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A historia da cloroquina

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2
O valor da síntese da quinina essencialmente não tem nada a ver com a 
quinina em si. É parecido com a resolução de um teorema matemático 
muito antigo, cuja solução foi procurada durante muito tempo. Amplia o
conhecimento". (Gilbert Stork)
Após a queda de dois ministros da saúde e a defesa veemente do presidente brasileiro Jair
Bolsonaro em relação ao uso do medicamento Cloroquina, surge a pergunta: De onde vem
este medicamento e qual sua história? Visto que antes da pandemia do COVID – 19, nunca
se ouvia falar nesse medicamento, salvo, os profissionais da saúde, é claro.
Tanto o ex- ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta quanto o  também ex- ministro da 
saúde Nelson Teich, não concordavam com o uso em massa do medicamento Cloroquina, 
coisa que o presidente brasileiro discorda. Ambos os ex- ministros são médicos e sabiam 
do que estavam falando e também que tal medicamento desenvolve diversos efeitos 
colaterais e ainda não há comprovação científica sobre a eficácia desse medicamento no 
combate ao COVID -19. (Ver. 
https://www.bebee.com/producer/@sergio-weinfuter/cloroquina-a-droga-milagrosa-de-
bolsonaro)
Sendo assim o planalto pegou fogo e o primeiro-ministro (Mandetta) foi demitido, o 
segundo ministro (Teich), pediu demissão em menos de um mês no cargo. Virou uma 
bagunça o comando do ministério da saúde em plena pandemia. Mas, de onde vem e 
quando surgiu este medicamento que está causando tanta controvérsia no meio político 
brasileiro, a ponto de em pouco tempo caírem dois ministros da saúde?
A história da Cloroquina ou mais precisamente o produto que viria a ser a base da 
Cloroquina começou muito antes de nosso tempo e está envolto em mistério, polêmicas e 
controvérsias. Segundo Bertolloto (2020) “A tal da cloroquina é a versão sintética da quina,
árvore usada pelos indígenas para curar suas dores e febres bem antes dos europeus 
aportarem na América.” Portanto um produto natural encontrada nas florestas do novo 
mundo que estava sendo descoberto, que futuramente viria a ser a nossa América do Sul.
https://www.bebee.com/producer/@sergio-weinfuter/cloroquina-a-droga-milagrosa-de-bolsonaro
https://www.bebee.com/producer/@sergio-weinfuter/cloroquina-a-droga-milagrosa-de-bolsonaro
Antes dos europeus descobrirem este novo mundo os nativos já conheciam a quina e a 
utilizavam. Segundo relatos dos conquistadores. “No Peru, os povos indígenas extraíam a 
casca da folha da árvore de Cinchona (Cinchona officinalis), e utilizavam seu extrato para 
tratar a febre e calafrios no século XVI.” (Wikipédia, 2020) Mas os registros se perderam 
nos anais da história.
Mesmo que tenham se perdido alguns registros no decorrer dos séculos seguintes, com 
toda certeza os nativos já conheciam o medicamento e seus benefícios, caso contrário, não
teriam apresentado o remédio a seus conquistadores. O que se sabe com certeza é que 
“ Os europeus descobriram a casca entre os séculos XVI e XVII durante a conquista do 
Império Inca, na região do Peru. Historiadores, no entanto, debatem se foram os indígenas 
ou os europeus que desenvolveram o medicamento.” (Ramos, 2020)
Segundo os pesquisadores que defendem a invenção por parte dos europeus argumentam
que as “Evidências sugerem que a malária não existia na América antes da chegada dos 
espanhóis. Contudo, muitos anos se passaram da chegada dos europeus (e 
presumivelmente da malária) e os primeiros registros da cinchona. (Ramos, 2020)
Para os que defendem a invenção do medicamento pelos nativos, argumentam que 
“Aparentemente durante esse intervalo, sugerem historiadores, os nativos teriam 
desenvolvido a cura.” Diante da controvérsia de sua descoberta “Os que defendem esse 
argumento reforçam que os curandeiros nativos usavam uma vasta coleção de plantas 
medicinais, e realmente muitas dessas plantas foram levadas para a Europa. Soma-se a isso
o fato de que, na época, a medicina dos indígenas era, para muitas doenças, mais eficaz do
que os tratamentos europeus.” (Ramos, 2020)
Mas isso não é consenso entre os pesquisadores e muito menos entre os historiadores, 
porque muitos argumentam que a malária não existia no novo mundo, até a chegada dos 
europeus e por isso os nativos não precisam de um medicamento para uma doença que 
supostamente, não existia. Poderiam sim conhecer as propriedades medicinais da planta 
para outras doenças, mas não para a malária.
