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@diego_sanson UFJF O marcapasso fisiológico. Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia. Marcapasso → aparelho que dispara um sinal elétrico em direção ao coração e ajuda a controlar os ritmos de batimento cardíaco, de forma induzida, extrínseca ao coração. Marcapasso natural do coração → nó sinoatrial ou nodo, faz parte do sistema de condução que envolve fibras especializadas, não servem para contração, parece nervos, mas na verdade são fibras musculares diferenciadas, não contraem, servem para conduzir sinais elétricos Inicia no nó SA → feixes que direcionam esse impulso para a região atrial Depois todo esse sinal é convertido para uma única região → nó atrioventricular Feixes que ligam nó SA e nó AV → feixes internodais Nó AV tem um feixe de saída → feixe de Hiss, vai em direção ao septo AV e acaba se bifurcando nos dois ramos de Purkinje, descem em direção ao ápice do coração Os ramos então retornam pela parede ventricular, respectivamente Inicio de disparo do sinal elétrico que é levado a todo o musculo cardíaco levando a efetiva contração Não a proteínas contrateis nessas fibras de condução Ritmo de contração, quem determina o ritmo é os disparos no SA Conforme vai sendo propagado vai estimulando a musculatura cardíaca Canais de membrana ativados Na fibra ventricular → abertura dos canais rápidos de sódio que gera despolarização No repouso= -85 mV @diego_sanson UFJF Pico da concentração de sódio e elevação da voltagem Dentro da célula mais positivo Despolarização da membrana Abertura de canais dependentes de voltagem, canais lentos de cálcio e sódio Entrada ainda maior de cálcio e sódio para o interior da célula Manutenção de carga positiva dentro da célula, permitindo que haja um platô de despolarização Ate que a voltagem faz com que os canis rápidos de potássio se abram e um grande efluxo acontece, permitindo a repolarização Carga positiva sai da célula Retorna ao repouso O nó SA tem uma particularidade, uma condição de repouso diferente Existem canais permeáveis ao Ca e Na que se mantem abertos a todo o tempo Não fica em um repouso pleno Repouso em – 65 mV Permitem por difusão simples a entrada de cálcio e potássio para dentro da célula, modificando o potencial de repouso Vai aumentando o potencial de repouso Quando chega em -40 mV atinge um limiar de descarga, os canais voltagem (Ca e Na) dependente se abrem e permitem uma entrada de carga positiva maior, esse momento é de fato a despolarização do nó SA Não entendi muito bem como acontece a repolarização do nó SA Por isso se comporta como um marcapasso natural Na região desse nó tem a ausência de canais rápidos de sódio, e são os canais lentos de cálcio e sódio que se abrem, que são voltagem dependentes Determina a autoexitabilidade Manter uma ddp maior no repouso, fica mais próximo do limiar Por isso a efetividade dos canais simples Se os canais rápidos de potássio durante a repolarização, que acontece de forma semelhante ao restante do coração, permitir que saem uma quantidade muito grande de potássio da célula, acontece a hiperpolarização da célula e pode retardar o próximo disparo, pode haver uma modificação do ritmo cardíaco. @diego_sanson UFJF O que são marcapassos ectópicos? Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia Serão disparos de despolarização que podem acontecer a qualquer momento antes do nó Sinoatrial, pode acontecer por qualquer fibra muscular cardíaca Interfere no ritmo determinado pelo nó sinoatrial Transmissão rápida através do sistema de condução: Existem junções de alta permeabilidade O sinal é propagado de forma intensa e veloz Junções do tipo GAP também pelas fibras musculares cardíacas De acordo que vai tendo a transmissão do nó sinoatrial passando pelos feixes internodais e tendo contato direto com as fibras musculares atriais, acaba se propagando por todo tecido atrial de forma instantânea Sincício atrial: Sincício ventricular: Os dois estão separados por uma região fibrosa que isolada átrios de ventrículos, só tem uma região que permite essa passagem de sinal (união dos feixes internodais no nó atrioventricular) essa concentração que toda a despolarização é