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ADMINISTRATIVO - INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE (I)

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1 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 
2. INTERVENÇÕES RESTRITIVAS OU BRANDAS: ............................... 4 
2.1. SERVIDÃO:........................................................................................ 4 
2.2. REQUISIÇÃO:.................................................................................... 7 
2.3. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA/PROVISÓRIA: ................................ 11 
2.4. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA: ................................................ 13 
2.5. TOMBAMENTO (IMPORTANTÍSSIMO): .................................... 14 
2.5.1. CLASSIFICAÇÕES: .................................................................... 18 
2.5.2. EFEITOS DO TOMBAMENTO: ................................................. 20 
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA .................................................................. 21 
LEGISLAÇÃO CORRELATA .......................................................................... 24 
 
Este Caderno foi elaborado com base nas aulas do professor RAFAEL 
OLIVEIRA disponibilizada pelo curso fórum. 
 
Este caderno será, posteriormente, ampliado com o Manual do 
referido professor. Siga a página e fique atento para as atualizações. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Dentro do estudo da intervenção do Estado na propriedade, temos 
basicamente 2 grandes modalidades de intervenções: 
 
a) INTERVENÇÕES RESTRITIVAS OU BRANDAS: Hipóteses 
em que o Estado estabelece algum tipo de restrição, condições à 
propriedade, mas ela permanece com seu titular. Como exemplo 
temos: Servidão, Requisição, Ocupação Temporária, Limitações e 
Tombamento; e 
 
b) INTERVENÇÕES SUPRESSIVAS OU DRÁSTICAS: 
Hipótese de intervenção mais forte do Estado em que ele retira a 
propriedade de alguém. Como exemplo temos: Desapropriação. 
 
 
Em relação ao primeiro grupo, não há consenso na doutrina em relação 
às modalidades, muito em razão de não haver uma lei definindo todas as 
intervenções brandas e seu regime jurídico. Temos, na verdade, normas 
esparsas (vez ou outra uma lei) sobre essas modalidades. 
 
Como exemplo da dificuldade doutrinária, cite-se que o professor 
CELSO ANTÔNIO apresenta apenas 2 modalidades de intervenção branda: 
requisição (aqui ele inclui a ocupação temporária) e servidão (aqui se 
incluiria o tombamento). Na visão deste professor, a limitação administrativa 
não seria uma intervenção, mas a própria definição da função social da 
propriedade. Mas esta abordagem do professor CELSO bem como de outros 
autores é minoritária e vamos adotar a classificação que a doutrina 
majoritária aponta como sendo a mais adequada. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
4 
 
ATENÇÃO: Em qualquer intervenção do Estado na propriedade, 
temos pelo menos 2 grandes fundamentos: 
a) O exercício do poder de polícia do Estado (atenção para o fato 
de que o Direito Fundamental à propriedade, assim como os 
demais, não é absoluto); e 
b) Interesse público (que pauta qualquer atuação do Estado – para 
efetivar direitos fundamentais, conforme já visto no caderno de 
princípios). 
 
 
Vamos a cada uma das modalidades de intervenção, começando com 
o grupo das intervenções brandas... #VenceOsono. 
 
 
2. INTERVENÇÕES RESTRITIVAS OU BRANDAS: 
Vamos detalhar cada uma das intervenções que compõem este grupo: 
 
2.1. SERVIDÃO: 
A servidão administrativa é direito real público que permite a 
utilização da propriedade alheia pelo Estado ou por seus delegatários com o 
objetivo de atender o interesse público. 
Meus caros, não temos nenhuma lei específica falando exclusivamente 
da servidão, mas podemos apontar um fundamento legal. O que temos são 
normas esparsas que mencionam a possibilidade da servidão. 
Conforme o Art. 40 do Decreto-lei 3.365/41: 
Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, mediante 
indenização na forma desta lei. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
5 
 
ATENÇÃO: Mesmo não havendo uma lei exclusiva do tema, 
podemos dizer que a servidão tem um núcleo muito parecido (não idêntico) 
com a servidão instituída no Direito privado (Art. 1.378, CC) 
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio 
dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso 
dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos 
proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no 
Cartório de Registro de Imóveis 
 
O núcleo básico apontado pelo Código Civil e que pode aqui ser 
estudado é o fato de que em toda servidão teremos a existência de 2 prédios: 
o prédio dominante e o prédio serviente. Estes prédios pertencem a donos 
diversos. 
Dominante é o que se beneficia com a servidão (em favor de quem é 
instituída). Serviente é o que sofre a restrição. 
No caso das servidões administrativas, o prédio dominante será a 
Administração pública, concessionárias etc. e o serviente, em regra será o 
particular (embora se admita servidão em face de bem público). 
 
O exemplo clássico de servidão é a servidão de passagem, como 
servidão de oleoduto, hastes para cabeamento, placas com informações etc. 
 