Por não haverem documentos que contam a verdadeira história sobre a descoberta da 
eficácia do medicamento e como ela se a deu, talvez nunca saberemos a verdade. “Mas se 
por um lado faltam documentos que comprovem como se deu a descoberta da casca da 
cinchona, por outro não faltam lendas que contam com detalhes essa história. Uma diz 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinchona
que nativos teriam notado que suçuaranas (também chamadas de pumas ou leões da 
montanha) doentes mordiam a casca de certas árvores e ficavam curadas. Assim, indígenas
com malária teriam usado aquelas cascas e descoberto as propriedades medicinais da 
cinchona.” (Ramos, 2020)
Esta versão porém é dos nativos que foram conquistados pelos europeus. “Já os espanhóis
têm outra versão para a descoberta. Conta a lenda que um soldado espanhol, acometido 
de malária, foi deixado para trás para morrer por seus companheiros. Torturado pela sede, 
ele rastejou até um pequeno lago, bebeu água e caiu no sono. Ao acordar, percebeu que a
febre tinha desaparecido. Então, lembrou-se de que a água tinha um gosto amargo e que 
um grande tronco de árvore, rachado por um relâmpago, estava caído no lago. A casca 
dessa árvore, o soldado concluiu, tinha o extraordinário poder de curar a malária.” (Ramos, 
2020) Uma história incrível e um tanto fantasiosa!
De qualquer forma o medicamento descoberto foi levado para a Europa, onde outras 
lendas se desenvolveram sobre o uso e eficácia do remédio. Outra lenda que fala sobre a 
descoberta do medicamento está registrada  no ano de “1638 – A história registra que 
neste ano, a condessa de Chinchón, esposa do vice-rei espanhol no Peru, foi acometida de 
forte febre terçã. Ao ingerir uma poção feita pelos índios chamada "quina-quina" a febre 
cedeu e a continuidade do tratamento a deixou curada. Este evento pode ser estabelecido 
como o início de uma história de desenvolvimentos, experimentações e enganos, 
envolvendo alguns dos maiores nomes da ciência dos últimos 470 anos.” (Oliveira e 
Szczerbowski, 2009)
Seria ótimo se a história fosse verdadeira, talvez seria uma das primeiras provas do uso e 
benefícios do medicamento, que até então era somente conhecido e utilizado pelos 
nativos andinos. Sem verificar toda a história da condessa de Chinchón os padres jesuítas 
começaram a vender e ministrar o medicamento. Conta a história que “A partir deste 
relato, padres jesuítas da missão espanhola levaram o pó para a Europa para vendê-lo 
como um medicamento, que depois ficou conhecido como "pó dos jesuítas".” (Oliveira e 
Szczerbowski, 2009)
Outro estranho episódio relacionado ao medicamento trazido dos andes, desenvolveu-se 
no choque com a religião. “Em 1679, o Rei Charles II da Inglaterra foi vitimado por uma 
forte febre, porém sendo protestante, preferia morrer a tomar um medicamento católico, 
por melhor que ele fosse. Neste contexto, surge Robert Talbor com um medicamento 
"protestante" que o rei não hesitou em tomar. Ficou curado e como agradecimento sagrou
Talbor, cavaleiro e médico real. Alguns anos depois foi revelado que o remédio protestante
de Talbor era na verdade o "pó dos jesuítas" apenas em uma formulação diferente.” 
(Oliveira e Szczerbowski, 2009) Era o mesmo medicamento, porém produzido por um 
protestante.
Diante do novo medicamento todos estavam maravilhados, tomando e supostamente se 
curando de diversos males, inclusive a malária, e claro, os padres jesuítas lucrando muito 
com isso. A história poderia ficar desta forma, mas não ficou. Há outra versão que 
aparentemente foi esquecida pela história oficial sobre a cura da condessa de Chinchón. 
Ainda que “Não está muito claroquem levou a casca de cinchona para a Europa. 
Sebastiano Bado, um italiano, dá o crédito, em uma publicação de 1663, à esposa do vice-
rei do Peru, Ana de Osório, condessa de Chinchón.” (Ramos, 2020)
Mas esta história não se sustenta desde o início, apesar de a grande crença popular 
acreditar na cura da condessa cegamente, haviam registros que confirmam a falta de 
veracidade dela. Em “Um diário do conde de Chinchón, escrito por seu secretário, Don (sic)
Antonio Suardo, descoberto em 1930, desmente a história toda. Ninguém merece, não? O 
diário declara que Ana de Osório, a primeira condessa de Chinchón, morreu na Espanha 
pelo menos três anos antes de seu marido ser indicado como vice-rei do Peru. Ou seja, ela 
nem sequer teria ido para a América!” (Ramos, 2020) Desta forma tosca morreu 
supostamente a primeira prova concreta da eficácia de tal remédio e que o popularizou, 
mas os Jesuítas continuaram a distribuir o medicamento para todos que atendiam.
