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Anestesia Geral —> Depressão reversível do SNC, induzida por medicamento. Resulta na perda de resposta e percepção de todos os estímulos externos. Este conceito é pouco amplo, pois exclui conceitos-chave, como amnésia e inconsciência. —> Obtida por via inalatória e/ou endovenosa (EV). Caracterizada por amnésia, inconsciência (hipnose), analgesia, relaxamento muscular, bloqueio dos reflexos autonômicos e homeostase das funções vitais. Determinantes na escolha da anestesia: 1. Condições fisiológicas/mentais/psicológicas do paciente. 2. Doenças pre-existentes. 3. Tipo/Duração do procedimento cirúrgico 4. Posição do pcte p/ a realização da cirurgia 5. Recuperação pós-operatória 6. Manuseio da dor no PO 7. Exigências particulares do cirurgião. — > Co m p o n e n t e s d o e s t a d o a n e s t é s i c o : inconsciência, amnésia, analgesia, imobilidade, atenuação das respostas autonômicas à estimulação nociva. Anestésico Venoso Ideal: —> Rápido início de ação c/ efeito analgésico potente; não depender das vias de metabolismo hepático e renal e não se acumular nos tecidos corporais, permitindo rápida recuperação do seu efeito clínico, c/ pronto retorno à consciência e perfeita cognição; —> Estável sob ponto de vista cardiovascular; propiciar a diminuição do metabolismo cerebral e de sua taxa metabólica, não acarretar depressão respiratória e não apresentar metabólitos tóxicos ou ativos; —> Ser titulável e quimicamente estável; dispor de baixo potencial alérgico, não induzir a liberação de histamina e não ser irritante para as veias (flebite); —> Dispensar o uso de bombas de infusão, ser estável em solução e de fácil diluição, não-inflamável, com ampla margem terapêutica, atóxico, não suscitando náuseas, vômitos nem sedação prolongada e de baixo custo. # Inalatórios (Voláteis): são os únicos medicamentos disponíveis capazes de promover todas as características que definem a anestesia geral. Carecem de prover a analgesia pós-operatória. # Venosos: a cetamina é a que mais se aproxima do cumprimento de todas as funções protetoras; promove a anestesia dissociativa, mas possui efeitos deletérios neurológicos, cardiovasculares e psicológicos. —> Anestesia Geral Inalatória: fármacos anestésicos voláteis são administrados sob pressão; a anestesia ocorre quando o agente inalado atinge a concentração adequada no cérebro. Resulta em anestesia, inconsciência e amnésia. # Existem anestésicos como líquidos claros e não inflamáveis em temperatura ambiente, sendo liberados em forma de vapor. Mais utilizados -> Gazes (Ox. Nitroso) e Vapores (éteres halogenados - halonato, enflurano, isoflurano, sevoflurano, desflurano e metoxiflurano). —> Anestesia Geral Venosa: fármacos infundidos por acesso venoso; meta: atingir os 4 elementos (analgesia, hipnose/amnésia, relaxamento muscular e proteção neurovegetativa). —> ANESTESIA GERAL BALANCEADA (Inalatória +venosa): largamente utilizada, pois não existe 1 único fármaco ideal que proporcione anestesia adequada. Fases da Anestesia Geral: 1. Indução -> inicia com a administração de anestésicos até o início do procedimento cirúrgico. IOT ocorre nesta fase. 2. Manutenção -> manter o pcte em plano cirúrgico at’e o final da cirurgia. Inalação de agentes e/ou administração de medicamentos EV (doses tituladas ou infusões contínuas). Corresponde do início ao término do procedimento cirúrgico. 3. Reversão -> Superficialização da anestesia (depende da profundidade e duração). Interrupção da adm de anestésicos; uso de antagonistas, se preciso. Despertar o paciente -> extubação orotraqueal; Avaliação geral; A reversão termina quando o pcte esta pronto para deixar a sala de operação e ser encaminhado para a RPA ou UTI. Materiais Usados em Anestesia Geral: —> BIS (Índice Bispectral): uso do EEG p/ o estudo da intensidade da depressão central dos anestésicos. Profundidade da anestesia. # o BIS é um índice derivado empiricamente e dependente da medida da “coerência” entre os componentes EEG quantitativo. Feito com 4 eletrodos na superfície cutânea (região frontotemporal). -> Proporciona > segurança na tomada de decisão, tanto no despertar, cujas consequências podem resultar em síndrome do estresse pós-traumático, como também no fato das anestesias com BIS muito baixo resultarem em desfechos negativos. Medicamentos Usados: —> Anestesia Venosa: 1. Indução anestésica: O2 a 100%, sob máscara facial, por 2/3min (desnitrogenização do ar alveolar); 2. Medicamentos venosos: hipnótico, bloqueador neuromuscular e analgésico opióide; 3. Se necessário, administrar doses adicionais dos agentes venosos (20% da dose inicial) consegue reestabelecer as concentrações plasmáticas. 