Buscar

APELAÇÃO CRIMINAL V2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCURAÇÃO AD JUDICIA
PEDRO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), titular da carteira de identidade Registro Geral n.º XXX e inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o n.º XXXX domiciliado na cidade de BELO HORIZONTE, onde na rua XXX, númeroXXX, complementoXXX e bairroXXX, por este instrumento particular de mandato, na melhor forma de direito, nomeia e constitui seu bastante procurador e advogado XXXX, (nacionalidade), (estado civil), regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de XXXX , sob o n.º XXXXX, com escritório na rua XXX, númeroXXX, bairroXXX, a quem confere amplos poderes, especialmente os de cláusula ad judicia e mais poderes especiais para PROPOR RECURSO DE APELAÇÃO EM DESFAVOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO , acompanhamento e defesa de procedimento penal, habilitação para assistência de acusação, podendo, em razão disso, produzir provas, fazer alegações, interpor e arrazoar recursos, receber intimações e notificações, praticando todos e quaisquer atos necessários ao fiel desempenho do presente mandato, assegurando a ampla e irrestrita defesa do acusado, podendo substabelecer, com ou sem reservas de iguais poderes.
BELO HORIZONTE 29 DE SETEMBRO DE 2020 XXXXXXXXXXXXXX
Assinatura do outorgante
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE-MGRESUMO:
 Arial ou Times New Roman
Tamanh: 12
Espaço entre Linhas: Simples
Alinhamento: Justificado
Recorrente: PEDRO, já qualificado nos , autos de ação penal que lhe move o Ministério Público, vem, por intermédio de seu procurador e advogado que infra subscreve, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, irresignado com a sentença condenatória, interpor intempestivamente a:
 APELAÇÃO
Com fundamento no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal.
Requerem que, após o recebimento desta, com as razões inclusas, ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde serão processados e provido o presente recurso.
Termos em que,
Pedem deferimento.
BELO HORIZONTE 28 DE NOVEMBRO DE 2020
___XXXX_______
ADVOGADO
Razões de Apelação
1ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte do estado de Minas Gerais
Processo n.º xxx
Pelo apelante: Pedro de xxx
Apelado: Ministério Público
 
 Ao Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, Ínclitos Julgadores
I. DOS FATOS
O recorrente foi denunciado pelo Ministério Público, pela suposta prática do crime de Estupro e Roubo.
A denúncia foi recebida e, após a instrução, o recorrido foi condenado respectivamente às penas de 04 (quatro) e 08 (oito) anos de reclusão.
Após interpor recurso de apelação, o Tribunal de Justiça proveu o recurso para anular toda a instrução criminal, ante ao indeferimento injustificado, o que foi entendido como cerceamento de defesa.
Remetidos os autos para nova instrução criminal, foi proferida nova sentença criminal condenatória, condenando o requerente respectivamente às penas de 04 (quatro) e 08 (oito) anos de reclusão.
Assim, irresignado com a decisão proferida em primeira instância, com o devido respeito e acatamento, deve a sentença ser reformada, consoante os fatos e fundamentos a seguir expostos.
II. PRELIMINARMENTE
1)DA NULIDADE AO PROCESSO
 De grande importância mencionar que um laudo técnico não pode substituir um exame de corpo delito (ECD), seguindo nessa linha de raciocínio , o laudo pode haver uma apresentação dos fatos mas não uma comprovação dos fatos como no ECD, sendo aceito o laudo acarretará prejuízos a defesa e afrontará a lei 3689 de 1941 ,o nosso Código de Processo Penal é bem nítido ao codificar seu artigo 564, inciso III, alínea b, nesse paradigma se torna nulo qualquer processo que não tenha autoria e materialidade suficientes para condenar o apelante .
2) DA PRESCRIÇÃO
Em que pese o apelante ter sido condenada, verifica-se que o direito estatal de prosseguir com a pretensão punitiva encontra-se prescrito, nos termos seguintes.
Da análise da redação do art. 110, caput e § 1o, do CP, infere-se que, após o trânsito em julgado para a acusação, a prescrição regula-se pela pena aplicada em concreto e tem por termo inicial o recebimento da denúncia.
Dessa forma, deve a sentença ser reformada de modo declarar extinta a punibilidade da apelante, nos termos do art. 107, inc. IV, do CP.
3) DA NULIDADE: REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA
Caso a tese anterior de preliminar não seja acolhida, o que se diz apenas em termos de argumentação, imperativo se faz analisar a ocorrência de reformatio in pejus indireta.