CUIDADO: Malgrado tenha o mesmo fundamento, a servidão 
administrativa e a servidão privada não se confundem, tendo pelo menos 3 
grandes diferenças: 
a) A presença, na servidão administrativa, do poder público ou 
concessionária; 
b) Se pauta pelo interesse público; e 
c) Regime jurídico diverso da privada (aplica-se as normas do direito 
público). 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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• FORMAS DE INSTITUIÇÃO DA SERVIDÃO: 
As duas principais formas de instituição (não são as únicas) são o 
acordo e a sentença judicial. 
A doutrina aponta que antes do acordo com o proprietário ou antes da 
sentença judicial, o poder público tem que editar um DECRETO no qual se 
declarará o interesse em instituir determinada servidão sobre determinado 
bem IMÓVEL. 
A doutrina e a jurisprudência aplicam o procedimento da 
desapropriação para a servidão, se fazendo necessário, portanto, a prévia 
edição de decreto (lembre do Art. 40 já mencionado). 
Assim, temos que são formas de instituição: 
a) ACORDO; 
b) SENTENÇA JUDICIAL; 
c) USUCAPIÃO; 
 
#ATENÇÃO: INSTITUIÇÃO LEGAL DE SERVIDÃO: 
Há uma polêmica sobre este tema, ou seja, se poderia a servidão ser 
ou não instituída por lei. 
Essa polêmica passa por uma dificuldade da diferenciação entre a 
servidão e a limitação administrativa. 
A doutrina diz que a limitação é uma intervenção fixada por norma 
geral e abstrata (geralmente por lei). Assim, a dificuldade é que se se admite 
a servidão por lei, ficaria difícil diferenciar da limitação administrativa que 
sempre é instituída por lei. 
Há 2 correntes: 
 
1ªC: Não pode haver servidão legal. Tese do professor CARVALHO 
FILHO e RAFAEL OLIVEIRA. Se o Estado estabelece uma restrição por 
lei, será caracterizada uma limitação administrativa. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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2ªC: Admite servidão legal. Esta é a posição da professora DI 
PIETRO. Cita-se os exemplos dos aeroportos, em que as leis estabelecem 
restrições aos imóveis que ficam perto do aeroporto. Outro exemplo é o 
tombamento de um bem. A lei que trata do tombamento diz que depois que 
o bem é tombado, os proprietários vizinhos ao bem não podem fazer 
construções que dificultem a visibilidade do bem. 
Enquanto a servidão legal tem por objetivo atender um interesse 
público corporificado em determinado bem, a limitação tenderia 
interesses públicos genéricos, difusos (limitações ao meio ambiente etc.) 
 
 
2.2. REQUISIÇÃO: 
A requisição administrativa é a intervenção autoexecutóriana qual 
o Estado utiliza-se de bens imóveis, móveis e de serviços particulares no 
caso de iminente perigo público. 
 
Conforme o Art. 5º, XXV da CF: 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
Antes de entrar mais detalhadamente no conceito, destaque-se que o 
Art. 22, III, CF diz que compete privativamente à União legislar sobre a 
requisição administrativa. 
 
Algumas normas infraconstitucionais que tratam da requisição: 
 
a) Decreto-Lei 4.812/42; 
b) Lei delegada nº 4/62; 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
8 
 
c) Lei 8.080/90 no Art. 15, II. 
 
Conforme a Constituição, a requisição se dará num estado de 
emergência, de necessidade pública. Isto é importante para entender a 
característica da AUTOEXECUTORIEDADE. 
Como é uma situação de perigo, o poder público tem a 
autoexecutoriedade para tomar as medidas necessárias imediatamente e usar 
a requisição para afastar o perigo público e, cessado o perigo, cessará 
também a requisição. 
 
Assim, temos 2 características a serem destacadas: 
a) Autoexecutoriedade; e 
b) Temporária. 
 
Observe que são características contrárias à servidão. Assim vamos 
fazer uma tabela: 
 
REQUISIÇÃO SERVIDÃO 
Autoexecutória Por acordo ou sentença judicial, 
precedidos de decreto 
 
Temporária (enquanto houver 
ameaça, perigo) 
 
Perpétua (enquanto houver 
interesse público) 
Bem imóvel, móvel e serviços. Bens imóveis 
 
 
BIZU DAS DISCURSIVAS: PROVA PRA DELEGADO DO RJ: 
Norma estadual ao tratar de requisição, exigiu que a requisição tivesse 
indenização prévia. A norma é constitucional? 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Pelo que foi exposto, já percebemos que a norma é inconstitucional 
por pelo menos 2 motivos: 
A União somente pode legislar sobre o assunto. 
O segundo vício diz respeito ao fato de que a CF dispõe ser a 
indenização POSTERIOR. A indenização não pode ser prévia pelo fato de 
que não é possível quantificar previamente o valor do dano causado ao 
particular. 
 
• OBJETO: 
É amplo e abarca bens, móveis e imóveis, bem como serviços 
PARTICULARES. 
Assim, conforme a CF, os bens devem ser particulares, pelo menos em 
REGRA. 
 
ATENÇÃO: A CF admite, excepcionalmente, que ocorra requisição 
de bens e serviços públicos. Vejamos o Art. 136, §1º, II e Art. 139, VI e VII 
(Estado de defesa e Estado de sítio). 
 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho 
da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado 
de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais 
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou 
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o 
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e 
indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a 
vigorarem, dentre as seguintes: 
II - Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na 
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos 
e custos decorrentes. 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com 
fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as 
pessoas as seguintes medidas: 
VI - Intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens 
 
A exigência é a decretação formal de Estado de defesa ou Estado de 
Sítio. Esta é a posição do professor REAFAEL OLIVEIRA. 
Neste sentido o STF em raro julgamento sobre o tema: 
 