4. Dose correta = baseada no peso corporal do paciente (administração em bolus). 5. Existem bombas de infusão, que proporcionam um melhor equilíbrio dos agentes venosos com o organismo; pressão plasmática alvo - controlada p/ cada paciente. —> Agentes Hipnóticos: 1. PROPOFOL: anestésico venoso + indicado p/ regimes de infusão contínua; ↑lipossolubilidade (decai rapidamente a sua concentração nos tecidos-alvo centrais, com rápida recuperação). Facilita o influxo de Cl ao neurônio via receptores GABA. -> Paraefeitos: dor à injeção, contrações tônico-clônicas, opistótono, apnéia transitória e depressão cardiovascular com hipotensão arterial; -> Diminui o fluxo sanguíneo cerebral, taxa de metabolismo cerebral, pressão intracraniana, pressão liquórica e pressão intra-ocular. -> Potente depressor central da ventilação e reduz a reatividade à manipulação da via aérea, o que é potencializado pelos analgésicos opióides; Potente depressor da contratilidade miocárdica global e regional: promove vasodilatação arteriolar e venular, e reduz fração de ejeção = hipotensão arterial. 2. BENZODIAZEPÍNICOS: como medicação pré-operatória — hipnóticos-sedativos, ansiolíticos; p/ prevenção do despertar transoperatório e atenua o consumo de anestésicos inalatórios. —> Menos importante, como indutores da anestesia. Efeito no SNC com amnésia anterógrada, útil durante a anestesia, e propriedades anticonvulsivantes. São medicamentos seguros do ponto de vista cardiovascular - Agem em receptores específicos que interagem com o receptor GABA-A, modulando o influxo de cloro e hiperpolarizando o neurônio. - Midazolam: Após administração EV, induz hipnose em 30-100s (dose de indução: 0,2 mg/Kg). Curta duração de efeito: 3-6min. Prolongamento do efeito com doses sucessivas. - Antagonistas competitivos dos efeitos depressores dos benzodiazepínicos (ANTÍDOTO) = Flumazenil (ação de efeito rápida: 40 segundos). 3. ETOMIDATO: derivado imidazólico que utiliza, como o dizepam, o propilenoglicol (em 35% vol.) e, assim, também causa dor à injeção. a. Excelente perfil p/ infusão contínua, mas pode induzir a sd. da insuficiência córtico-supra-renal, por inibição da 11- beta-hidroxilase (uso proibido nessa técnica). b. Indução anestésica muito rápida, comparável com o tiopental, porém, podem advir contrações tônico-clônicas (liberação de centros subcorticais excitatórios). c. Amplamente utilizado em anestesia para operações cardíacas, pois é o agente indutor + estável ao sistema cardiovascular, mesmo nos pacientes hipovolêmicos. d. Causa < depressão ventilatória do que o propofol e o tiopental, embora possa induzir apnéias mais longas. e. Elevadas taxas de náuseas e vômitos (30% a 40%). 4. BARBITÚRICOS (TIOPENTAL): Atualmente, se utiliza o tiopental, um tiobarbitúrico, disponível como sal sódico a ser diluído em água ou salina para concentrações a 2,5% (adm. venosa) e a 10% (adm. Por via retal); Não causa dor à injeção, possibilitando seu uso em crianças também; a. Metabolizado no fígado e apresenta elevada meia-vida = apropriado para infusão contínua. Dose indução: 3-5 mg/ Kg em adultos (aumentada em 40% em crianças); b. Diminui a taxa metabólicacerebral menos intensamente que o fluxo sanguíneo cerebral, resultando em diminuição da pressão intracraniana e, tal como o propofol, são utilizados com essa finalidade em operações neurológicas (Hipertensão intracraniana e TCE, p.ex.). c. Efeitos cardiovasculares: hipotensão arterial, diminuição do retorno venoso e redução da contratilidade cardíaca, sobretudo em pacientes com doenças cardíacas e naqueles hipovolêmicos. 