Mesmo não sendo verdadeira parece que a história continuou a ser contada e acreditada, 
por isso “[…] o nome da árvore, cinchona, foi mesmo dado em homenagem à condessa. 
Aparentemente aceitando o relato de Sebastiano Bado, o botânico suíço Carl Lineu 
batizou, em 1742, de Cinchonao gênero das árvores produtoras de quinino. Existem cerca 
de 40 espécies de árvores desse gênero, apesar de nem todas serem boas produtoras do 
medicamento.” (Ramos, 2020)
Porém ao classificar a planta “[...] Lineu errou ao escrever o nome, tirando o h do Chinchón.
Talvez induzido por Bado que italianizou o nome (em italiano, o antes de i é pronunciado 
como ch no espanhol e no inglês). Depois da morte de Lineu, perceberam o erro na grafia, 
mas era tarde demais para mudar!” (Ramos, 2020)
Mesmo diante de tantas discussões, controvérsias e até erros na grafia da classificação 
desta planta “é certo que missionários jesuítas espanhóis contribuíram para a 
popularização da casca, tanto que ela também era chamada de casca dos jesuítas pelos 
europeus. No Peru, os missionários passavam muito tempo com os indígenas querendo 
convertê-los ao cristianismo e, assim, aprenderam sobre o poder de cura da casca com os 
nativos moradores das florestas da cordilheira dos Andes, provavelmente entre 1620 e 
1630.” (Ramos, 2020)
Após se espalhar pela Europa, por ser um medicamento natural a casca de cinchona 
também está associada “no surgimento da homeopatia, terapia alternativa de cura, que é 
classificada como "pseudocientífica" pela medicina oficial.” (Bertolotto, 2020)
A primeira experiência realizada com a casca na homeopatia que se tem notícia, foi 
realizada pelo “Fundador da homeopatia, o médico alemão Samuel Hahnemann (1755-
1843), estando saudável, ingeriu um pouco de casca da quina para investigar sua reação. 
Ele relatou posteriormente febre, tremores e dores nas articulações, sintomas parecidos 
aos da malária. A partir daí, Hahnemann passou a acreditar que todos os medicamentos 
eficazes produzem, em indivíduos saudáveis, sintomas semelhantes aos das doenças que 
tratam, de acordo com a "lei de semelhança", o lema principal dos homeopatas.” 
(Bertolotto, 2020)
Já “Outro médico da época, o neurologista suíço Auguste Tissot (1728-1797), publicou o 
livro "L'Onanisme", que apresenta a quina como uma substância que remediava os 
problemas médicos causados pela masturbação excessiva. Ou seja, não é de hoje que a 
imaginação vai longe quando o assunto é a quina (ou cloroquina) e suas propriedades.” 
(Bertolotto, 2020)
No decorrer dos séculos XVIII e XIX, “Até 1820, apenas um pó feito com as raízes da árvore
era comercializado. Nesse ano, Pelletier e Caventou isolaram deste pó, um alcaloide com 
extrema atividade contra a malária, ao qual deram o nome de quinina. Após a descoberta, 
inúmeros métodos foram desenvolvidos para extrair o alcaloide e vendê-lo como 
medicamento.” (Oliveira e Szczerbowski, 2009) O interessante neste episódio é que “ Ao 
invés de registrar os direitos sobre a descoberta e cobrar por isso, Pelletier and Caventou 
publicaram todos os detalhes sobre o processo de extração para que qualquer empresa 
pudesse produzir o remédio.” (Ramos, 2020) Uma coisa nobre da parte deles, pois tinha 
potencialidade deles fazerem milhares de dólares, se tivessem patenteado a sua 
descoberta.
Na entrada do século XX e “Com a intensificação do uso do quinino, a venda da casca de 
cinchona passou a ser um negócio muito lucrativo. Por isso, Bolívia, Colômbia, Equador e 
Peru proibiram a exportação de sementes e plantas, numa tentativa de impedir que outros 
países plantassem a árvore.” Mas ao que parece não tiveram êxito. “[…] ingleses e alemães 
contrabandearam algumas sementes e formaram novas plantações: os alemães na ilha de 
Java, Indonésia e os ingleses na Índia e no Ceilão (Sri Lanka). (Oliveira e Szczerbowski, 
2009)
A princípio não deu muito certo o contrabando, pois “Para azar dos contrabandistas, as 
sementes contrabandeadas não eram das espécies que possuíam as maiores porcentagens
de quinina (C. Calisaya pelos alemães e de C. Pubescens pelos ingleses) e assim a extração 
das árvores amazônicas continuou.” Infelizmente para a floresta “A extração da quinina a 
partir da casca de Cinchona não rende tanto quanto a extração a partir da árvore inteira. 
