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1 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 ASPECTOS GERAIS Conjunto de informações sobre o paciente obtida pelos médicos por meio de uma entrevista que vai ajudar a dar o diagnóstico. É impossível fazer um diagnóstico sem ouvir a história do paciente ou de qualquer um que esteja com ele, a não ser que traga tudo pronto – por exemplo, nos atendimentos de emergência e urgência em que os quadros geralmente são abruptos e não é possível coletar informações. Relação médico-paciente: O primeiro passo e o mais importante Empatia é importante, mas simpatia em excesso ou antipatia é inadequado; para chegar ao paciente é preciso achar um equilíbrio. Diminutivos parecem carinhosos, mas neste caso não são adequados, pois pode-se acabar atravessando o limite da relação médico-paciente. Essa relação, por sua vez resume-se a: “bom dia, boa tarde, como vai o senhor?”. Não é preciso abraçar, mas isso pode vir a acontecer, depende do tempo da relação. Quando se faz o questionamento ao paciente, devem-se fazer perguntas abertas e fechadas, ou seja, com possibilidade de respostas sendo sim ou não. Entretanto, deve-se cuidar com perguntas que induzam o paciente, como: “você tem dor torácica?” – pois o paciente pode achar que o problema é mais grave do que realmente é. É preciso manter o controle e objetividade da consulta, devendo-se focar na queixa principal. Os pacientes não têm obrigação de saberem os sinais de cada patologia; eles irão trazer as queixas de acordo de suas vivências. A pior dor depende da vivência de cada um. Um exemplo é a dor do parto: não se deve usar tal dor como referência de grau máximo para as mulheres que já tiveram filhos, pois o próprio corpo é programado para esquecer. O médico tem que conduzir a anamnese de uma forma que não entre tanto no mundo dos pacientes, mas também procurando entender o que está acontecendo com eles. Existem algumas técnicas que podem ajudar o médico obter as respostas necessárias e compreender o paciente: O médico deve fazer Transições suaves → direcionar os tópicos da conversa. Facilitar o entendimento do paciente. APOIO: Afirmações como ‘eu compreendo’ trazem segurança ao paciente sobre o que este está relatando, o que pode encorajá-lo a continuar o diálogo FACILITAÇÃO: A postura e as ações do médico possuem grande influência sobre o paciente e podem encoraja-lo ou não no relato. Ex: balançar a cabeça, em sinal de afirmação, demonstra que o paciente está sendo compreendido; Olhar para os lados, sem muito contato com o paciente sinalizam uma falta de interesse por parte do médico. 2 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 REFLEXÃO: Consiste na repetição de palavras chave, que o médico considere importante, ditas pelo paciente. ESCLARECIMENTO: Deve-se mostrar comprometimento com o que o paciente está relatando, esclarecendo o relato como: ¨deixa eu ver se eu entendi tudo que o senhor/senhora me falou¨. Tudo foi anotado durante a consulta, logo, deve-se voltar na anotação e ler para que o paciente veja se está tudo certo, pois se caso estiver passado alguma informação o paciente relata nesse momento (fazer um resumo de tudo que o paciente relatou) CONFRONTAÇÃO: Consiste em mostrar ao paciente algo acerca de suas próprias atitudes ou falas. Ex: “o senhor relata que está tudo bem, mas porque está com os olhos cheios de água/lágrimas?” INTERPRETAÇÃO: Observações feitas pelo médico, relacionadas com o relato ou comportamento do paciente. Ex: “você parece preocupado com os exames que me trouxe”. RESPOSTA EMPÁTICA: Intervenção do médico que demonstra compreensão e aceitação dos fatos relatados pelo paciente. Essa resposta pode ser feita por ações ou palavras do profissional. Validação está intimamente relacionada com a empatia. Por exemplo, se o paciente lhe dissesse: “doutor, perdi um filho há dez