Quando da prolação da primeira sentença condenatória, este Egrégio Tribunal entendeu por bem anular a instrução, uma vez que ocorreu nulidade que acarretou cerceamento de defesa. Na ocasião, não houve recurso da acusação, precluindo seu direito e ocorrendo o trânsito em julgado para a mesma.
Destarte, em atenção ao disposto no art. 617 do CPP, verifica-se que é vedado o agravamento da pena em decorrência de recurso da defesa - seja diretamente, por meio do tribunal, seja indiretamente, por meio de condenação posterior com pena mais elevada pelo juízo recorrido.
No caso em tela, verifica-se que houve violação ao preceito do art. 617, ocorrendo reformatio in pejus indireta, uma vez que o juízo a quo prolatou sentença condenatória com pena mais gravosa.
Assim, restando evidente a violação à vedação de reformatio in pejus, deve a sentença ora impugnada ser reformada de modo a cominar a pena no quantum imposto na primeira condenação, qual seja, respectivamente às penas de 04 (quatro) e 08 (oito) anos de reclusão.
III. NO MÉRITO RECURSAL
1) Da insignificância da conduta
Caso as teses anteriores não sejam acolhidas, insta verificar se a conduta teoricamente praticada pela acusada foi idônea a lesar o bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Conforme demonstrado na instrução criminal, o acusado, logo após a prática do ato sexual, supostamente teria subtraído a bolsa, o celular e a carteira com quantia de R$ 1.000,00, objetos e valor mencionados pela vítima, de forma não comprovada, que evidencia, outrossim, que a conduta é inofensiva.
Destarte, admitindo-se que a conduta não ofendeu ao bem jurídico, sendo, portanto, insignificante, deve-se afastar a tipicidade e proceder à reforma da sentença de modo a absolver a apelante, nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal Brasileiro.
2) Da fragilidade da testemunha
Conforme consta nos autos, ASSÍRIA estava “SOZINHA”, na rua, à noite por volta das 23h00min (vinte e três horas), com objetivo claro de fazer programas, com outras pessoas, mediante paga, quando foi abordada pelo apelante no qual combinaram de fazer um programa, PORTANTO, no Inquérito Policial, a suposta vítima ASSÍRIA, apresentou uma testemunha de nome ANÚBIS, na qual tinha anotado a placa do carro de PEDRO, o que contradiz totalmente que ASSÍRIA estaria “SOZINHA”.
3) Da perícia
Importante ressaltar, que no local onde estacionou para ter a relação sexual, uma câmera de vídeo, devidamente periciada, detectou de forma clara a imagem de ambos, PEDRO E ASSÍRIA, comprovando a relação e logo após um suposto desentendimento, posteriormente ASSÍRIA saindo do veículo chorando e sem a bolsa, e que em nenhum momento foi apurado nenhum tipo de ameaça, sequer com o apelante jamais ter possuído nenhum tipo de arma de fogo registrada em seu nome.
4) Do depoimento da vida pregressa do apelante
Mesmo sem apresentar testemunhas de fato, um depoimento de grande relevância para o caso, cabe intimar o colega de trabalho JOÃO, no qual de maneira informal, afirmou que o apelante, é quem cuida dos pais, sendo arrimo de família, e que é trabalhador, com a juntada nos autos os comprovantes de que trabalha regularmente (CTPS e Comprovantes da empresa – Anexo fls xxx), tendo assim uma vida digna e honesta.
5) Do depoimento do apelante
No momento no qual, o apelante ao ser interrogado, INFORMOU que já conhecia ASSÍRIA, há muito tempo e que inclusive ficaram muito tempo juntos. O apelante era apaixonado por ela,tanto que fez uma proposta para ela sair da vida na rua e vir a morar com ele, no intuito de constituírem família. No dia dos fatos, o único objetivo de PEDRO, fora ao encontro de ASSÍRIA realmente, no local onde a mesma fazia ponto e a convidou para poderem ficarem juntos, o que foi de prontidão aceito de forma tranquila e pacífica, inclusive, ele já havia levado a suposta vítima para sua casa em diversas oportunidades, tanto que há diversas mensagem de celular amorosas trocadas entre ambos, algo que o apelante se dispõe caso julgue necessário. No caminho começaram a discutir a relação, esta que, PEDRO estava feliz, ao encontrar sua amada, de fato ocorrendo a relação sexual, sem qualquer tipo de coação ou ameaça, e com o intuito de que queria assumir o relacionamento com a vítima, a mesma, começou a discutir com ele, no qual sobre forte emoção, ele começou a chorar e ela começou a agredi-lo verbalmente, o chamando de FROUXO e de IMBECIL, sendo que, o mesmo permaneceu parado e muito abalado com o desprezo da vítima. Ela chorou e mesmo gritando com ele, saiu do carro. Segundo a vitima, ele saiu do local dos fatos com a moça no seu carro e parou em um posto de gasolina, onde ela desceu, e não viu nenhum frentista que pudesse testemunhar a SUPOSTA agressão, e foi embora em seguida. 
