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Introdução à propedêutica e anamnese

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Propedêutica – aula 1
Introdução à propedêutica
 PROPEDÊUTICA CLÍNICA é o estudo dos↳
conhecimentos necessários para o aprendizado das
especialidades médicas.
 divide-se em: ↳
• semiologia estudo dos sinais e sintomas–
que conduzem a ideia de enfermidade
• sintomatologia estudo das síndromes (=–
conjuntos de sinais e sintomas de diferentes
causas)
- síndrome é um conjunto de sinais e
sintomas de diferentes causas
A medicina de hoje em dia 
1. Exames como parte do dia a dia, obrigatórios –
para a solicitação de exames é preciso ter critérios. 
Deve-se cuidar também com solicitação de exames 
no SUS, uma vez que se for solicitado um exame 
errado ou desnecessário o paciente deve enfrentar 
a fila novamente e a doença não espera.
2. Recursos tecnológicos os recursos tecnológicos –
estão disponíveis em grande quantidade hoje em dia,
mas com eles vem um custo, por exemplo o BRCA, 
para identificar a chance de câncer de mama e 
ovário em mulheres, contudo seu custo é muito alto
3. Tendência a especialização médicos tendem a –
se especializar até certo ponto se fizerem as 
especialidades ditas básicas 
4. Medicina em grupo: a relação inter-médicos –
muitas vezes os pacientes precisarão ser 
encaminhados a outros médicos especialistas e 
muitos médicos também nos encaminharão 
pacientes, então deve-se manter uma boa relação
5. O paciente convênio e o paciente público
6. A socialização da Medicina
7. A internet pacientes podem chegar ao –
consultório com diagnósticos prontos, com folhas 
impressas contendo informações sobre as doenças, 
mas isso deve ser investigado, nunca deixar de 
investigar diagnósticos prontos!
↳ Exames x Propedêutica:
• queixa pesquisa (Anam + ExF) → →
hipóteses exames→
• não esperar que o exame faça o diagnóstico
por ti
• preços
Estatística aplicada a medicina
↳ Probabilidade pré-teste (= contextualização)
• Acurácia: capacidade do exame evidenciar 
doença quando ela existe, e afastá-la 
quando ela não existe
- Sensibilidade: capacidade do teste de 
detectar a doença quando ela existe; 
rastreio. Esses tipo de testes tem como 
objetivo não passar a doença, são testes de
rastreio, contudo erram muitas vezes
- Especificidade: capacidade do teste de 
confirmar a presença da doença, não 
podem ser usados para rastreio, só 
confirmam UMA informação. É importante 
sempre procurar especificidade, porém 
nunca um exame vai ser 100% sensível ou 
100% específico
 primeiro se pede um teste sensível e depois um ↳
específico essas características formam a acurácia→
*** Padrão ouro: teste de maior acurácia, com o qual
os demais serão comparados; apresenta, também, 
imperfeições é o melhor teste que faz o –
diagnóstico de alguma doença, mas não é o mais 
utilizado
• Valor preditivo:
- Positivo: probabilidade da doença estar 
presente quando o teste é positivo
- Negativo: probabilidade da doença estar 
ausente quando o teste é negativo
 ↳ SAÚDE: OMS Estado de completo bem-estar →
social, físico e mental
↳ SINTOMAS queixas trazidas pelo paciente, →
subjetivas
 ↳ SINAIS fenômenos observados pelo médico, →
objetivos
*** Sinais e sintomas são definições intercambiáveis e
frequentemente confundidas que a prática médica 
assumiu, praticamente, como sinônimos.]
NÍVEIS DE ATENÇÃO:
• Primária: período pré-doença;
• Secundária: pós-doença, prevenção de 
danos;
• Terciária: pós danos, recuperação de 
sequelas;
TIPOS DE ENFERMIDADES
• Latente: alterações detectadas sem 
sintomatologia correspondente
Lara C. Micheletto TXX 01–
• Clínica: de evolução típica, seguem um 
curso pré determinado
• Atípica: fora do padrão esperado, ex: 
pneumonia sem tosse e febre
• Auto-limitada: de resolução espontânea
DIAGNÓSTICO
• Clínico: a partir da anamnese e exame físico
• Sindrômico: obtido a partir de sinais e 
sintomas, sem causa estabelecida;
• Anatômico: quando se delimita um local onde
concentra-se o problema;
• Funcional: distúrbio da função específica de 
um órgão, sem alteração demonstrável; (Sd. 
