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Cuidados Farmacêuticos e Prescrição

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CUIDADOS FARMACÊUTICOS 
E PRESCRIÇÃO
PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional: 
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Felipe Veiga da Fonseca
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta Paião
Márcio Alexandre Júnior Lara
Marcus Vinicius Pellegrini
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................5
1. CONCEITUAÇÃO DE CUIDADO FARMACÊUTICO ............................................................................................... 6
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CUIDADO FARMACÊUTICO E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA .. 6
2.1 O PACIENTE COMO FOCO DO CUIDADO FARMACÊUTICO .............................................................................. 6
2.2 A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO FARMACÊUTICO PARA A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE ................ 7
2.3 AS RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO NO CUIDADO FARMACÊUTICO ......................................... 8
3. O PROCESSO DO CUIDADO FARMACÊUTICO ...................................................................................................10
3.1 ACOLHIMENTO DO PACIENTE, COLETA E ORGANIZAÇÃO DE DADOS .......................................................... 11
3.2 AVALIAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS À FARMACOTERAPIA ..........................12
3.3 DELINEAMENTO DE UM PLANO DE CUIDADO ...............................................................................................13
PRINCÍPIOS E PROCESSOS DO 
CUIDADO FARMACÊUTICO
PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CUIDADOS FARMACÊUTICOS E PRESCRIÇÃO
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3.4 SEGUIMENTO INDIVIDUAL DO PACIENTE .......................................................................................................14
3.5 MODELO DE CONSULTA FARMACÊUTICA ........................................................................................................16
3.6 OUTROS MÉTODOS DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA ........................................................................................ 17
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................................... 20
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INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita o acesso universal ao sistema público, 
envolvendo a atenção básica, média e alta complexidade, serviços de urgência e emergência, 
atenção hospitalar, ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental, e 
assistência farmacêutica, com foco na prevenção e promoção da saúde (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2018).
Neste contexto, uma ação e serviço de saúde é a integração da Assistência Farmacêutica 
(AF) nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), com o intuito de aumentar o acesso da população aos 
medicamentos. No Brasil, a Política Nacional de Medicamentos foi responsável pela inclusão da 
AF no campo das Políticas Públicas, com a � nalidade de garantir a qualidade, e� cácia, segurança e 
uso racional dos medicamentos, assim como o acesso aos considerados essenciais (BRASIL, 1998; 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a). Para isso, o sistema desa� a os gestores, pro� ssionais e demais 
trabalhadores da saúde a garantirem a integralidade do cuidado ao paciente (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2014a). Assim, o objetivo desta Unidade é fornecer uma visão ampla e especí� ca dos 
princípios e processos do cuidado farmacêutico, abordando conceitos necessários para melhor 
compreensão do assunto, sua importância para saúde pública e etapas do processo deste serviço.
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 1. CONCEITUAÇÃO DE CUIDADO FARMACÊUTICO
Segundo o Ministério da Saúde (2014a, p. 61), o cuidado farmacêutico é de� nido como: 
Ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no paciente, 
para promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos. Visa à 
educação em saúde e à promoção do uso racional de medicamentos prescritos 
e não prescritos, de terapias alternativas e complementares, por meio dos 
serviços da clínica farmacêutica e das atividades técnico-pedagógicas voltadas 
ao indivíduo, à família, à comunidade e à equipe de saúde.
Outra conceituação interessante de� ne o cuidado farmacêutico na atenção básica, 
especialmente no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), como: 
ações que envolvem as duas dimensões do apoio matricial: a clínico-assistencial 
e a técnico-pedagógica. A primeira refere-se ao cuidado farmacêutico e às ações 
clínicas diretas aos pacientes, de forma individual ou compartilhada. Já a segunda 
se refere às ações que atendam, mais diretamente, às necessidades das equipes 
envolvidas no cuidado, por meio de educação permanente e de outras ações 
compartilhadas. A aposta, então, é que o farmacêutico possa quali� car a atenção 
integral aos pacientes a partir da sua prática clínica, e também potencializar 
ações realizadas pelos demais pro� ssionais no que se refere ao uso racional de 
medicamentos, seja no âmbito da promoção, da prevenção ou da reabilitação em 
saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a, p. 14).
 2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CUIDADO FARMACÊUTICO 
E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA
2.1 O Paciente Como Foco do Cuidado Farmacêutico
De acordo com Gomes et al. (2007, p. 14), a Atenção Farmacêutica (AF) é de� nida como:
uma atividade clínica, com foco central de ação no paciente, que se estrutura em 
ações técnico-assistenciais e ações técnico-gerenciais. Sua ação integrada com as 
outras práticas da atenção à saúde contribuem decisivamente para a melhoria da 
qualidade desta atenção e tendo o paciente como referencial reelabora as suas 
estratégias e métodos de trabalho. 