anos, mas até então não superei”. Qual deve ser a conduta? O médico poderá se chocar depois da consulta, porém ao receber a notícia do paciente deve manter a calma e buscar consola-lo, para solucionar a dor que ele carrega. SILÊNCIO: Em alguns momentos o médico deverá saber que necessita ficar calado. Empoderamento do paciente: Paciente não é apenas uma doença, ele tem nome! Tem autonomia do que deseja contar e expor. O médico deve saber seu limite e até onde pode ir. É necessário confiar no paciente, mas com cuidado e restrição, ou seja, CONFIE DESCONFIANDO! Os pacientes podem saber da doença e o que sentem, mas podem fantasiar, podem criar algo maior do que realmente é. Como estudantes, é importante ter certeza absoluta do que se sabe ou não, não ter vergonha do que não sabe. A função do aluno do segundo ano é colher, escrever, demonstrar conhecimento em cima da história do paciente e permitir que ele entenda o raciocínio e sinta parte do processo. O paciente precisa acreditar no que está sendo anotando, ele tem que se sentir envolvido pelos alunos. ANAMNESE COMO UM TODO A anamnese deve ser feita com o objetivo de que outro profissional leia e possa entender o quadro do paciente para construir um diagnóstico. A anamnese é um check list e existem tipos: Tipos de anamnese: ABRANGENTE Usada na internação, primeira consulta no ambulatório, hospital. Possui disponibilidade de tempo 3 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 Pode-se existir um ambiente adequado (mais silencioso) Viabiliza a avaliação completa DIRECIONADA Em caso de emergência. Tem o Foco no sinal e sintoma, ou seja, é sem aprofundamento. É direcionada Tipos de dados: SUBJETIVOS Referido pelo paciente; sujeito a erros do próprio paciente: confusão, esquecimento, mentiras. OBJETIVOS O que eu encontro; achado do exame físico são mais precisos, nem sempre presentes no momento da avaliação primária. É o que o médico enxerga, percute, ausculta, palpa, mede. EX: PA. Tem objetivo de confirmar o relato do paciente. CONSTRUINDO A ANAMNESE 7 itens fundamentais da anamnese: Observação: Não precisam estar em ordem. Permitir o relato espontâneo do paciente sem perder o controle da entrevista. Dividir em tópicos, perguntas abertas e fechadas. Anotar o mínimo possível, manter a atenção no paciente. Após terminar a conversa, deve-se escrever tudo o que ele falou e montar a história. 1. IDENTIFICAÇÃO: Nome em iniciais (exemplo: A G N) Idade Sexo: Biológico, conforme o RG. Pode-se colocar como gosta de ser chamado e deve-se escrever sic [segundo informações colhidas] Cor da pele: o que examinador enxerga Estado civil Naturalidade 4 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 Procedência: até 30 dias (mas lembrar que não se pode definir um tempo exato) » É importante por conta de doenças endêmicas. Ex: Doença de chagas na região de canguçu. Residência: para saber sobre as endemias comuns nesses locais Profissão: atual e passada Religião Origem do encaminhamento 2. QP (QUEIXA PRINCIPAL): O motivo que levou o paciente a buscar atendimento, é uma frase só (curta e objetiva) Sintoma-guia + tempo aproximado Deve-se incluir a temporalidade e também a lateralidade. Utilizar o ‘’mais ou menos’’, pois não se sabe exatamente há quanto tempo esse paciente está com tal sintoma. » Ex: há mais ou menos 7 dias, há mais ou menos 5 horas. É necessário compreender o folclore local. Usar as palavras do paciente. » Ex: dor de barriga (escrever na queixa principal) - dor abdominal (escrever na história da doença atual). OBS: Utilizar termos que os pacientes entendam, na hora da consulta.Ex: caso pergunte ‘’como é seu hábito intestinal?’’, pode ser que não compreendam, sendo melhor perguntar de formas mais simples. Causas frequentes nos pacientes: » Dor em pontada - dor ventilatório-dependente, geralmente é relacionada à pneumonia; » Isquemia - podendo ser um acidente vascular cerebral, de infarto agudo do miocárdio; » Derrame - sendo geralmente derrame de sangue. » Derrame pleural - mais difícil de acontecer; » Tiros ou cortes com armas brancas - faca, canivete, tesoura. 