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Aula 04 PARTES E PROCURADORES

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Partes e Procuradores 
Prof. Emmanuel
Conceito de parte:
Sujeitos do processo são todas as pessoas que nele atuam (partes, juiz, perito, servidores da justiça, etc.). Em sentido processual, partes são quem ajuíza uma ação e em face de quem a ação é ajuizada. É quem pede a tutela jurisdicional trazendo uma pretensão a juízo e quem resiste a esta pretensão. 
Detalhe: O juiz é sujeito do processo e não parte.
2. Da capacidade para ser parte
A capacidade, segundo a doutrina civil, é a aptidão para adquirir direitos e obrigações. Adquirida a personalidade com o nascimento com vida, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações.
Segundo a classificação da doutrina, a capacidade, para fins processuais subdivide-se em: 
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE SER PARTE: toda pessoa, desde que tenha adquirido a personalidade, tem capacidade de ser parte, para figurar nos polos ativo ou passivo. 
Nesse sentido, dispõem os arts. 1 o e 2 o do CCb, in verbis: 
Art. 1 o do CC. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Art. 2 o do CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
b) CAPACIDADE DE FATO OU AD PROCESSUM: é a capacidade de estar em juízo sem necessidade de representação ou assistência (é denominada também pela doutrina de legitimatio ad processum), ou seja, de estar em juízo por si só.
Os incapazes serão representados e os relativamente incapazes serão assistidos, nos termos da lei civil. Nesse sentido, dispõe o art. 70 do CPC, in verbis: 
Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
Os menores emancipados também têm a capacidade ad processum, nos termos do art. 5 o do CCb
Dispõe o art. 5 o do CCb: 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II pelo casamento; 
III pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Quanto ao inciso V do art. 5 o do CC que prevê a emancipação do menor em razão da relação de emprego e desde que, em razão dela, o menor tenha economia própria, pensamos que a menoridade cessará pela existência do vínculo de emprego, caso o menor receba um salário mínimo por mês. 
SALÁRIO MÍNIMO GARANTE O SUSTENTO DO MENOR?
FAZ COM QUE ELE TENHA EFETIVAMENTE ECONOMIA PRÓPRIA?
Embora se possa dizer que o menor que recebe apenas um salário mínimo não tem economia própria, acreditamos que a finalidade da lei ao conceder a emancipação legal foi no sentido de deferir a eman- cipação ao menor que apresenta maior maturidade em razão das responsabilidades inerentes ao contrato de emprego.
c) capacidade postulatória ou jus postulandi: é a capacidade para postular em juízo, em causa própria ou defendendo terceiros. 
ATENÇÃO: 
A capacidade processual não se confunde com a capacidade postulatória, que é a aptidão que se tem para procurar em juízo. 
O profissional regularmente inscrito no quadro de advogados da OAB tem capacidade postulatória (CPC, art. 36; e OAB, 8 o , § 1 o e ss.). 
Também o membro do MP tem capacidade postulatória, tanto no processo penal [...] 
Nos juizados especiais cíveis há dispensa da capacidade postulatória para o ajuizamento de pretensão de valor não superior a vinte salários mínimos (LJE 9 o , caput) [...] 
Na justiça do trabalho o empregado pode postular pessoalmente, sem a necessidade de advogado (CLT 791, caput).
3. Da representação e assistência
Representante é exatamente aquele que surge no lugar de quem não pode desempenhar.
Representação é o ato ou a ação, mas também a qualidade atribuída para o fim de agir no lugar de outrem.
Há a representação processual quando alguém vem a juízo, autorizado por lei, a postular em juízo em nome de outrem, defendendo em nome alheio interesse alheio. 
Conforme o art. 71 do CPC: 
o incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. 
Os incapazes, absolutamente, serão representados em juízo, pois não possuem aptidão para praticar, por si mesmos, os atos do processo. O Código Civil brasileiro elenca os incapazes no art. 3 o , que assim dispõe: 
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
 
Os relativamente incapazes, por possuírem um grau maior de discernimento, poderão manifestar suas vontades, mas devem estar assistidos em juízo. O assistente não representa o relativamente incapaz, apenas o assiste, o auxilia para que manifeste sua vontade com maior discernimento.
Os relativamente incapazes estão elencados no art. 4 o do CC que assim dispõe: 
São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
Constituindo o empregador empresa, deverá ser representado por seus sócios ou quem determinar seus estatutos. 
O art. 75 do CPC, que trata da representação para fins processuais, Dispõe o referido dispositivo legal: ?Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; 
II o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; 
V a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII o espólio, pelo inventariante; 
VIII a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; 
IX a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
§ 1 o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. 
§ 2 o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. 
§ 3 o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. 
§ 4 o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.?
Da substituição processual (legitimidade extraordinária) 
A substituição processual, também chamada de legitimidade extraordinária ou anômala, consiste na possibilidade de alguém vir a juízo postular em nome próprio direito alheio. 
Tal instituto não se confunde com a representação processual, pois o substituto age em nome próprio. 
Dispõe o art. 18 do CPC: 
Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.
Da regularização da representação processual 
A irregularidadena representação processual acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito, por ausência de pressuposto processual de validade da relação jurídica processual (art. 485, IV, do CPC). 
Quando o Juiz verificar ausência de representação ou defeito desta, deverá conceder prazo razoável (de 5 a 10 dias) para que a parte realize a regularização da representação processual, art. 76 do CPC, in verbis: 
Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1 o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; III o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2 o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II ? determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.?
Dispõe o art. 114 do CPC: 
O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Ensina Moacyr Amaral Santos (49) : 
Litisconsórcio necessário, dito também indispensável, se dá na ação que somente pode ser intentada pró ou contra duas ou mais pessoas, seja por disposição de lei, seja em razão da natureza da relação jurídica material posta em juízo. 
O litisconsórcio necessário justifica-se quando a lei exige, ou em razão da natureza da relação jurídica , ou dos efeitos da decisão que possa ter efeitos na esfera jurídica de terceiros, que eles figurem ou no polo ativo ou no polo passivo do processo.
No Processo do Trabalho, não é frequente a exigência do litisconsórcio necessário. Como exemplo, podemos citar a Ação Anulatória de Normas Convencionais, em que devem figurar como litisconsortes necessários os sindicatos que firmaram o instrumento normativo coletivo; no mandado de segurança, deve figurar como litisconsorte necessário a parte a quem a concessão da ordem de segurança pode prejudicar.
Prazo em dobro para os litisconsortes com patronos diferentes 
Dispõe o art. 229 do CPC: 
Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1 o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§ 2 o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

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