Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Propedêutica – aula 1 Introdução à propedêutica PROPEDÊUTICA CLÍNICA é o estudo dos↳ conhecimentos necessários para o aprendizado das especialidades médicas. divide-se em: ↳ • semiologia estudo dos sinais e sintomas– que conduzem a ideia de enfermidade • sintomatologia estudo das síndromes (=– conjuntos de sinais e sintomas de diferentes causas) - síndrome é um conjunto de sinais e sintomas de diferentes causas A medicina de hoje em dia 1. Exames como parte do dia a dia, obrigatórios – para a solicitação de exames é preciso ter critérios. Deve-se cuidar também com solicitação de exames no SUS, uma vez que se for solicitado um exame errado ou desnecessário o paciente deve enfrentar a fila novamente e a doença não espera. 2. Recursos tecnológicos os recursos tecnológicos – estão disponíveis em grande quantidade hoje em dia, mas com eles vem um custo, por exemplo o BRCA, para identificar a chance de câncer de mama e ovário em mulheres, contudo seu custo é muito alto 3. Tendência a especialização médicos tendem a – se especializar até certo ponto se fizerem as especialidades ditas básicas 4. Medicina em grupo: a relação inter-médicos – muitas vezes os pacientes precisarão ser encaminhados a outros médicos especialistas e muitos médicos também nos encaminharão pacientes, então deve-se manter uma boa relação 5. O paciente convênio e o paciente público 6. A socialização da Medicina 7. A internet pacientes podem chegar ao – consultório com diagnósticos prontos, com folhas impressas contendo informações sobre as doenças, mas isso deve ser investigado, nunca deixar de investigar diagnósticos prontos! ↳ Exames x Propedêutica: • queixa pesquisa (Anam + ExF) → → hipóteses exames→ • não esperar que o exame faça o diagnóstico por ti • preços Estatística aplicada a medicina ↳ Probabilidade pré-teste (= contextualização) • Acurácia: capacidade do exame evidenciar doença quando ela existe, e afastá-la quando ela não existe - Sensibilidade: capacidade do teste de detectar a doença quando ela existe; rastreio. Esses tipo de testes tem como objetivo não passar a doença, são testes de rastreio, contudo erram muitas vezes - Especificidade: capacidade do teste de confirmar a presença da doença, não podem ser usados para rastreio, só confirmam UMA informação. É importante sempre procurar especificidade, porém nunca um exame vai ser 100% sensível ou 100% específico primeiro se pede um teste sensível e depois um ↳ específico essas características formam a acurácia→ *** Padrão ouro: teste de maior acurácia, com o qual os demais serão comparados; apresenta, também, imperfeições é o melhor teste que faz o – diagnóstico de alguma doença, mas não é o mais utilizado • Valor preditivo: - Positivo: probabilidade da doença estar presente quando o teste é positivo - Negativo: probabilidade da doença estar ausente quando o teste é negativo ↳ SAÚDE: OMS Estado de completo bem-estar → social, físico e mental ↳ SINTOMAS queixas trazidas pelo paciente, → subjetivas ↳ SINAIS fenômenos observados pelo médico, → objetivos *** Sinais e sintomas são definições intercambiáveis e frequentemente confundidas que a prática médica assumiu, praticamente, como sinônimos.] NÍVEIS DE ATENÇÃO: • Primária: período pré-doença; • Secundária: pós-doença, prevenção de danos; • Terciária: pós danos, recuperação de sequelas; TIPOS DE ENFERMIDADES • Latente: alterações detectadas sem sintomatologia correspondente Lara C. Micheletto TXX 01– • Clínica: de evolução típica, seguem um curso pré determinado • Atípica: fora do padrão esperado, ex: pneumonia