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DCAP0121_ Web Aula 1 - Unidade 2_

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Web Aula 1 - Unidade 2.
Na Web Aula está disponível o acesso ao conteúdo sobre Agentes Públicos do curso de Direito Constitucional
(Administração Pública).
 
2. AGENTES PÚBLICOS 
2.1. CONCEITO
São PESSOAS FÍSICAS incumbidas de uma função estatal, de maneira transitória ou definitiva, com ou sem
remuneração. O conceito é amplo – abrange todas as pessoas que de uma maneira ou de outra prestam um serviço
público – estão abrangidos por esse conceito desde os titulares dos poderes do Estado até pessoas que se vinculam
contratualmente com o Poder Público como é o caso dos concessionários.
 
2.2. ESPÉCIES
 
2.2.1. Agentes Políticos
São agentes públicos nos mais altos escalões que decidem a vontade soberana do Estado com atribuições
constitucionais sem subordinação hierárquica; são os titulares dos Poderes do Estado. (Presidente, Governador,
Deputado, Senador, membros do Ministério Público e membros do Tribunal de Contas etc.).
/
O agente político é aquele detentor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios, como os Chefes de
Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas
Unidades da Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar.
 
2.2.2. Agentes Administrativos ou Servidores Públicos
São aqueles que possuem vínculo profissional com uma entidade cuja natureza jurídica é pública (União,
Estados, municípios, Distrito Federal, Autarquia, Fundação Pública), ou seja, aquele que trabalha em uma
entidade pública.
Podem ser classificados como: Estatutários, Celetistas ou Temporários.
 
a) Servidores Estatutários
São os servidores que possuem com a administração relação de trabalho de natureza profissional e não
eventual.
Os servidores estatutários são contratados para CARGO público no regime estatutário, regulamentado pelo
estatuto do servidor público lei de âmbito federal n° 8.112/90 e no Estado de Mato Grosso regido pela Lei
Complementar nº 04/90.
Para ser nomeado o servidor precisa antes ser submetido ao procedimento do concurso público de provas ou
de provas e títulos, art. 37, inciso II da CF/88.
É o cargo público de provimento efetivo, ou seja, é o cargo que possibilita a aquisição de estabilidade no
serviço público que é diferente do cargo em comissão que é desprovido de efetividade não gerando estabilidade,
porque a nomeação para este cargo depende de confiança da autoridade que tem competência para esta
nomeação.
 
b) Servidores Celetistas
Nesta modalidade o Servidor Público se submete a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem possuir
um estatuto específico, possuindo assim, um emprego público.
O Servidor Público recebe o nome de Celetista ou Empregado Público.
O empregado público pode ter duas acepções:
b.1) Ocupante de emprego público na administração DIRETA, autarquias e fundações, nos termos da Lei
9.962/2000, contratados sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A rescisão desses contratos, em
ato unilateral da administração, deve ser precedida de procedimento administrativo, com garantias ao empregado de
participação na produção de provas, ampla defesa e julgamento impessoal.
b.2) Ocupante de emprego público na administração pública INDIRETA, nas empresas públicas, nas
sociedades de economia mista e nas fundações públicas de direito privado. Também são contratados sob regime da
CLT.
 
c) Servidores Temporários
O Servidor Público possui um vínculo profissional, porém o trabalho que exerce é temporário, ou seja, por
um tempo determinado.
O Servidor Público Temporário possui um contrato de trabalho, por tempo determinado. (Art. 37,
inciso IX da CF).
Exemplo de serviço temporário: IBGE - contrata a pessoa temporariamente para realizar uma determinada
pesquisa.
 