Intestino Irritável - caracterizada por dor 
abdominal difusa que piora com alimentação, 
obtém pouco ou algum alívio com o período
de jejum e nenhum exame mostra nada. 
Todos os exames estão normais, mas a 
pessoa tem essa distensibilidade álgica 
exacerbada do intestino, ela tem uma 
doença, mas não a repercussão dessa 
doença
**** Pegadinha: Diagnóstico funcional não pode ter 
nenhuma alteração demonstrável. Ex: Emagrecer ou 
engorda
• Etiológico: quando estabelece-se a causa da 
moléstia
• Anatomopatológico: obtido pela análise 
patológica da área afetada
• Imagenológico: a partir de exames de 
imagem
Abordando o paciente
PRINCÍPIOS DE HUTCHINSON:
1. Não seja rápido demais 
2. Não seja sagaz demais não tenha tanta certeza –
da sua primeira impressão
3. Não busque doenças raras é sempre mais –
provável encontrarmos uma doença comum com 
uma apresentação incomum, do que uma doença 
rara com uma apresentação comum, quando houver
outra opção as doenças raras nunca vão ser as 
primeiras escolhas
4. Não induza a anamnese para confirmar suas 
impressões iniciais: esteja pronto para mudar de ideia
a medida que a sua análise se desenvolve.
5. Não perca o interesse pelo diagnóstico 
6. Busque o mínimo de diagnósticos possíveis; 
procure agrupar os achados
em um diagnóstico único;
7. Não esteja demasiadamente seguro de si;
8. Mantenha-se impacial, sem ser tendencioso;
9. Não hesite em revisar seus achados e o 
diagnóstico;
Ética na prática médica
 impressões pessoas são muito levadas em conta↳
 as vontades e princípios dos pacientes fazem↳
parte da decisão de cada tratamento
 a Declaração de Genebra resume os preceitos↳
éticos
Relação médico-paciente
 Compreensão psico-dinâmica: papéis ativos e↳
passivos
 Princípios bioéticos: são pilares para as suas↳
atitudes
• Autonomia: consentimento informado, é a
capacidade de tomar decisões, será sempre
do paciente ou se for menor e incapaz, do
responsável por ele
• Beneficência ( caridade): é fazer o bem,≠
mas isso não quer dizer que seja uma
caridade
• Não-maleficência (primum non nocere): não
inflingir danos intencionalmente
• Sigilo: capacidade de manter informação
entre você e o paciente e a justiça a fim
de fazer o correto
• Justiça
• Vínculo = empatia e confiança;
- Foco no doente, não na doença;
Lara C. Micheletto TXX 01–
TERMOS IMPORTANTES:
• Transferência é o que o paciente projeta–
• Contra-transferência o que devolvemos–
• Resistência receber algo e não devolver–
da mesma forma
Tipos de médicos
 existem vários tipos de médicos↳
• Paternalista
• Agressivo (síndrome de Burnout)
• Inseguro
• Frustrado
• “Especialista” e Especialista
• Sem vocação
• “Rotulador” (‘diagnosticador’)
• Pessimista
• Otimista
• Autoritário
Tipos de Pacientes
• Ansioso
• Sugestionável
• Hipocondríaco
• Deprimido
• Que chora
• Eufórico
• Hostil
• Tímido
• Psicótico
• Grave
• Terminal (fases)
• Baixo QI
• Surdo-mudo
• Adolescente
• Idoso
Estudante de Medicina
• Jaleco, crachá, sapatos fechados, roupa 
reservada;
• Unhas curtas, cabelo preso;
• Discrição, respeito ao que for dito;
• Perguntas a beira do leito perguntas no ≠
consultório controlar-se com as perguntas –
uma vez que mais pessoas estarão junto, 
isso evita constrangimento
• Identificar-se como estudante;
• Chamar pelo nome (jamais pelo quarto/leito) 
 mostrar ar mais pessoal na hora de se –
dirigir
• Guardar discussões de prognóstico para 
ambientes mais reservados;
O método clínico
 existe uma ideia que ↳ há um TRIPÉ da prática
médica moderna
 professor prefere dizer que há uma bengala↳
canadense que tem 4 pernas: 
1. anamnese
2. exame físico
3. exame de imagem
4. exame de laboratório
 A medicina é, ao mesmo tempo, arte e ciência:↳
arte pelo que se aplica, e ciência pelo que se
conhece.