sem tosse e febre • Auto-limitada: de resolução espontânea DIAGNÓSTICO • Clínico: a partir da anamnese e exame físico • Sindrômico: obtido a partir de sinais e sintomas, sem causa estabelecida; • Anatômico: quando se delimita um local onde concentra-se o problema; • Funcional: distúrbio da função específica de um órgão, sem alteração demonstrável; (Sd. Intestino Irritável - caracterizada por dor abdominal difusa que piora com alimentação, obtém pouco ou algum alívio com o período de jejum e nenhum exame mostra nada. Todos os exames estão normais, mas a pessoa tem essa distensibilidade álgica exacerbada do intestino, ela tem uma doença, mas não a repercussão dessa doença **** Pegadinha: Diagnóstico funcional não pode ter nenhuma alteração demonstrável. Ex: Emagrecer ou engorda • Etiológico: quando estabelece-se a causa da moléstia • Anatomopatológico: obtido pela análise patológica da área afetada • Imagenológico: a partir de exames de imagem Abordando o paciente PRINCÍPIOS DE HUTCHINSON: 1. Não seja rápido demais 2. Não seja sagaz demais não tenha tanta certeza – da sua primeira impressão 3. Não busque doenças raras é sempre mais – provável encontrarmos uma doença comum com uma apresentação incomum, do que uma doença rara com uma apresentação comum, quando houver outra opção as doenças raras nunca vão ser as primeiras escolhas 4. Não induza a anamnese para confirmar suas impressões iniciais: esteja pronto para mudar de ideia a medida que a sua análise se desenvolve. 5. Não perca o interesse pelo diagnóstico 6. Busque o mínimo de diagnósticos possíveis; procure agrupar os achados em um diagnóstico único; 7. Não esteja demasiadamente seguro de si; 8. Mantenha-se impacial, sem ser tendencioso; 9. Não hesite em revisar seus achados e o diagnóstico; Ética na prática médica impressões pessoas são muito levadas em conta↳ as vontades e princípios dos pacientes fazem↳ parte da decisão de cada tratamento a Declaração de Genebra resume os preceitos↳ éticos Relação médico-paciente Compreensão psico-dinâmica: papéis ativos e↳ passivos Princípios bioéticos: são pilares para as suas↳ atitudes • Autonomia: consentimento informado, é a capacidade de tomar decisões, será sempre do paciente ou se for menor e incapaz, do responsável por ele • Beneficência ( caridade): é fazer o bem,≠ mas isso não quer dizer que seja uma caridade • Não-maleficência (primum non nocere): não inflingir danos intencionalmente • Sigilo: capacidade de manter informação entre você e o paciente e a justiça a fim de fazer o correto • Justiça • Vínculo = empatia e confiança; - Foco no doente, não na doença; Lara C. Micheletto TXX 01– TERMOS IMPORTANTES: • Transferência é o que o paciente projeta– • Contra-transferência o que devolvemos– • Resistência receber algo e não devolver– da mesma forma Tipos de médicos existem vários tipos de médicos↳ • Paternalista • Agressivo (síndrome de Burnout) • Inseguro • Frustrado • “Especialista” e Especialista • Sem vocação • “Rotulador” (‘diagnosticador’) • Pessimista • Otimista • Autoritário Tipos de Pacientes • Ansioso • Sugestionável • Hipocondríaco • Deprimido • Que chora • Eufórico • Hostil • Tímido • Psicótico • Grave • Terminal (fases) • Baixo QI • Surdo-mudo • Adolescente • Idoso Estudante de Medicina • Jaleco, crachá, sapatos fechados, roupa reservada; • Unhas curtas, cabelo preso; • Discrição, respeito ao que for dito; • Perguntas a beira do leito perguntas no ≠ consultório controlar-se com as perguntas – uma vez que mais pessoas estarão junto, isso evita constrangimento • Identificar-se como estudante; • Chamar pelo nome (jamais pelo