2.2.3. Particulares que Atuam em Colaboração com o Poder Público
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712009/inciso-ix-do-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
/
Particulares em colaboração com o Poder Público são as pessoas naturais ou jurídicas privadas que,
transitoriamente, prestam serviços voluntária ou compulsoriamente à Administração Pública. São agentes que
desempenham funções especiais que podem ser consideradas como públicas, em razão do vínculo jurídico que
os liga ao Estado. Não ocupam cargo ou emprego público, não havendo qualquer vínculo empregatício ou
estatutário com o Estado, e no cumprimento de determinadas funções, sequer percebem remuneração.
Não existe entre o particular/pessoa física e a administração um vínculo jurídico, mas existe sim uma
prestação de a atividade pelo particular em benefício do interesse público.
Importante destacar que os particulares atuam em nome próprio, limitando-se a administração a fiscalizar o
desempenho dessas atividades.
Existem três tipos de particulares que podem colaborar com a administração: particulares por delegação;
particulares que atuam por convocação, nomeação ou designação; e agentes necessários ou gestores de negócios
públicos.
 
a) Particulares por delegação
Os chamados agentes delegados, agentes que atuam mediante delegação, ocorrem nos casos de concessão
e permissão de serviços públicos.
Exemplo: tradutores, leiloeiros, os bancários, titulares de cartórios que atualmente a atividade notarial e de
registro que é exercida em regime jurídico de direito privado por delegação pelo poder público, artigo 236 da
Constituição Federal (Lei nº 8.935, de 18-11-1994, dispõe sobre os serviços notariais e de registro), a remuneração
que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço, nestes casos exercem
função pública em nome próprio com a fiscalização da administração pública.
 
b) Particulares que atuam por convocação, nomeação ou designação
São agentes que exercem atividade sem remuneração, por exemplo, jurados do tribunal do júri e mesários que
exercem um serviço público honroso, atividade honrosa, e por isso esses particulares são denominados por alguns
autores como agentes honoríficos.
Tais serviços constituem o chamado múnus público, ou serviços públicos relevantes, esses agentes o máximo
que podem receber é uma ajuda de custo ou pró-labore, isso não descaracteriza como agente honorifico.
Exemplo: peritos, tradutores, conciliadores, jurados do tribunal do júri e mesários.
 
c) Agentes necessários ou gestores de negócios públicos
É o agente que atua voluntariamente, de forma espontânea, diante de uma situação anômala de caráter
emergencial, sempre diante de uma situação excepcional.
Exemplo: uma situação calamidade, epidemias, incêndios, enchente, particulares que ajudam resgatar
pessoas de um desmoronamento.
 
2.2.4. Agentes Credenciados
Segundo Hely Lopes Meirelles, os agentes credenciados são os que recebem a incumbência da administração
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade especifica, mediante remuneração do poder
público credenciante. Não têm vínculo com a Administração.
Exemplo: determinada pessoa (pesquisador; artista) recebe atribuição de representar o Brasil em evento
internacional.
 
2.2.5. Militares
Abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às forças armadas, marinha, exército e aeronáutica (art.
142, caput e § 3º da CF/88) e também as policias militares e corpo de bombeiros militares dos Estados, Distrito
federal e Territórios (art.42 da CF/88), com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio.
/
Com a Emenda Constitucional nº 18/98, ficaram denominados servidores públicos militares.
O servidor público militar não tem direito de greve, de sindicalização ede filiação partidária.
 
 
2.3. CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA
 
2.3.1. Cargo Público 
É aquele ocupado por servidor público. São criados por lei, com denominação própria, em número certo e
remunerado pelos cofres públicos.
 
2.3.2. Emprego Público
É aquele ocupado por empregado público que pode atuar em entidade privada ou pública da Administração
indireta. São regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
 
2.3.3. Função Pública
É um conjunto de atribuições destinadas aos agentes públicos, abrangendo à função temporária (Art. 37, IX
da CF/88) e a função de confiança (Art. 37, V da CF/88).
 