 todos são importantes para fazer um diagnóstico↳
e cada um tem o seu peso
A Entrevista Médica
 Ambiente propício ( HOO West ↳ ≠ ≠ ≠
Pantaneiro La Piova Club);≠
 Anotações, roteiros impressos,computadores;↳
Lara C. Micheletto TXX 01–
 Linguagem compreensível - nem sempre o↳
paciente responderá aquilo que se deseja, nem terá
facilidade em responder o que se pergunta.
 Regionalismos;↳
 Atentar-se a indícios subliminares;↳
 Controlar reações indutivas das respostas do↳
paciente; 
 Ouvir é uma arte; saber perguntar é sabedoria;↳
 Posição de fragilidade: embotamento,↳
introspecção, agressividade;
“Eu sei o que o/a senhor/a está sentindo”↳
- Sabe mesmo? Você já sentiu a mesma dor? Já
teve o mesmo diagnóstico?
 O “verborreico”↳
O Exame Físico
 ↳ Posição clássica: a direita do paciente; (algo 
flexível)
↳ Elementos básicos:
O diagnóstico
 Os paciente não procuram nos médicos um ↳
diagnóstico, um prognóstico, um tratamento.
 Os paciente procuram nos médicos a solução dos↳
seus problemas.
*** Doenças Raras: Mais provável a apresentação 
incomum de uma doença comum do que o inverso;
Um exemplo de diagnóstico:
 ↳ Mulher, 21 anos, refere aparecimento de nódulo 
indolor no pescoço.
• Analisando a idade e seleciona hipóteses 
diagnósticas: linfoma, Infecção, Colagenose
• Questiona sobre: febre, prurido, perda de 
peso, exposição a animais domésticos, 
tuberculose, artralgias, fenômeno de 
Raynaud.
• Examina a paciente: nódulo indolor, firme, 
de 3 cm, na cadeia cervical direita, baço 
impalpável, fígado impalpável, outros 
linfonodos impalpáveis
• Hemograma normal
• Biopsia Linfonodo: Linfoma de Hodgkin
• BMO e TCs normais
• Diagnóstico: Linfoma de Hodgkin estádio 
clínico I
• Tratamento: quimioterapia ou Radioterapia
Lara C. Micheletto TXX 01–
Propedêutica – aula 2
Anamnese
 “Só se acha o que se procura; só se procura o↳
que se conhece”
 a anamnese é a chance maior de fazer o↳
diagnóstico (56% dos diagnósticos), exame físico 17%
e o restante vem de exames complementares
o grande segredo da anamnese é a maneira pela↳
qual ela é conduzida., deve-se iniciar do geral para o
específico
Estratégias diagnósticas
1 reconhecimento–
 buscar um estereótipo típico•
 contato visual, olfatório, gustativo, auditivo ou tátil•
- se o indivíduo chegar ao consultório com sinais
característicos uma doença não é preciso fazer a
anamnese completa para saber o que ela apresenta.
