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1-Sistema Circulatorio

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Sistema Circulatório
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O sistema circulatório  é a estrutura anatômica composta pelo sistema cardiovascular que conduz e circula sangue e o sistema linfático que conduz a linfa de forma unidirecional para o coração.
Nos seres humanos, o sistema cardiovascular consiste no coração, vasos sanguíneos ( artérias, veias e capilares ) e sangue.  O sistema linfático que é composto de vasos linfáticos , gânglios, órgãos linfáticos (o baço e o timo ), medula óssea, tecidos linfáticos (como amígdala e placas de Peyer ) e linfa.
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo fluido especializado, com uma matriz coloidal líquido, um complexo e uma constituição característica cor vermelha. Tem uma fase sólida ( elementos de forma ), que inclui leucócitos (ou glóbulos brancos ), eritrócitos (ou glóbulos vermelhos ), plaquetas e uma fase líquida, representada pelo plasma sanguíneo.
A linfa é um líquido transparente que viaja através dos vasos linfáticos e geralmente é desprovido de pigmento. Ocorre após o excesso de fluido que deixa os capilares sanguíneos no espaço intersticial ou intercelular e é coletado pelos capilares linfáticos , que drenam vasos linfáticos mais espessos para convergir para dutos que se descarregam nas veias subclávias.
A principal função do sistema circulatório é passar nutrientes (como aminoácidos , eletrólitos e linfa), gases, hormônios , células sanguíneas, entre outros, para as células do corpo, coletar os resíduos metabólicos que são então removidos pelos rins, na urina e pelo ar expirado nos pulmões, rico em dióxido de carbono (CO 2).
Tipos de sistemas circulatório:
Existem dois tipos de sistemas circulatórios:
Sistema circulatório fechado: neste tipo de sistema circulatório, o sangue viaja dentro de uma rede de vasos sanguíneos, sem deixá-los. O material transportado pelo sangue atinge os tecidos através da difusão. É característico de anelídeos , cefalópodes e todos os vertebrados, incluindo humanos.
Sistema circulatório aberto: neste tipo de sistema circulatório, o sangue não está sempre contido em uma rede de vasos sanguíneos. O sangue bombeado pelo coração viaja através dos vasos sanguíneos e irriga diretamente as células, retornando mais tarde por diferentes mecanismos. Este tipo de sistema ocorre em muitos invertebrados , incluindo artrópodes , que incluem crustáceos, aranhas e insetos; e moluscos não cefalópodes , como caracóis e moluscos. Esses animais têm um ou mais corações, uma rede de vasos sanguíneos e um grande espaço aberto no corpo chamado hemocele.
A circulação de sangue ou circulação sanguínea descreve o caminho que o sangue faz desde que ele sai até retornar ao coração. A circulação pode ser simples ou dupla:
Circulação simples: ocorre quando o sangue forma um único ciclo e, no seu curso, passa apenas uma vez pelo coração. O sangue passa uma vez pelo coração em cada curva.
Circulação dupla do sangue, o sangue passa duas vezes pelo coração em cada curva.
Sistema Circulatório tem a função de transporta e distribuir substâncias pelo o organismo.
Estrutura
Cada célula do corpo de um organismo complexo constrói suas próprias enzimas e outras proteínas .Além desses processos ,comuns a todas células ,existem ainda as diversas funções especializadas. Para exercerem essas atividades ,as células precisam de oxigênio e de nutrientes e têm de eliminar gás carbônico e outros resíduos .No homem essas necessidades são atendidas por um sistema circulatório fechado, que consiste de sangue, vasos e coração , o sangue é o meio de transporte, os vasos são os tubos pelos quais o sangue flui e o coração fornece a força que movimenta o sangue pelos vasos.
Coração
É um órgão oco, formado por quatro cavidades .As duas superiores se chamam átrios e as duas inferiores se chamam ventrículos .o átrio direito e comunica com o ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo através de uma válvula chamada mitral(bicúspide)
O coração é revestido externamente por uma membrana , o pericárdio e internamente o revestimento é feito pelo endocárdio.
O coração está situado acima do músculo diafragma ,entre os dois pulmões , numa região chamada mediatismo .apresenta-se com um formato cônico ,tem aproximadamente o volume de uma mão fechada .
Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos compreendem artérias, veias e capilares . Dos três tipos as artérias possuem paredes mais espessas e mais fortes, constituídas de três camadas ,por causa de sua elasticidade, as artérias se expandem quando o sangue é nelas bombeado e depois relaxam lentamente .
As veias são vasos que levam o sangue do corpo para o coração. Suas paredes musculares são mais finas que as das artérias. Isso porque elas não auxiliam no impulso do sangue . Apresentam válvulas que impedem a volta do sangue .
O sangue é bombeado pelo ventrículo esquerdo para a maior artéria do corpo, a aorta, Artérias ligeiramente menores ramificam-se da aorta e dão ,por sua vez, origem a ramos ainda menores , as artérias , das quais o sangue flui para os capilares.
Os capilares apresentam em suas paredes , uma única camada de células epiteliais sem fibras musculares. As trocas de gases , nutrientes e resíduos entre o sangue e os tecidos ocorrem através dessas finas paredes dos capilares .
Movimentos do coração
Sístose- contração 
Diástose- relaxamento
Sangue
Plasma- parte líquida 
Elementos figurados – parte sólida 
Hemácias– transporte de gases 
Leucócitos- defesa do organismo 
Plaquetas- coagulação sangüínea
No lado direito do coração o sangue é venoso e no lado esquerdo do coração o sangue e arterial.
Tipos de circulação
Pequena circulação– coração, pulmões, coração, Vd ,pulmões, Ae 
Grande circulação- coração , sistema , coração, VE , sistema , Ad 
Vasos participantes : artéria aorta e veias cavas.
Circulação humana
Em primeiro lugar quando sangue chega ao átrio direito passa pela tricúspide e vai para o ventrículo direito. Do ventrículo direito o sangue passa pela artéria pulmonar e entra no pulmão onde troca de sangue , passa a ser sangue arterial e entra no átrio esquerdo que passa através da díscupide para o ventrículo esquerdo onde passa pela artéria aorta vai para o sistema . retorna ao coração como sangue venoso, através da veia carva interior .
Grupos sangüíneos
Antígeno– qualquer corpo ou substância estranha em nosso corpo. 
Anticorpo – proteínas de defesa
Sistema AOB
Sangue receptor universal(AB rh+)
Sangue doador universal (O rh -)
Eristoblastose fetal ou doenças hemolítica do recém nascido(dhrn).
Mãe –Rh- 
Pai- Rh 
Filho- Rh
Única condição para que o filho possa apresentar a doença.
Prevenção
Soro anti- RH (rogam)
Anticorpos Rh –destrói as hemáceas do filho que entraram em contato com o sangue da mãe , consequentemente esta não produzirá mais anticorpos.
Conceito
O sistema circulatório é controlado pelo coração que bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos.
O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos.
Divisão
Sistema sanguíneo: são representados pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e o coração.
Sistema linfático: formado pelos vasos condutores de linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfóides (linfonodos e tonsilas).
Órgãos hemopoiéticos: representados pela medula óssea e pelos órgãos linfóides (baço e timo).
Função
Levam material nutritivo e oxigênio às células
Sistema Sanguíneo
Coração
É um órgão muscular, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Ela impulsiona o sangue através dos vasos sanguíneos para várias partes do corpo.
O lado direito do coração recebe o sangue desoxigenado do corpo (baixa taxa de oxigênio) e bombeia para os pulmões, enquanto o lado esquerdo recebe o sangue oxigenado dos pulmões e o bombeia para o interior da artéria aorta, para distribuição ao corpo.
Estrutura do coração
O tecido muscular que forma o coração é de tecido especial – tecido muscular estriado cardíaco denominado de miocárdio. Internamenteexiste uma camada chamada endocárdio e externamente há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio ou pericárdio visceral.
Cavidade
A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (2 átrios e 2 ventrículos) e entre átrios e ventrículos existem orifícios denominados de valvas.
Peso do coração: no homem varia de 280 a 340g, na mulher, de 230 a 280g.
Forma
O coração tem a forma aproximada de um cone, apresentando uma base que corresponde à área ocupada pelos átrios direito e esquerdo e pelas raízes dos grandes vasos da base do coração, um ápice (formado pelo ventrículo esquerdo) e 3 faces uma anterior (esternocostal), uma inferior (diafragmática) e o dorso (posterior).
Faces
Face ESTERNOCOSTAL – é formada principalmente pelo átrio direito e ventrículo direito, separados por um sulco denominado sulco coronário.
Face DIAFRAGMÁTICA – é formada pelos ventrículos direito e esquerdo separados pelo sulco interventricular anterior e posterior.
Face POSTERIOR – é formada pelos átrios e parte do ventrículo esquerdo.
Situação
O coração fica situado na cavidade torácica, atrás do osso esterno, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa, no espaço compreendido entre os dois pulmões denominado mediastino. Tanto o coração como as raízes dos grandes vasos ocupam o pericárdio que está localizado no mediastino médio.
Mediastino
É um compartimento localizado na região mediana da cavidade torácica e é dividido em superior e inferior.
No mediastino superior localizam-se as seguintes estruturas:
Timo – Traquéia
Grandes veias – Esôfago
Grandes artérias – Ducto torácico.
O mediastino inferior é dividido em mediastino médio (coração e pericárdio), o mediastino anterior e o posterior.
Pericárdio
É um saco seroso de parede dupla que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos, que está localizado no mediastino médio, posteriormente ao corpo do esterno.
O pericárdio é constituído de 2 partes: uma espessa lâmina externa composta por tecido fibroso denso, denominado de pericárdio fibroso, e um saco interno de parede dupla composto de uma membrana transparente chamada de pericárdio seroso.