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE 
SEGURANÇA. MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. UNIÃO FEDERAL. 
DECRETAÇÃO DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA NO 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. 
REQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS MUNICIPAIS. DECRETO 
5.392/2005 DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. MANDADO DE 
SEGURANÇA DEFERIDO. 
Mandado de segurança, impetrado pelo município, em que se impugna o art. 
2º, V e VI (requisição dos hospitais municipais Souza Aguiar e Miguel 
Couto) e § 1º e § 2º (delegação ao ministro de Estado da Saúde da 
competência para requisição de outros serviços de saúde e recursos 
financeiros afetos à gestão de serviços e ações relacionados aos hospitais 
requisitados) do Decreto 5.392/2005, do presidente da República. Ordem 
deferida, por unanimidade. Fundamentos predominantes: (i) a requisição de 
bens e serviços do município do Rio de Janeiro, já afetados à prestação de 
serviços de saúde, não tem amparo no inciso XIII do art. 15 da Lei 
8.080/1990, a despeito da invocação desse dispositivo no ato atacado; (ii) 
nesse sentido, as determinações impugnadas do decreto presidencial 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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configuram-se efetiva intervenção da União no município, vedada pela 
Constituição; (iii) inadmissibilidade da requisição de bens municipais 
pela União em situação de normalidade institucional, sem a decretação 
de Estado de Defesa ou Estado de Sítio. Suscitada também a ofensa à 
autonomia municipal e ao pacto federativo. Ressalva do ministro presidente 
e do relator quanto à admissibilidade, em tese, da requisição, pela União, de 
bens e serviços municipais para o atendimento a situações de comprovada 
calamidade e perigo públicos. Ressalvas do relator quanto ao fundamento do 
deferimento da ordem: (i) ato sem expressa motivação e fixação de prazo 
para as medidas adotadas pelo governo federal; (ii) reajuste, nesse último 
ponto, do voto do relator, que inicialmente indicava a possibilidade de 
saneamento excepcional do vício, em consideração à gravidade dos fatos 
demonstrados relativos ao estado da prestação de serviços de saúde no 
município do Rio de Janeiro e das controvérsias entre União e município 
sobre o cumprimento de convênios de municipalização de hospitais federais; 
(iii) nulidade do § 1º do art. 2º do decreto atacado, por inconstitucionalidade 
da delegação, pelo presidente da República ao ministro da Saúde, das 
atribuições ali fixadas; (iv) nulidade do § 2º do art. 2º do decreto impugnado, 
por ofensa à autonomia municipal e em virtude da impossibilidade de 
delegação (STF, pleno. MS 25.295/DF. Rel. Min. Joaquim Barbosa). 
 
 
2.3. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA/PROVISÓRIA: 
A ocupação temporária é a intervenção branda por meio da qual o 
Estado ocupa, por prazo determinado e em situação de normalidade, a 
propriedade privada para execução de obra pública ou a prestação de 
serviços públicos. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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A grande diferença entre ela a requisição é o fato de que na ocupação 
não há o perigo público. 
 
Conforme o Art. 36 do Decreto-Lei 3.365/41: 
Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, 
afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às 
obras e necessários à sua realização. 
O expropriante prestará caução, quando exigida. 
 
• OBJETO: 
 
A expressão “terrenos não edificados” apontam o objeto. Mas, indaga-
se na doutrina apenas estes terrenos realmente poderiam ser objeto de 
ocupação. Temos algumas correntes: 
 
1ªC: É a corrente do professor CARVALHO FILHO, que sustenta que 
a ocupação tem por objeto tão somente bens IMÓVEIS. 
O problema dessa interpretação é o exemplo, pois o exemplo clássico 
de ocupação temporária é uma escola em época de eleição. 
 
2ªC: É a corrente do professor RAFAEL e da professora DI PIETRO. 
O objeto é semelhante o da requisição (amplo), incluindo até mesmo 
serviços. Adota-se uma interpretação sistemática que leva em conta outras 
normas que tratam da ocupação (a exemplo do Art. 58, V da Lei 8.666/93que trata das cláusulas exorbitantes – ocupação de bens móveis, imóveis, 
serviços). 
 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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2.4. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA: 
As limitações administrativas são restrições estatais impostas por atos 
normativos (atos gerais e abstratos) à propriedade (também à liberdade), que 
acarretam obrigações negativas e positivas aos respectivos proprietários, 
com o objetivo de atender a função social da propriedade. 
 
Sempre se exige ato normativo abstrato (lei principalmente) 
Quanto às obrigações, a doutrina discute se podem ser de natureza 
positiva ou apenas negativa. Para a corrente tradicional, seria sempre 
obrigações negativas (ex: gabaritos de prédios – a Lei estabelece que em 
determinada área os prédios não podem passar de determinada altura). 
Todavia, muitas leis começaram a trazer obrigações de fazer para os 
particulares o que levou os autores (a exemplo do professor RAFAEL e 
CARVALHO SANTOS) a se posicionarem que é possível obrigação 
positiva (ex: O Estatuto da Cidade impõe obrigações positivas, como 
edificar, parcelar o imóvel etc.; outro exemplo é a presença de extintores de 
incêndio nos prédios.) 
 
• OBJETO: 
É o mais amplo possível, tendo o legislador ampla liberdade para 
limitar qualquer bem ou até mesmo a liberdade do particular. 
 
 
• INDENIZAÇÃO: 
Como regra geral, em qualquer intervenção o Estado tem o dever de 
indenizar o proprietário caso haja prejuízo. 
A limitação administrativa é uma exceção a essa regra, não havendo, 
portanto, indenização. Isso decorre da premissa de que a limitação se 
estabelece por lei. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Lembre-se que a regra quanto aos atos normativos é a ausência de 
responsabilidade do Estado, pois se os atos são atos genéricos e abstratos, as 
leis geram consequências genéricas e abstratas (ônus e bônus). Não há, 
portanto, dano concreto. 
Lembre-se, também, que existem exceções como exemplo de ser o ato 
concreto (lei de efeitos concretos) ou ainda a responsabilidade quando a lei 
é declarada inconstitucional. 
 