É preciso ainda buscar a causa, mas visivelmente o
diagnóstico está feito
2 ramificação múltipla–
 uso raro no meio médico •
- só permite chegar a uma conclusão
 útil em triagens•
3 história completa–
 Técnica logo abandonada pelos mais experientes•
 utilizada mais com fins acadêmicos–
 Coletam-se muitos dados e informações•
 Dados = fatos•
 Informações = dados + conhecimento•
4 hipotética-dedutiva–
 A partir de uma ideia, levantam-se conclusões para•
serem confirmadas ou excluídas 
 internos levam em média 11 segundos para↳
obterem a primeira hipótese e acertam em média
5,5 hipóteses
 estudantes levam em média 10 segundos a mais↳
que os internos para obterem a primeira hipótese e
apresentam meia hipótese a mais para conseguir
chegar ao diagnóstico
 o diferencial entre os 2 grupos é a dinâmica para↳
chegar à resposta
A anamnese
 Anamnese ( ana = retorna; mnesis = memória);↳
 Interação entre médico e paciente;↳
 Fique certo de que será analisado também !!!↳
 Base de todo ato médico;↳
 diálogo conversa com objetivo;↳ ≠ →
 entrevista conversa com sensibilidade;↳ ≠ →
 Buscar construir uma história; não tomar a história↳
 Objetivo = BEM ESTAR do paciente↳
 Comunicação efetiva e habilidades relacionais;↳
- postura, gestos, expressões, tom de voz;
- evitar emitir julgamentos;
 Evitar pressa e pensamentos pré-concebidos;↳
- a pressa é o defeito de técnica mais grosseiro;
cuide para não transmiti-la;
- o erro inicial dificilmente será consertado na
sequência;
 Iniciante = “coletador” de informações;↳
 Estrutura ideal da Anamnese:↳
 FORMATO arcabouço estrutural pré-• →
determinado
 PROCESSO estrutura fluida; com habilidades• →
relacionais;
 Todas anamneses são iguais?↳
 • PACIENTES NOVOS = Anamnese completa ou
dirigida a especialidade
 • RETORNOS = Subjetivo / Objetivo / Avaliação /
Conduta
Lara C. Micheletto TXX 01–
 • EMERGÊNCIA = Dirigida ao melhor esclarecer
possível; em mais de 1 tempo
 Qual seu objetivo?↳
 Colher informações para seu preceptor ?•
 Formular hipóteses diagnósticas para seu•
paciente ?
 Nem sempre a primeira queixa do paciente será↳
a mais importante !!! 
 O paciente vai relatar o que está incomodando↳
RESUMO!
O que fazer em caso de paciente de retorno
 história se baseia em 4 pilares↳
1 subjetivo: é o que o paciente relata–
2 objetivo: o que o médico observa no paciente–
3 impressão ou avaliação: subjetivo + objetivo – →
o que o médico supõe de acordo com o que foi
apresentado e com o que ele observou
4 conduta: como o médico vai agir–
O que fazer em caso de consulta de emergência
 anamnese resumida que busca esclarecer o↳
máximo possível
A anamnese – Momentos tensos
 Curiosidade: “Quem é você?”•
 Ansiedade•
 Silêncio•
 Não acelere a quebra do silêncio.•
 Reflexão; pode possibilitar confissões;•
 Depressão / Choro•
 Sedução•
 Medo•
 Mentiras•
 Histórias fantasiosas•
Preliminares
 Revisão do Prontuário:↳
- Dados de identificação, evoluções anteriores,
motivo da avaliação...
- Você está pronto para se apresentar ao paciente?
 Ambiente:↳
- Acomodar-se no mesmo nível;
- Distância razoável: proximidade = intimismo;
distância = paralelismo
- Arejado, claro, privativo (dentro do possível);
- Bom ambiente promove vínculo;
 Comportamento e Aparência Pessoal:↳
- A análise de pormenores será mútua;
- Tenha o seu estilo de anamnese (rígido pra
permitir metodismos, mas flexível para
adaptar-se ao seu paciente);
- Jaleco, sapatos fechados, crachá de identificação,
roupas reservadas;
 Anotações:↳
- Sintomas-chave; “rascunho”;
- Centrar a atenção no paciente, e não no papel ou
na tela;
- JAMAIS faça anotações em momentos delicados;
 Cumprimentando o paciente:↳
- Apresente-se pelo nome, diga seu cargo;
- “seu”, “dona”, “sr”, “sra”, “vovó”, “vovô”, “mãe”, “pai”,
apelidos
- Cumprimente outras pessoas do local, pergunte
seu nome –
- DICA: não tente adivinhar nada....
 Situações desconfortáveis:↳
- Paciente com dor / dormindo / precisando ir ao
banheiro;
 Perguntas Iniciais:↳
- Do genérico ao específico: “Por que foi internado?”;
- Pergunta inadequada pode afunilar o raciocínio do
paciente;
- Concordar para não contrariar o médico;
- Não receba diagnósticos, quem tem de fazê-lo é
você !!!!