quarto/leito) mostrar ar mais pessoal na hora de se – dirigir • Guardar discussões de prognóstico para ambientes mais reservados; O método clínico existe uma ideia que ↳ há um TRIPÉ da prática médica moderna professor prefere dizer que há uma bengala↳ canadense que tem 4 pernas: 1. anamnese 2. exame físico 3. exame de imagem 4. exame de laboratório A medicina é, ao mesmo tempo, arte e ciência:↳ arte pelo que se aplica, e ciência pelo que se conhece. todos são importantes para fazer um diagnóstico↳ e cada um tem o seu peso A Entrevista Médica Ambiente propício ( HOO West ↳ ≠ ≠ ≠ Pantaneiro La Piova Club);≠ Anotações, roteiros impressos,computadores;↳ Lara C. Micheletto TXX 01– Linguagem compreensível - nem sempre o↳ paciente responderá aquilo que se deseja, nem terá facilidade em responder o que se pergunta. Regionalismos;↳ Atentar-se a indícios subliminares;↳ Controlar reações indutivas das respostas do↳ paciente; Ouvir é uma arte; saber perguntar é sabedoria;↳ Posição de fragilidade: embotamento,↳ introspecção, agressividade; “Eu sei o que o/a senhor/a está sentindo”↳ - Sabe mesmo? Você já sentiu a mesma dor? Já teve o mesmo diagnóstico? O “verborreico”↳ O Exame Físico ↳ Posição clássica: a direita do paciente; (algo flexível) ↳ Elementos básicos: O diagnóstico Os paciente não procuram nos médicos um ↳ diagnóstico, um prognóstico, um tratamento. Os paciente procuram nos médicos a solução dos↳ seus problemas. *** Doenças Raras: Mais provável a apresentação incomum de uma doença comum do que o inverso; Um exemplo de diagnóstico: ↳ Mulher, 21 anos, refere aparecimento de nódulo indolor no pescoço. • Analisando a idade e seleciona hipóteses diagnósticas: linfoma, Infecção, Colagenose • Questiona sobre: febre, prurido, perda de peso, exposição a animais domésticos, tuberculose, artralgias, fenômeno de Raynaud. • Examina a paciente: nódulo indolor, firme, de 3 cm, na cadeia cervical direita, baço impalpável, fígado impalpável, outros linfonodos impalpáveis • Hemograma normal • Biopsia Linfonodo: Linfoma de Hodgkin • BMO e TCs normais • Diagnóstico: Linfoma de Hodgkin estádio clínico I • Tratamento: quimioterapia ou Radioterapia Lara C. Micheletto TXX 01– Propedêutica – aula 2 Anamnese “Só se acha o que se procura; só se procura o↳ que se conhece” a anamnese é a chance maior de fazer o↳ diagnóstico (56% dos diagnósticos), exame físico 17% e o restante vem de exames complementares o grande segredo da anamnese é a maneira pela↳ qual ela é conduzida., deve-se iniciar do geral para o específico Estratégias diagnósticas 1 reconhecimento– buscar um estereótipo típico• contato visual, olfatório, gustativo, auditivo ou tátil• - se o indivíduo chegar ao consultório com sinais característicos uma doença não é preciso fazer a anamnese completa para saber o que ela apresenta. É preciso ainda buscar a causa, mas visivelmente o diagnóstico está feito 2 ramificação múltipla– uso raro no meio médico • - só permite chegar a uma conclusão útil em triagens• 3 história completa– Técnica logo abandonada pelos mais experientes• utilizada mais com fins acadêmicos– Coletam-se muitos dados e informações• Dados = fatos• Informações = dados + conhecimento• 4 hipotética-dedutiva– A partir de uma ideia, levantam-se conclusões para• serem confirmadas ou excluídas internos levam em média 11 segundos para↳ obterem a primeira hipótese e acertam em média 5,5 hipóteses estudantes levam em média 10 segundos a mais↳ que os internos para obterem a primeira hipótese e apresentam meia hipótese a mais para conseguir chegar ao diagnóstico o diferencial entre os 2 grupos é a dinâmica para↳ chegar à resposta A anamnese Anamnese ( ana = retorna; mnesis = memória);↳ Interação entre médico e paciente;↳ Fique certo de que será analisado também !!!