#APROFUNDAMENTO PARA DISCURSIVAS (DEFENSORIA 
PÚBLICA DO RJ): 
Uma lei estabelece o fechamento de várias vias da cidade e não 
poderiam mais passar veículos e seriam destinadas para os pedestres, área de 
lazer. Uma limitação administrativa. Numa dessas vias, havia um posto de 
gasolina. Haveria responsabilidade do Estado perante o posto? 
 
SIM! Um dos fundamentos é o fato de que apesar de ser uma limitação 
administrativa, ela se revela de efeitos concretos de forma 
desproporcional para determinados indivíduos. Trata-se de uma 
verdadeira DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA (não observa o devido 
processo legal). 
Outro argumento pode ser o da responsabilidade civil do Estado por 
ato lícito, quando apesar de lícito, gera efeitos desproporcionais para aquele 
que não tinha o dever de suportar. 
 
 
2.5. TOMBAMENTO (IMPORTANTÍSSIMO): 
O tombamento é a intervenção estatal restritiva que tem por objetivo 
proteger o patrimônio cultural brasileiro. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
15 
 
 
Conforme o Art. 216 da CF: 
 Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de 
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em 
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória 
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos 
quais se incluem: 
I - As formas de expressão; 
II - Os modos de criar, fazer e viver; 
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços 
destinados às manifestações artístico-culturais; 
V - Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, 
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, 
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio 
de inventários, registros, vigilância, tombamento e 
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e 
preservação. 
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da 
documentação governamental e as providências para franquear 
sua consulta a quantos dela necessitem. (Vide Lei nº 12.527, 
de 2011) 
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o 
conhecimento de bens e valores culturais. 
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na 
forma da lei. 
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores 
de reminiscências históricas dos antigos quilombos. 
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a 
fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento 
de sua receita tributária líquida, para o financiamento de 
programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses 
recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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16 
 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - Serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 42, de 19.12.2003) 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente 
aos investimentos ou ações apoiados. 
 
Temos também o Decreto-Lei 25/37 (Faça uma leitura desta lei) 
 
No Art. 4º do decreto temos a previsão dos chamados LIVROS DO 
TOMBO. 
Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as 
obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber: 
 1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, 
as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, 
etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no 
§ 2º do citado art. 1º. 
 2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico 
e as obras de arte histórica; 
 3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, 
nacional ou estrangeira; 
 4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se 
incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou 
estrangeiras. 
 
Um bem será considerado tombado definitivamente quando 
colocado no livro do tombo. 
No âmbito federal temos a Autarquia IPHAN que é competente para 
tombamento de bens. Cada Estado terá sua estrutura, observando o decreto. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
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ATENÇÃO: COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR: 
Art. 24, VII da CF prevê uma competência legislativa concorrente 
entre a União, Estados e DF para legislarem sobre a proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico e paisagístico. 
Assim, pergunta-se: O Município pode legislar sobre o tombamento? 
Alguns autores fazem interpretação literal do dispositivo (DI PIETRO 
e GASPARINI). Tem prevalecido uma outra corrente defendendo a 
possibilidade de os municípios legislarem, ainda que o Art. 24 não 
mencionem os municípios, devendo ser interpretado em conjunto com o Art. 
30, I da CF. No mesmo Art. 30, II e IX que autorizam os municípios a 
legislarem para promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, 
observada a legislação e a ação fiscalizadorafederal e estadual. 
 
 
• OBJETO: 
Qualquer bem, em tese, pode ser tombado. 
No caso do bem móvel, o proprietário não poderá sair do país sem 
autorização expressa com esse bem. 
Além dos bens materiais, a doutrina aponta que é possível 
tombamento de bens imateriais. Todavia, tecnicamente, o meio para proteção 
de bens imateriais é o REGISTRO, conforme o Art. 216, §1º, CF. No âmbito 
infraconstitucional, o decreto 3.551/2000 trata do registro e tem por objetivo 
proteger bens imateriais. como exemplo de tombamento de bem imaterial 
temos: o frevo, o modo de preparo do acarajé, torcida do flamengo. 
 
ATENÇÃO: TOMBAMENTO DE BENS PÚBLICOS 
Quanto aos bens públicos, é possível (chamado de tombamento de 
ofício). Todavia, indaga-se se os municípios podem tombar bens dos Estados 
e da União e os Estados quanto aos bens da União. Temos 2 correntes: 
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18 
 
1ªC: Não! CARVALHO FILHO. O professor faz uma analogia com a 
Lei de desapropriação (Art. 2º, §2º), que ao tratar da desapropriação diz que 
só pode haver da União para os demais (“de cima pra baixo”). 
 