Assim, a obtenção comercial da quinina quase levou à extinção as árvores amazônicas, as 
quais, ironicamente foram replantadas a partir de sementes obtidas das mesmas 
plantações formadas pelo contrabando.” (Oliveira e Szczerbowski, 2009)
Após este susto as pesquisas continuaram e todos queriam saber mais sobre o 
medicamento, em suas pesquisas “[...] Louis Pasteur em 1852 observou que a molécula 
era levorrotatória, porém nesta época ainda não se tinha nem o conhecimento da fórmula 
molecular e nem da estrutura espacial da quinina.” Mas aos poucos se começava entender 
a estrutura molecular do medicamento e “Em 1853, Louis Pasteur, fez o tratamento da 
quinina com ácido sulfúrico e isolou a d-quinotoxina. Mas ainda precisou esperar mais um 
pouco e somente “Em 1854, Strecker determinou que a fórmula molecular da quinina era 
C20H24N2O2.” (Oliveira e Szczerbowski, 2009)
Há relativo consenso dos historiadores até este ponto, porém a partir de agora ao falar da 
síntese da quinina, a história se divide novamente em duas versões: a primeira diz que ao 
procurar pela síntese da quinina, “[...] William Henry Perkin, aos 18 anos, fez a primeira 
tentativa de obter a quinina sintética. No seu pequeno laboratório montado em casa, 
Perkin tentou obter a quinina a partir da oxidação da aliltoluidina, cuja fórmula molecular é
C10H13N. Uma vez que a aliltoluidina tinha todos os elementos químicos necessários a 
menos de duas moléculas de água, Perkin tentou obter a quinina pela dimerização 
oxidativa da aliltoluidina. Isto demonstra bem o parco domínio da química na época.” 
(Oliveira e Szczerbowski, 2009)
A experiência porém não deu muito certo e o resultado parece não ter sido o esperado. “O
produto obtido foi um precipitado escuro, "grudento" e intratável! Para simplificar o 
experimento, Perkin substituiu a aliltoluidina pelo sulfato de anilina e repetiu a oxidação, 
obtendo mais uma vez um precipitado escuro. No entanto, a extração deste novo 
precipitado com etanol deu origem a uma solução de cor púrpura, profunda e consistente,
que ele chamou de Púrpura Tiriana, por referência à antiga púrpura extraída em Tiro, e os 
franceses chamaram de mauve.” (Oliveira e Szczerbowski, 2009)
Mas se não servia para remédio, Perkin viu outra forma de utilizar o líquido asqueroso que 
havia conseguido com suas experiências. Procurando uma nova utilização para o que havia
descoberto “Perkin em seguida fez alguns testes com o tingimento de papéis e tecidos e 
fundou uma pequena fábrica para produzir o corante para as fábricas de tecidos, então em
plena revolução industrial. Isto deu origem à moderna indústria química de corantes, 
perfumaria e medicamentos. Sua descoberta influenciou o destino de várias empresas, 
principalmentea BASF (Badische Anilin-& Soda-Fabrik), AGFA (Aktiengesellschaft für 
Anilinfabrikation) Bayer e Hoechst, que diversificaram sua produção em vários outros 
segmentos importantes da indústria química. Perkin recebeu o título de Sir em 1906 e 
morreu em 1907 de causa desconhecida.” (Oliveira e Szczerbowski, 2009)
Se o líquido não serviu para o avanço do medicamento em sua versão sintética, ajudou 
outros seguimentos da indústria a desenvolverem mais opções de trabalho e dessa forma 
desenvolverem vários outros setores, que por sua vez, desenvolveram inúmeras indústrias 
formais e informais. Quem já estava no segmento também ganhou com a diversificação de
sua produção e seus produtos. Mesmo sendo um erro do pesquisador, a indústria química 
deve muito a Perkins e sua descoberta.
Continua …
Escrito em: Junho 2020
	O valor da síntese da quinina essencialmente não tem nada a ver com a quinina em si. É parecido com a resolução de um teorema matemático muito antigo, cuja solução foi procurada durante muito tempo. Amplia o conhecimento". (Gilbert Stork)

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