5 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 3. HDA (HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL): ONDE VAI INVESTIGAR A QP. Seria a redação sobre o estado do paciente. Anotar aspectos positivos e negativos. » Seria feita após a consulta, pois demanda tempo. Escrever sempre no passado (há tantos dias, há tanto tempo). Nunca utilizar dias na temporalidade como sábado, domingo. Definir 3 momentos na HDA: » Início do sintoma-guia » Motivos por ter procurado atendimento » Situação atual (quadro se atenuou ou acentuou) Medicações, posologia de medicações. Importante perguntar se paciente é tabagista (quantos cigarros por ano?), etilista (não se deve colocar que o paciente bebe socialmente, pois isso varia de pessoa para pessoa), se utiliza drogas ilícitas. » Apenas se tiver relação com o sintoma guia, pois será perguntado na HMP Necessário constar na HDA também se possui doenças crônicas, sendo as principais: diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias, neoplasias (Essas 4 devem conter no final da HDA). Se teve alguma cirurgia (colocar o tempo) Inserir tratamentos, exames e intensidade. (Porém, o mais importante nesse período é colocar a intensidade) Características do sintoma-guia na hda » O início do sintoma é súbito ou gradual? » Quanto tempo o sintoma dura? » Sintoma é contínuo ou é intermitente? » Se o sintoma for intermitente, descrever: a. Frequência (início x remissão) b. Duração dos episódios » Período do dia em que sintoma ocorre (se houver um período específico em que ele surge ou se acentua) 6 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 4. HMP (HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA) HMP Fisiológica: é desde o nascimento. Desenvolvimento neuropsicomotor Idade de dentição Idade em que começou a engatinhar/caminhar Idade em que começou a falar Atraso escolar Controle dos esfínceteres Nascimento Parto vaginal x abdominal (cesárea) Número de irmãos e ordem de nascimento Perguntar ao paciente se ele lembra como foi a gestação da mãe e o nascimento, se ocorreu o uso de drogas ou medicações no decorrer da gravidez. Desenvolvimento sexual Sexarca Menarca/puberdade Menopausa Métodos contraceptivos Orientação sexual Devemos ter muita empatia, pois muitas vezes não será relevante e não podemos invadir a vida desse paciente. Perguntas abertas. Ex: “a senhora disse que é solteira, tu tens algum parceiro ou está tendo relações sexuais?” Escrever se foi questionado a sexualidade e o motivo caso não tenha sido Se o paciente não sabe, escrever que ele não sabe 7 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 História obstétrica Nº gestações (G), Nº de partos (P) (Tipo de parto: vaginal ou abdominal - cesária -) e Nº abortos (A) Ex: Gravida de gêmeos (G1 e P2) Ex: 1 filho e 1 aborto (G2, P1 e A1) Colocar outras intercorrências, caso tiver (pré eclampsia - PA na gestação -, diabetes gestacional...) HMP Patológica Doenças sofridas pelo paciente Infância: catapora, rubéola, caxumba, amigdalite, coqueluche Adulto: hepatite, pneumonia, pleurite, tuberculose, infarto, câncer, PA - colocar o tempo de doença Alergia Medicamento, alimentar, cutânea, respiratória... Pode colocar os sintomas dessa alergia Cirurgias Colocar o que achamos, pois as vezes não vamos saber a nomenclatura dos procedimentos Quando foi (tempo) e qual profissional que fez/onde fez Traumas e acidentes - Especificar o tempo Internações Quando / motivo / tempo Ex: internou em 2006, por conta de um acidente de carro e ficou 3 meses Transfusões sanguíneas Quando/quantas vezes/motivo Medicações em uso crônico Medicação, dose e como está usando. Ex: Lozartan, 50 mg, 2x ao dia