2ªC: SIM! Neste sentido o professor RAFAEL e o STJ (INFO 244, 
2ªT). O STJ argumentou no sentido de que não pode aplicar por analogia a 
lei de desapropriação neste caso, pois modalidade drástica de intervenção 
(devendo ser interpretada restritivamente). Conforme o professor Rafael, 
temos o princípio da máxima efetividade das normas constitucionais. 
Quando um ente federado que intervir em bem de outro ente temos uma 
norma em risco que é o Art. 18 da CF (que trata da autonomia dos entes 
federados). Assim, temos um conflito com o Art. 216 da CF. Se adotada o a 
primeira corrente, garante-se a aplicação total de uma norma em detrimento 
da outra. Adotando-se a segunda, por tratar-se de tombamento, não se 
aniquila completamente a propriedade e assim não se afasta completamente 
o Art. 18 e aplica integralmente o Art. 216. 
 
 
2.5.1. CLASSIFICAÇÕES: 
Quanto ao procedimento: 
A) De ofício (Art. 5º da lei do tombamento): 
Tombamento de bem público. Se dá mediante o envio de um ofício 
de um ente para outro. 
 
B) Voluntário (Art. 7º): 
Não tem oposição do proprietário. Tem concordância expressa ou 
implícita do proprietário. 
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19 
 
Assim, o próprio particular pode solicitar o tombamento ou o poder 
público toma a iniciativa e notificará o proprietário para se 
manifestar em 15 dias. 
 
C) Compulsório (Art. 8º e 9º): 
O proprietário se opõe ao tombamento, mas o poder público impõe 
este tombamento ao proprietário. 
Assim, em âmbito federal, o IPHAN instaura o procedimento e 
notifica o particular para apresentar oposição em 15 dias. O poder 
público pode rejeitar a oposição e impor o tombamento ao 
particular. 
 
Uma outra classificação: 
 
A) Provisório: 
Os efeitos que só ocorreriam no final do tombamento são 
antecipados para o momento da notificação do particular. Assim, 
desde a notificação, o bem considerado provisoriamente tombado. 
 
B) Definitivo: 
Quando inscrito no livro do tombo. 
 
Uma outra classificação: 
 
A) Individual: 
Em relação a um bem específico 
B) Geral: 
De vários bens localizados em uma mesma área. 
 
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20 
 
Uma outra classificação: 
 
A) Total: 
Todo o bem é tombado. 
B) Parcial: 
Não o bem todo, mas apenas partes. 
 
2.5.2. EFEITOS DO TOMBAMENTO: 
São gerados para o poder público, para o proprietário e também para 
terceiros. 
O poder público tem o dever de fiscalizar o bem tombado (dever 
específico), bem como conservar o bem no caso de o particular não tiver 
condições. 
O proprietário tem o dever de conservar, de pedir autorização prévia 
para realização de obra ou intervenção. 
 
ATENÇÃO: Tradicionalmente havia o dever de dar preferência ao 
poder público quando da alienação do bem. Devemos levar em consideração 
que a lei do tombamento é de 1937 e dava prioridade total à União. 
O CPC revogou a preferência para alienações em geral de bem 
tombado, mas trouxe a preferência para alienações judiciais de bens 
tombados. O professor RAFAEL OLIVEIRA sustenta a 
inconstitucionalidade desta regra. 
 
Quanto aos terceiros, a Lei diz que os terrenos vizinhos não podem 
fazer construções que dificultem a visibilidade do bem tombado. 
 
É isso, pessoal, espero que tenham gostado do Caderno. 
Bons estudos. Divulguem e compartilhem 
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21 
 
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
Agravo em ação cível originária. 2. Administrativo e Constitucional. 3. 
Tombamento de bem público da União por Estado. Conflito Federativo. 
Competência desta Corte. 4. Hierarquia verticalizada, prevista na Lei de 
Desapropriação (Decreto-Lei 3.365/41). Inaplicabilidade no tombamento. 
Regramento específico. Decreto-Lei 25/1937 (arts. 2º, 5º e 11). Interpretação 
histórica, teleológica, sistemática e/ou literal. Possibilidade de o Estado tombar 
bem da União. Doutrina. 5. Lei do Estado de Mato Grosso do Sul 1.526/1994. 
Devido processo legal observado. 6. Competências concorrentes material (art. 
23, III e IV, c/c art. 216, § 1º, da CF) e legislativa (art. 24, VII, da CF). Ausência 
de previsão expressa na Constituição Estadual quanto à competência legislativa. 
Desnecessidade. Rol exemplificativo do art. 62 da CE. Proteção do patrimônio 
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico regional. Interesse estadual. 
7. Ilegalidade. Vício de procedimento por ser implementado apenas por ato 
administrativo. Rejeição. Possibilidade de lei realizar tombamento de bem. Fase 
provisória. Efeito meramente declaratório. Necessidade de implementação de 
procedimentos ulteriores pelo Poder Executivo. 8. Notificação prévia. 
Tombamento de ofício (art. 5º do Decreto-Lei 25/1937). Cientificação do 
proprietário postergada para a fase definitiva. Condição de eficácia e não de 
validade. Doutrina. 9. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão 
agravada. 10. Agravo desprovido. 11. Honorários advocatícios majorados para 
20% do valor atualizado da causa à época de decisão recorrida (§ 11 do art. 85 
do CPC). 
(ACO 1208 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 
24/11/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-278 DIVULG 01-12-2017 PUBLIC 04-
12-2017) 
 
 
PROCESSUAL. ADMINISTRATIVO. IMÓVEL TOMBADO. REPARAÇÃO. AUSÊNCIA 
DE CONDIÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROPRIETÁRIO NÃO 
DEMONSTRADA. REVISÃO. SÚMULA 07/STJ. 1. A responsabilidade de reparar e 
conservar o imóvel tombado é, em princípio, do proprietário. Tal responsabilidade 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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22 
 