↳ Base de todo ato médico;↳ diálogo conversa com objetivo;↳ ≠ → entrevista conversa com sensibilidade;↳ ≠ → Buscar construir uma história; não tomar a história↳ Objetivo = BEM ESTAR do paciente↳ Comunicação efetiva e habilidades relacionais;↳ - postura, gestos, expressões, tom de voz; - evitar emitir julgamentos; Evitar pressa e pensamentos pré-concebidos;↳ - a pressa é o defeito de técnica mais grosseiro; cuide para não transmiti-la; - o erro inicial dificilmente será consertado na sequência; Iniciante = “coletador” de informações;↳ Estrutura ideal da Anamnese:↳ FORMATO arcabouço estrutural pré-• → determinado PROCESSO estrutura fluida; com habilidades• → relacionais; Todas anamneses são iguais?↳ • PACIENTES NOVOS = Anamnese completa ou dirigida a especialidade • RETORNOS = Subjetivo / Objetivo / Avaliação / Conduta Lara C. Micheletto TXX 01– • EMERGÊNCIA = Dirigida ao melhor esclarecer possível; em mais de 1 tempo Qual seu objetivo?↳ Colher informações para seu preceptor ?• Formular hipóteses diagnósticas para seu• paciente ? Nem sempre a primeira queixa do paciente será↳ a mais importante !!! O paciente vai relatar o que está incomodando↳ RESUMO! O que fazer em caso de paciente de retorno história se baseia em 4 pilares↳ 1 subjetivo: é o que o paciente relata– 2 objetivo: o que o médico observa no paciente– 3 impressão ou avaliação: subjetivo + objetivo – → o que o médico supõe de acordo com o que foi apresentado e com o que ele observou 4 conduta: como o médico vai agir– O que fazer em caso de consulta de emergência anamnese resumida que busca esclarecer o↳ máximo possível A anamnese – Momentos tensos Curiosidade: “Quem é você?”• Ansiedade• Silêncio• Não acelere a quebra do silêncio.• Reflexão; pode possibilitar confissões;• Depressão / Choro• Sedução• Medo• Mentiras• Histórias fantasiosas• Preliminares Revisão do Prontuário:↳ - Dados de identificação, evoluções anteriores, motivo da avaliação... - Você está pronto para se apresentar ao paciente? Ambiente:↳ - Acomodar-se no mesmo nível; - Distância razoável: proximidade = intimismo; distância = paralelismo - Arejado, claro, privativo (dentro do possível); - Bom ambiente promove vínculo; Comportamento e Aparência Pessoal:↳ - A análise de pormenores será mútua; - Tenha o seu estilo de anamnese (rígido pra permitir metodismos, mas flexível para adaptar-se ao seu paciente); - Jaleco, sapatos fechados, crachá de identificação, roupas reservadas; Anotações:↳ - Sintomas-chave; “rascunho”; - Centrar a atenção no paciente, e não no papel ou na tela; - JAMAIS faça anotações em momentos delicados; Cumprimentando o paciente:↳ - Apresente-se pelo nome, diga seu cargo; - “seu”, “dona”, “sr”, “sra”, “vovó”, “vovô”, “mãe”, “pai”, apelidos - Cumprimente outras pessoas do local, pergunte seu nome – - DICA: não tente adivinhar nada.... Situações desconfortáveis:↳ - Paciente com dor / dormindo / precisando ir ao banheiro; Perguntas Iniciais:↳ - Do genérico ao específico: “Por que foi internado?”; - Pergunta inadequada pode afunilar o raciocínio do paciente; - Concordar para não contrariar o médico; - Não receba diagnósticos, quem tem de fazê-lo é você !!!! - Induzir respostas abertas. Evitar o ‘sim’ ou ‘não’; - Uma pergunta de cada vez; - Use uma linguagem que o paciente pode compreender; - Não adicionar diagnósticos na queixa principal Semiotécnica da Anamnese ↳ Facilitação - Encorajar o paciente a falar mais sobre o assunto - “O que o sr. quer