Vacinações/Imunização 8 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 5. HISTÓRICO FAMILIAR: Doenças familiares Cardiopatias HAS DM Doenças osteoarticulares Parentesco/idade/patologia Causas de morte dos familiares + idade com que faleceu + patologia (colocar idade que teve) Ex: mãe, 80 anos, teve câncer de mama – nesse caso faltou a idade com que se teve a patologia. Ex: Pai, com neoplasia de colon aos 45 anos, falecido aos 80 anos por um acidente automobilistico 6. HISTÓRICO PSICOSSOCIAL: Hábitos de vida (HPS) Alimentação Balanceada ou não Ingestão de água (quantas vezes ao dia) Pratica alguma atividade física Qual/período Ocupação atual e anteriores Pode ser vide identificação ou mais detalhada aqui Colocar há quanto tempo Religião Praticante ou não Cultura/Tradições Tabagismo Quanto tempo e frequência (carga tabágica – nº maços por dia x nº anos em que fuma) – obs: 1 enroladinho, são 6 maços Ex: Maria fuma 10 anos e 2 maços dia 9 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 Quando o paciente é exposto deve-se pôr a frequência e a carga tabagica de quem fuma (colocar fumante passivo) Quando o paciente parou de fumar, deve-se colocar a abstinência/tempo e a carga tabagica de quando fumava (ex: tabagista em abstinência, cessou à 20 anos, com carga tabagica de 2 maços x 10 anos) Calculo do cigarro/ano: » 1 maço de cigarros = 20 cigarros » Logo, um cidadão que fumou 40 cigarros por dia (2 maços) por período de 30 anos possui uma carga tabágica de 60 maços/ano (2 x 30). » A partir de 20 maços/ano a incidência aumenta bastante. Carga tabágica maior que 40 maços. Ano tem chance de 25% de ter DPOC. Etilismo Tipo/frequência/à quanto tempo Deve-se aplicar o questionário CAGE Questionárioo CAGE » Já sentiu necessidade de diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber? » Já se sentiu aborrecido ao ser criticado por beber? » Já se sentiu culpado por beber? » Algum vez já bebeu logo ao acordar pela manhã, para diminuir o nervosismo ou a ressaca? Se duas respostas forem positivas identificam 75% dos etilistas. Uso de drogas ilícitas (usa ou já usou) – mesmo que seja recreativo deve estar Condições socioeconômicas (HPS) Escolaridade Analfabeto ou não Quanto tempo de estudo Renda familiar Recebe algum benefício? Quem é o provedor da casa?/Quem, da família, trabalha? Média de salários mínimos (mas não é necessário perguntar) 10 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 Meio de locomoção Carro, transporte publico Relações familiares e vida conjugal Como é o relacionamento entre os integrantes da família? Tem algum animal de estimação? (Qual o grau de exposição da família com este animal?) Condições de habitação (HPS) Tipo de casa Alvenaria ou de barro (tipo de material) Relação nº cômodos x nº moradores Saneamento básico Tem água encanada? Como é o esgoto? Tem luz elétrica Coleta de lixo 7. REVISÃO DE SISTEMAS: É uma listagem objetiva de sintomas que não se encaixam na HDA. Separado em 12 sistemas Fazer pelo menos 3 questionamentos de cada sistema Podemos separar em áreas e órgãos, mas deve se ter os 12 Novo vocabulário!!! Sempre em termos técnicos O sistema completo que foi abordado no hda - (vide HDA) Perguntas rápidas e objetivas – se tem ou não (apenas pontuar) Refere algo (se tem), nega algo (se não tem) 11 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 a. Geral: sintomas gerais de qualquer doença Febre (quanto, quando, duração), perda ponderal (quantos kg, tempo de perda, motivo), mal-estar, astenia, anemia b. Pele e fâneros: pele, unha e cabelo Alterações ungueais, queda de cabelos, aparecimento de manchas na pele c. Cabeça e pescoço: couro cabeludo, deformidades na cabeça, tireoide, gânglios. Cefaleia, vertigem Odinofagia, nódulos, adenomegalias cervicais (quais linfonodos do pescoço estão aumentados), pulsações, alterações vocais (da laringe) Olhos alterações da acuidade