5) Da tempestividade
Supra importância ressalvar, que SOMENTE três dias depois, a policia procurou PEDRO em sua casa, apreendendo seu veículo para perícia juntamente com uma bolsa feminina e um porta retrato. A bolsa era da vítima, mas ela havia esquecido, sem nenhum pertence, em sua casa em outra noite. O porta retrato CONSTAVA uma foto que haviam tirado em um evento certa de 02 (dois) anos atrás.
6) Dos laudos periciais
O processo conta com o laudo que ambos tiveram relação sexual e que não houve nenhum tipo de lesão aparente na vítima, o que nesse ponto com supedâneo ao art158 do cpp, um laudo não pode substituir um Exame de Corpo Delito, pois somente o ECD pode comprovar o que houve verdadeiramente, como é citado anteriormente o laudo aceito acarretará em prejuízos para defesa, há um outro laudo de gravação de filmagem que NÃO apura a existência de qualquer violência. Sem autoria e materialidade o apelante não pode ser condenado.
7) Do cumprimento da pena privativa de liberdade
Quando da definição da pena, o magistrado a quo determinou que as referidas seriam consubstanciadas, durante o período condenatório respectivamente às penas de 04 (quatro) e 08 (oito) anos de reclusão. 
7 .1) DOSIMETRIA DA PENA
De acordo com o art. 68 do Código Penal, a dosimetria da pena deve respeitar o procedimento trifásico. Da análise das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, verifica-se que todas são favoráveis ao apelante, não havendo elementos nos autos para que se possa fazer um juízo valorativo objetivo sobre a personalidade do acusado, razão pela qual a defesa pugna pela aplicação da pena-base no mínimo legal.
Na Segunda Fase da Dosimetria, não há atenuantes e agravantes a serem consideradas. Da mesma forma, na terceira fase da dosimetria não há causas de diminuição ou aumento de pena.
Não há óbice, portanto, de fixação da pena no mínimo legal, a qual poderá ser cumprida em regime inicialmente aberto (art. 33, § 2º, alínea c, do CP, permitindo, assim, que o acusado recorra em liberdade.
Por fim, pleiteia-se, ainda, a dispensa de dias-multa e custas, em razão da hipossuficiência do acusado, que é demonstrada pelo fato de ser assistido por Núcleo de Assistência jurídica gratuita.
IV. DOS PEDIDOS
Ante a todo o exposto, requer seja a sentença ora impugnada reformada de modo a:
1) Preliminarmente, reconhecer a Nulidade do processo baseado ao art 564 do cpp, inciso III, alínea B, a prescrição da pretensão punitiva, com a consequente extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, inc. IV, do Código Penal;
2) Reconhecer a nulidade decorrente da reformatio in pejus indireta, decorrente da violação do disposto no art. 617 do Código de Processo Penal, com a consequente diminuição da pena para o quantum anteriormente imposto;
3) Subsidiariamente, requer seja o apelante absolvido, ante a evidente atipicidade da conduta pela insignificância, nos termos do art. 386, inciso III, do Código de Processo Penal;
4) Por fim, requer seja a pena privativa de liberdade aplicada de maneira adequada aos termos da lei , de modo a adequar para a aplicação da pena restritiva de direitos
5) Caso o entendimento de v.excelência seja ao contrário que aplique a sanção de menor potencial e que o querelado possa recorrer em liberdade .
6) Em caso de condenação não seja reformulada, que sejam consideradas favoráveis todas as circunstâncias judiciais da primeira fase da dosimetria (art. 59, CP), devendo a pena ser fixada no mínimo legal;
7) Aplicação do regime inicial de cumprimento no aberto, nos termos do art. 33, § 2º, alínea c, do CP;
8) Requer alegar por todos os meios de provas legais e cabivéis ao pocesso recorrente.
9) Pela gratuidade de justiça embasada na Lei n. 1.060/1950, com isenção de dias-multa e custas processuais, por se tratar de hipossuficiente nos termos da lei.
Nesses termos,
Pede e aguarda deferimento.
· BELO HORIZONTE 01 DEZEMBRO DE 2020
ADVOGADO XXX /OAB XXX

Continue navegando