Pericárdio Fibroso
É um saco externo, resistente, cuja função é proteger o coração um superenchimento repentino. Seu ápice é perfurado pela aorta, tronco pulmonar e veia cava superior.
Pericárdio Seroso
É constituído por 2 lâminas: uma lâmina parietal é unida a face interna do pericárdio fibroso e é tão intimamente aderente a ela que são difíceis de separar. A lâmina visceral é refletida sobre o coração onde ela forma o epicárdio, a camada externa da parede do coração.
Irrigação
É formado por um agrupamento de artérias e veias dispostos em forma de anel, ao nível do sulco atrioventricular. O suprimento arterial do coração é fornecido pelas artérias coronárias direita e esquerda, que se originam da aorta, e as veias cardíacas (PARVA, MAGNA e MÉDIA) que desembocam no seio coronário são responsáveis pela drenagem venosa. Se for obstruída a circulação coronária, dá-se o infarto do miocárdio.
Câmaras cardíacas
ÁTRIO DIREITO
Nele desembocam as veias cavas superior e inferior. O interior do AD é dividido em 2 partes por uma saliência vertical, a crista terminal, que corresponde a um sulco exterior, o sulco terminal.
As cristas paralelas que surgem a partir da crista terminal constituem os músculos pectinados. A parte do AD situada posteriormente à saliência apresenta paredes lisas e recebe as veias cavas superior e inferior e o seio coronário. A abertura da VCS é isenta de qualquer valva. As aberturas da VCI e do seio coronário são guarnecidas de valvas rudimentares.
A parede póstero-medial do AD é formado pelo septo atrial. No septo existe uma depressão rasa denominada de fossa oval, a margem superior da fossa chama-se de limbo da fossa oval.
O óstio atrioventricular direito ou óstio tricúspide é protegido pela valva atrioventricular direita. O óstio do seio coronário abre-se entre o óstio da VCI e o óstio tricúspide.
VENTRÍCULO DIREITO
A cavidade do ventrículo é triangular. O VD comunica-se com o AD através do óstio atrioventricular direito que é protegido pela valva atrioventricular direita.
A parede do VD apresenta três cúspides, denominadas de septal, posterior e anterior.
Tanto no VD como no VE encontraremos as mesmas estruturas como por exemplo: nas margens e superfícies ventriculares das cúspides estão conectadas a pequenas projeções musculares sobre a parede ventricular, denominadas músculos papilares e um grande número de cordões tendinosos, além de feixes musculares denominados de trabéculas cárneas.
ÁTRIO ESQUERDO
O AE juntamente com sua aurícula está situado atrás do AD e forma a maior parte da base do coração. Está separado do VD pelo sulco coronário. Observaremos os 4 óstios das veias pulmonares as quais desembocam no AE e são isentas de valvas, o interior do AE é liso.
VENTRÍCULO ESQUERDO
O VE tem formato cônico e o mesmo comunica-se com o AE através do óstio atrioventricular esquerdo, e com a artéria aorta através do óstio aórtico que está protegido pela valva aórtica a qual é constituída por três válvulas semilunares (são lâminas de tecido conjuntivo em forma de bolso, com o fundo voltado para o ventrículo e a abertura voltada para a luz da artéria).
A valva atrioventricular esquerda ou valva bicúspide ou ainda válvula mitral reveste o óstio atrioventricular esquerdo apresentando duas cúspides, uma anterior e outra posterior. As paredes do VE são 3 vezes mais espessas que as do VD.
Inervação do coração
O coração é inervado por fibras simpáticas e parassimpáticas do sistema nervoso autônomo, através dos plexos cardíacos.
Movimentos cardíacos
Para o coração realizar sua função de bombeamento de sangue, ele efetua movimentos de contração e relaxamento da musculatura de suas câmaras, denominados de sístole e diástole, respectivamente.
DIÁSTOLE
inicia com o enchimento dos átrios com sangue proveniente das veias cavas superior e inferior e veias pulmonares ocorrendo a abertura das válvulas atrioventriculares, ocasionando o enchimento passivo de sangue para os ventrículos.
SÍSTOLE
Com a contração ventricular, as válvulas sigmóides – aórtica e pulmonar – abrem-se permitindo a passagem do sangue dos ventrículos para a aorta e para as artérias pulmonares, respectivamente.
Sistema de condução elétrica do coração:
A freqüência dos batimentos cardíacos é controlada por este sistema. Dele depende que o coração contraia-se entre 60 a 80 vezes por minuto no adulto e 130 no recém-nascido e que mantenha um ritmo. O sistema de condução elétrica do coração é constituído pelo nódulo sinusal ou nó sinoatrial que é composto por células peculiares de estriações longitudinais de 2 cm de comprimento e 2 mm de largura, situado entre o átrio e a VCS ao nível do sulco terminal, onde se iniciam os impulsos elétricos responsáveis pela contração cardíaca. Posteriormente, estimula-se o nódulo atrioventricular ou nó atrioventricular, seguindo-se o feixe de His e seus ramos direito e esquerdo.
TIPOS DE CIRCULAÇÃO
Circulação pulmonar ou pequena circulação
O sangue que entra no AD passa para o VD de onde é bombeado através das artérias pulmonares e daí para os capilares pulmonares. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado retorna ao AE através das veias pulmonares. É uma circulação coração-pulmão-coração.
Circulação sistêmica ou grande circulação
Do AE, o sangue oxigenado flui para o VE, de onde é bombeado através da artéria aorta e seus vários ramos, e daí aos capilares de todas as regiões do corpo, retornando ao coração (pelo AD) com sangue venoso através das veias cavas superior e inferior. É uma circulação coração-tecido-coração.
OBS. Volume do sangue corporal: cerca de 5 litros.
Capacidade de cada câmara cardíaca: 60 a 70 ml.
Circulação colateral
São comunicações denominadas anastomoses existente entre artérias ou veias entre si. É um mecanismo de defesa do organismo, para irrigar ou drenar determinado território quando há obstrução de artérias ou veias de relativo calibre.
Circulação portal
É quando uma veia se interpõe entre duasredes de capilares. Ex. Circulação portal-hepática, provida de uma rede capilar no intestino e outra rede de capilares sinusóides no fígado, ficando a veia porta interposta entre as duas redes.
VASOS SANGUÍNEOS
Tipos de vasos sanguíneos:
ARTÉRIAS
São tubos cilindroides, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração, ou seja, são vasos que conduzem o sangue do coração para os capilares.
Ramos
a) Ramos terminais
Quando a artéria divide-se em ramos e o tronco principal deixa de existir por causa desta divisão, os ramos são denominados de terminais. Ex. artéria braquial ao nível do cotovelo bifurca-se em duas outras – artérias radial e ulnar.
b) Ramos colaterais
É quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir. E quando o ramo colateral forma um ângulo obtuso, recebe o nome de ramo recorrente, e neste caso, o sangue circula em direção oposta àquela da artéria de origem.
Classificação
Quanto ao tamanho do seu calibre, as artérias podem ser classificadas em:
a) Artérias de grande calibre – quando têm o diâmetro interno acima de 7 mm. Ex. Aorta – 30 mm.
b)Artérias de médio calibre – têm o calibre entre 2,5 a 7 mm.
c) Artérias de pequeno calibre – são arteríolas com menos de 0,5 mm.
Estrutura
a) TÚNICA INTERNA ou Camada interna: é um revestimento interno constituído de células endoteliais apoiando-se em uma fina camada de tecido conjuntivo, externamente a esta encontra-se a membrana elástica interna, formada por fibras elásticas.
b) TÚNICA MÉDIA ou Camada média: compõe-se de camadas de fibras musculares lisas e tecido elástico, dispostos alternadamente em rede fibrosa.
c) TÚNICA EXTERNA ou Adventícia: é constituída por tecido conjuntivo fibroso de considerável resistência e de algumas fibras elásticas.
Situação
a) Superficiais: em geral são originadas de artérias musculares e se direcionam para a pele.
b) Profundas: a maioria das artérias são profundas. Quando acompanhadas de veias e nervos o conjunto recebe o nome de feixe vásculo-nervoso.
VEIAS
São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação ao coração, ou seja, são vasos que conduzem o sangue a partir dos capilares para o coração.
Classificam-se também quanto ao tamanho em grande, médio e pequeno calibre. O número de veias é maior que o das artérias. Geralmente há duas veias acompanhando uma artéria.
Elas se classificam em superficiais e profundas, sendo que as veias superficiais são subcutâneas, visíveis, mais calibrosas nos membros e no pescoço.
Veias comunicantes: são veias que comunicam as veias superficiais com as veias profundas.
Válvulas venosas
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, são delicadas pregas membranosas da camada ou túnica interna da veia, em forma de bolso, presente na maioria das veias de pequeno e médio calibre.
Função
Orienta a direção da corrente sangüínea, permitindo sua circulação apenas na direção do coração e impedindo o seu refluxo.
OBS. A força do bombeamento cardíaco diminui à medida que o sangue passa por vasos de calibre cada vez menores e sobretudo nos capilares. Nas veias, a tensão e a velocidade do sangue são menores que nas artérias. Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as veias e impulsiona o sangue nelas contido. A insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e conseqüente estase sanguínea formando as varizes.
CAPILARES SANGÜÍNEOS
São vasos microscópicos, interpostos entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos e são formados apenas por uma camada endotelial.
VASOS DA BASE DO CORAÇÃO
Os vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração, têm suas raízes situadas na base deste órgão. No átrio direito desembocam a veia cava superior e a veia cava inferior.
Veia cava superior
É uma grande veia que drena o sangue da cabeça, pescoço, membros superiores e parede torácica, ou seja, estruturas localizadas acima do diafragma ( exceto os pulmões e o coração). Com cerca de 7 cm de comprimento este vaso entra no AD verticalmente pela face superior. A VCS localiza-se no mediastino superior e é formada pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda.
