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1 Amaríntia Rezende – Anestesiologia SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Mediador químico: adrenalina e nora-adrenalina Luta/fuga Midríase – dilata a pupila Aumenta a FC Aumenta a contratilidade Dilata a musculatura esquelética Contração dos esfíncteres Broncodilatação Glicogenólise e giconeogênese SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Mediador químico: acetilcolina Repouso/digestão Miose – contrai a pupila Diminui a FC Diminui a contratilidade Broncoconstrição Aumenta a motilidade intestinal Dilata os esfíncteres Aumenta secreção de glândulas FENOTIAZÍNICOS TRANQUILIZANTES ACEPROMAZINA CLORPROMAZINA PROMETAZINA Os fenotiazínicos são fármacos tranquilizantes. Estes fármacos são utilizados como medicação pré-anestésica, para permitir a realização de exame físico, no transporte de animais e como antieméticos. No SNC os fenotiazínicos antagonizam as neurotransmissões dopaminérgica, (antagonismo dopaminérgico), bloqueando os receptores pré e pós-sinápticos aos efeitos da dopamina. Esta ação resulta em estado de indiferença aos estímulos exteriores (tranquilização), sem efeito hipnótico e sem perda de consciência, uma vez que os animais mantêm sua capacidade de despertar, sobretudo após estímulo doloroso, visual e sonoro. Apesar de não possuírem efeito analgésico quando administrados isoladamente, os fenotiazínicos, como a acepromazina, potencializam os efeitos analgésicos de outros fármacos, como os opioides Além da sedação, os fármacos fenotiazínicos podem ser empregados para potencializarem os agentes anestésicos intravenosos e inalatórios. BENZODIAZEPÍNICOS SEDATIVO, ANTICONVULSIONANTE E MIORRELAXANTE MIDAZOLAM DIAZEPAM Os benzodiazepínicos (BZDs) são empregados em razão dos seus efeitos sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. Agem sobre o sistema límbico (responsável pelas emoções, fenômenos excitatórios), deprimindo-o, e reduzem a atividade funcional do hipotálamo e córtex, sem depressão intensa do SNC. BZDs são moduladores do ácido γ-aminobutírico (GABA) no cérebro, sendo o GABA o principal neurotransmissor inibitório do SNC. O emprego na MPA de agentes como o midazolam, diminui a incidência de excita-ção e mioclonias. O flumazenil é um antagonista benzodiazepínico, 2 Amaríntia Rezende – Anestesiologia AGONISTAS ΑLFA2 -ADRENÉRGICOS EFEITOS SEDATIVOS, ANALGÉSICOS E MIORRELAXANTES XILAZINA DETOMIDINA MEDETOMIDINA ROMIFIDINA Seus efeitos sistêmicos são atribuídos à estimulação de receptores alfa-2 adrenérgicos no sistema nervoso central e periférico, sendo também conhecidos pela redução na atividade de modulação da dor produzida por neurônios noradrenérgicos no SNC. Quando estimulados, impedem a liberação de noradrenalina através da inibição do influxo de íons Ca++ na membrana neuronal. A estimulação destes receptores no SNC promove efeito hipotensor e tranquilizante. Diminuição da resistência vascular sistêmica (tônus vascular) e da pressão arterial. A bradicardia também persiste devido à diminuição dos tônus simpático e consequente prevalência do tônus vagal (parassimpático). ANESTESIA INTRAVENOSA PROPRIEDADES IDEAIS DO ANESTÉSICO IV APRESENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO Solúvel em água Estável em solução à temperatura ambiente e à exposição à luz RÁPIDO EQUILÍBRIO PLASMA-CÉREBRO Atravessar a barreira hematoencefálica rapidamente Necessário ter alta lipossolubilidade em pH fisiológico Agente suficiente para atravessar a barreira (ligação proteica) EFEITOS ADVERSOS Sem dor a injeção Ausência de efeitos excitatórios na indução (tosse; movimentos involuntários; excitação; delírios) Recuperação tranquila sem confusão, delírios, sonolência ou vocalização Sem efeitos eméticos RÁPIDA RECUPERAÇÃO E AUSÊNCIA DE EFEITO CUMULATIVO Rápida redistribuição para os órgãos ricamente vascularizados Rápida depuração