2.4. ACESSIBILIDADE
A constituição estabelece o princípio da ampla acessibilidade aos cargos, funções e empregos públicos aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei (art. 37, I da CF/88), mediante concurso público de
provas ou provas e títulos, com ressalva a nomeação para cargos de provimento em comissão nos quais são livres a
nomeação e a exoneração como disposto no art. 37, II da CF/88. 
 A Emenda Constitucional nº 19/1998, alterou o dispositivo 37, inciso I da CF/88 acrescentando a
possibilidade de estrangeiros, na forma da lei, ocupar cargos, empregos e funções públicas na administração. Logo,
o acesso dos estrangeiros deve ocorrer na forma da lei, por que se trata de norma constitucional de eficácia limitada
à edição de lei, que estabelecerá a necessária forma. 
SUMULA 683, STF:
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
2.5. PROVIMENTO
Provimento é o ato pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular.
Formas de provimento:
/
· Nomeação;
· Readaptação;
· Reintegração;
· Aproveitamento;
· Promoção;
· Reversão;
· Recondução.
2.5.1. Classificação do Provimento
I - Provimento originário: ocorre quando a ocupação do cargo não decorre de qualquer vínculo anterior entre a
pessoa e a administração. Ou seja, é o que vincula inicialmente o servidor ao cargo (OBS: em se tratando de
emprego e de função temporária, o provimento originário é a contratação).
II - Provimento derivado: é aquele que pressupõe vínculo anterior da pessoa com a Administração. Ou seja, o
servidor já era titular de cargo público, e vem a ocupar outro, em virtude do cargo anterior que titularizava.
A nomeação é a única forma de provimento originária de cargo público. Todas as outras são de
provimento derivado. Vamos estudá-la em primeiro lugar, bem como aos atos jurídicos da posse e do exercício, que
dela decorrem.
2.5.2. Nomeação
I - Nomeação: é um ato administrativo unilateral, que dá ao nomeado o direito subjetivo de formar um vínculo
funcional com a administração. Mas o nomeado ainda não é servidor: isso ele apenas será com o ato de posse. Por
isso, ele ainda não tem dever algum perante a Administração.
O nomeado tem 30 dias para tomar posse (na esfera federal), sob pena de perda da eficácia da nomeação
(exceção: se ele já for servidor público e naquele momento estiver no gozo de certas licenças ou de certos
afastamentos. Aí, o início do prazo muda para o final da licença ou afastamento). Ex.: licença para o serviço militar
ou para tratamento de saúde; afastamento por férias ou para treinamento.
II - Posse – é a investidura no cargo público. É um ato bilateral – há vontade da Administração e do nomeado.
Pela posse, ele torna-se servidor, assumindo as atribuições e responsabilidades do cargo.
A Investidura é o ato da posse.
A partir da posse, o sujeito passa a ter deveres perante a Administração, tanto que poderá ser exonerado se
não cumprir o ato seguinte, que é a entrada em exercício.
A posse pode ser feita através de procuração específica.
A partir da posse, o servidor tem 15 dias para entrar em exercício, conforme disposto no art. 18, § 1º da LC
004/90.
OBS: os requisitos de habilitação para o cargo são exigidos no ato da posse e não na inscrição do concurso.
Exceção: os três anos de atividade jurídica, que serão comprovados na “inscrição definitiva”.
III - Exercício – é o desempenho efetivo das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
No caso das funções de confiança, o início do exercício deve coincidir com a data da publicação do ato de
designação – não tem os intervalos de tempo do servidor concursado.
/
OBS.: o indivíduo torna-se servidor pela POSSE; mas é pelo EXERCÍCIO que são constituídas as relações
jurídicas funcionais entre ele e a Administração que tenham por base o fator TEMPO DE ATIVIDADE.
Ex.: quaisquer direitos com base no tempo de serviço começarão a ser contados a partir da data do início do
EXERCÍCIO (e não da posse) – como a aquisição de férias, a percepção de remuneração, aquisição da
estabilidade, de licenças-prêmio, etc.
E se o empossado não entrar em exercício? Como ele já é servidor, será exonerado.
OBS.: Para cada novo cargo público, deve haver novo concurso público e nova nomeação. Ex.: sou técnico;
presto concurso de analista, sou nomeado analista; depois, presto concurso de juiz, sou nomeado juiz. Tudo dentro
do mesmo Tribunal – mas são cargos diferentes. Cada uma dessas três nomeações foram provimentos originários,
pois foram independentes dos antigos cargos – afinal, pela lei, técnico não vira analista, nem analista vira juiz.
2.5.3. Promoção
Promoção é forma de provimento derivado pela qual o servidor passa de um cargo de um nível a outro, de