é elidida quando ficar demonstrado que o proprietário não dispõe de recurso para 
proceder à reparação. Precedentes. 2. O acórdão recorrido concluiu pela 
inexistência de comprovação da incapacidade econômico-financeira da ora 
agravante para a realização das obras emergenciais indicadas pelo Iphan, a fim 
de evitar o desabamento do imóvel após o incêndio ocorrido em 29/4/2003. 3. 
No caso, acolher-se a tese da recorrente acerca da sua incapacidade arcar com 
os custos econômico-financeiros de reparar o imóvel tombado em questão exige 
análise de fatos e provas. 4. Não cabe ao STJ, no recurso especial, rever a 
orientação adotada pelo aresto recorrido quando tal procedimento exige perquirir 
o conjunto fático probatório dos autos. Inteligência da Súmula 07/STJ. 5. Agravo 
regimental não provido. (AgRg no AREsp 176.140/BA, Rel. Ministro CASTRO 
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/10/2012, DJe 26/10/2012) 
 
 
TOMBAMENTO. MUNICÍPIO. BEM. ESTADO. Ao município também é atribuída a 
competência para o tombamento de bens (art. 23, III, da CF/1988). Note-se que 
o tombamentonão importa transferência de propriedade a ponto de incidir a 
limitação constante do art. 2º, § 2º, do DL n. 3.365/1941 quanto à 
desapropriação de bens do estado pela municipalidade. RMS 18.952-RJ, Rel. Min. 
Eliana Calmon, julgado em 26/4/2005. 
 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ – INTERVENÇÃO NA 
PROPRIEDADE 
1) O ato de tombamento geral não precisa individualizar os bens abarcados pelo 
tombo, pois as restrições impostas pelo Decreto-Lei n. 25/1937 se estendem à 
totalidade dos imóveis pertencentes à área tombada. 
 
3) O tombamento do Plano Piloto de Brasília abrange o seu singular conceito 
urbanístico e paisagístico, que expressa e forma a própria identidade da capital 
federal. 
 
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23 
 
4) A indenização pela limitação administrativa ao direito de edificar, advinda da 
criação de área non aedificandi, somente é devida se imposta sobre imóvel 
urbano e desde que fique demonstrado o prejuízo causado ao proprietário da 
área. 
 
5) É indevido o direito à indenização se o imóvel expropriado foi adquirido após 
a imposição de limitação administrativa, porque se supõe que as restrições de 
uso e gozo da propriedade já foram consideradas na fixação do preço do imóvel. 
 
6) As restrições relativas à exploração da mata atlântica estabelecidas pelo 
Decreto n. 750/1993 constituem mera limitação administrativa, e não 
desapropriação indireta, sujeitando-se, portanto, à prescrição quinquenal. 
 
7) A indenização referente à cobertura vegetal deve ser calculada em separado 
do valor da terra nua quando comprovada a exploração dos recursos vegetais de 
forma lícita e anterior ao processo interventivo na propriedade. 
 
8) Nas hipóteses em que ficar demonstrado que a servidão de passagem abrange 
área superior àquela prevista na escritura pública, impõe-se o dever de indenizar, 
sob pena de violação do princípio do justo preço. 
 
9) Os juros compensatórios incidem pela simples perda antecipada da posse, no 
caso de desapropriação, e pela limitação da propriedade, no caso de servidão 
administrativa nos termos da Súmula n. 56/STJ. 
 
10) Não incide imposto de renda sobre os valores indenizatórios recebidos pelo 
particular em razão de servidão administrativa instituída pelo Poder Público. 
 
11) Admite-se a possibilidade de construções que não afetem a prestação de 
serviço público na faixa de servidão (art. 3º do Decreto n. 35.851/1954). 
 
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24 
 
LEGISLAÇÃO CORRELATA 
Meus caros, vou colacionar aqui para a sua leitura integral o decreto que trata 
do tombamento, pois importante para as provas de primeira fase. 
 
CAPÍTULO I 
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL 
Art. 1º Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos 
bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse 
público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, 
quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou 
artístico. 
§ 1º Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte 
integrante do patrimônio histórico o artístico nacional, depois de inscritos 
separada ou agrupadamente num dos quatro Livros do Tombo, de que trata 
o art. 4º desta lei. 
§ 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também 
sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e 
paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que 
tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana. 
 
Art. 2º A presente lei se aplica às coisas pertencentes às pessoas naturais, 
bem como às pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno. 
 
Art. 3º Excluem-se do patrimônio histórico e artístico nacional as obras de 
origem estrangeira: 
1) que pertençam às representações diplomáticas ou consulares acreditadas 
no país; 
2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que 
façam carreira no país; 
3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do Código 
Civil, e que continuam sujeitas à lei pessoal do proprietário; 
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25 
 
4) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou artísticos; 
5) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou 
comerciais: 
6) que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente para 
adorno dos respectivos estabelecimentos. 
Parágrafo único. As obras mencionadas nas alíneas 4 e 5 terão guia de licença 
para livre trânsito, fornecida pelo Serviço ao Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional. 
CAPÍTULO II 
DO TOMBAMENTO 
Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá 
quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o 
art. 1º desta lei, a saber: 
1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas 
pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e 
popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º. 
2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras 
de arte histórica; 
3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou 
estrangeira; 
4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na 
categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras. 
§ 1º Cada um dos Livros do Tombo poderá ter vários volumes. 
§ 2º Os bens, que se incluem nas categorias enumeradas nas alíneas 1, 2, 3 e 
4 do presente artigo, serão definidos e especificados no regulamento que for 
expedido para execução da presente lei. 
 