- Induzir respostas abertas. Evitar o ‘sim’ ou ‘não’;
- Uma pergunta de cada vez;
- Use uma linguagem que o paciente pode
compreender;
- Não adicionar diagnósticos na queixa principal
Semiotécnica da Anamnese
 ↳ Facilitação
- Encorajar o paciente a falar mais sobre o assunto
- “O que o sr. quer dizer com isso?”
 ↳ Reflexão
- Repetição das últimas palavras para forçar melhor
explicação e detalhamentos
 ↳ Esclarecimento
- Dissecar melhor a queixa do paciente;
- “To com dor em tal local” “Mas o que o sr. entende
de dor em tal local?”
- Procurar entender o que os pacientes falam, as
vezes não vão usar os termos corretos
Lara C. Micheletto TXX 01–
 ↳ Confrontação
- Questionar atitudes e relatos, quando a aparência
não é compatível com eles;
- “Você tem certeza disso?”
 ↳ Interpretação
- Resuma como está vendo o paciente
- “O sr me parece preocupado com estes exames”
 ↳ Resposta Empática
- Apoio emocional, por atitude ou olhar, ao que está
sendo referido
 ↳ Silêncio
- Momento de refletir;
- PERIGO: perder o controle da anamnese
- É preciso quebrar o silêncio
Como expandir os achados?
 Passar de perguntas abertas ↳ para perguntas
dirigidas;
- Cuide para não afogar o paciente: “Mas o Senhor
está evacuando sangue? / Sua dor é do tipo
‘pressão’?”
 ↳ Gradue a intensidade da queixa;
 Faça uma pergunta de ↳ cada vez;
 Se não houver condições de resposta↳
espontânea, dê várias opções de resposta;
 Peça que o ↳ paciente esclareça o que quer dizer;
- O que é prisãode ventre?
 Estimule conectivos discursivos; isto é, que ele↳
desenrole a queixa
Sugestão de anamnese completa
1 - Data da Anamnese (Data)
 Em casos dinâmicos (ex: UTI) acrescentar→
hora/turno uma vez que o quadro clínico desse
paciente pode se alterar muito rápido
2- Identificação (Id)
 2. 1 Identificação–
• idade, sexo (de nascimento), profissão
(existem doenças relacionadas a
determinadas profissões), situação conjugal,
religião (importante pelo fato de existirem
algumas questões éticas relacionadas com
religião, como testemunhas de jeová)
2.2 Fonte de Encaminhamento–
• nome, telefone, cidade, motivo (é importante
também para manter uma relação
interprofissional)
2.3 Fonte da Anamnese–
• mãe, pai, responsável
3 Queixa Principal (QP) / Motivo da Baixa (MB)–
• não colocar diagnóstico!!!
• se usar as palavras do paciente deve ser
colocado entre aspas ou escrever SIC após
escrever o que o paciente relatou
• é bem pontual
4 História da Doença Atual (HDA)–
• tem que ser feita em termos médicos
• localização
• irradiação (para onde vai)
• tipo da dor (com o que ela se parece em→
aperto, queimação, pulsante, em cólica)
• intensidade da dor (de 0 a 10)
• fator de melhora ou de piora
• duração
• sintomas associados
5 História Patológica Pregressa (HPP)–
• doenças da infância: algumas podem ter
repercussão na vida adulta
• tratamentos prolongados
• cirurgias prévias
6 História Pessoal (HP)–
• alergias
• se o paciente estiver desacordado e não
puder responder sobre as alergias então
deve-se fazer a conduta normal e correta
que geralmente é feita, contudo isso deve
ser anotado no protuário
• tabagismo e etilismo: deve sempre ser
perguntado e precisa saber como se
pergunta isso para o paciente
* carga tabágica: ajuda a saber quanto o paciente
está fumando número de maços de cigarros→
fumados por dia X o número de anos da pessoa que
fuma
* C.AG.E questionário que avalia dependência ao→
etilismo se duas respostas forem positivas o–
paciente tem 75% de sensiblidade e 95% de
especificidade de início ao alcoolismo
• pode-se calcular o volume de álcool ingerido
por meio de tabelas e quantidades
padronizadas
• drogas
• dieta
• vacina
• menarca/menopausa
• gravidez, parto, cesariana, abortos
• sono
• origem dos alimentos
• condições de saneamento
Lara C. Micheletto TXX 01–
7 História Familiar (HF)–
• considera até a terceira geração
• exames genéticos e sua importância para o
câncer
• perguntar de modo geral se existe alguma
doença que muitas gerações tem dentro da
família
8 Revisão dos Sistemas (RS)–
 se o paciente se queixar sobre algum sistema em→
específico, ex o pulmão é para serem feitas as
perguntas sobre sistema respiratório da revisão de
sistemas, ai quando chegar na parte da revisão de
sistemas dessa parte específica você pode colocar
“pulmão: vide HDA” porque tudo está no HDA sobre
esse sistema, já foi destrinchado
revisão geral!!!!