dizer com isso?” ↳ Reflexão - Repetição das últimas palavras para forçar melhor explicação e detalhamentos ↳ Esclarecimento - Dissecar melhor a queixa do paciente; - “To com dor em tal local” “Mas o que o sr. entende de dor em tal local?” - Procurar entender o que os pacientes falam, as vezes não vão usar os termos corretos Lara C. Micheletto TXX 01– ↳ Confrontação - Questionar atitudes e relatos, quando a aparência não é compatível com eles; - “Você tem certeza disso?” ↳ Interpretação - Resuma como está vendo o paciente - “O sr me parece preocupado com estes exames” ↳ Resposta Empática - Apoio emocional, por atitude ou olhar, ao que está sendo referido ↳ Silêncio - Momento de refletir; - PERIGO: perder o controle da anamnese - É preciso quebrar o silêncio Como expandir os achados? Passar de perguntas abertas ↳ para perguntas dirigidas; - Cuide para não afogar o paciente: “Mas o Senhor está evacuando sangue? / Sua dor é do tipo ‘pressão’?” ↳ Gradue a intensidade da queixa; Faça uma pergunta de ↳ cada vez; Se não houver condições de resposta↳ espontânea, dê várias opções de resposta; Peça que o ↳ paciente esclareça o que quer dizer; - O que é prisãode ventre? Estimule conectivos discursivos; isto é, que ele↳ desenrole a queixa Sugestão de anamnese completa 1 - Data da Anamnese (Data) Em casos dinâmicos (ex: UTI) acrescentar→ hora/turno uma vez que o quadro clínico desse paciente pode se alterar muito rápido 2- Identificação (Id) 2. 1 Identificação– • idade, sexo (de nascimento), profissão (existem doenças relacionadas a determinadas profissões), situação conjugal, religião (importante pelo fato de existirem algumas questões éticas relacionadas com religião, como testemunhas de jeová) 2.2 Fonte de Encaminhamento– • nome, telefone, cidade, motivo (é importante também para manter uma relação interprofissional) 2.3 Fonte da Anamnese– • mãe, pai, responsável 3 Queixa Principal (QP) / Motivo da Baixa (MB)– • não colocar diagnóstico!!! • se usar as palavras do paciente deve ser colocado entre aspas ou escrever SIC após escrever o que o paciente relatou • é bem pontual 4 História da Doença Atual (HDA)– • tem que ser feita em termos médicos • localização • irradiação (para onde vai) • tipo da dor (com o que ela se parece em→ aperto, queimação, pulsante, em cólica) • intensidade da dor (de 0 a 10) • fator de melhora ou de piora • duração • sintomas associados 5 História Patológica Pregressa (HPP)– • doenças da infância: algumas podem ter repercussão na vida adulta • tratamentos prolongados • cirurgias prévias 6 História Pessoal (HP)– • alergias • se o paciente estiver desacordado e não puder responder sobre as alergias então deve-se fazer a conduta normal e correta que geralmente é feita, contudo isso deve ser anotado no protuário • tabagismo e etilismo: deve sempre ser perguntado e precisa saber como se pergunta isso para o paciente * carga tabágica: ajuda a saber quanto o paciente está fumando número de maços de cigarros→ fumados por dia X o número de anos da pessoa que fuma * C.AG.E questionário que avalia dependência ao→ etilismo se duas respostas forem positivas o– paciente tem 75% de sensiblidade e 95% de especificidade de início ao alcoolismo • pode-se calcular o volume de álcool ingerido por meio de tabelas e quantidades padronizadas • drogas • dieta • vacina • menarca/menopausa • gravidez, parto, cesariana, abortos • sono • origem dos alimentos • condições de saneamento Lara C. Micheletto TXX 01– 7 História Familiar (HF)– • considera até a terceira geração • exames genéticos e sua importância para o câncer • perguntar de modo geral se existe