visual (paciente usa óculos corretivos? Qual a alteração de acuidade?), escotomas, prurido ocular Ouvidos otalgia, otorreia, zumbidos, alterações da acuidade auditiva Boca halitose, aftas na mucosa bucal, lesões nos lábios, xerostomia Nariz obstruções, coriza, epistaxe d. Respiratório: tosse falta de ar, nariz entupido, dificuldade para respirar. Dispneia, tosse (tipo, produtiva?, período em que ocorre), hemoptise, dor torácica e. Cardiovascular: taquicardia, palpitação. Palpitações, precordialgia, dispneia/ortopneia f. Digestivo: ulcera gastrite, disfagia. Disfagia, pirose, obstipação, náuseas, vômitos (tipo, volume, odor, coloração, presença de sangue?), coloração das fezes, constipação (de quanto tempo?) g. Hemolinfopoético: varizes de membros inferiores, dor, inchaço. Edema de membros inferiores, sangramentos/hemorragias, adenomegalias h. Urinário: disúria, polaciúria, nicturia, nocturia. i. Genital /ginecológico: mais ginecológico, mas também vale para homens. HOMENS Hesitação urinária, estrangúria, alterações do jato urinário, presença de corrimentos MULHERES alterações do ciclo menstrual, dispareunia, prurido genital, corrimentos 12 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 j. Mamas Presença de abaulamentos, retrações, nódulos, secreções papilares, mastalgia k. Músculo esquelético Rigidez articular, artralgia, dor óssea, deformidades ósseas, mialgia, câimbras, fraqueza muscular l. Neurológico: nega cefaleia, nega tontura, nega vertigem. Vertigem (objetiva ou subjetiva?), síncope, convulsões, alterações de fala (disfasias ou afasias), alterações de marcha ou de equilíbrio m. Hematológico: doenças hematológicas n. Endócrino: tireoide, pâncreas Bócio, alterações de sensibilidade ao frio/calor, exoftalmia, polifagia+poliúria+polidipsia o. Psiquiatra: manias, toques. Alterações de memória, alterações de sensopercepção (alucinações auditivas, táteis, visuais), alterações da atenção (hipo/hipertenaz ou hipo/hipervigilância), alterações de orientação (auto/alopsíquica), alterações de memória (de trabalho, curto ou longo prazo), flutuações da consciência p. Microcirculação e Circulação periférica Cianose de extremidades, rubor de extremidades, palidez de extremidades TERMOS SEMIOLÓGICOS: ALGUNS EXEMPLOS Hematêmese: sangue no vomito. Hematoquezia: sangue nas fezes Hemoptise: escarro com sangue. Polifagia: muita fome Polidpsia: muita sede. Disfagia: dificuldade de deglutir Dispneia: falta de ar Odinofagia: dor ao deglutir Metrorragia, menorragia e menometrorragia = sintomas femininos. Dispaurenia: dor durante a relação sexual. 13 PROPEDEUTICA Natasha Ferreira ATM 25 Qual a diferença de vertigem e tontura? A vertigem leva a pessoa a cair ou perder a consciência. Tontura não perde a consciência. ESQUEMA PARA ANÁLISE DE UM SINTOMA Início Características do sintoma Fatores de melhora ou piora Relação com outras queixas Evolução Situação atual DECÁLOGO DA DOR – enxergando a dor 1. Localização 2. Irradiação (localizada/sem irradiação ou irradiada) 3. Qualidade ou caráter (latejante/pulsátil, cólica) 4. Intensidade (escala de 0 a 10) ou escala analógica quando é criança Ex: paciente refere a dor em uma intensidade X 5. Duração (aguda ou crônica) – quanto tempo faz 6. Evolução Como a dor surgiu 7. Relação com funções orgânicas (avaliar se as estruturas daquela região estão abaladas) Ex: dor na região cervical, a qual impede a rotação da cabeça. Ex: dor em baixo ventre (avaliar intestino, bexiga...) 8. Fator desencadeantes e agravantes Ex: enxaqueca quando vai para um lugar claro - fotofobia 9. Fatores atenuantes (medicamentos e funções orgânicas ou atitudes) Ex: tem palpitações e, no momento em que tossia, melhorava 10. Manifestações concomitantes (tudo que vem junto com a dor, mas que não são controladas – SNA) Ex: sudorese, palidez, taquicardia, náuseas
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