Veia braquiocefálica direita
Esta veia curta, quase vertical, forma-se posteriormente à extremidade medial da clavícula, pela união das veias jugular interna e subclávia direitas.
Veia braquiocefálica esquerda
Esta grande veia forma-se posteriormente à articulação esternoclavicular esquerda pela união das veias jugular interna e subclávia esquerdas.
Veia cava inferior
Penetra pela parte inferior do AD, formada a partir da união das veias Ilíacas comuns.
No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares em número de quatro.
Veias pulmonares
As veias pulmonares saem de cada pulmão levando sangue oxigenado para o AE.
Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que após curto trajeto bifurca-se em artérias pulmonares direita e esquerda, para os respectivos pulmões.
Artéria pulmonar direita
Ao sair do VD localiza-se à direita e atrás da artéria aorta ascendente e VCS, para entrar na raiz do pulmão direito.
Artéria pulmonar esquerda
Sai do VD e entra na raiz do pulmão esquerdo. Esta artéria é mais curta e menos calibrosa que a direita, está ligada ao arco aórtico pelo ligamento arterial, remanescente fibroso do ducto arterial.
Do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, que se dirige para cima e depois para trás e para a esquerda, formando assim o arco aórtico.
Artéria aorta
É a maior artéria do corpo humano.
A aorta torácica divide-se em: aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente.
Aorta ascendente
Inicia na base do VE, seguindo para cima e para diante e origina dois ramos: Artérias coronárias direita e esquerda.
Artéria coronária direita
Tem origem no seio aórtico anterior direito e corre para diante, entre o tronco pulmonar e a aurícula, desce no sulco coronário e emite ramos irrigando principalmente o AD, VD e parte do nódulo AS e do nódulo AV através dos seus ramos marginal e interventricular posterior, que se anastomosa com a artéria coronária esquerda.
Artéria coronária esquerda
Tem origem no seio aórtico esquerdo, posteriormente à artéria pulmonar e corre entre ela e a aurícula esquerda, é mais calibrosa e sua área de irrigação é maior, nutrindo principalmente o AE, VE, nódulo SA e AV através dos seus ramos interventricular anterior e o circunflexo.
Arco aórtico
Está localizado no mediastino superior, é a continuação curva da aorta ascendente, seguindo posteriormente e para a esquerda terminando com a aorta descendente.
Ramos do arco aórtico Tronco arterial braquiocefálico
É o primeiro e maior dos três ramos deste arco, localiza-se atrás do manúbrio do esterno, no plano mediano, anterior à traqueia, subindo pelo lado direito da traqueia e da articulação esternoclavicular direita onde divide-se em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita.
Artéria carótida comum esquerda
Origina-se do arco aórtico à esquerda do tronco braquiocefálico e dirige-se para o pescoço, à esquerda da traqueia.
Artéria subclávia esquerda
Origina-se do arco aórtico, sobe lateralmente a traquéia e esôfago para entrar na raiz do pescoço.
Aorta descendente
É a parte torácica da artéria aorta, inicia ao nível de T4 até T12, passando pelo hiato aórtico do diafragma e continua com a aorta abdominal.
SISTEMA LINFÁTICO
É um sistema formado por vasos e órgãos linfóides e nele circula a linfa, sendo um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxilia o sistema venoso. É formado pelos vasos condutores de linfa. Ex. Capilares, vasos e troncos linfáticos, além dos órgãos linfóides.
LINFA
É um fluido aquoso claro coletado pelos capilares linfáticos a partir do compartimento de fluido intersticial (espaços intercelulares) em vários tecidos, o excesso desse fluido é filtrado através dos linfonodos e retorna à corrente sanguínea.
Capilares linfáticos: São pequenos vasos que drenam a linfa dos tecidos e são, por sua vez drenados pelos vasos linfáticos. Sãomais calibrosos que os capilares sangüíneos sendo extremamente abundantes na pele e nas mucosas.
Vasos linfáticos: Possuem válvulas, drenam a linfa que segue para o tronco linfático. Apresentam aspecto semelhante ao de um colar de pérolas, devido às suas numerosas válvulas. Os vasos linfáticos que conduzem a linfa para os linfonodos são chamados de vasos linfáticos aferentes, enquanto aqueles que deixam um linfonodo são chamados de vasos linfáticos eferentes. Os vasos linfáticos superficiais estão localizados na pele drenando para os vasos linfáticos profundos.
Vasos linfáticos profundos: Estão localizados na fáscia profunda entre os músculos e a fáscia superficial.
Troncos linfáticos: São vasos linfáticos maiores, que unem-se para formar ductos linfáticos.
Ductos linfáticos: São formados pela união de vários troncos linfáticos e dividem-se em ducto linfático direito e ducto torácico.
Ducto linfático direito
1. T.L. Jugular interno: que acompanha a veia jugular interna do pescoço.
2. T.L. Subclávio direito : acompanha a veia subclávia na raiz do membro superior direito.
3. T.L. Broncomediastinal: que termina isolada ou juntamente, próximo do ângulo de confluência das veias jugular interna e subclávia direitas.
Ducto torácico
Inicia ao nível do abdome como um saco dilatado, a cisterna do quilo. Atravessa o hiato aórtico no diafragma indo até a raiz do pescoço, onde recebe os troncos linfáticos jugular esquerdo, subclávio esquerdo e broncomediastinal.
O ducto torácico é o maior tronco linfático, pois o mesmo drena a linfa do corpo inteiro exceto L:
1) do lado direito da cabeça e pescoço
2) membro superior direito
3) metade direita da cavidade torácica ( ducto linfático direito)
Geralmente o ducto torácico desemboca na junção da veia jugular interna com a veia subclávia, do lado esquerdo.
A cisterna do quilo é um saco dilatado na extremidade inferior do ducto torácico dentro do qual drenam os troncos linfáticos intestinal e lombar.
OBS: Os vasos linfáticos estão ausentes no sistema nervoso central, na medula óssea, nos músculos esqueléticos (mas não no tecido conjuntivo que os reveste) e em estruturas avasculares.
LINFONODOS
São compostos de pequenas massas de tecido linfático arranjadas ao longo do trajeto dos vasos e são estruturas achatadas, ovais ou em forma de rim que podem ser palpadas quando estão aumentadas, que se interpõem no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente circulatória de microorganismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo.
São elementos de defesa imunitária e erradicação de processos infecciosos, pois produzem linfócitos e macrófagos. Os linfonodos geralmente localizam-se no pescoço e nas cavidades torácica, abdominal e pélvica. Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e tornar-se doloroso, fenômeno conhecido como gânglio infartado com o nome vulgar de íngua.
OBS: O fluxo da linfa é relativamente lento durante os períodos de inatividade de uma área ou órgão. A atividade muscular provoca o aparecimento de fluxo mais rápido e regular e este fluxo aumenta durante o peristaltismo e também com o aumento dos movimentos respiratórios, não sendo influenciado pelo aumento da pressão arterial.
FUNÇÕES
Drenagem do fluido tissular
Absorção e transporte de gordura: os pequenos capilares linfáticos chamados quilíferos, que drenam o intestino, contêm considerável quantidade de gordura após uma refeição gordurosa. A linfa cremosa chamada de quilo é levada para o ducto torácico para a veia subclávia esquerda.
Mecanismo de defesa do corpo: produzem anticorpos, os quais são conduzidos para a corrente sangüínea.
ÓRGÃOS LINFÓIDES
Baço
É um grande órgão vascular linfático, situado no lado esquerdo da cavidade abdominal, junto ao diafragma, ao nível das 9o, 10o, 11o costelas. Apresenta duas faces, uma relacionada com o diafragma – face diafragmática – e outra relacionada com as vísceras abdominais – face visceral. Nesta verifica-se a presença de uma fenda – o hilo do baço, onde penetram vasos e nervos. O baço é irrigado pela artéria esplênica e a drenagem venosa se realiza pela veia esplênica.
Timo
É um órgão linfóide, achatado, bilobulado de coloração rósea, formado por uma massa irregular, situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço. A porção torácica fica atrás do esterno e a porção cervical anteriormente e dos lados da traqueia. O timo cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. A seguir, começa a regredir, sendo grande parte de sua substância substituída por tecido adiposo e fibroso, não desaparecendo totalmente. Sua função durante o princípio da vida no desenvolvimento das funções imunológicas (produção de linfócitos).
O sistema circulatório é composto por: 
 
1 órgão principal ( coração ) e tubos ( artérias, veias, venulas, capilares ) que fazem a rede de comunicação do coração até as células do corpo.
Sua função principal é de levar oxigênio e nutrientes.
O oxigênio fornecido pelo sistema respiratório, os nutrientes fornecidos pelo sistema digestivo e quem controla este processo é o SNC.
CORAÇÃO
Orgão impar localizado no tórax entre os dois pulmões ( mediastino ) com o ápice voltado levemente para o lado esquerdo, logo abaixo do externo. Possui 4 cavidades 2 superiores (atrios), e 2 inferiores (ventrículos). É formado por 3 camadas musculares epicárdio (a mais externa), o miocárdio (região contrátil do coração), e o endocárdio (a mais interna). É revestido por um saco fibroseroso que possui 2 camadas, a mais externa é fibrosa, e a mais interna é serosa, esta estrutura é chamado de Saco Pericardico. O coração é uma bomba contrátil, propulsora responsável por ejetar todo o sangue que até ele chega.
VASOS SANGuÍNEOS
Os vasos sanguíneos são tubos compostos por músculos lisos (controlado pelo sistema nervoso autônomo) responsável pela condução do sangue para todos os tecidos e para o coração.
São divididos em:
Artérias
Veias
Arteríolas
Venulas
Capilares
Os vasos possuem movimentos peristáuticos.
VÁLVULAS
O sistema de válvulas tem por função evitar o refluxo sanguíneo.
No lado esquerdo encontramos no coração a válvula bicúspede ou mitral e no lado direito a válvula tricúspede.
