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RECURSO DE APELAÇÃO - CONST SEÇÃO 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ________ VARA DA COMARCA DE XXXXX DO ESTADO DE PERNAMBUCO.
Processo nº XXXXXXXXXXXXX
NOME, já qualificado nos autos da AÇÃO POPULAR, processo em epígrafe, que move em face do PREFEITO Sr. Sombra, também já qualificado nos autos, vem, por via de sua procuradora esta que subscreve, ajuizar:
RECURSO DE APELAÇÃO
 Com base nos arts. 1.009 a 1.014, amobos do CPC/2015, requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato continuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco para os fins de mister.
Termos em que se pede e espera deferimento.
São Caetano, xx de xxxx de xxxx.
ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB
RAZÕES RECURSAIS
Apelante: Luiz Augusto 
Apelado: PREFEITO Jacinto 
Origem: processo nº xxxxxxxx VARA DA COMARCA DE São Caetano/PE
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Eméritos Desembargadores,
I – DOS FATOS
O objeto da ação é o decreto editado pelo Prefeito de São Caetano, transferindo o serviço de estacionamento público “Zona Azul” para uma associação de comerciantes locais (ACSC-UF), cujo Presidente Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral, sem o devido procedimento licitatório, e os pedidos são a anulação do ato lesivo ao patrimônio público (Decreto nº 01/2019) e a devolução aos cofres municipais dos valores recebidos indevidamente pela associação. Inconformado com a atitude do referido Prefeito, visto que transferiu o serviço sem que fosse realizada a devida licitação, modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos. Luiz Augusto em de acordo com sua obrigações eleitoras, muito inconformado com a situação ingressou em Juízo com a AÇÃO POPULAR, com a finalidade de propor uma ação para anular a transferência indevida do serviço público para essa associação, em razão do descumprimento de mandamentos constitucionais que exigem a realização de licitação para a concessão de serviços públicos e a imoralidade da medida de beneficiar os seus conhecidos.
É cabível mencionar que a ação ora mencionada é cabível para que cidadãos cuidem da coisa pública, no nosso caso, visando à anulação do Decreto nº 01/2019, que transferiu o serviço municipal para a associação sem a realização de licitação.
II – DOS FUNDAMENTOS
É notória o FERIMENTO AO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO, haja vista que a Constituição Federal traz em seu art. 37, caput os princípios básicos da Administração Pública que devem ser observados pelo administrador no exercício da função administrativa.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
É notável que com a atitude do Prefeito feriu também os princípios constitucionais implícitos, quais sejam: Princípio da Supremacia do Interesse Público, Principio da Finalidade, Principio da Razoabilidade, Principio da Proporcionalidade e o Princípio da Responsabilidade do Estado.
Vejamos o que o Supremo Tribunal Federal norteia a respeito do FERIMENTO AO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO:
a) PRINCÍPIOS DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA
O Supremo Tribunal Federal, analisando o princípio da moralidade administrativa, manifestou-se afirmando:
“Poder-se-á dizer que apenas agora a Constituição Federal consagrou a moralidade como principio de administração pública (art 37 da CF). isso não é verdade. Os princípios podem estar ou não explicitados em normas. Normalmente, sequer constam de texto regrado. Defluem no todo do ordenamento jurídico. Encontram-se ínsitos, implícitos no sistema, permeando as diversas normas regedoras de determinada matéria. O só fato de um princípio não figurar no texto constitucional, não significa que nunca teve relevância de principio. A circunstância de, no texto constitucional anterior, não figurar o principio da moralidade não significa que o administrador poderia agir de forma imoral ou mesmo amoral. Como ensina JesusGonzales Perez “el hecho de su consagracion em uma norma legal no supone que com anterioridad no existiera, ni que por tal consagración legislativa haya perdido tal carácter” (El principio de buena fé em el derecho administrativo. Madri, 1983. p. 15). Os princípios gerais de direito existem por força própria, independentemente de figurarem em texto legislativo. E o fato de passarem a figurar em texto constitucional ou legal não lhes retira o caráter de principio. O agente público não só tem que ser honesto e probo, mas tem que mostrar que possui tal qualidade. Como a mulher de César”.
b) PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE ADMINSITRATIVA: 
O artigo 37, § 1º, da Constituição Federal, é onde está previsto esse segundo sentido do princípio da impessoalidade, o qual veda o uso de nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade da administração pública.
Além do mais, toda atuação da administração púbica deve visar à divulgação do órgão, entidade ou da própria administração direta ou indireta, sempre atendendo ao interesse público, e nunca a promoção dos denominados agentes públicos, pois estes são apenas instrumentos da realização dos atos e serviços públicos.
Destarte, no primeiro sentido exige que a atuação da administração pública para atender aos interesses da coletividade, de toda sociedade, e não em favor de ou contra alguém específico. Ou seja, a administração pública deve agir sempre de forma impessoal, para buscar atingir a todo o povo.
C) EXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO:
Lei geral licitatória, l. 8.666/93 que passou a ostentar a seguinte redação, in verbis:
“Lei 8.666/1993, Art. 27: Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: I – habilitação jurídica; II – qualificação técnica; III – qualificação econômico-financeira; IV – regularidade fiscal e trabalhista; V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal”
Além de alterar o inciso IV do Artigo 27 do estatuto licitatório, a sobredita lei também foi responsável por instituir a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, a ser expedida para comprovar a inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho (Artigo 642-A, CLT).
É notório que é cabível interpor Apelação no caso mencionado. Visto que é a atitude do Sr. Prefeito Jacinto Jacaré é inconstitucional.
d) A SEPARAÇÃO DOS PODERES E A INTERVENÇÃO JUDICIAL 
As políticas públicas podem ser definidas como um conjunto organizado de normas e atos tendentes à realização de um objetivo determinado, a serem seguidos pelo corpo político vinculando juridicamente todos os órgãos estatais.
Nesse panorama, as políticas públicas passaram a ser vistas como um processo, cujo fim tende a uma escolha racional e coletiva das prioridades, na definição de quais interesses públicos serão reconhecidos pelo direito2.
Sendo assim, no que concerne à formação das políticas públicas, que a iniciativa pertence ao Poder Legislativo, na exata medida em que a definição de diretrizes e objetivos gerais significa a realização de opções políticas, cuja competência é dos representantes do povo. A realização concreta de tais políticas cabe ao Poder Executivo3.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a este Egrégio Tribunal:
1º) Que seja deferida a liminar para determinar a anulação imediata do contrato realizado sem licitação;
2º) Caso seja deferida a liminar se aplique desde já uma multa penal dia significativa a ser arbitrada por Vossa Excelência fixando desde já o prazo para cumprimento do mesmo, conforme regra contida no art. 461§ 5.º e seguintes do CPC;
3º) Requer seja julgada procedente a presente Ação e ao final seja deferido o pedido principal de anulação do contrato
4º) O deferimento de todosos meios de provas admitidos em direito;
5º) A condenação do Réu ao pagamento das custas e honorários de sucumbência no importe de 20% da condenação e a devolução de eventuais recursos públicos indevidamente recebidos pela associação de comerciantes (ASCS-PE).Termos em que pede e espera deferimento.
Cidade, XX de XXXXX de XXXX.
ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF

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