nível superior, dentro da mesma carreira. Ou seja, é provido em cargo de maior responsabilidade e maior
complexidade de atribuições.
É o meio mais comum de ascensão funcional de um servidor. Ex.: promoção – sou defensor nível I – menos
atribuições, menos responsabilidades e também menor remuneração. Depois, sou promovido ao nível II,
aumentando tudo isso – subi a um novo cargo, por conta de anteriormente ter sido nível I.
2.5.4. Readaptação
É a investidura do servidor em cargo compatível com a superveniente limitação de sua capacidade física ou
mental, apurada em inspeção médica. É uma espécie de mudança de cargo, por causa de doença relativamente
incapacitante (invalidez relativa) – não consegue exercer função antiga, mas pode exercer outra. Ex.: digitador com
LER que vira atendente.
Se a incapacidade for absoluta, o servidor será aposentado por invalidez.
A readaptação será efetivada em cargos de atribuições afins, com similaridade de vencimentos, a mesma
habilitação exigida e o mesmo nível de escolaridade.
Se não houver um cargo vago, o readaptado exercerá a função pública sem cargo: é a figura do excedente.
Quando vagar um cargo, ele o ocupará.
2.5.5. Reversão
 É o retorno do aposentado à ativa (uma espécie de “desaposentação” do servidor que volta à Administração).
Existem dois tipos: reversão ex officio e reversão a pedido.
 I - ex officio: é o retorno do servidor aposentado por invalidez, porque cessaram as causas que
determinaram a sua aposentadoria. Se isso for apurado, a Administração fica vinculada à reverter a
aposentadoria. Se o cargo antigo estiver ocupado, ele exercerá as suas funções sem cargo, ficando como
excedente (a lei diz que o aposentado por invalidez pode ser convocado a qualquer momento para inspeções
médicas).
II - A pedido: caso de aposentadoria voluntária e o servidor solicita a sua reversão. É um pedido voluntário de
desaposentação.
2.5.6. Reintegração
/
É o retorno do servidor estável demitido ao cargo que antes ocupava, com ressarcimento de todas as
vantagens, porque sua demissão foi anulada judicial ou administrativamente. A Lei diz que a reintegração pode
decorrer de decisão administrativa ou judicial.
A reintegração é direito de servidor estável; porém, se um o servidor ainda não estável conseguir anular o seu
desligamento, o efeito será de reintegração.
Se o cargo estiver vago, ele o retoma.
Mas, pode acontecer de o cargo ter sido extinto ou estar ocupado por outro servidor.
Se o cargo foi extinto:fica em disponibilidade, recebendo proventos proporcionais (à disposição do Estado,
mas sem trabalhar), até sofrer um aproveitamento.
Se o cargo já foi ocupado por outrem: o servidor reintegrado retoma o cargo e novo ocupante terá de deixá-
lo.
Como fica a situação do novo ocupante?
a) se for estável:
1) será reconduzido ao seu cargo antigo sem indenização; ou
2) será aproveitado em outro cargo de função equivalente; ou
3) posto em disponibilidade.
b) se não for estável:
A solução constitucional, na opinião da doutrina majoritária, é que será exonerado – ESSA É A RESPOSTA
PRA FINS DE PROVA (mas há notícia de que na prática, esse não estável é colocado em aproveitamento; não se
conhece jurisprudência a respeito).
O que ocorre é que a CF, no art. 41, par. 2.º, só garantiu direitos para o novo ocupante quando estável e
silenciou quanto ao não estável.
2.5.7. Recondução
É o retorno do servidor estável ao cargo anterior.
Isso pode ocorrer por ter sido inabilitado no estágio probatório relativo a outro cargo para o qual foi
subsequentemente nomeado ou em razão da reintegração do anterior ocupante.
2.5.8. Aproveitamento
É o reingresso do servidor estável, que estava em disponibilidade remunerada, no mesmo cargo ou em
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis (ou seja, ocupação funcional similar).
O servidor é colocado em disponibilidade quando seu cargo é extinto ou declarada sua desnecessidade.
Recebe vencimentos proporcionais sem trabalhar, estando à disposição do Estado. Quando houver um cargo
equivalente, compatível com o antigo, ele será convocado para assumi-lo a título de aproveitamento.
Por exemplo: o cargo do servidor estável é extinto (ex. um taquígrafo – não é mais necessário). Ele fica então
em disponibilidade, recebendo vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Depois, ele é aproveitado em outro
cargo, compatível funcional e remuneratoriamente com o anterior. Ex., é aproveitado como digitador.
Para a Administração, o aproveitamento é discricionário; mas para o servidor em disponibilidade, é obrigatório
– se ele não entrar no exercício do aproveitamento, a disponibilidade é cassada – e esse ato é sanção equiparada à
demissão.
/
 