As válvulas atrio ventriculares são controladas pelos músculos papilares.
CICLO CARDÍACO
PEQUENA CIRCULAÇÃO (coração – pulmão – coração )
O ventrículo direito ao se contrair, abre a válvula pulmonar ejeta o sangue até os pulmões através da artéria tronco pulmonar. No pulmão irá captar o oxigênio e fara o retorno do sangue oxigenado para o coração através das veias pulmonares (átrio esquerdo).
GRANDE CIRCULAÇÃO
O ventrículo esquerdo ao se contrair, abre a válvula aórtica ejetando o sangue oxigenado e rico em nutrientes para todos os tecidos do corpo através da artéria aorta, este sangue oxigenado passará pelos capilares, deixando o oxigenado e nutrientes e capitando os resíduos metabólicos e CO2 que serão levados para o átrio direito através das veias cavas superiores e inferiores.
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
O ventrículo esquerdo ao se contrair abre a válvula aórtica e ejeta o sangue através da artéria aorta, que possui sua primeira divisão próximo ao coração, formado pelas artérias coronarianas direita e esquerda que tem como função levar o sangue oxigenado ao miocárdio. Após a liberação do sangue oxigenado e a captação dos resíduos metabólicos que são levados pelas veias coronarianas até o seio coronáriano, que é a transição do sistema venoso com o atrio direito.
O sistema circulatório subdivide-se em:
SISTEMA SANGUINEO
SISTEMA LINFÁTICO
SISTEMA EMATOPOÉTICO
O sangue é formado de plasma, células sanguineas ( hemácias, leucócitos, plaquetas ), proteína, hormônio.
A válvula do coração é composto de várias valvas.
Para haver nutrientes , O2 e remoção de resíduos metabólicos, CO2 o sangue sai do sistema arterial passando por vários vasos de menores calibres até chegar a nível capilar, é só neste instante que é feito o processo dito acima com as células.
HEMATOSE TECIDUAL
É a troca de nutrientes e O2nas células e a remoção CO2 e resíduos metabólicos.
HEMATOSE PULMONAR
É a troca de CO2 do sangue levado ao pulmão para O2.
O processo de nutrientes no sangue ocorre quando as células do intestino absorve os nutrientes dos alimentos pré-processados pelo estômago enviando este material para o sangue pelas vias capilares, que vão para as “veia porta ” este sangue rico em nutrientes passa pelo fígado que verifica a qualidade do sangue, após este processo o sangue vai para a veia “cava inferior ”
PRESSÃO SISTÓLICA
É a pressão do sangue na localidade do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. A pressão é de 120 mmhg. ( contração do coração )
PRESSÃO DIÁSTOLE
É a pressão do sangue na localidade do ventrículo esquerdo para a artéria aorta no relaxamento. A pressão é de 80 mmhg.
Ventrículo Esquerdo
120 x 80 mmhg
Ventrículo Direito
25 x 8 mmhg
Pressão nas Arteríolas é de 35 mmhg
Capilares é de 17 mmhg
Vénulas é de 10 mmhg
O retorno do sangue pelas veias, na entrada do átrio, tem a pressão de 0 mmhg.
O refluxo do sangue e contido através de válvulas encontradas nas artérias e veias.
Ex: Artéria Aorta: Válvula semilunar aórtica.
Artéria Tronco Pulmonar: Válvula semilunar pulmonar
As artérias e veias são formados por camadas de músculos, tendo que as artérias tem mais camadas que as veias, pois a pressão da artéria é bem maior que da veia e conforme vai diminuindo o calibre das mesmas vai diminuindo suas camadas.
Em repouso a sístole ventricular e de 70 ml por minuto.
Em 1 minuto passa pelo coração 4900 ml de sangue.
A quantidade de absorção realizada pelos tecidos pode ser controlado pela própria necessidade tecidual ou pelo SNC.
As células quando estão debilitadas ( sem O2 e nutrientes ) , por alguma lesão ou motivo patológico liberam substâncias químicas tentando avisar que precisam de ajuda, além de avisar o SNC que envia um PA para o coração para que o mesmo trabalhe mais enviando mais sangue para o local debilitado, mas estas substâncias também estimulam o esfincter pré-capilar, que é uma válvula recoberto de uma camada muscular ao redor deste capilar, liberando ou restringindo o fluxo do sangue.
Esquemia
É a obstrução do fluxo sanguineo.
Infarto
Morte por esquemia súbita (falta de sangue) morte celular.
A dor que antecede o infarto e chamado de ” Angina de Peito “.
Quando sentimos dores da angina do peito que antecede o infarto, sentimos dores em demais partes do corpo, na realidade há uma morte tecidual no coração fazendo que o mesmo contraia com menas intensidade, levando menos sangue para os tecidos do corpo.
Necessidade Tecidual
Faz com que os batimento cardíacos aumentem para suprir as necessidades dos tecidos.
O pús é o resíduo dos vírus e bactérias.
A substância química liberada das células pela diminuição de sangue que ocorreu com a obstrução das artérias parcial ou total faz acontecer um processo chamado de:
ANGIOGÊNESE
É a criação de novos vasos sanguineos pela necessidade do tecido a passagem de sangue ocorrido na obstrução das artérias ( placa de ateroma ).
Mas ao praticar esportes as vezes pode-se ocorrer a Angiogênese , o Tecido Basal ( tecido em repouso ), as células não estão condicionadas, não tendo mitocôndrias e organelas suficientes para realizar determinados exercícios anaeróbicos, não estando condicionados sentimos dor pela produção de ácido lático ( debilita as terminações nervosas avisando que tem algum problema, isto é bom pois está reação avisa-nos (a dor)), é importante que a pessoa volte a fazer exercício no próximo dia sem muita intensidade mesmo com dor, para que haja um maior fluxo sanguíneo removendo os resíduos ( ácido lático ) e condicionando as células.
É necessário que tenha mais vasos sanguíneos, levando mais sangue para as células que estão trabalhando mais que o normal, este fenômeno é chamado de “Angiogênese do Esporte “. Esta angiogênese irá acontecer principalmente no coração do atleta, bombeando mais sangue para os tecidos em maior funcionamento, as células do coração também irão precisar de mais sangue para nutrir a sua musculatura , criando mais vasos no tecido do coração para as células condicionadas.
Energia Aeróbica
Energia pura, sem muito resíduo com presença de oxigênio.
Energia Anaeróbica
Energia formado sem muito oxigênio ou com muito pouco, formando muito resíduos. Ex: Ácido Lático.
O fígado produz a bíle que fica na vesícula biliar. Um das mais importantes funções é formar colesterol.
Colesterol
É lipoproteína.
VDRL = Ruim ( tem pouca concentração protéica ).
LDL = Médio
HDL = Bom ( alta concentração protéica ).
O débito cardíaco varia mais ou menos conforme a necessidade do tecido.
As células guardam energia.
As artérias capilares são formadas por uma única camada muscular “endotélio “, as células que formam o endotélio abrem pequenos espaços para alimentar o tecido celular que liberou a substância avisando que precisava de ajuda, liberando nutrientes e O2.
O CO2 e o O2 saem e entram no intertício sem abrir as células do tecido dos tubos capilares ( endotélio ) passando sem barreiras.
Exocitose
Remoção de resíduos metabólicos, o que não utiliza.
Para remver os resíduos metabólicos “exocitose” a célula pega o resíduo que ela não aproveitou e manda para o interstício, muito pouco deste resíduo entra nos capilares, pois a pressão é mais elevada que no interstício (17 mmhg). Os resíduos que sai do núcleo, uma parte forma o glicocálix, e o que não foi utilizado fica alojado no ” liquido interstícial “.
Uma parte do liquido intersticial é formado de sangue ( 55% liquido e 45% sólido ).
Quando o endotélio abre suas células além de sair nutrientes sai para o liquido intersticial sai plasma e outros componentes do sangue (leucócitos, hemácias, proteínas ).
A linfa é formada por plasma sanguineo, células sanguineas, proteínas, resíduos metabólicos.
O liquido intersticial que é formado por sais, plasma, resíduos, proteínas e outros. O sistema linfático capta a linfa com uma rapidez extrema para que alguns componentes não misture com os componentes da matrix extracelular. Tudo que é extravasado pelo tubo capilar é captado pelos tubos linfáticos que tem a pressão negativa de –3 mmhg que suga. Estes tubos se localizam no interstício.
Diapedese
São as células que extravasam do tecido capilar para o tecido lesado.
Quando levamos alguma pancada (lesão) e não rompemos vasos ou mesmo rompendo, as células lesadas enviam um sinal quimicamente para o esfincter local e ao SNC, liberando mais sangue para o local, para reconstituir as células danificada ( sistema imunológico ), os leucócitos (células de defesa), hemácias, nutrientes, O2 , proteínas, acumulam-se no local aumentando o liquido intersticial, que verifica o local e reage conforme o quadro fisiológico ( inflamatório ), após diagnóstico, os materiasi encontrados no sangue com o aumento do fluxo começam a fazer o processo de recuperação das células danificadas pela lesão e o sistema linfático a retirar o acumulo de liquido intersticial.
Processo inflamatório
Dor: É a substância enviada ao SNC pelas células avisando que tem algum problema.
Calor: O calor existe pois há um aumento de quantidade sanguinea no local, aumentando o metabolismo.
Rugor ( cor avermelhada ): Por causa dos vasos sanguineos que existem.
Edema: Acumulo de linfa no interstício.
A linfa ao ser captada pelos canais linfáticos passam por linfonodos que são como filtros, e verificam se há algum agente patológico ( vírus ou bactéria ), esta verificação é feita pelo sistema imunológico. Os linfonodos mais distais do corpo são em menores quantidades. Se houver uma invasão de bactérias no pé, as mesmas passam pelos linfonodos da perna que são em poucas quantidades, mas quando chegam na região virilha com uma concentração maior de linfonodos geralmente são destruídas. As vezes aparece as ínguas que nada mais é um trabalho excessivo dos linfonodos da virilha, após verificado a linfa ela desemboca na veia cava superior.