alguma doença que muitas gerações tem dentro da família 8 Revisão dos Sistemas (RS)– se o paciente se queixar sobre algum sistema em→ específico, ex o pulmão é para serem feitas as perguntas sobre sistema respiratório da revisão de sistemas, ai quando chegar na parte da revisão de sistemas dessa parte específica você pode colocar “pulmão: vide HDA” porque tudo está no HDA sobre esse sistema, já foi destrinchado revisão geral!!!! • febre • peso • astenia fraqueza– • sudorese (suor excessivo) • calafrios • câimbras pele e fâneros • sensibilidade alterada • prurido • feridas que não cicatrizam • queda de cabelo (relacionada a vários motivos como estresse, deficiência de vitaminas, doenças hormonais, hipotireoidismo, etc • unhas quebradiças (doenças de colágeno, insuficiência renal) • pelos em maior quantidade • palidez, cianose, rubor olhos • uso de óculos ou lentes • qualidade visual • cefaleia que piora ao uso excessivo da visão ao longo do dia • dor no olho (glaucoma) • alergias • sensação de corpo estranho • conjuntivite • lacrimejamento • xeroftalmia (olho seco ou síndrome de sjogren doença reumática caracterizada– por auto anticorpos contra glândulas lacrimais e salivares, apresenta sinais como olho e boca seca • diplopia (visão dupla pode ser por tumores– cerebrais, contusão cerebral, etc) • discromopsia ou daltonismo • amaurose (perda total ou parcial da visão • fotofobia (aversão a luz, existe um tipo de conjuntivite assim, o olho sente muita dor ao ter exposição da luz) • escotoma (mosca volante pontos pretos– que ficam na visão é o fluxo de sangue– passando pelo fundo do olho a todo momento) ouvido • dor de ouvido • otorragia saída de secreção hemorrágica– • otorreia saída de secreção dos ouvidos– (importante pedir a cor e o cheiro) • zumbidos (acufenos termo correto)– • vertigem (pode ser objetivo quando os objetos ficam girando e subjetivo quando o indivíduo que fica girando, este acompanha quadros como labirintite) nariz • coceira • dor • espirro (em salva pode ser rinite) • rinorreia (secreção pelo nariz) • epistaxes (saída de secreção sanguinolenta pelo nariz) • rinolalia (voz anasalada pessoas fanhas)– • cacosmia (alguém que sente cheiro ruim onde estiver) • hiperosmia (pessoas que tem melhor capacidade para sentir cheiros) • hiposmia (oposto de hiperosmia é a– pessoa que tem menor capacidade para sentir cheiros) • anosmia (perda do olfato) cavidade bucal • dor • uso de prótese • hiperfagia e hipofagia aumento e– diminuição da vontade de comer • sialorreia excesso de saliva– • halitose mau hálito– • lesões na cavidade oral Lara C. Micheletto TXX 01– • sangramentos na cavidade oral com úlceras orais (aftas) faringe • dor • queimação • otodinia (dor na região da faringe que ocorre em direção ao pé do ouvido) • alteração para se alimentar (disfagia) • dispneia • tosse • ronco laringe • disfonia • afonia • rouquidão • dificuldade de fala tireoide • ao deitar tem a sensação de compressão no pescoço e dispneia tórax-parede • dor ventilatório-dependente • alteração de forma • dispneia pulmão • hemoptise: eliminação de sangue proveniente da via respiratória • vômica: expulsão por meio de tosse de um alimento purulento muito evidente pela boca • dispneia • chiados • roncos LEMBRANDO!!! hemoptise: sangue proveniente da vai respiratória→ hematêmese: sangue proveniente da via→ digestória diafragma e mediastino • dor • soluços (os que não passam podem estar relacionados com lesões no diafragma, pode ser abcesso subfrênico ou lesão do trajeto frênico) mamas • dor • nódulos • secreção mamilar: pode ser espontânea ou não pedir qual é a