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Condiloma acuminado

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Universidade Estadual de Feira de Santana 
Curso: Enfermagem
Disciplina: Saúde da Mulher
Discente: Jady Fabianne Perazzo, Maria Helena Cazumbá, Paulo Weber e Tauany Sobral
Docente: Rosana Melo
Resumo roda de conversa
Condiloma acuminado - HPV
Etiologia da doença 
O condiloma acuminado, é uma manifestação causada pela infecção recorrente provocada pelo Papilomavírus humano (HPV), podendo ser latente ou afetar a pele e a mucosa dos seres humanos provocando o aparecimento de verrugas (únicas ou múltiplas), nos órgãos genitais, ânus e região oral. Possuem tamanho, número e forma variados, essas lesões tendem a agrupar-se formando um acumulado de verrugas com aspecto semelhante ao de uma couve-flor. Os tipos de HPV 6 e 11 não-oncogênicos estão relacionados a lesões benignas de baixo grau (NIC I), geralmente são responsáveis pelo aparecimento dessas verrugas genitais. Considerando que o ato sexual sem o uso de preservativo é uma via predominante de transmissão, não se pode descartar a possibilidade de outros meios de transmissão, por exemplo, superfícies contaminadas pelo vírus (fômites) e durante o momento do parto, no qual o feto entra em contato com o trato genital da mãe, ou até mesmo no pré-parto através da placenta.
Epidemiologia
O desenvolvimento do condiloma é mais comum em mulheres do que em homens, sendo que mulheres abaixo de 25 anos, imunossuprimidas, transplantadas e infectadas pelo HIV tem alta taxa de incidência. Estima-se que 42% das mulheres tem verrugas genitais em algum momento da sua vida e 7% verrugas orais. Fatores ligados a sexualidade tem importância na epidemiologia, como, idade de início, preferência e prática sexual, bem como o número de parceiros . A maioria dos portadores são assintomáticos, mas estudos indicam que mais de 30% da população sexualmente ativa está infectada pelo HPV e 1% dessas desenvolve o condiloma. Aos 50 anos, 80% das mulheres possuem evidência imunológica de infecção. Dentre outros fatores de risco para a persistência da infecção estão alta paridade e tabagismo. 
Sinais e sintomas
Na maioria dos casos, a infecção pelo HPV é assintomática e regride espontaneamente. Quando há manifestação, a mesma ocorre através do aparecimento de verrugas úmidas e macias. De tamanhos variados, elas possuem uma pequena “crista” e se localizam especialmente na glande, nos homens, na vulva, vagina e colo do útero das mulheres. Em ambos os gêneros, a região anal, boca, garganta, pés e mãos são outras partes do corpo que podem ser afetadas pelo condiloma acuminado. É raro esses sinais surgirem em outro local.
Essas lesões não provocam dor, mas podem disseminar-se rapidamente e se apresentarem acompanhadas de sangramento, ardor e prurido. Em geral, é o próprio indivíduo quem primeiro percebe a presença dos condilomas no corpo.
Diagnóstico 
O diagnóstico da infecção por HPV é baseado nos dados da história do (a) paciente, exame físico e exames complementares com a pesquisa direta do vírus ou indiretamente, através das alterações provocadas pela infecção nas células e no tecido. O diagnóstico do condiloma acuminado é realizado através de fatores de risco para a doença, o histórico do paciente, o aspecto e localização das lesões clínicas, se existirem. Alguns exames laboratoriais como hemograma, peniscopia, colposcopia, captura híbrida, colonoscopia e biópsia são importantes para determinar a presença e as características das lesões subclínicas.
Do mesmo modo, estabelecer o diagnóstico diferencial entre o condiloma acuminado, o condiloma plano da sífilis e alguns tipos de carcinomas, é requisito básico para conduzir o tratamento adequado dessas enfermidades. É de suma importância a repetição dos exames, sendo que quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento e menor a probabilidade de desenvolver complicações graves.
Tratamento
O objetivo do tratamento é a eliminação das lesões identificáveis, logo, diminuir a transmissão da infecção, que parece ser mais significativa na presença das verrugas.
Porém, não há, até o momento, uma terapêutica capaz de erradicar o HPV, nem um tratamento ideal para todos os pacientes. O que torna o tratamento a ser individualizado, que deve-se levar em consideração o tamanho, quantidade e local da lesão, além de sua morfologia, preferência do paciente, custos, disponibilidade de recursos, efeitos adversos e a experiência do profissional de saúde. 
O tratamento é realizado por meio de procedimentos ou medicamentos. Medicamentos tópicos são indicados para redução e eliminação das
verrugas, tais como podofilina, ácido tricloroacético, fluoruracila, podofilotoxina e imiquimode. Os dois primeiros somente podem ser aplicados por profissionais médicos e os demais podem ser aplicados pelo próprio paciente. Crioterapia, eletrocauterização e excisão cirúrgica são procedimentos utilizados para a remoção ou destruição das lesões.
Conduta de enfermagem 
A atuação da enfermagem está ligada à identificação das lesões condilomatosas que normalmente ocorrem durante a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero ou por queixa do paciente em consulta com profissional de saúde, onde deve haver o aconselhamento às mulheres a realizar o preventivo, incentivá-las na persistência do tratamento e aumentar o suporte psicológico, caso a IST seja detectada.
Como o enfermeiro também atua na prevenção, deve-se enfatizar a importância da vacinação contra o HPV. No SUS, a vacina é disponibilizada para meninas com idade entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, portadores de AIDS, e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.
 
Referências 
· BRAS, Filipa; SARDINHA, Rosa; PACHECO, Amália. Modalidades terapêuticas no tratamento dos condilomas acuminados. Acta Obstet Ginecol Port,  Coimbra ,  v. 9, n. 5, p. 383-392,  dez.  2015 .   Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302015000400005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  09  jul.  2019. 
· FEBRASCO. Manual de orientação em trato genital inferior. São Paulo, 2010. 
· FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS SOCIEDADES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Papilomavírus Humano (HPV): Diagnóstico e Tratamento. São Paulo, 2002. 
· SOUSA, Leilane Barbosa de; PINHEIRO, Ana Karina Bezerra; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. Ser mulher portadora do HPV: uma abordagem cultural. Rev. esc. enferm. USP,  São Paulo ,  v. 42, n. 4, p. 737-743,  Dec.  2008 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400017&lng=en&nrm=iso>. access on  14 jul.  2019. 
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