Sepsemia
Infecção generalizada
Varizes
É quando algumas válvulas das veias ficam danificadas dificultando o retorno do sangue venoso acumulandosangue, engrossando-as.
Quando os linfonodos não conseguir combater os vírus ou bactérias pode haver uma sepsemia.
A drenagem linfática, além de drenar a linfa ajuda o sistema venoso. A vontade de fazer “xixi ” acontece porque a quantidade de sangue é de 5 litros isso é controlado, ao realizarmos massagem linfática a linfa é desembocada na veia cava superior aumentando a velocidade do fluxo sanguíneo fazendo com que acelere a função do rim, que retira do plasma sanguíneo 1% de resíduos e manda para a bexiga.
A massagem linfática tem que ir de distal para proximal , mas começando sempre da parte mais proximal, para não empurar a linfa que está estagnada, dilatando os vazos. Ex: começo da virilha, do joelho para a virilha, do pé em direção á virilha.
O sistema linfático é o que mais colhe materiais residuais.
O edema linfático é uma obstrução do vaso linfático.
Embolia
Deslocamento de um trombo.
Ematose
Troca de CO2 para O2.
Este aviso enviado através da dor pela células debilitadas ao SNC, estimula o coração para acelerar sua contração ( sístole ) que é feito pelo marcapasso fisiológico do coração ( que dá o ritmo ) chamado de ” NODO ou NOSINU – ATRIAL “, que se encontra no átrio. Este processo faz aumentar a frequência cardíaca e a contração cardíaca.
A proteína retém moléculas de água, a proteína tendo moléculas de água ajuda a prender melhor as gorduras. Então se houver no sangue uma boa quantidade de proteínas as gorduras irão se prender com facilidade, evitando que as gorduras se fixem nas paredes das arteríolas ou vênulas formando as ” PLACAS DE ATEROMA “, que nada mais é um acúmulo de gordura nas paredes destes canais, ocorrendo um entupimento.
A dor que antecede o infarto
Timo
Termina de montar o linfócito T, e o linfócito B já sai pronto da medula óssea.
O átrio contrai 25% para mandar sangue para o ventrículos.
Fisiologia do Músculo Cardíaco
O coração é constituído de três tipos principais de músculo cardíaco: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares condutoras e excitatórias especializadas.
Os tipos atrial e ventricular de músculo contraem-se da mesma maneira que o músculo esquelético, exceto que a duração de contração é muito maior. Por outro lado, as fibras condutoras e excitatórias expecializadas contraem-se apenas fracamente , por conterem poucas fibras contráteis.
Potenciais de Ação do Músculo do Coração
O potencial da membrana em repouso do músculo cardíaco normal é de aproximadamente -85 a -95 milivolts (mV) e de cerca de -90 a -100 mV nas fibras de condução especializadas.
O PA registrado no músculo ventricular é de 105 mV, o que uqer dizer que o potencial de membrana se eleva do seu valor normalmente muito negativo para um valor ligeiramente positivo, de +20 mV.
Contração do Músculo Cardíaco
O mecanismo de acoplamento excitação e contração é o mesmo que para o músculo esquelético, mas há um segundo efeito que é bem diferente. Além dos íons cálcio liberados no sarcoplasma do retículo sarcoplasmático, grande quantidade de íons cálcio extra também se difunde dos túbulos T para o sarcoplasma por ocasião do PA. Na verdade sem este cálcio extra dos túbulos T, a força de contração do músculo cardíaco seria consideravelmente reduzida, porque o retículo sarcoplasmático do músculo cardíaco não é tão desenvolvido quanto os dos músculos esqueléticos e não armazena cálcio suficiente para proporcionar contração completa. por outro lado os túbulos T do músculo cardíaco tem o diâmetro 5 vezes maior que o dos túbulos do músculo esquelético e volume 25 vezes maior; da mesma forma, há no interior dos túbulos T grande quantidade de mucopolissacarrídios eletronegativamente carregados que fixam abundante reserva de íons cálcio, mantendo sempre disponíveis para difusão para dentro da fibra muscular cardíaca ao ocorrer o PA dos túbulos T.
A Duração de contração do músculo cardíaco é função principalmente do PA – Cerca de 0,2s no músculo atrial e 0,3s no músculo ventricular.
O Efeito da frequência cardíaca com o coração batendo a um ritmo muito rápido não fica relaxado por tempo suficientemente longo para possibilitar o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração.
O Ciclo Cardíaco
O período do início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte é denominado de Ciclo cardíaco.
O Átrio serve como bomba, o sangue flui de modo contínuo das grandes veias para os átrios; cerca de 75% fluem diretamente através dos átrios para os ventrículos antes mesmo que os átrios se contraiam. Ai, então, a contração atrial causa enchimento adicional dos ventrículos de ordem de 25%
A Eficiência da Contração Cardiaca
Durante a contração muscular, a maior parte da energia química é convertida em calor, e parte muito menor, em trabalho. A proporção entre o trabalho e o gasto de energia química é denominada ” eficiência da contração cardíaca “, ou simplesmente ” eficiência do coração “. A eficiência máxima do coração normal está entre 20 e 25%. Na insuficiência cardíaca, pode cair até para 5 a 10%.
Regulação do Bombeamento Cardíaco
Os dois meios básicos pelos quais o volume bombeado pelo coração é regulado são:
A regulação intrínseca do bombeamento pelo coração a respostas pela alterações do volume de sangue que flui até o coração.
O controle do coração pelo SNA.
A quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto é determinada pela intensidade do fluxo sanguíneo das veias para o coração, o que é denominado ” retorno venoso “. Isso quer dizer que cada tecido periférico do corpo controla seu próprio fluxo sanguíneo. O coração bombeia automaticamente, este sangue que chega para as artérias sistêmicas, de modo que possa fluir novamente pelo circuito.
Essa capacidade intríseca de adaptação do coração à alternação no volume de sangue que entra é denominada ” Mecanismo de Frank-Starling “. Dentro do limite fisiológico o coração bombeia todo o sangue que chega até ele, sem permitir acúmulo excessivo de sangue nas veias.
Controle do Coração pelos Nervos Simpáticos e Parasimpáticos
Uma forte estimulação simpática pode aumentar a frequência cardíaca de seres humanos para 200, em casos raros, até mesmo 250 batimentos por minuto, em pessoas jovens.
Uma forte estimulação parasimpática (vagal) , pode fazer cessar por alguns segundos os batimentos cardíacos, retornando com frequência de 20 a 30 batimentos por minuto. A forte estimulação parasimpática diminui se 20 a 30% a força de contração do coração. Podendo reduzir em até 50% ou mais o bombeamento ventricular – especialmente em grande carga de trabalho.
Efeito da Frequência Cardíaca sobre a Função do Coração como uma Bomba
Após a frequência cardíaca elevar-se acima de um nível crítico, por exemplo, a força do próprio coração diminui, presumivelmente devido ao uso excessivo de substratos metabólicos pelos músculos cardíacos. Além disso, o período de diástole entre as contrações fica tão reduzido que o sangue não tem tempo para fluir adequadamente dos átrios para os ventrículos.
Quando a frequência cardíaca é aumentada pela estimulação elétrica o coração tem sua capacidade máxima de bombear sangue na frequência entre 100 a 150 bpm.
Mas se a frequência cardíaca for aumentada pelo estimulo simpático, ele fará o mesmo processo com a frequência entre 170 a 220 bpm.
A razão para esta diferença é que a estimulação simpática aumenta não só a frequência como também a força cardíaca. Ao mesmo tempo ela diminui a duração de contração sistólica e possibilita mais tempo para o enchimento durante a diástole.
Efeito de Íons Potássio e Cálcio sobre a Função Cardíaca
O excesso de potássio no líquido extracelular faz o coração ficar extremamente dilatado e flácido e lentifica a frequência cardíaca. Quando o potencial da membrana diminui, a intensidade do PA também diminui, o que torna progressivamente mais fraca a contração do coração.
O excesso de íons cálcio causa efeitos opostos aos do íons potássio, fazendo o coração entrar em contração espástica. Causado pelo efeito direto na excitação do processo contrátil cardíaco.
Efeito da Temperatura noCoração
O aumento da temperatura do coração que ocorre quando se tem febre, causa grande aumento da frequência cardíaca, as vezes até o dobro do normal, aumentando a permeabilidade da membrana muscular aos íons. Mas se a frequência aumenta por muito tempo pode causar fraqueza cardíaca.
A diminuição da temperatura causa grande redução da frequência cardíaca, caindo alguns batimentos por minuto quando a pessoa está próxima da morte por hipotermia, na faixa de 15,5 a 21 graus celcius.
Características Física da Circulação
As arteríolas são os pequenos ramos finais do sistema arterial, atuando como válvulas de controle pelas quais o sangue é lançado nos capilares.
A função dos capilares é de efetuar troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. As parede capilares são muito finas e permeáveis a pequenas substâncias moleculares.
As vênulas coletam sangue dos capilares, elas coalescem gradualmente em veias progressivamente maiores.
As veias funcionam como dutos para o transporte de sangue para os tecidos de volta para o coração.
Quando estão ativos, os tecidos necessitam de fluxo de sanguíneo muito maior que em repouso, ocasionalmente de até 20 a 30 vezes em repouso.
Os rins tem importante papel adicional no controle de pressão, tanto pela secreção de hormônios controladores da pressão como pela regulação do volume sanguíneo.
Distencibilidade Vascular
Anatomicamente falando as paredes das artérias são bem mais fortes que as das veias. Como conseqüência , as veias são em média 6 a 10 vezes mais distensíveis que as artérias.