5. CETAMINA: anestésico muito lipossolúvel, uma arilcicloexilamina, apresentando grande velocidade de indução e meia-vida sensível ao contexto semelhante à do propofol. a. Dose única de indução venosa = efeito clínico dura cerca de 10 min. b. Tem metabolismo hepático e excreção renal. c. Anestésico único, por interagir com vários sistemas neuronais (N-metil-D-aspartato/NMDA, adrenérgico, colinérgico, opióide, além de dispor de atividade em bloqueio de canais de sódio, sendo este um efeito semelhante ao do anestésico local). d. Anestesia chamada dissociativa: deprime áreas associativas do encéfalo (sistema tálamo-neocortical) e estimula o sistema límbico e hipocampo. Pode ocorrer efeitos particulares como reações psicológicas adversas, pesadelos e experiências psicodélicas. e. Eleva a taxa metabólica cerebral e o fluxo sanguíneo, com aumento da pressão intracraniana; - Potente estimulante do sistema cardiovascular, por aumento do tônus adrenérgico = Aumento da pressão arterial, frequência e contratilidade cardíacas; - Mínima depressão respiratória e causa relaxamento da musculatura lisa bronquiolar = indutor de escolha em pacientes asmáticos. - útil em inúmeros tipos de pacientes por apresentar estabilidades cardiovascular e respiratória associadas ao efeito analgésico potente = pacientes asmáticos, obstétricas, queimados, cardíacas pediátricas. - Mostra-se versátil e útil em crianças, como sedativo pré- anestésico por inúmeras vias de administração: venosa, muscular, oral, subcutânea e retal. OPIÓIDES: utilizados para o alívio da dor; —> Receptores: mu, capa e delta (distribuídos pelo SNC, aos níveis medular e supramedular); —> Encéfalo: córtex cerebral, corpo estriado, subst. cinzenta periaquedutal e periventricular, núcleo magno da rafe, núcleo caudado e putâmen. —>Medula espinhal: substância gelatinosa (lâminas I e II de Rexed) e no corno dorsal da medula. —> Fora do SNC: receptores periféricos espalhados por diversos orgãos, como coração, p.ex. —>Agonistas endógenos: beta-encefalina, endorfina e dinorfina. —>Ação: ao nível celular, pelo acoplamento às proteínas G, que modulam a atividade da adenilatociclase. #Subtipos: a. Naturais: derivados do ópio; b. Naturais: derivados fenatrênicos, como a morfina e a codeína; c. Semi-sintéticos: pequena modificação na sua estrutura química, ex. heroína; d. Sintéticos: derivados da fenilpiridina, que são os mais usados na prática anestésica: meperidina, fentanil, alfentanil, sulfentanil e remifentanil —> Efeitos clínicos / Farmacologia: analgesia e sedação (ligação específica ao receptor); —>Paraefeitos: depressão respiratória, náuseas, dependência química, bradicardia, rigidez muscular, prurido, retenção urinária, constipação e disforia (aumenta com a dosagem administrada). —>No encéfalo, os opióides induzem analgesia, sedação e hipnose, em doses crescentes (receptor mu-2). —> A morfina é um excelente analgésico, se injetada no neuroeixo, ao passo que as fenilpiridinas apresentam, por essa via, efeitos semelhantes aos da administração por via venosa, devido a sua elevada lipossolubilidade. —-> Diminuem expressivamente a concentração alveolar mínima (CAM) dos anestésicos voláteis. É característica do efeito opióide a redução do tamanho da pupila (miose) por ação no núcleo de Edinger-Wetsphal do nervo óculo-motor (3º par NC). —> Sistema cardiovascular: estáveis, podendo induzir a bradicardia (vagotônico) e são capazes de abolir as respostas simpáticas à agressão cirúrgica. —> Sistema respiratório: importantes depressores do controle central da respiração, dose-dependente, levando à apnéia, mesmo em indivíduos semiconscientes. —-> Técnicas muito estáveis de anestesia têm tido sucesso com infusão contínua de opióides, à exceção do fentanil, as fenilpiridinas prestam-se bem a esse papel. ANTÍDOTO: Os antagonistas opióides são utilizados em anestesia para reverter a depressão respiratória e a sedação por eles mediada – Naloxona (antagonista completo rápido – doses administradas de forma escalonada). BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES —> Função: Deseja-se uma paralisia flácida dos músculos esqueléticos, seja para o adequado manuseio das vias aéreas, seja para relaxamento do campo operatório; —> Local de ação: junção neuromuscular esquelética – composta pelo terminal axonal eferente (pré-sináptico), a fenda sináptica e a placa terminal (região especializada da fibra muscular); CONTRAÇÃO MUSCULAR —> O potencial de ação se espraia pela membrana axonal e alcança seu terminal, há liberação do neurotransmissor da contração muscular (acetilcolina), em um processo cálcio- dependente; —-> A acetilcolina se liga ao receptor colinérgico nicotínico pós-sináptico > influxo rápido de sódio e a deflagração do potencial de ação, que se propaga rapidamente pelos túbulos T > Canais de sódio perijuncionais se abrem, permitindo o influxo de cálcio extracelular > despolarização da fibra (processo de excitação-contração muscular); —> A enzima acetilcolinesterase, presente na fenda sináptica, degrada a acetilcolina (colina + ác. acético) permiti que o neurônio