• febre
• peso
• astenia fraqueza–
• sudorese (suor excessivo)
• calafrios
• câimbras
pele e fâneros
• sensibilidade alterada
• prurido
• feridas que não cicatrizam
• queda de cabelo (relacionada a vários
motivos como estresse, deficiência de
vitaminas, doenças hormonais,
hipotireoidismo, etc
• unhas quebradiças (doenças de colágeno,
insuficiência renal)
• pelos em maior quantidade
• palidez, cianose, rubor
olhos
• uso de óculos ou lentes
• qualidade visual
• cefaleia que piora ao uso excessivo da visão
ao longo do dia
• dor no olho (glaucoma)
• alergias
• sensação de corpo estranho
• conjuntivite
• lacrimejamento
• xeroftalmia (olho seco ou síndrome de
sjogren doença reumática caracterizada–
por auto anticorpos contra glândulas lacrimais
e salivares, apresenta sinais como olho e
boca seca
• diplopia (visão dupla pode ser por tumores–
cerebrais, contusão cerebral, etc)
• discromopsia ou daltonismo
• amaurose (perda total ou parcial da visão
• fotofobia (aversão a luz, existe um tipo de
conjuntivite assim, o olho sente muita dor ao
ter exposição da luz)
• escotoma (mosca volante pontos pretos–
que ficam na visão é o fluxo de sangue–
passando pelo fundo do olho a todo
momento)
ouvido
• dor de ouvido
• otorragia saída de secreção hemorrágica–
• otorreia saída de secreção dos ouvidos–
(importante pedir a cor e o cheiro)
• zumbidos (acufenos termo correto)–
• vertigem (pode ser objetivo quando os
objetos ficam girando e subjetivo quando o
indivíduo que fica girando, este acompanha
quadros como labirintite)
nariz
• coceira
• dor
• espirro (em salva pode ser rinite)
• rinorreia (secreção pelo nariz)
• epistaxes (saída de secreção sanguinolenta
pelo nariz)
• rinolalia (voz anasalada pessoas fanhas)–
• cacosmia (alguém que sente cheiro ruim
onde estiver)
• hiperosmia (pessoas que tem melhor
capacidade para sentir cheiros)
• hiposmia (oposto de hiperosmia é a–
pessoa que tem menor capacidade para
sentir cheiros)
• anosmia (perda do olfato)
cavidade bucal
• dor
• uso de prótese
• hiperfagia e hipofagia aumento e–
diminuição da vontade de comer
• sialorreia excesso de saliva–
• halitose mau hálito–
• lesões na cavidade oral
Lara C. Micheletto TXX 01–
• sangramentos na cavidade oral com úlceras
orais (aftas)
faringe
• dor
• queimação
• otodinia (dor na região da faringe que
ocorre em direção ao pé do ouvido)
• alteração para se alimentar (disfagia)
• dispneia
• tosse
• ronco
laringe
• disfonia
• afonia
• rouquidão
• dificuldade de fala
tireoide
• ao deitar tem a sensação de compressão no
pescoço e dispneia
tórax-parede
• dor ventilatório-dependente
• alteração de forma
• dispneia
pulmão
• hemoptise: eliminação de sangue
proveniente da via respiratória
• vômica: expulsão por meio de tosse de um
alimento purulento muito evidente pela boca
• dispneia
• chiados
• roncos
LEMBRANDO!!!