Efeito da Estimulação Simpática
O controle simpático da capacidade vascular também é particularmente importante durante as hemorragias. O aumento do tônus simpático vascular, especialmente das veias, reduz as dimensões do sistema circulatório e a circulação continua quase que normalmente, mesmo quando são perdidos até 25% do volume sanguíneo total.
A pressão sistólica é de 120 mmhg, e na pressão diástole é de 80 mmhg. A diferença entre estas duas pressões, de aproximadamente 40 mmhg, denominada de “Pressão Diferencial “
O Pulso Radial
Um pulso fraco na artéria radial indica geralmente:
1 – Grande diminuição da pressão diferencial central, tal como ocorre quando o débito sistólico é baixo.
2 – Maior “amortecimento” da onda de pulso causada por espasmos vasculares; estes ocorrem quando o sistema nervoso simpático fica excessivamente ativo após perda de sangue ou quando a pessoa apresenta calafrios.
O pulso paradoxal torna-se forte, depois fraco, e depois forte, com isso ocorrendo em sintonia com as fases da respiração. Isso é causado pelo aumento e diminuição alternados do débito cardíaco a cada respiração.
No déficit de pulso o ritmo do coração é muito irregular na fibrilação atrial ou no caso de batimentos cardíacos prematuros. Nestas arritmias, dois batimentos vêem tão próximo um do outro, que o segundo batimento bombeia pouco sangue. Porque o ventrículo tem muito pouco tempo para encher entre os batimentos.
Válvulas Venosas e a Pressão Venosa
Caso o indivíduo permaneça perfeitamente imóvel, a bomba venosa não funciona e as pressões venosas na parte inferior das pernas elevam-se, em aproximadamente 30s, até o valor hidrostático integral de 90 mmhg. As pressões dos capilares também aumentam muito, ocasionando vazamento de líquido do sistema para os espaços teciduais.
Como consequência as pernas incham e o volume sanguíneo diminui. Na verdade, até 15 a 20 % de volume sanguíneo são frequentemente perdidos pelo sistema circulatório dentro de 15 minutos em que se permanece de pé absolutamente imóvel, como ocorre quando um soldado é obrigado a ficar na posição de sentido.
Incompetência das válvulas venosas e veias varicosas
As válvulas do sistema venoso freqüentemente tornam-se incompetentes, as vezes são destruídas. Isto ocorre particularmente quando as veias foram distendidas em excesso por pressão venosa excessiva durando semanas ou meses, como ocorre na gravidez ou quando fica de pé a maior parte do tempo. A distensão da veias aumenta sua área de seção transversa, mas as válvulas não aumentam de tamanho. Por esta razão as válvulas das veias não mais se fecham totalmente.
Quando isso ocorre, a pressão nas veias da pernas aumentam ainda mais devido á insuficiência da bomba venosa; isso aumenta mais ainda o tamanho das veias e acaba por destruir por completo a função das válvulas. A pessoa passa então a apresentar as ” veias varicosas ” , que se caracterizam por grandes protrusões bulbosas das veias sob a pele de toda a perna, sobretudo sua parte inferior.
As pressões venosas e capilares ficam muito elevadas e o vazamento de líquido dos capilares causa edema constantes nas pernas sempre que as pessoas ficam de pé por mais de alguns minutos. O edema por sua vez impede a difusão adequada de materiais nutricionais dos capilares para as células musculares.
Função Reservatório de Sangue nas Veias
Mais de 60% de todo o sangue no sistema circulatório estão nas veias.
Quando há perda de sangue pelo corpo e a pressão arterial começa a cair, reflexos de pressão são evocados pelo seios carotídeos e outras áreas da circulação sensíveis a pressão, estes reflexos por sua vez, enviam sinais nervosos simpáticos para as veias, fazendo –as contraindo-se, e isto tira grande parte da folga da circulação causada pela perda de sangue. Mesmo após até 20% do volume de sanguíneo terem sido perdidos.
Reservatório Sangüíneo Específico
Certas partes do sistema circulatório são tão amplas e tão complacentes que são denominadas ” reservatório sangüíneos específicos “.
O baço, que pode diminuir suficientemente de tamanho para liberar até 100ml de sangue em outras áreas da circulação.
O fígado, cujos sinusóides, podem liberam várias centenas de mililitro de sangue para o restante da circulação.
As grandes veias abdominais, que podem contribuir com até 300 ml.
O plexo venoso por sob a pele, que também pode contribuir com várias centenas de mililitros . o coração e os pulmões, embora não façam parte do sistema de reservatório venoso sistemico, também devem ser considerado como reservatórios de sangue.
Poros na Membrana Capilar
Os poros nos capilares de alguns órgãos tem características especiais para atender as necessidades peculiares deste órgãos.
No fígado, as fendas entre as células endoteliais capilares são muito largas, de modo que quase todas as substância dissolvida no plasma, incluindo até mesmo as proteínas plasmáticas, podem passar do sangue para o tecido hepático. Os poros das membranas intestinais são intermediários entre os dos músculos e dos do fígado.
Difusão de Substâncias Lipossolúveis Através da Membrana
Quando são lipossolúveis , as substâncias podem difundir-se diretamente através das membranas celulares do capilar sem Ter de atravessar os poros.
Difusão de Substâncias Hidrossolúveis Através da Membrana
Muitas substâncias necessárias aos tecidos são solúveis em água, mas não pode passar através das membranas lipídicas das células endoteliais; essas moléculas incluem as próprias moléculas de água, íon cálcio, íons cloro e glicose.
Gel no Interstício
O líquido no interstício é derivado dos capilares por filtração, ele contém quase que os mesmos componentes do plasma, exceto por concentração muito menor de proteínas , porque elas não são filtradas facilmente para fora dos capilares.
O líquido nele retido tem a característica de um gel, chamando-se de ” Gel Tecidual “.
O Bombeamento pelo Sistema linfático é a Causa Básica da Pressão Negativa
O sistema linfático é um sistema de ” Gari ” que remove o excesso de líquido, restos celulares e outros materiais dos espaços teciduais. Quando um líquido penetra nos capilares linfáticos terminais, eles se contraem e impelem a linfa para adiante ao longo do sistema linfático até desembocar novamente na circulação.
A somatória de forças na extremidade arterial do capilar mostra um pressão de filtração efetiva de 13 mmhg, tendendo a mover líquido para fora.
Essa pressão de filtração de 13 mmhg, fazcom que em média, cerca de 0,5 do plasmo seja filtrado para fora da extremidade arterial dos capilares para os espaços intersticial.
A força que faz o líquido mover para dentro do capilar, 28 mmhg, é A maior que se opõe à reabsorção, de 21 mmhg. A diferença , 7 mmhg é a Pressão de reabsorção menor que a pressão de filtração e consideravelmente menor que a pressão de filtração.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos possam fluir do espaço intersticial para sangue. Os vasos linfáticos podem transportar, para fora dos espaços teciduais, proteínas e grandes materiais particulados, nenhum dos quais podem ser removido diretamente pela absorção do capilar sanguíneo.
Com exceção de alguns, quase todo os tecíduos do corpo tem canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais.
As excessões incluem as partes superficiais da pele, o sistema nervoso central , as partes mais profundas dos nervos periféricos.
A LINFA deriva do líquido interstícial que flui para os vasos linfáticos.
A concentração de proteínas no líquido intersticial na maioria dos tecidos é, em média, cerca de 2g/dl e a concentração protéica da linfa que flui desses tecidos é muito próximo deste valor. Por outro lado a linfa formada no fígado tem a concentração de proteína de até 6g/dl e é formada no intestino tem concentração de proteínas de 3 a 4 g/dl. Como cerca de 2/3 de toda linfa derivam do fígado e do intestino, a linfa torácica, uma mistura de linfa de todas as partes do corpo, tem geralmente a concentração de proteínas 3 a 5 g/dl.
O sistema linfático é uma das principais vias de absorção de nutrientes a partir de um tubo gastritestinal, sendo responsável principalmente pela absorção dos lipídios, após uma refeição rica em lipídios, a linfa do duto torácico contém até 1 a 2% de lipídios.
Intensidade do Fluxo Linfático
Aproximadamente 100ml de linfa fluem através do duto torácico do ser humano em repouso por hora, e talvez, outros 20ml fluiriam para a circulação a cada hora por outros canais, fazendo um fluxo linfático total de 120 ml/h. a intensidade do fluxo da linfa é determinada principalmente por dois fatores:
Pressão do líquido intersticial
Grau de atividade da bomba linfática
O fluxo linfático é muito pequeno, com pressões do líquido intersticial mais negativas que –6 mmhg. Então, quando a pressão se eleva até valores ligeiramente acima de 0 mmhg ( pressão atmosférica ), o fluxo aumenta por mais de 20 vezes.
É claro que a bomba linfática fica muito ativa durante os exercícios, muitas vezes aumentando por até 10 a 30 vezes o fluxo. Durante períodos de repouso o fluxo linfático é lento.
O Controle do Fluxo Sanguíneo
Porque não proporcionar simplesmente um fluxo sanguíneo muito elevado por cada tecido corporal, sempre suficiente para suprir as necessidades do tecido, quer sua atividade seja muito pequena ou muito grande? Para fazer isto requeria fluxo sanguíneo muita mais vezes maior que o coração pode bombear.
O fluxo sanguíneo para cada tecido é regulado em geral no nível mínimo que vai suprir suas necessidades, nem mais nem menos. Com o controle do fluxo sanguíneo local de modo tão exato, os tecido nunca sofrem deficiências nutricionais.
Mecanismo de Controle do Fluxo Sangüíneo
O controle do fluxo sanguíneo local pode ser dividido em fases distintas:
Controle agudo
Controle a longo prazo
O controle agudo é obtido por alterações rápidas das constrições locais das arteríolas, metarteríolas e esfincteres pré-capilares ocorrendo dentro de segundos a minutos, de modo a proporcionar um meio rápido de manutenção do fluxo sanguíneo tecidual local aprimorado.