2.6. INVESTIDURA
A CF/88, no artigo 37, II, determina que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público. Cabe ao legislador, em opção de política administrativa, criar cargos ou empregos, com
as diferenças que entender adequadas. Mas não terá liberdade quanto ao preenchimento: em ambos os casos,
exige-se o concurso público.
A Constituição revogada exigia concurso para a primeira investidura. Por isso, entendia-se que, para outras
investiduras, o concurso público não era necessariamente obrigatório. Então, assumia um cargo e depois, poderia
assumir outro de conteúdo ocupacional diverso. Por exemplo, mediante concurso interno, de faxineiro virava
dentista.
SUMULA VINCULANTE 43, STF:
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira
na qual anteriormente investido
 
2.7. PRAZO DE VALIDADE
A Constituição da República fixa o prazo de dois anos, prorrogáveis por igual período, como o lapso temporal
máximo de validade dos concursos públicos (art. 37, inc. III). No entanto, não indica o momento exato e nem o ato
que marca o termo inicial da contagem desse prazo.
Diante disso, o STJ se manifestou no seguinte sentido no Recurso Especial nº 162.068/DF:
ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO – PRAZO – VALIDADE. - O termo inicial do prazo de
validade do concurso é a data da homologação do resultado final. Somente a partir daí é que se
constitui a respectiva relação jurídica. O prazo, em si mesmo, não impõe a nomeação. Esta resta a
critério de oportunidade e conveniência da Administração. (STJ, Recurso Especial nº 162.068/DF,
Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ de 10.05.1999.)
Assim, publicado o ato de homologação do resultado final do concurso público, inicia-se o prazo de validade,
que será de até dois anos, prorrogáveis por igual período, conforme a conveniência e a oportunidade da
Administração Pública.
Concurso público. Nomeação após expirado o prazo de validade. Impossibilidade. (...) Ofende a
Constituição Federal (art. 37, II e III e § 2º) a nomeação de candidato após expirado o prazo de
validade do concurso. [ARE 899.816 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 7-3-2017, 2ª T, DJE de 24-3-2017.]
 
 
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição federal de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 10 mai 2018.
/
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo:
Atlas, 2014.
DIZER O DIREITO. Comentários à EC 88/2015 (PEC da Bengala). Disponível em:
<http://www.dizerodireito.com.br/2015/05/comentarios-ec-882015-pec-da-bengala.html>. Acesso em 18 jun 2018.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. Editora Saraiva.
MAZZA, Alexandre. Manual do direito administrativo. Editora Saraiva.
PASSEI DIRETO. Considerações acerca de servidor público no exercício de mandato eletivo e a constituição
federal de 1988. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/19682680/resumo-servidor-publico-no-
exercicio-de-mandato-eletivo>. Acesso em 13 jun 2018.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. Editora Saraiva.
STF. A constituição e o supremo. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=31>.
Acesso em: 12 mai 2018.
Última atualização: terça, 21 Jul 2020, 07:48
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Palácio Paiaguás - Rua Des. Carlos Avalone, s/n - Centro Político e Administrativo - CEP 78049-903 - Cuiabá
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https://www.passeidireto.com/arquivo/19682680/resumo-servidor-publico-no-exercicio-de-mandato-eletivo
http://eadeg.gestao.mt.gov.br/

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