 hemoptise: sangue proveniente da vai respiratória→
 hematêmese: sangue proveniente da via→
digestória
diafragma e mediastino
• dor
• soluços (os que não passam podem estar
relacionados com lesões no diafragma, pode
ser abcesso subfrênico ou lesão do trajeto
frênico)
mamas
• dor
• nódulos
• secreção mamilar: pode ser espontânea ou
não pedir qual é a cor, se tem cheiro–
específico, etc
esôfago
• dor durante o trajeto do esôfago
• disfagia: dificuldade ao engolir, pode ser
progressiva (faz o paciente procurar
alimentos cada vez mais líquidos) e é o
principal sintoma do câncer de esôfago que
pode ser curado se for detectado no início
• pirose: queimação na região do esôfago
• eructação: arrotos
• hematêmese: sangue proveniente da via
digestória que sai pela boca
• sialorreia: hipersalivação
coração
• dor
• palpitação (percepção do batimento
cardíaco pode ser por ansiedade ou–
qualquer outra doença do coração mesmo)
• dispneia
• dispneia paroxística noturna característica–
de deficiência cardíaca do ventrículo
esquerdo
falta de ar
 existem vários termos para caracterizar falta de→
ar!!!
• eupneia: respiração normal
• polipneia: aumenta intensidade respiratória
• taquipneia: aumenta a frequência respiratória
• bradipneia: diminui frequência respiratória
• ortopneia: dispneia quando sentado
• dispneia de decúbito: dispneia ao se deitar e
melhora quando assume a posição
ortostática (em pé)
• trepopneia: dispneia ao se deitar de lado
• platipneia: dispneia em posição ortostática
• apneia: parada temporária da respiração
• hipopneia: é qualquer diminuição na
respiração, seja na frequência ou na
intensidade
parede abdominal
• dor
• hérnias
estômago
• dor
Lara C. Micheletto TXX 01–
• náuseas e vômitos
• hematêmese
• disfagia progressiva (cânceres proximais do
estômago)
intestino delgado
• dor
• flatulência
• distensão
• esteatorreia fezes com gordura boiam– →
na água com gotículas de gordura (pode
indicar problemas no pâncreas, uma vez que
ele produz lipasepara digerir gordura ou no
intestino
• enterorragia sangue nas fezes melena,– –
existem dois tipos
- associada ao intestino delgado:
normalmente melena, eliminação fecal de
sangue e fezes completamente misturados
em uma apresentação só, coloração preta,
mal cheiroso e ferve na presença de água
oxigenada
- associada ao intestino grosso: normalmente
hematoquesia encontramos duas fases–
diferentes (fezes+sangue), não está
misturado, pois o sangue saiu do intestino
grosso e não teve tempo de se misturar
cólon, reto e ânus
• dor
• prurido anal (a causa mais comum não é
verme, mas sim a cicatrização de
granulomas, pequenos abcessos e feridas)
• fezes: cor, formato (se for em fita pode
significar câncer de reto ou canal anal),
consistência, frequência 
• tenesmo: desejo frustrado, pessoa tem
vontade e não consegue fazer ou faz muito
pouco, pode ser digestivo ou urinário
• acolia: fezes sem cor o que promove cor–
às fezes é a bilirrubina, se não houver
migração da bilirrubina em direção a 2ª
porção do duodeno, ela vai para o sangue e
as fezes ficam brancas (se isso ocorrer na
urina o nome é colúria, uma vez que a
bilirrubina vai parar no sangue, o rim filtra e a
urina sai preta)
fígado, vias biliares e pâncreas
• colúria urina com coloração escura–
• acolia
• icterícia: coloração amarelada
rins e vias urinárias
• dor
• incontinência urinária
• retenção
• disúria alterações para urinar que pode ser–
acompanhada de dor
• poliúria (aumento na frequência urinária –
fazer muito xixi)
• polaciúria (aumento da frequência urinária
sem aumentar a quantidade de urina o–
tempo todo fazendo xixi em pequenas
quantidades)
• noctúria (alterações na urina durante o dia)
• nictúria (inversão do padrão da urina urinar–
mais de noite que de dia ou ao contrário)
• hematúria: sangue na urina
• edema: inchaço
genitais masculinos