O controle a longo prazo, por outro lado indica alterações lentas do fluxo, em período de dias, semanas e até meses.
Regulação Humoral da Circulação
VASOCONTRITORES
Norepinefrina é um hormônio vasoconstritor particularmente potente; a epinefrina tem menor potência, em alguns casos, chega a causar até vasodilatação, o que ocorre no coração para dilatar as artérias coronárias durante o aumento da atividade cardíaca. Quando todo o sistema simpático é estimulado durante um estresse ou um exercício, os nervos simpáticos promovem liberação direta de norepinefrina que excita o coração, as veias e as arteríolas.
A Angiotensina é uma das mais potentes substâncias vasoconstritoras conhecida. Uma quantidade tão pequena quanto um milionésimo de grama pode aumentar a pressão arterial do ser humano por até 50 mmhg ou mais. O efeito da angiotensina é o de contrair fortemente as pequenas arteríolas.
Vasopressina também denominada hormônio antidiurético é formado no hipotálamo, mas é transportada do centro por axônios nervosos até a glândula hipófise superior, onde acaba de ser secretada no sangue.
VASODILATADORES Bradicinina
Várias substâncias denominadas cininas, que podem causar vasodilatação intensa freqüentemente formadas no sangue e nos líquidos teciduais.
Serotonina
Está presente em grande concentração no tecido cromafim do intestino e de outras estruturas abdominais.
Histamina
É liberada em praticamente todos os tecidos do corpo quando eles são lesados, ficam inflamados ou sofrem reações alérgicas.
Aumento da concentração de íons cálcio causa vasoconstrição. Isso decorre do efeito geral do cálcio estimulando a contração dos músculos lisos.
Aumento da concentração de íons potássio causa vasodilatação. Isso decorre da capacidade do íons potássio para inibir a contração dos músculos lisos.
Aumento da concentração do íons magnésio causa potente vasodilatação, pois o íons magnésio inibi geralmente os músculos lisos.
Aumento da concentração de íons sódio causa leve dilatação arteriolar.
Aumento da concentração de íons hidrogênio ocasiona a dilatação das arteriolas.
Aumento da concentração de dióxido de carbono causa vasodilatação moderada em muitos tecidos e vasodilatação acentuada no cérebro.
Introdução
O metabolismo requer o constante suprimento de alimento e oxigênio molecular para as células, e o funcionamento das células produz substâncias que devem ser excretadas. A difusão de partículas entre as células não é suficiente para o trânsito das substâncias dentro do organismo. O aparelho circulatório realiza o transporte, entre longas distâncias, de moléculas de um ponto a outro do organismo multicelular.
As partes principais do aparelho circulatório são:
O sangue (composto de um plasma líquido e de células livres),
O coração (órgão com paredes musculares que se contraem ritmicamente para impulsionar o sangue através do corpo) e
Os vasos sangüíneos, onde o sangue circula de modo fechado (o sangue não sai dos vasos sangüíneos).
pela ação bombeadora do coração. A extraordinária arborização dos vasos sangüíneos assegura que todas as células do corpo estejam muito próximas dos menores e mais finos vasos, os capilares.
O sangue e os vasos sangüíneos
A Fisiologia, como ciência experimental, teve início em 1628, quando Willian Harvey demonstrou que o sistema cardiovascular forma um círculo, de maneira que o líquido circulatório é bombeado continuamente desde o coração até um sistema de vasos e retorna ao coração por outro sistema de vasos.
Denominamos veias os vasos que chegam ao coração. As artérias são vasos que saem do coração, dirigindo-se a todas as partes do organismo. É imprópria a denominação “sangue venoso” e “sangue arterial” para nos referirmos aos sangues com alta concentração de dióxido de carbono ou de oxigênio, pois uma veia pode conter sangue com muito ou pouco oxigênio, e o mesmo podemos dizer das artérias, que podem ter sangue com muito ou pouco dióxido de carbono.
Portanto, usa-se a denominação sangue carbonado para aquele com alta concentração de gás carbônico, e sangue oxigenado para o sangue que possui expressiva concentração de oxigênio molecular.
O sangue é o líquido circulatório.
É composto de um plasma quase incolor onde estão mergulhados elementos celulares: os glóbulos brancos (leucócitos), os glóbulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias) e fragmentos celulares (plaquetas ou trombócitos).
Oplasma transporta pequenas moléculas alimentícias (aminoácidos, glicose) em solução, metabólitos, secreções internas (hormônios), gases (CO2) e íons. O plasma sangüíneo tem cerca de 92% de água, além de proteínas e cerca de 0,9% de íons inorgânicos (Na+, Cl-). Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue (cerca de 60% são formados de plasma), portanto, a perda de sangue por hemorragia pode ser fatal.
Elementos celulares do sangue
As hemácias são nucleadas e ovais em todos os vertebrados, com exceção dos mamíferos, nos quais são anucleadas, circulares e bicôncavas.
Os eritrócitos de mamífero são nucleados durante sua formação na medula óssea. O citoplasma da hemácia é preenchido por hemoglobina, um pigmento que tem afinidade com o oxigênio molecular. Como não possui organelas, o metabolismo do eritrócito é limitado; existem as enzimas da glicólise. Em média, há cerca de 4,5 milhões de hemácias por mililitro cúbico de sangue na mulher e 5 milhões no homem. O número total de eritrócitos, num ser humano, é de 30 trilhões. Cada hemácia pode viver 120 dias e fazer 170.000 ciclos de viagem dentro do aparelho circulatório. As hemácias envelhecidas são identificadas pelo seu glicocálix e retiradas de circulação e destruídas pelo baço, de onde grande parte da hemoglobina é passada ao fígado; o pigmento é excretado na bile, e o ferro volta para a medula óssea. Por não terem núcleo, os eritrócitos têm um período de vida limitado.
Os leucócitos têm suas atividades nos vários tecidos do corpo. Os que se encontram no plasma sangüíneo estão, em grande parte, em trânsito de sua fonte (medula óssea, baço, estruturas linfóides) para os tecidos do organismo. Em geral, o período de vida de um leucócito é de 12 a 13 dias.
Os glóbulos brancos podem realizar movimentos amebóides, atravessar o endotélio dos capilares e alcançar os espaços intercelulares dos tecidos. Muitos leucócitos agem como fagócitos, englobando (fagocitando) bactérias que ocorrem em ferimentos; outros produzem anticorpos para defesa imunológica. Nas infecções agudas, como pneumonia, o número de leucócitos sobe de 5.000 a 9.000 (normal) para 20.000 ou 30.000 por mililitro cúbico, com o objetivo de combater a infecção. O pus é a mistura de leucócitos mortos, células dos tecidos e soro sangüíneo.
As plaquetas (ou trombócitos) constituem fundamental elemento do líquido circulatório. São aproximadamente discoidais, anucleadas e muito menores que as hemácias.
No homem, há mais de um trilhão de plaquetas, e cada uma vive de 8 a 10 dias. Quando ocorre uma lesão num vaso sangüíneo, as plaquetas agrupam-se e desintegram-se, liberando a tromboplastina, que inicia o processo de coagulação do sangue.
Funções do sangue
O sangue, nosso líquido circulatório, também existe a linfa, transporta:
a) oxigênio molecular dos pulmões para os tecidos e dióxido de carbono no sentido inverso.
b) água e alimentos obtidos do processo digestivo.
c) alimentos armazenados de um órgão ou tecido para outro, por exemplo, a glicose guardada sob forma de glicogênio.
d) resíduos metabólicos, excesso de água ou íons minerais para os órgãos excretores.
e) hormônios das glândulas onde são produzidos para os tecidos com as células-alvo de sua ação.
f) anticorpos para a defesa do organismo e imunização.
O sangue controla o pH dos tecidos, participando da homeostase, dentro de limites estreitos, por tampões fosfato e bicarbonato.
O sangue é ligeiramente alcalino [pH = 7,4].
Capilares e o sistema linfático
Quando o sangue chega no nível dos capilares, realiza a função fundamental do sistema circulatório: a troca de nutrientes e de produtos finais do metabolismo.
Essas trocas ocorrem no líquido intercelular que se localiza entre os capilares e as células. Este líquido é a linfa, um filtrado do plasma, um meio que se origina da filtração de água e solutos através das paredes dos capilares. A saída de plasma acontece na extremidade arterial dos capilares por meio da pressão hidrostática resultante da atividade bombeadora do coração. As proteínas do plasma permanecem nos capilares por causa do seu grande tamanho molecular.
Não existe uma constante perda de plasma do sangue porque a força hidrostática é contrabalançada pela pressão de osmose, que provoca a volta de água aos capilares.
Entre as células e os capilares existem os vasos linfáticos. Esses têm paredes delgadas e com válvulas que impedem o retorno da linfa no seu interior. A maioria dos vasos linfáticos é estrutura tão delicada que não é vista nas preparações anatômicas.
Os vasos linfáticos tornam-se maiores na região do tórax, onde se reúnem para formar o duto torácico, que desemboca no sistema venoso perto do coração. Os vasos linfáticos são a principal via de transporte que os lipídios absorvidos no intestino percorrem para chegar ao sangue. O colesterol dos tecidos alcança o sangue pelos vasos linfáticos. Ao longo do sistema linfático, temos muitos nódulos (gânglios) linfáticos. Neles há a produção de linfócitos. As infecções podem ser acompanhadas de inchação dos nódulos linfáticos.
O coração e o baço
O coração é um órgão muscular, oco, com quatro cavidades (duas aurículas, ou átrios, e dois ventrículos).Esse órgão localiza-se na cavidade torácica e é recoberto por um revestimento fibroso, o pericárdio. As paredes do coração são constituídas principalmente de músculo (o miocárdio).
