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Infecção do Trato Urinário (ITU)

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Mariana Alves – 5º período 
 Doença Infecto Parasitária 
Infecção do Trato Urinário (ITU) 
 
A Infecção do Trato Urinário (ITU), 
também conhecida como infecção urinária 
é a forma mais comum de infecção 
bacteriana e atinge pessoas de todas as 
faixas etárias. Ela ocorre pela ascensão da 
bactéria através da uretra em direção a 
bexiga. 
 
A principal bactéria causadora da ITU é a 
Escherichia coli, que coloniza nosso 
intestino. É mais comum mulheres com 
infecção urinária do que homens, pois a 
região genital fica mais exposta e próxima 
ao ânus. 
 
Classificação 
 
Ela pode ser classificada de duas formas: 
- ITU Baixa 
- ITU Alta 
 
Quando dizemos que é uma ITU baixa é 
uma infecção que ocorre na uretra ou na 
bexiga, na qual chamamos de cistite. Nos 
homens podemos encontrar também a 
prostatite, epididimite ou orquite. 
Quando a ITU é alta ela se caracteriza por 
uma infecção nos ureteres e rins, a qual 
chamamos de pielonefrite. 
 
Sinais e sintomas 
 
ITU baixa – paciente não apresenta sinais 
sistêmicos, porém pode se queixar dos 
seguintes sintomas: disuria, urgência 
miccional, polaciuria, hematúria e dor 
suprapúbica (quando o médico examina e 
palpa essa região da bexiga ela está 
sensível) 
 
ITU alta – paciente apresenta sinais e 
sintomas sistêmicos como: febre alta, dor 
lombar, calafrio, náuseas e vômitos 
 
Bacteriúria assintomática 
 
Chamamos de bacteriúria assintomática 
quando um paciente possui o trato urinário 
colonizado por alguma bactéria, mas que 
não possui a clínica de uma ITU. Em sua 
grande maioria esses pacientes não 
necessitam de tratamento, pois esta 
bactéria não está causando prejuízo. Se 
este paciente for tratado com antibióticos 
sem necessidade pode levar a resistência 
bacteriana. 
Porém, em alguns casos, os pacientes 
necessitam de tratamento: 
Gestante, pacientes submetidos a 
procedimentos urológicos (porque na 
cirurgia podem surgir portas de entrada 
para essa bactéria se espalhar pela 
corrente sanguínea), receptores de 
transplante renal e neutropênicos. 
 
ITU complicada x ITU não complicada 
 
 
Mariana Alves – 5º período 
 Doença Infecto Parasitária 
As ITU’s também podem ser divididas em 
dois tipos: complicadas e não complicadas. 
 
ITU não complicada – doença aguda em 
mulheres que não são gestantes em nível 
ambulatorial, que não tem anormalidade 
anatômica ou instrumentação do trato 
urinário. 
 
ITU complicada – todos os outros tipos de 
ITU (em homens, em grávidas...) 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico da ITU é clínico, se for 
caracterizada como uma ITU não 
complicada é possível fechar o diagnóstico 
quando o paciente apresenta os sintomas 
principais: disúria e polaciúria. 
Quando é uma ITU complicada são 
necessários exames laboratoriais como 
EAS e urinocultura antes do início do 
tratamento antibiótico para verificar o tipo 
de bactéria que está causando esta 
infecção. 
 
Pielonefrite: paciente pode evoluir pra 
sepse (urosepse) e precisamos fazer 
rastreio mais completo – hemograma 
completo, bioquímica sérica, PCR, EAS, 
urinocultura. Hemocultura – se internação 
hospitalar 
 
*Todo paciente com infecção quando for 
internado precisa pedir hemocultura antes 
de iniciar o antibiótico. 
 
Em alguns casos o exame de imagem é 
necessário – pacientes com nefrolitiase, 
doença policística renal, sepse grave ou 
ausência de melhora dos sintomas após 
72h mesmo com uso de medicamentos. 
 
Tratamento 
 
- Cistite não complicada 
 
Nitrofurantoina ou norfloxacin ou 
sulfametoxazol com trimetoprim ou 
fosfomicina, todos por via oral. 
 
- Cistite complicada 
 
Nitrofurantoina ou norfloxacin ou 
sulfametoxazol com trimetopim ou 
fosfomicina, todos de uso hospitalar (IV). 
 
Atenção a gestantes!!! 
 
Não fazer quinolonas 
 
Não fazer sulfametoxazol com trimetoprim 
no primeiro trimestre e nem no último mês 
de gestação, pode causar Kernicterus. 
Nitrofurantoina não pode fazer no último 
trimestre, pode causar anemia hemolítica 
no recém-nascido. 
 
Cefalexina – cefalosporina de primeira 
geração – pode ser feito em gestantes. 
 
 
Mariana Alves – 5º período 
 Doença Infecto Parasitária 
- Pielonefrite 
 
O tratamento pode ser feito com 
ciprofloxacino ou levofloxacino por via oral, 
o problema é que o uso indiscriminado de 
antibióticos acaba levando à resistência 
bacteriana. Portanto em alguns casos 
somente o tratamento vo não é eficaz. 
Desta forma, quando o paciente se 
encontra gravemente doente, séptico, com 
ingestão oral não confiável, creatinina 
elevada ou dor intensa precisamos 
hospitalizar para fazer um 
acompanhamento mais de perto. 
O paciente hospitalizado pode fazer uso de: 
ciprofloxacino ou levofloxacino ou 
ceftriaxona ou ertapenem ou meropenem 
ou piperacina-tazobactam ou amicacina, 
todas de uso IV. 
 
*Lembrando que deve ser feito o ajuste de 
doses dos antibióticos ou aumento de 
espectro de ação (escalonamento) de 
acordo com a necessidade do paciente.

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