concentrada e direcionada para os ventrículos 0,03 s → tempo que leva para sair do nó sinoatrial e chegar no nó atrioventricular Retardado esse sinal no nó atrioventricular, pelas poucas junções GAP O sinal só sai do nó atrioventricular com aproximadamente 0,12 segundos Importante: átrios despolarizados, contração Concentra e retarda o que será a contração ventricular Depois feixe de Hiss Depois fibras de Purkinje 0,16 segundos Coincide com o tempo de observação do ECG Nó sinoatrial determina ritmo de contração → frequência em torno de 60-100 bpm (normocardia) FC= ciclos de contração ao longo de um minuto Esses valores não tem um consenso muito bem estabelecido Repouso pleno → redução da FC fisiologicamente Acima de 100 taquicardia Abaixo de 60 bradicardia @diego_sanson UFJF Em crianças é mais elevado a referência Se o nó sinoatrial não conseguir gerar esse ritmo, ele foi lesado, por exemplo O nó atrioventricular passa a determinar o ritmo do coração agora: Frequência de 40 - 60 bpm FC não suficiente para gerar um DC suficiente Se ele não conseguir garantir essa frequência, por uma lesão, por exemplo As fibras de Purkinje passam a determinar o ritmo do coração Frequência de 15-40 bpm Tentativa de manter ventrículos funcionantes, tentando manter a vida Na ausência das fibras de Purkinje → maior suscetibilidade para marcadores ectópicos, podendo ser feito por qualquer fibra muscular cardíaca Ventrículo precisa contrair Varias células em lugares distintos começam a emitir sinais de despolarização Dessincronizada, sem sincronia, o musculo não tem uma contração efetiva Reduz diâmetro na hora da contração Musculo fica em fibrilação ventricular, coração fica vibrando Pode desmaiar Síndrome de Stoke Adamns Disparo de marcapassos ectópicos Embora esse sinal percorre de forma veloz É possível diferenciar os tempos que ele vai percorrendo Marco 0, inicio até o nó atrioventricular =0,03 s Esse sinal demora até 0,16 segundos para chegar nas fibras de Purkinje na região septal Ápice do coração 0,18 s 0,22s atingir a parte mais distante do VE, por exemplo Pelo fato da massa do VE ser maior o sinal de despolarização demora mais para atingir toda a extensão Manter de forma cíclica os batimentos Esse sistema intrínseco de controle sofre influencia de um sistema extrínseco Fibras do SN simpático Grandes vasos e diretamente para as paredes ventriculares Estimula a contração mais vigorosa Força motriz de deslocamento maior Frequência também aumenta @diego_sanson UFJF Nervos para os nós, fibras do nervo vago Nervo dispara sinal para esses nós, supressão da atividade cardíaca, controle parassimpático Simpático → estimula, norepinefrina, os canis Beta 1 são ativados, intensifica despolarização Parassimpático → inibe, acetilcolina que tem um efeito sobre os canais rápidos de potássio, mais potássio para fora, gera hiperpolarização, fique mais difícil entrar uma despolarização, reduz FC A eletrocardiografia é o registro dos fenômenos elétricos cardíacos. Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia. O eletrocardiógrafo que registra a eletrocardiografia Registro dos fenômenos elétricos cardíacos ECG Experimentos sobre eletricidade e magnetismo Gaiola de Faraday Acontece também no tórax O coração gera eletricidade no seu interior e cargas são distribuídas na superfície do tórax O sinal elétrico que chega na superfície é baixo Necessidade de amplificadores de sinal de carga elétrica Amplificados e levados para os equipamentos de leitura Escrita em um papel milimetradoOscilação de uma haste X tempo Y traçado do eletrocardiograma Convenções se fizeram necessárias: Definir onde colocar os eletrodos para fazer a captação dos sinais elétricos Escolha do eletrodo positivo e o eletrodo negativo Positivo: no ápice do coração, mais próximo das fibras de Purkinje Negativo: na base do coração, mais próximo do nó sinoatrial Quando a despolarização se aproximar do eletrodo positivo a onda do ECG será desenhada para cima da linha de base (ausência de atividade elétrica) Inflexão será para siga Se a onda de despolarização estiver afastando do eletrodo positivo essa onda será inflexão será para baixo @diego_sanson UFJF Quando a intensidade da corrente