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos 
Municípios se fará de ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional, mas deverá ser notificado à entidade a quem 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
26 
 
pertencer, ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada, afim de produzir os 
necessários efeitos. 
 
Art. 6º O tombamento de coisa pertencente à pessoa natural ou à pessoa 
jurídica de direito privado se fará voluntária ou compulsoriamente. 
 
Art. 7º Proceder-se-á ao tombamento voluntário sempre que o proprietário o 
pedir e a coisa se revestir dos requisitos necessários para constituir parte 
integrante do patrimônio histórico e artístico nacional, a juízo do Conselho 
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou 
sempre que o mesmo proprietário anuir, por escrito, à notificação, que se lhe 
fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos Livros do Tombo. 
 
Art. 8º Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se 
recusar a anuir à inscrição da coisa. 
 
Art. 9º O tombamento compulsório se fará de acordo com o seguinte 
processo: 
1) o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por seu órgão 
competente, notificará o proprietário para anuir ao tombamento, dentro do 
prazo de quinze dias, a contar do recebimento da notificação, ou para si o 
quiser impugnar, oferecer dentro do mesmo prazo as razões de sua 
impugnação. 
2) no caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado. que é fatal, o 
diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará por 
simples despacho que se proceda à inscrição da coisa no competente Livro 
do Tombo. 
3) se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado, far-se-á vista da 
mesma, dentro de outros quinze dias fatais, ao órgão de que houver emanado 
a iniciativa do tombamento, afim de sustentá-la. Em seguida, 
independentemente de custas, será o processo remetido ao Conselho 
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc27 
 
proferirá decisão a respeito, dentro do prazo de sessenta dias, a contar do seu 
recebimento. Dessa decisão não caberá recurso. 
 
Art. 10. O tombamento dos bens, a que se refere o art. 6º desta lei, será 
considerado provisório ou definitivo, conforme esteja o respectivo processo 
iniciado pela notificação ou concluído pela inscrição dos referidos bens no 
competente Livro do Tombo. 
Parágrafo único. Para todas os efeitos, salvo a disposição do art. 13 desta lei, 
o tombamento provisório se equiparará ao definitivo. 
CAPÍTULO III 
DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO 
Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos 
Municípios, inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à 
outra das referidas entidades. 
Parágrafo único. Feita a transferência, dela deve o adquirente dar imediato 
conhecimento ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
 
Art. 12. A alienabilidade das obras históricas ou artísticas tombadas, de 
propriedade de pessoas naturais ou jurídicas de direito privado sofrerá as 
restrições constantes da presente lei. 
 
Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular será, 
por iniciativa do órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional, transcrito para os devidos efeitos em livro a cargo dos 
oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da transcrição do domínio. 
§ 1º No caso de transferência de propriedade dos bens de que trata este artigo, 
deverá o adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de multa de dez 
por cento sobre o respectivo valor, fazê-la constar do registro, ainda que se 
trate de transmissão judicial ou causa mortis. 
§ 2º Na hipótese de deslocação de tais bens, deverá o proprietário, dentro do 
mesmo prazo e sob pena da mesma multa, inscrevê-los no registro do lugar 
para que tiverem sido deslocados. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
28 
 
§ 3º A transferência deve ser comunicada pelo adquirente, e a deslocação 
pelo proprietário, ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 
dentro do mesmo prazo e sob a mesma pena. 
 
Art. 14. A. coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem 
transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do 
Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional. 
 
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo anterior, a exportação, 
para fora do país, da coisa tombada, será esta sequestrada pela União ou pelo 
Estado em que se encontrar. 
§ 1º Apurada a responsabilidade do proprietário, ser-lhe-á imposta a multa 
de cinquenta por cento do valor da coisa, que permanecerá sequestrada em 
garantia do pagamento, e até que este se faça. 
§ 2º No caso de reincidência, a multa será elevada ao dobro. 
§ 3º A pessoa que tentar a exportação de coisa tombada, além de incidir na 
multa a que se referem os parágrafos anteriores, incorrerá, nas penas 
cominadas no Código Penal para o crime de contrabando. 
 
Art. 16. No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o 
respectivo proprietário deverá dar conhecimento do fato ao Serviço do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dentro do prazo de cinco dias, sob 
pena de multa de dez por cento sobre o valor da coisa. 
 
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, 
demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou 
restauradas, sob pena de multa de cinquenta por cento do dano causado. 
Parágrafo único. Tratando-se de bens pertencentes à União, aos Estados ou 
aos municípios, a autoridade responsável pela infração do presente artigo 
incorrerá pessoalmente na multa. 
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Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer 
construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar 
anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o 
objeto, impondo-se neste caso a multa de cinquenta por cento do valor do 
mesmo objeto. 
 
Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para 
proceder às obras de conservação e reparação que a mesma requerer, levará 
ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a 
necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao 
dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa. 
§ 1º Recebida a comunicação, e consideradas necessárias as obras, o diretor 
do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará executá-
las, a expensas da União, devendo as mesmas ser iniciadas dentro do prazo 
de seis meses, ou providenciará para que seja feita a desapropriação da coisa. 
§ 2º À falta de qualquer das providências previstas no parágrafo anterior, 
poderá o proprietário requerer que seja cancelado o tombamento da 
coisa. (Vide Lei nº 6.292, de 1975) 
§ 3º Uma vez que verifique haver urgência na realização de obras e 
conservação ou reparação em qualquer coisa tombada, poderá o Serviço do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tomar a iniciativa de projetá-las e 
executá-las, a expensas da União, independentemente da comunicação a que 
alude este artigo, por parte do proprietário. 
 
Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do 
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá 
inspecioná-los sempre que for julgado conveniente, não podendo os 
respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob 
pena de multa de cem mil réis, elevada ao dobro em caso de reincidência. 
 
Art. 21. Os atentados cometidos contra os bens de que trata o art. 1º desta lei 
são equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6292.htm#art1p
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30 
 
CAPÍTULO IV 
DO DIREITO DE PREFERÊNCIA 
Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessôas naturais ou a pessôas 
jurídicas de direito privado, a União, os Estados e os municípios terão, nesta ordem, o direito de 
preferência. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que prèviamente sejam os bens oferecidos, pelo mesmo preço, 
à União, bem como ao Estado e ao município em que se encontrarem. O proprietário deverá notificar os 
titulares do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta dias, sob pena de perdê-lo. (Revogado pela 
Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 2º É nula alienação realizada com violação do disposto no parágrafo anterior, ficando qualquer dos 
titulares do direito de preferência habilitado a sequestrar a coisa e a impôr a multa de vinte por cento do seu 
valor ao transmitente e ao adquirente, que serão por ela solidariamente responsáveis. A nulidade será 
pronunciada, na forma da lei, pelo juiz que conceder o sequestro, o qual só será levantado depois de paga 
a multa e se qualquer dos titulares do direito de preferência não tiver adquirido a coisa no prazo de trinta 
dias. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 3º O direito de preferência não inibe o proprietário de gravar livremente a coisa tombada, de penhor, 
anticrese ou hipoteca. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 4º Nenhuma venda judicial de bens tombados se poderá realizar sem que, prèviamente, os titulares do 
direito de preferência sejam disso notificados judicialmente, não podendo os editais de praça ser expedidos, 
sob pena de nulidade, antes de feita a notificação. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 
2015) (Vigência)§ 5º Aos titulares do direito de preferência assistirá o direito de remissão, se dela não lançarem mão, até a 
assinatura do auto de arrematação ou até a sentença de adjudicação, as pessôas que, na forma da lei, tiverem 
a faculdade de remir. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 6º O direito de remissão por parte da União, bem como do Estado e do município em que os bens se 
encontrarem, poderá ser exercido, dentro de cinco dias a partir da assinatura do auto do arrematação ou da 
sentença de adjudicação, não se podendo extraír a carta, enquanto não se esgotar êste prazo, salvo se o 
arrematante ou o adjudicante for qualquer dos titulares do direito de preferência. (Revogado pela Lei 
n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
CAPÍTULO V 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 23. O Poder Executivo providenciará a realização de acordos entre a 
União e os Estados, para melhor coordenação e desenvolvimento das 
atividades relativas à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e 
para a uniformização da legislação estadual complementar sobre o mesmo 
assunto. 
 
Art. 24. A União manterá, para a conservação e a exposição de obras 
históricas e artísticas de sua propriedade, além do Museu Histórico Nacional 
e do Museu Nacional de Belas Artes, tantos outros museus nacionais quantos 
se tornarem necessários, devendo outrossim providenciar no sentido de 
favorecer a instituição de museus estaduais e municipais, com finalidades 
similares. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
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Art. 25. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional procurará 
entendimentos com as autoridades eclesiásticas, instituições científicas, 
históricas ou artísticas e pessôas naturais o jurídicas, com o objetivo de obter 
a cooperação das mesmas em benefício do patrimônio histórico e artístico 
nacional. 
 
Art. 26. Os negociantes de antiguidades, de obras de arte de qualquer 
natureza, de manuscritos e livros antigos ou raros são obrigados a um registro 
especial no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 
cumprindo-lhes outrossim apresentar semestralmente ao mesmo relações 
completas das coisas históricas e artísticas que possuírem. 
 
Art. 27. Sempre que os agentes de leilões tiverem de vender objetos de 
natureza idêntica à dos mencionados no artigo anterior, deverão apresentar a 
respectiva relação ao órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico 
e Artístico Nacional, sob pena de incidirem na multa de cinquenta por cento 
sobre o valor dos objetos vendidos. 
 
Art. 28. Nenhum objeto de natureza idêntica à dos referidos no art. 26 desta 
lei poderá ser posto à venda pelos comerciantes ou agentes de leilões, sem 
que tenha sido previamente autenticado pelo Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional, ou por perito em que o mesmo se louvar, sob 
pena de multa de cinquenta por cento sobre o valor atribuído ao objeto. 
Parágrafo único. A. autenticação do mencionado objeto será feita mediante 
o pagamento de uma taxa de peritagem de cinco por cento sobre o valor da 
coisa, se êste for inferior ou equivalente a um conto de réis, e de mais cinco 
mil réis por conto de réis ou fração, que exceder. 
 
Art. 29. O titular do direito de preferência goza de privilégio especial sobre 
o valor produzido em praça por bens tombados, quanto ao pagamento de 
multas impostas em virtude de infrações da presente lei. 
Parágrafo único. Só terão prioridade sobre o privilégio a que se refere êste 
artigo os créditos inscritos no registro competente, antes do tombamento da 
coisa pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
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Art. 30. Revogam-se as disposições em contrário.

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