colinérgico retorne ao estado de repouso após sua ativação. —>Diferenças de sensibil idade e ao bloqueio neuromuscular entre os músculos estriados esqueléticos: diafragma é bem resistente e os músculos da face são bastante sensíveis; —->A quantificação do bloqueio neuromuscular deve ser verificada com um estimulador de nervos periféricos (mede a quantidade de movimento do músculo – detecção de bloqueio residual ao fim da anestesia) – usado o músculo adutor do polegar (TOF). —>Classificação dos Bloqueadores Neuromusculares: a. Quanto ao mecanismo de ação: adespolarizantes ou despolarizantes; b. Quanto à duração do efeito: ação ultracurta, curta, intermediária e longa; —> Adespolarizantes: todos menos a succinilcolina; são antagonistas competitivos da acetilcolina (ACth) junto ao receptor nicotínico (ainda, bloqueia canais iônicos abertos e antagoniza receptores pré-sinápticos). # 2 grupos: aminoesteroides (pancurônio, vecurônio e rocurônio) e benzillisoquinolínicos (atracúrio, cisatracúrio e mivacúrio); Atracúrio e Cisatracúrio tem metabolismo plasmático - pacientes com insuficiência hepática e renal. Atracúrio -> contra-indicado p/ pctes c/ asma brônquica; Rocurônio possui pico de ação mais rápido, sendo de escolha p/ emergências (intubação rápida). —> Despolarizantes: succinilcolina é o único bloqueador neuromuscular despolarizante; Insubstituível em intubações traqueais de emergência; Ação: por sua semelhança com Acth, se ligam ao receptor e promovem a abertura dos canais iônicos, causando despolarização. Contudo, ela permanece por tempo muito > que a Acth, causando dessensibilização do receptor nicotínico. —> Degradada pela colinesterase plasmática e, ao contrario dos adespolarizantes, não se presta p/ uso continuo ou como doses repetidas. # Efeitos Adversos: arritmias cardíacas/bradicardia, anafilaxia, hipertermia maligna, hipercalemia… são muitos. REVERSÃO DO BLOQUEIO: geralmente espontânea, com decaimento sérico do bloqueador. Se ao final, o pcte ainda apresentar sinais de bloqueio residual ou monitorização incompatível, usa-se a reversão farmacológica (ANTÍDOTO). ANTICOLINESTERÁSICOS: ligam-se a acetilcolinesterase, inativando-a por minutos (reversível), permitindo o aumento da quantidade de NT disponível na fenda (Acth) e restabelecendo a neurotransmissão. Droga + usada: Neostigmina.—> Não antagonizamos o bloqueio residual pela succinilcolina, pois após o seu uso, sua duração pode ser aumentada de 10 p/ 24 minutos. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS: Os agentes inalatórios potentes são os únicos capazes de promover um estado de anestesia geral; Atuam pela capacidade de dissolver em meio lipídico (coeficiente de partição), capaz de alterar estruturalmente a membrana celular, diminuindo a condutância iônica e sua capacidade de despolarização e condução. —>CAM (concentração alveolar mínima): compara-se a potencia entre os anestésicos, sendo o suficiente p/ abolir a resposta motora a um estimulo doloroso (incisão da pele, por ex), em 50% dos pacientes. A concentração alveolar reflete a concentração cerebral (órgão-alvo). Quanto menor a CAM, maior a potencia do anestésico. —> Os agentes inalatórios potentes são chamados de compostos halogenados, por terem em sua formula estrutural os íons flúor, cloro e bromo, como no caso do halotano. São liberados no vaporizador, sob forma de vapor #Efeitos: deprimem a taxa de metabolismo cerebral, aumentam o fluxo sanguíneo cerebral (vasodilatador) e aumentam a PIC, sobretudo com o halotano. —> Isoflurano, sevoflurano e desflurano possuem melhores perfis p/ uso em neurocirurgias. —> SCV: todos são capazes de diminuir a PA. O halotano causa depressão do m. cardíaco e do índice cardíaco. Outros efeitos -> redistribuição do fluxo sanguíneo aos órgãos, diminuindo o aporte ao fígado e preservando o aporte a cérebro, pele e músculos; depressores da ventilação espontânea; relaxamento uterino (útil em situações de extração manual da placenta e perigoso em partos com atonia uterina); -> Benefício da anestesia inalatória: redução pronunciada na resistência das vias aéreas (broncodilatação) pelo sevoflurano e, em menores graus, pelo halotano e isoflurano; -> Halotano: relacionado a hepatite pós-operatório (metabólito tóxico – hapteno) e hipertermia maligna (maior responsável, entre os halogenados). PRATICA MEDICA - ANESTESIA GERAL BALANCEADA 1. Indução: 2. Manutenção: 3. Reversão:
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