educativas formais e informais.
 As experiências de seus pares.
 Os traumas.
 Os sucessos.
Todas as pessoas têm uma mistura de esquemas 
adaptativos (saudáveis) e crenças nucleares 
desadaptativas.
Pensamentos Automáticos
Crenças Intermediárias
Crenças centrais
Diagnóstico/sintomas
Influência do desenvolvimento
Questões situacionais/interpessoais
Fatores biológicos, genéticos e
médicos
Pontos fortes/ recursos
Pensamentos automáticos, 
emoções e comportamentos típicos
Esquemas subjacentes
Hipótese de 
trabalho
Plano de 
tratamento
FLUXOGRAMA DE CONCEITUALIZAÇÃO 
DE CASO
(WRIGHT; BASCO; TASE, 2008, p. 49).
REFERÊNCIA:
BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Tradução Sandra Costa. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
Blog Quarteto Inseparável: Disponível em: http://o-quarteto-
inseparavel.blogspot.com.br/2008/04/terapia-cognitivo-comportamental_02.html.
Acesso em: 21 abr. 2012.
FREEMAN, A; DATILIO, F. Compreendendo a terapia cognitiva. Campinas: Editorial
Psy, 1998.
KNAPP, P. A terapia cognitivo-comportamental no tratamento dos transtornos
mentais. Rev. Bras. Psiquiatr. v. 30. (Supl II). p. 51-53. 2008.
WRIGHT, J. H.; BASCO, M. R.; THASE, M. E. Aprendendo a terapia cognitivo-
comportamental: um guia ilustrado. Tradução Mônica Giglio Armando. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
http://o-quarteto-inseparavel.blogspot.com.br/2008/04/terapia-cognitivo-comportamental_02.html
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