• dor, lesão e prurido
• priapismo quando sobe e não desce mais–
(trombose do corpo cavernoso)
• corrimento da uretra
• alterações na ereção
• anorgasmia (alteração nos orgasmos)
• alterações endócrinas (de humor, depressão)
• doenças penianas (doença de peyronie)
• hemospermia (perder sangue junto da
ejaculação pode ocorrer pelo chute dos–
testículos)
• alterações no jato urinário pode ser–
causado por doenças prostáticas
genitais femininos
• tensão e outros fatores pré-menstruais e da
menopausa
• dispareunia: dor quando o pênis é introduzido
e pode ser de 2 tipos:
- fúndica: quando bate lá no fundo
(endometriose)
- introito: quando inicia (alterações hormonais,
sangramento vaginal, perda da flora vaginal)
• corrimento: pedir sobre cor, cheiro e prurido
associado
- verde e amarelo: trichomonas
- coceira: cândida
- mal cheiro: gardnerella
• amenorreia: ausência de menstruação e
pode ser de 2 tipos
Lara C. Micheletto TXX 01–
- primária: nunca menstruou, pode ser por
agenesia do útero, hímen, alterações
hormonais, etc
- secundária: por conta de gravidez
• oligomenorreia: poucos ciclos menstruais e
longos intervalos entre eles
• polimenorreia: muitos ciclos menstruais e
pouco intervalo entre eles
• hipomenorreia: pouco volume de sangue por
ciclo
• hipermenorreia: muito volume de sangue
por ciclo em intervalos irregulares
• dismenorreia: cólica durante ou antes da
menstruação
• menostase: parada repentina e brusca da
menstruação
• metrorragia: menstruação fora do período
esperado (escape)
hemato-linfopoiético
• astenia -fraqueza
• febre
• sudorese noturna
• icterícia
• etilista
• normocorado/hipocorado/hipercorado
• adeno, espleno e hepatomegalias
• petéquias - pequenas manchas vermelhas ou
marrom que surgem geralmente 
aglomeradas
• equimoses hematomas–
• eritemas
• palidez
neurológico
• estado de consciência
• cefaleia
• tontura/vertigem
• equilíbrio
• memória
• amnesia
• força
• sensibilidade
• coordenação motora
• convulsões
músculo-articular
• dor articular
• rigidez matinal
• deformidades
• crepitação ao estender o joelho ele estala,–
por ex jogadores de vôlei e basquete que
pulam bastante
• atrofia muscular
• espasmo
• limitação de movimentos
alteração de artérias e veias
linfáticas
• dor no trajeto de vasos
• adenomegalias
• claudicação dor ao andar–
• formigamentos
• edema, calor e rubor
• frio e palidez
• varizes
endócrino
 → hipófise
• galactorreia
• alterações visuais
• poliúrias
 → tireoide
• rouquidão
• disfagia
• dispneia
• sufocamento ao decúbito dorsal
• sudorese, taquicardia, tremor, irritabilidade,
diarreia (hipertireoidismo)
• frio excessivo, ganho de peso, sonolência,
obstipação, pele seca, bradicardia
 → paratireoide
• espasmos musculares, arritmias, queda de
cabelos, unhas fracas
 → adrenal
• ganho de peso, astenia, infertilidade, HAS,
poliúria, polifagia, polidipsia
• anorexia, náuseas, hiperpigmentação da pele
Treinando diagnósticos – dor
torácica
R: infarto agudo do miocárdio
Lara C. Micheletto TXX 01–
R: dissecção de aorta
 crise de hipertensão piora relação com sistema↳ –
cardiovascular
 dor no tórax que irradia para as costas é muito↳
característica
R: pneumonia 
 doi porque o pulmão já se estendeu até a pleura↳
na pneumonia e o processo infeccioso chegou,
começa a dor no tórax
R: doença do refluxo gastroesofágico
R: ansiedade
R: pericardite
 paciente relatou infecção de vias aéreas inferiores↳
tipo resfriado há um tempo atrás, isso é
importante!!!!
 são poucas as coisas que melhoram com a↳
inclinação do tronco para frente posição–
genupeitoral ou prece maometana (paciente se
agacha, põe as mãos no chão e fica de joelhos
 prece maometana é característica de pancreatite↳
aguda (não é o caso) e de pericardite aguda
(diagnóstico)
Lara C. Micheletto TXX 01–

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