elétrica é grande, vetor de corrente grande, a tendência da curva é a sua agudização Quando menor a intensidade da corrente mais tênue será essa curvatura da onda Para cima ou para baixo – intensidade alta ou baixa Quando a onda sai do nó sinoatrial, percorre os feixes internodais em direção ao nó AV, parte desse sinal percorre primeiro as paredes atriais em um sentido de afastamento e depois de aproximação para o nó AV O que importa é que existe muitos vetores de distanciamento e aproximação Alguns se anulam Atenua a intensidade do sinal elétrico resultante lido Primeira onda P → baixa intensidade, pela anulação de vetores, inflexão para cima Direção do nó sinoatrial para o nó atrioventricular Onde está a onda de repolarização atrial no eletrocardiograma? Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia. Sinal sai do nó sinoatrial e vai para o nó AV Resultante dos vetores de afastamento e aproximação Isso atenua a intensidade do sinal lido Esse trajeto gera a primeira onda (P): baixa intensidade e inflexão para cima Chegada do PA nó atrioventricular Tem um retardo de atividade elétrica nessa região, por menos numero de canais Logo a haste oscilante fica parada é um traçado acompanhando a linha de base, silêncio elétrico No feixe de Hiss toda a atividade elétrica está concentrada, não está sendo dissipada Faz um breve trajeto ascendente, afastamento do eletrodo positivo, inflexão do gráfico para baixo Não tem dissipação de carga e a transmissão está em um único feixe, a intensidade do sinal será um pouco maior e a tendência seria a agudização a curva que será desenhada Pequeno trajeto → onda Q inflexão para baixo e alta intensidade Depois Todo o sinal segue o feixe de Hiss e inicia a bifurcação para feixes de Purkinje Concentração de carga em direção a aproximação, mesmo que bifurcada Inflexão para cima, intensidade alta, maior intensidade registrada → onda R maior e mais agudizada, normalmente Logo em seguida @diego_sanson UFJF Esse sinal que chegou do ápice do coração retorna para a parede ventricular de forma ascendente, se afastando do positivo, tanto do ramo direito quanto esquerdo Dois sinais voltando para despolarizar toda a parede ventricular → inflexão para baixo Há um pouco de perda de intensidade por decomposição dos vetores → onda S Grande, mas não tanto quanto a onda R Formação da última onda T A onda P reflete a despolarização atrial Onda Q feixe de Hiss Onda R grande aproximação da região septal Onda S despolarização das paredes ventriculares Despolarização: influxo de sódio na célula, deixando o interior mais positivo e o exterior mais negativo A onda T é a onda que representa o relaxamento ventricular, acontece na repolarização Da mesma forma que a mare de despolarização acontece do nó sinoatrial em direção ao ápice ... a maré de repolarização também acontece Sofre despolarização depois vai se repolarizando Mesmo sentido Onda T repolarização ventricular (septal mais parede) - Septal aproximando - Ventricular afastando Repolarização: sódio sai da célula, inversão da carga Resulta em: Mudança na convenção Septal aproximando – para baixo Parede ventricular afastamento – para cima A resultante dessas duas ondas, por não serem da mesma intensidade, gera a onda T para cima Na maré de despolarização isso não acontece por ser mais rápida e ter sobreposição Na maré de repolarização tem uma interseção que gera uma única onda (T) Onde está a onda de repolarização atrial? Acontece em direção ao eletrodo positivo → curva para cima se fosse despolarização, sendo repolarização é para baixo A onda de repolarização atrial que seria desenhada para baixo, desta dentro do complexo QR @diego_sanson UFJF Intensifica a onda Q para baixo e ajuda a reduzir a amplitude da onda R Uma corrente anula a outra, essa onda acontece dentro do complexo, por isso ela não aparece, intensidade de Q e R são maiores Tempo de despolarização desde do nó sinoatrial até o sinal chegar na bifurcação das fibras de Purkinje = 0,16 segundos = tempo que parte do inicio da onda P ao inicio da onda Q O que são as derivações do eletrocardiograma? Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia. Willian Eitoven → estudou o comportamento gráfico das alterações elétricas do coração Posicionar os eletrodos em diferentes partes do tórax Comportamento sobre diversas perspectivas Diversas formas de observar um mesmo fenômeno 12 formas de posicionamento dos eletrodos As 12 derivações do eletrocardiograma Derivação 1: eletrodo negativo no membro superior D e o eletrodo positivo no membro superior E Comportamento gráfico diferente Vantagem: aquelas alterações de régios mais superiores (atriais) as ondas seriam melhores captadas, o gráfico representaria melhor Foi variando o posicionamento D2: diferença de potencial entre o braço direito e a perna esquerda. Terceira derivação D3: diferença de potencial entre o braço esquerdo e a perna esquerda. Atividade do lado esquerdo melhor retratada D1→ melhor região atrial D2→ melhor ventrículo direito D3→ melhor ventrículo esquerdo Culmina com mudanças de traçados Cada derivação tem um traçado especifico aVR direita aVL esquerda AVF pé Pode se posicionar sobre o tórax Derivações precordiais V1 paraesternal D @diego_sanson UFJF V2 paraesternal E, mais próximo da região de base de coração V3 V4 V5 V6 linha axilar média, mais lateral do tórax Positivo fica posicionado na variação dessas posições V1 e V2 → superior V3 e V4 → médio, foco VD V5 e V6 → lado esquerdo, VE Variação de acordo com o posicionamento do eletrodo D2 e V3/V4 é o que mais se parece com o padrão já descrito na explicação O que devemos buscar inicialmente? Identificar se o coração está em ritmo sinusal, se o ECG apresenta a definição clara de um ritmo que é ditado pelo nó S-A Nó S-A que comanda os disparos e contração Toda vez que ele dispara um sinal sobrepõe um sinal que possivelmente seria gerado no nó AV e nas fibras de Purkinje O nó S-A é o que de fato determina o ritmo Ritmo desse nó é mais frequente do que os outros, por isso se sobressai Antes mesmos dos outros montarem um sinal, já chegou um sinal do nó S-A, suprimento um sinal que o AV poderia estar montando para disparar Uma pessoa fala muito pouco → nó AV Outra fala demais, sobressai → nó S-A Terá Onda p @diego_sanson UFJF Zona de silencio Onda Q Onda R septo interventricular Onda S, parede ventricular Onda T, relaxamento Padrão que se repete ao longo do tempo, ritmo sinusal Sem outras interferências e eventos Pode ser em normo, bradi e taqui cardia sinusal Ritmo padronizado O padrão da onda R varia de acordo com a derivação Importante que conheça os padrões nas diferentes derivações Eixo X → voltagem mV Eixo Y → amplitude Onda P, 0,25 mV Onda Q, 0,1 Onda R 1 mV Onda T 0,3 Padrão inclusive de amplitude Graduação milimetrada que determina os padrões estudados Velocidade de impressão da fita é sempre constante 25 mm/s Da pra determinar FC a partir do ECG Como analisar FC então? 25 mm/s @diego_sansonUFJF 25 mm/s em 60 s em 1 minuto → 1500 mm Em 1 minuto imprimiu 1500 mm O coração normal, os intervalos são regulares Basta analisar o intervalo entre duas ondas consecutivas Onda R e próxima Onda R Essa distancia sempre será a mesma ao longo de um minuto 1500 mm/ por esse intervalo=FC Considerando ritmo regular, sem arritmias É possível haver uma taquicardia atrial com ritmo ventricular regular? Excitabilidade do músculo cardíaco e princípios sobre eletrocardiografia. Pensar na independência elétrica que existe entre a região atrial e a região ventricular É possível sim Disparo ectópico atrial junto com o nó S-A Começa emitir de forma numerosa estímulos adicionais Sincício atrial promove disparos adicionais Gerando pequenas ondas Onda P serrilhada Mais de uma fibra disparando, átrio fica vibrando Vetores aleatórios, direções diferentes, contrações em momentos diferentes Mantendo o complexo QRS Se fosse nos ventrículos seria bem mais grave, dessincroniza da contração ventricular reduz DC sistólico, dano volumétrico para todo o sistema Fibrilação ventricular, ausência de padrão eletrocardiográfico, não existe padrão Forma aleatória, eventos elétricos distintos @diego_sanson UFJF Um dos ramos da fibra de Purkinje com infarto Lesão só do lado direito, exemplo Bloqueio de ramo direito, intensidade reduz Atenuação da inflexão da onda R, perde força e reduz tamanho
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