e metabolismo de metabólitos inativos e atóxicos hidrossolúveis, preferencialmente no fígado, sangue ou órgão ricamente vascularizado Mínimo distúrbio das habilidades psicomotoras e memória no período de recuperação imediato GRAU DE SEGURANÇA Alto índice terapêutico Mínimos efeitos cardiovasculares e respiratórios Ausência da liberação de histamina e reações de hipersensibilidade Seguro na injeção acidental arterial, subcutânea ou no sistema nervoso (espaço epidural por exemplo) ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS São fármacos que promovem a depressão do SNC de forma reversível e dose-de-pendente (maior a dose, maior a depressão), levando à perda da percepção e resposta aos estímulos dolorosos. CLASSIFICAÇÃO Barbitúricos TIOPENTAL E FENOBARBITAL Alquil-fenóis PROPOFOL Imidazólicos ETOMIDATO Dissociativos CETAMINA E TILETAMINA BARBITÚRICOS TIOPENTAL FENOBARBITAL PENTOBARBITAL Essa classe farmacológica apresenta potentes hipnóticos que produzem depressão dose-dependente do SNC, deprimindo o córtex, tálamo e áreas motoras do SNC. Entre os fármacos barbitúricos, o Tiopental é o agente com maior emprego para indução anestésica, anestesia de curta duração, controle de crise convulsiva e eutanásia. O fenobarbital por ter um período de ação prolongado, acaba sendo mais empregado no controle das crises convulsivas. Nas últimas décadas os barbitúricos têm caído em desuso, principalmente o tiopental, devido à introdução do Propofol. 3 Amaríntia Rezende – Anestesiologia IMIDAZÓLICOS ENTOMIDATO O etomidato é um derivado imidazólico carboxilado. Potente agente hipnótico que causa depressão do córtex e tálamo. Não possui propriedades analgésicas e é indicado somente para indução anestésica, devendo ser administrado de forma lenta. Além disso, causa dor à injeção, pois é estabilizado em solução oleosa (propilenoglicol), além de poder provocar náusea, vômitos e excitação. O emprego na MPA de agentes como o midazolam, diminui a incidência de excitação e mioclonias. Aproximadamente 75% do etomidato liga-se às proteínas plasmáticas, não possui efeito cumulativo e é um agente de curta duração, uma vez que seu efeito dura aproximadamente 10 minutos. Indicado para pacientes cardiopatas pois não altera ritmo cardíaco ou pressão arterial ALQUIL-FENÓIS PROPOFOL Por possuir distribuição e biotransformação rápidas, o propofol facilita a indução e manutenção anestésica, podendo ser utilizado em infusão contínua ou doses repetidas, com rápida recuperação. O propofol promove efeitos similares ao do tiopental, como miorrelaxamento moderado, ausência de analgesia e podem ocorrer efeitos excitatórios quando não empregados tranquilizantes e/ou sedativos na MPA. A atuação do propofol se dá por potencialização do GABA, existindo relatos de que o propofol também atue em receptores NMDA, o que promoveria leve analgesia somática. Causa hipotensão sistêmica resultante da diminuição da resistência vascular periférica Bradicardia e inotropismo negativo (menor contratilidade do coração) Diminui a frequência respiratória. DISSOCIATIVOS Cetamina Tiletamina A cetamina e tiletamina são anestésicos não exclusivos da via intravenosa que fazem a desconexão córtico-medular sem promover depressão generalizada do cérebro. Causam insensibilidade à dor, podendo o paciente permanecer consciente. A analgesia promovida é atribuída ao bloqueio da condução de impulsos dolorosos ao tálamo e áreas corticais, sendo o principal mecanismo de ação a ligação a receptores NMDA, além de receptores opioi-des, colinérgicos e glicinérgicos. Possuem elevada margem de segurança, devido ao seu índice terapêutico, e também por haver a possibilidade de administração por outrasvias além da intravenosa. Causa taquicardia Aumento da PA e débito cardíaco Inotropismo positivo Diminuição da frequência respiratória. Com o intuito de incrementar o grau de relaxamento muscular e prevenção dos delírios ao despertar associa-se a cetamina aos benzodiazepínicos (diazepam e midazo-lam), agonistas α2- adrenérgicos (xilazina) ou, eventualmente, aos fenotiazínicos (acepromazina), mas sendo empregados na MPA. ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS ISOFLUORANO SEVOFLUORANO ENFLUORANO HALOTANO Diferente da anestesia intravenosa, para que seja realizada a anestesia inalatória é necessário que o agente ou o princípio ativo seja absorvido pela via respiratória, passando para a corrente sanguínea atingindo então o sistema nervoso central. Chegam aos alvéolos pulmonares, passam para o sangue através dos capilares e sofrem difusão até chegar ao SNC e tecidos. ISOFLUORANO Isômero do enfluorano, tem forte odor. Entre os agentes halogenados, é o mais indicado para a utilização em pacientes de risco por ser o que produz menores alterações fisiológicas. A CAM (Concentração alveolar média) é de 1,30 no cão e o coeficiente de solubilidade é de 1,46, colocando-o como anestésico de potência mediana e indução anestésica rápida. Os efeitos cardiovasculares do isofluorano são mínimos com manutenção do débito cardíaco em valores ótimos nas concentrações correspondentes a até 2 CAM Provoca depressão respiratória mais significativa do que a produzida pelo halotano, com redução do volume-minuto e elevação da PaCO2, possuindo propriedades broncodilatadoras, como o halotano. SEVOFLUORANO A CAM é de 2,36% (potência média), mas a principal característica é seu baixo coeficiente de solubilidade que faz dele um agente que produz indução e recuperação rápidas. Não tem odor forte e tem sido o agente inalatório mais indicado para a indução por meio de máscara facial. Os efeitos cardiovasculares são muito semelhantes aos produzidos pelo isofluorano. No cão alguns autores têm relatado a ocorrência de hipotensão e taquicardia 4 Amaríntia Rezende – Anestesiologia CONTROLE DO TRANSANESTÉSICO DROGAS ANTICOLINÉRGICAS Principal neurotransmissor do sistema parassimpático Bloqueio de receptores de acetilcolina ou impede a síntese, armazenamento ou liberação. VESAMICOL Impede armazenamento da Ach Impede que a acetilcolina seja armazenada na vesícula. Ficando livre, é destruída pela acetilcolinesterase. TOXINA BOTULÍNICA Impede a exocitose da Acetilcolina, impedindo a atividade colinérgica HEMICOLÍNIO 3 Impede a recaptação da Acetilcolina, não conseguindo voltar para o axônio, permanecendo na fenda sináptica, onde é destruído pela acetilcolinesterase. ANTIMUSCARÍNICAS Antagonistas muscarínicos Parassimpaticolíticas ou anti-colinomiméticos GRUPO DA ATROPINA ATROPINA ESCOPOLAMINA Reduz secreções (lacrimais, salivares, brônquicas e sudoríparas) Aumenta frequência cardíaca Inibe a motilidade intestinal Broncodilatação Atropina: Em doses pequenas causa bradicardia DROGAS AGONISTA ADRENÉRGICOS ADRENALINA Pode ser utilizada para controlar hemorragias da pele e das membranas mucosas. Vasoconstrição – importante nas reações alérgicas, edema de glote Usadas em emergências como parada cardíaca e hipotensão severa aguda. Broncodilatação DOBUTAMINA Inotrópico positivo -aumenta o nível de cálcio intracelular do miocárdio. Aumento contratilidade cardíaca Aumento frequência cardíaca Insuficiência cardíaca e em emergências de choque cardiogênico Em relação a adrenalina, exerce efeito de aumentar contratilidade em um prazo maior e com menos arritmias. EFEDRINA Apresenta as mesmas ações da adrenalina, porém tem uma potência mais baixa, eficácia oral e ação prolongada. Aumenta tônus do esfíncter interno da bexiga em casos de incontinência urinária. DOPAMINA Uso em curto prazo de animais com disfunção sistólica. Dobutamina é mais utilizada EM BAIXAS DOSES CAUSA VASODILATAÇÃO RENAL Bloqueia receptores de acetilcolina Receptores antimuscarínicos Receptores antinicotínicos Síntese Armazenamento Liberação
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