O coração recebe sangue das veias e o impulsiona para as artérias. O lado direito impulsiona sangue vindo do corpo em direção aos pulmões. É o que denominamos circuito pulmonar ou pequena circulação. O lado direito bombeia sangue oriundo dos pulmões em direção aos demais órgãos do corpo – é o chamado circuito sistêmico ou grande circulação.
O músculo cardíaco é formado por um tipo especial de fibra muscular estriada. A contração do músculo cardíaco, à semelhança dos outros tipos de células contráteis, é devida à despolarização de sua membrana plasmática. Desde o período embrionário, quando é formado, o coração tem a capacidade de produzir o estímulo para sua própria contração rítmica. Se o coração for retirado e mantido em solução fisiológica, continuará batendo mesmo fora do corpo. A regulação primária da pulsação cardíaca depende de grupos de células cardíacas especializadas. O nódulo sinoatrial (na parte superior da aurícula direita) inicia a contração das aurículas. Logo após, estimula o nódulo atrioventricular (no septo entre as aurículas), que, por sua vez, age sobre um feixe de fibras, o feixe de His (na parede dos ventrículos). Este feixe causa a contração simultânea da musculatura dos ventrículos.
O que ocorreria se todas as diversas fibras musculares cardíacas se contraíssem independentemente, de modo aleatório? Uma conseqüência seria a falta de coordenação no bombeamento do átrios e ventrículos. Com isto, haveria um descontrole do bombeamento de sangue para o organismo. O correto e natural é que as complexas massas musculares que constituem as bombas ventriculares devem se contrair mais ou menos simultaneamente para resultar num eficiente bombeamento. Tal coordenação é resultado por junções celulares que permitem a difusão de um potencial de ação de uma fibra muscular a outra, de modo que a excitação de uma fibra se propaga por todo o coração. Se células cardíacas forem separadas e mantidas em um meio de cultura, a princípio poucas baterão de modo independente. Após alguns dias, as células entram em contato umas com as outras e então todas batem em uníssono.
Há dois tipos de células cardíacas: as que produzem o estímulo para contração e as que, em grande número, formam a massa de tecido que compõe as paredes contráteis do coração. Portanto, algumas células musculares cardíacas são auto-rítmicas, ou seja, são capazes de auto-excitação espontânea. O batimento cardíaco também é controlado pelo sistema nervoso. O nódulo sinoatrial é o marcapasso normal para todo coração. Pode ser estimulado por fibras parassimpáticas (do nervo vago) ou pela presença de acetilcolina. O efeito obtido é a diminuição do ritmo cardíaco. Se a estimulação é realizadapor fibras simpáticas ou norepinefrina, o coração tem seu ritmo acelerado.
O trabalho do coração é realizado da seguinte maneira: as aurículas enchem-se de sangue vindo das veias e então se contraem, lançando o sangue para os ventrículos.
Quando estes iniciam sua contração, as válvulas bicúspide (ou mitral) e tricúspide fecham pelo aumento da pressão do sangue e deste modo impedem o retorno do sangue às aurículas. As válvulas semilunares estão ainda fechadas, e a pressão sangüínea nos ventrículos sobe. Quando a pressão nos ventrículos supera a das artérias (os ventrículos se contraem), as válvulas semilunares abrem-se e o sangue é impulsionado para o sistema arterial. Este ciclo se repete durante toda a vida de um indivíduo.
O coração de uma pessoa normal e em repouso bate cerca de 72 vezes por minuto e impele cerca de 60 ml de sangue por ciclo de bombeamento. Durante uma vida de 70 anos, o coração pode contrair-se três bilhões de vezes e impulsionar cerca de duzentos milhões de litros de sangue. Denomina-se débito cardíaco o volume de sangue ejetado por cada ventrículo, por minuto.
A partir do coração, o sangue se movimenta dentro das artérias numa série de “jorros” ou “ondas”, percebidas em artérias superficiais (como no pulso ou nas têmporas) como pulsação cardíaca, mais forte quando o coração se contrai (sístole) e mais fraca quando se enche (diástole). O fluxo de retorno de sangue, pelas veias, é praticamente uniforme.
As pressões normais para o homem normal, em milímetros de mercúrio, são: artérias, 120/80 (sistólica, diastólica); capilares, 30/10; veias, 10/0. A pressão sanguínea é afetada pelo ritmo dos batimentos cardíacos, constrição dos vasos, entre outros fatores. O médico, auscultando com o estetoscópio, quando ouve os sons de abertura e fechamento das válvulas cardíacas, pode identificar problemas relativos ao aparelho circulatório. O eletrocardiograma é um registro das correntes elétricas produzidas nas fases do trabalho do coração; e também tem a utilidade de auxiliar o diagnóstico pelo médico.
O coração tem seus próprios vasos para supri-lo de oxigênio e nutrientes. Da artéria aorta, partem as artérias coronárias, que percorrem a superfície do órgão e também se irradiam para o interior da massa muscular cardíaca. O sangue volta pelas veias coronárias e entra no seio coronário, que desemboca na aurícula direita. De 7 a 10 por cento do sangue impulsionado para a aorta toma a direção da circulação coronária, e isto evidencia a grande necessidade de nutrientes e oxigênio no metabolismo cardíaco.
Qualquer oclusão dos vasos coronários é sinalizada por dor aguda (angina pectoris) no tórax e braço esquerdo. O entupimento dos vasos coronários por coágulos e placas lipídicas pode ser fatal.
O baço é um órgão que se comunica com os sistemas circulatório e linfático. Age como reservatório, armazenando de um quinto a um terço de células sanguíneas. Produz glóbulos brancos (linfócitos) e destrói hemácias velhas.
Revestimento dos vasos sangüíneos
O coração e todos os vasos são revestidos internamente por um endotélio liso. As paredes da aorta e das artérias de grosso calibre têm camadas espessas de tecido elástico e fibras musculares. As arteríolas têm apenas fibras musculares lisas.
As veias apresentam paredes finas com fibras conjuntivas, mas com pouco tecido muscular.
Ao contrário das artérias, as veias achatam-se quando vazias. As veias têm um grande número de válvulas que auxiliam na manutenção da corrente sangüínea de retorno ao coração (fluxo retrógrado). As válvulas das veias também têm um papel na neutralização dos efeitos da postura ereta do corpo em relação ao fluxo de sangue e à ação da gravidade. No homem, o aparelho circulatório tem papel na regulação da temperatura corporal. Um excesso de calor age sobre um centro nervoso do bulbo, que causa a dilatação dos vasos sanguíneos superficiais da pele, promovendo a dissipação do calor. O resfriamento do ambiente causa a contração desses vasos com o objetivo de evitar a perda de calor.
Percurso da circulação no homem
Se considerarmos uma célula do sangue viajando no nosso corpo, mergulhada no plasma sanguíneo, observamos o seguinte percurso:
O sangue que vem dos diversos órgãos do organismo passa às veias cava inferior e cava superior para adentrar a aurícula direita. Este sangue tem pouco oxigênio e contém dióxido de carbono. Chamamos este sangue de carbonado. Da aurícula direita, passa ao ventrículo direito, atravessando a válvula tricúspide. Como resultado da forte contração do músculo cardíaco (sístole), o sangue atravessa a válvula semilunar e alcança, pelas artérias pulmonares, os pulmões. Dos pulmões, o sangue percorre os numerosos capilares que vascularizam os alvéolos pulmonares. Aí ocorre a troca de dióxido de carbono pelo oxigênio do ar dentro do alvéolo. Essa troca é denominada hematose. Desse modo o sangue é reoxigenado. Agora o sangue segue para vasos maiores e, depois, para as veias pulmonares, que chegam à aurícula esquerda. Pela válvula bicúspide, o sangue chega ao ventrículo esquerdo, onde, por forte contração muscular (sístole), é lançado na artéria aorta, o maior vaso do corpo e de paredes mais resistentes. Por ter que bombear sangue para todos os órgãos, a parede muscular do ventrículo esquerdo é muito espessa e forte. A aorta se divide primeiramente em diversas artérias grandes e de grossas paredes, depois estas se subdividem cada vez mais, de modo a irrigar todas as regiões do nosso organismo. Das artérias, o sangue percorre as artérias microscópicas e os capilares nos tecidos.
O sangue volta ao coração pela parte venosa sistêmica: os capilares unem-se para formar vênulas, estas se reúnem em veias, que, ao final, irão encontrar as veias cavas. Em nenhum ponto do coração ou das veias e artérias há mistura de sangue carbonado com sangue oxigenado, a não ser que haja uma comunicação anormal entre as metades funcionais do coração.
Também existem outras importantes rotas para o sangue: o sangue arterial, no abdome, entra num sistema de capilares, que irrigam as paredes dos intestinos, onde é absorvido o alimento digerido. O sangue dirige-se, pela veia porta, para o fígado, onde as substâncias nutritivas são armazenadas e metabolizadas. Do fígado, o sangue sai pela veia hepática e chega à veia cava. Outro importante caminho leva o sangue arterial aos rins. Os rins são os principais órgãos que regulam e controlam os níveis de íons e metabólitos (como a uréia). Durante a passagem do sangue pelos rins, o excesso de água e metabólitos (excretas) são eliminados na forma de uma solução aquosa, a urina. Os rins têm um importante papel no controle da homeostase (equilíbrio interno) do nosso corpo.
Patologias do sistema circulatório
A hipertensão (elevada pressão arterial) é definida como uma alta pressão arterial crônica. Esta doença pode ter um resultado final letal, causando insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (oclusão ou ruptura de um vaso sanguíneo cerebral) ou uma lesão renal.
A aterosclerose é uma enfermidade caracterizada pelo espessamento da parede arterial com células musculares lisas anormais e depósitos de colesterol e outras substâncias. Sabe-se que o fumo, colesterol aumentado, hipertensão, diabete estão associados a essa doença.

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