cor, se tem cheiro– específico, etc esôfago • dor durante o trajeto do esôfago • disfagia: dificuldade ao engolir, pode ser progressiva (faz o paciente procurar alimentos cada vez mais líquidos) e é o principal sintoma do câncer de esôfago que pode ser curado se for detectado no início • pirose: queimação na região do esôfago • eructação: arrotos • hematêmese: sangue proveniente da via digestória que sai pela boca • sialorreia: hipersalivação coração • dor • palpitação (percepção do batimento cardíaco pode ser por ansiedade ou– qualquer outra doença do coração mesmo) • dispneia • dispneia paroxística noturna característica– de deficiência cardíaca do ventrículo esquerdo falta de ar existem vários termos para caracterizar falta de→ ar!!! • eupneia: respiração normal • polipneia: aumenta intensidade respiratória • taquipneia: aumenta a frequência respiratória • bradipneia: diminui frequência respiratória • ortopneia: dispneia quando sentado • dispneia de decúbito: dispneia ao se deitar e melhora quando assume a posição ortostática (em pé) • trepopneia: dispneia ao se deitar de lado • platipneia: dispneia em posição ortostática • apneia: parada temporária da respiração • hipopneia: é qualquer diminuição na respiração, seja na frequência ou na intensidade parede abdominal • dor • hérnias estômago • dor Lara C. Micheletto TXX 01– • náuseas e vômitos • hematêmese • disfagia progressiva (cânceres proximais do estômago) intestino delgado • dor • flatulência • distensão • esteatorreia fezes com gordura boiam– → na água com gotículas de gordura (pode indicar problemas no pâncreas, uma vez que ele produz lipasepara digerir gordura ou no intestino • enterorragia sangue nas fezes melena,– – existem dois tipos - associada ao intestino delgado: normalmente melena, eliminação fecal de sangue e fezes completamente misturados em uma apresentação só, coloração preta, mal cheiroso e ferve na presença de água oxigenada - associada ao intestino grosso: normalmente hematoquesia encontramos duas fases– diferentes (fezes+sangue), não está misturado, pois o sangue saiu do intestino grosso e não teve tempo de se misturar cólon, reto e ânus • dor • prurido anal (a causa mais comum não é verme, mas sim a cicatrização de granulomas, pequenos abcessos e feridas) • fezes: cor, formato (se for em fita pode significar câncer de reto ou canal anal), consistência, frequência • tenesmo: desejo frustrado, pessoa tem vontade e não consegue fazer ou faz muito pouco, pode ser digestivo ou urinário • acolia: fezes sem cor o que promove cor– às fezes é a bilirrubina, se não houver migração da bilirrubina em direção a 2ª porção do duodeno, ela vai para o sangue e as fezes ficam brancas (se isso ocorrer na urina o nome é colúria, uma vez que a bilirrubina vai parar no sangue, o rim filtra e a urina sai preta) fígado, vias biliares e pâncreas • colúria urina com coloração escura– • acolia • icterícia: coloração amarelada rins e vias urinárias • dor • incontinência urinária • retenção • disúria alterações para urinar que pode ser– acompanhada de dor • poliúria (aumento na frequência urinária – fazer muito xixi) • polaciúria (aumento da frequência urinária sem aumentar a quantidade de urina o– tempo todo fazendo xixi em pequenas quantidades) • noctúria (alterações na urina durante o dia) • nictúria (inversão do padrão da urina urinar– mais de noite que de dia ou ao contrário) • hematúria: sangue na urina • edema: inchaço genitais masculinos • dor, lesão e prurido • priapismo quando sobe e não desce mais– (trombose do corpo cavernoso) • corrimento da uretra • alterações na ereção • anorgasmia (alteração nos orgasmos) • alterações endócrinas (de humor, depressão) • doenças penianas (doença de peyronie) • hemospermia (perder sangue junto da ejaculação pode ocorrer pelo chute dos– testículos) • alterações no jato urinário pode ser– causado por doenças prostáticas genitais femininos • tensão e outros fatores pré-menstruais e da menopausa • dispareunia: dor quando o pênis é introduzido e pode ser de 2 tipos: - fúndica: quando bate lá no fundo (endometriose) - introito: quando inicia (alterações hormonais, sangramento vaginal, perda da flora vaginal) • corrimento: pedir sobre cor, cheiro e prurido associado - verde e amarelo: trichomonas - coceira: cândida - mal cheiro: gardnerella • amenorreia: ausência de menstruação e pode ser de 2 tipos Lara C. Micheletto TXX 01– - primária: nunca menstruou, pode ser por agenesia do útero, hímen, alterações hormonais, etc - secundária: por conta de gravidez • oligomenorreia: poucos ciclos menstruais e longos intervalos entre eles • polimenorreia: muitos ciclos menstruais e pouco intervalo entre eles • hipomenorreia: pouco volume de sangue por ciclo • hipermenorreia: muito volume de sangue por ciclo em intervalos irregulares • dismenorreia: cólica durante ou antes da menstruação • menostase: parada repentina e brusca da menstruação • metrorragia: menstruação fora do período esperado (escape) hemato-linfopoiético • astenia -fraqueza • febre • sudorese noturna • icterícia • etilista • normocorado/hipocorado/hipercorado • adeno, espleno e hepatomegalias • petéquias - pequenas manchas vermelhas ou marrom que surgem geralmente aglomeradas • equimoses hematomas– • eritemas • palidez neurológico • estado de consciência • cefaleia • tontura/vertigem • equilíbrio • memória • amnesia • força • sensibilidade • coordenação motora • convulsões músculo-articular • dor articular • rigidez matinal • deformidades • crepitação ao estender o joelho ele estala,– por ex jogadores de vôlei e basquete que pulam bastante • atrofia muscular • espasmo • limitação de movimentos alteração de artérias e veias linfáticas • dor no trajeto de vasos • adenomegalias • claudicação dor ao andar– • formigamentos • edema, calor e rubor • frio e palidez • varizes endócrino → hipófise • galactorreia • alterações visuais • poliúrias → tireoide • rouquidão • disfagia • dispneia • sufocamento ao decúbito dorsal • sudorese, taquicardia, tremor, irritabilidade, diarreia (hipertireoidismo) • frio excessivo, ganho de peso, sonolência, obstipação, pele seca, bradicardia → paratireoide • espasmos musculares, arritmias, queda de cabelos, unhas fracas → adrenal • ganho de peso, astenia, infertilidade, HAS, poliúria, polifagia, polidipsia • anorexia, náuseas, hiperpigmentação da pele Treinando diagnósticos – dor torácica R: infarto agudo do miocárdio Lara C. Micheletto TXX 01– R: dissecção de aorta crise de hipertensão piora relação com sistema↳ – cardiovascular dor no tórax que irradia para as costas é muito↳ característica R: pneumonia doi porque o pulmão já se estendeu até a pleura↳ na pneumonia e o processo infeccioso chegou, começa a dor no tórax R: doença do refluxo gastroesofágico R: ansiedade R: pericardite paciente relatou infecção de vias aéreas inferiores↳ tipo resfriado há um tempo atrás, isso é importante!!!! são poucas as coisas que melhoram com a↳ inclinação do tronco para frente posição– genupeitoral ou prece maometana (paciente se agacha, põe as mãos no chão e fica de joelhos prece maometana é característica de pancreatite↳ aguda (não é o caso) e de pericardite aguda (diagnóstico) Lara C. Micheletto TXX 01–
Compartilhar