Conforme o exposto, a AF não é centrada no medicamento, e sim, no paciente. Além 
disso, os pesquisadores a� rmam que a função principal da AF envolve propostas educativas que 
auxiliam o paciente compreender a sua condição de saúde e o quanto é importante o uso racional 
dos medicamentos e o cumprimento do plano de cuidado elaborado pelo farmacêutico. Assim, 
a AF envolve o autocuidado do paciente e o acompanhamento dos resultados do tratamento 
medicamentoso (GOMES et al., 2007).7WWW.UNINGA.BR
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2.2 A Importância do Cuidado Farmacêutico Para a Quali-
dade de Vida do Paciente
A importância e impacto do cuidado farmacêutico para a qualidade de vida do 
paciente tem sido avaliada cienti� camente. Estudos controlados demonstram que intervenções 
planejadas e realizadas podem resultar em melhoria das condições de saúde. O tratamento 
farmacoterapêutico foi determinado conforme as características da população de cada estudo, os 
quais foram conduzidos com diferentes grupos de pacientes, variando faixa etária, diagnóstico de 
doenças e comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica 
e alto risco coronariano (ANDRADE; PELÁ, 2005; CASTRO et al., 2006; CORRER et al., 2009; 
AMARANTE et al., 2010; BORGES et al., 2010; PLASTER, et al., 2012). Os pesquisadores 
supracitados relataram:
a) Melhor controle da pressão arterial.
b) Redução dos níveis glicêmicos (glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e hemoglobina 
glicosilada).
c) Redução do risco de doença arterial coronariana.
d) Aumento da adesão ao tratamento medicamentoso.
e) Melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde. 
f) Satisfação dos pacientes com o serviço prestado. 
O Ministério da Saúde (2014a) divulgou estratégias de intervenção farmacêutica, de 
acordo com a literatura encontrada, que podem resultar em efeitos bené� cos na qualidade de 
vida dos pacientes e para o sistema de saúde, as quais estão expostas no Quadro 1.
 
Quadro 1a - Exemplos de estratégias de intervenção farmacêutica. Fonte: Ministério da Saúde (2014a, p. 73-74).
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Quadro 1b - Exemplos de estratégias de intervenção farmacêutica. Fonte: Ministério da Saúde (2014a, p. 73-74).
2.3 As responsabilidades do Farmacêutico no Cuidado Far-
macêutico
Na Assistência Básica à Saúde (ABS), os serviços farmacêuticos devem estar de acordo com 
a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, os quais são aplicados no SUS, e considerados 
como:
conjunto de ações no sistema de saúde, que buscam garantir uma atenção 
integral, coordenada, contínua, segura e efetiva às necessidades e aos problemas 
de saúde dos pacientes, das famílias e da comunidade (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2014a, p. 55). 
Estes serviços podem ser organizados conforme � uxograma a seguir (Figura 1) 
(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE LA SALUD, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a).
Figura 1 - Serviços de Assistência Farmacêutica nas redes de Atenção à Saúde. Fonte: adaptado de Ministério da 
Saúde (2014a, p. 56).
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O cuidado farmacêutico envolve atividades educativas permanentes com a � nalidade do 
paciente compreender seu quadro clínico e a importância do cumprimento das intervenções 
de� nidas em seu plano de cuidado, visando a promoção da saúde. Além disso, promove o 
uso racional de medicamentos por meio de atividades técnico pedagógicas e assistenciais 
(praticadas em pontos de atenção), e auxilia na avaliação dos resultados do tratamento realizado 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a).
As atividades técnico-pedagógicas estão vinculadas à família, comunidade e gestão do 
conhecimento da equipe de saúde, com o objetivo de favorecer o acesso a informações sobre uso 
racional de medicamentos. Para esta � nalidade, foram consideradas a formação de círculos de 
qualidade, por meio dos Comitês de Uso Racional de Medicamentos (CURAMES), e a realização 
de atividades de divulgação de dados cientí� cos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a).
O Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos foi instituído 
pelo Ministério da Saúde pela Portaria n°834, de 14 de maio de 2013 (BRASIL, 2013). Suas ações 
são realizadas no âmbito da Secretaria, macrorregiões e Unidades Municipais de Saúde, distritos 
sanitários e equipes de saúde locais, como (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a):
a) Conhecer e monitorar o per� l de utilização de medicamentos e o nível de adesão dos 
pacientes ao tratamento.
b) Propor intervenções para resolver casos de uso inadequado de medicamentos.
c) Atuar, em caráter consultivo, de forma integrada a outros comitês, comissões e grupos 
de trabalho existentes, assim como promover a integração e a articulação entre órgãos e 
entidades de competências relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos.
d) Sugerir e desenvolver atividades de capacitação de pro� ssionais de saúde e eventos de 
caráter técnico-cientí� co, o que inclui iniciativas de pesquisas e desenvolvimento.
e) Estimular e facilitar a articulação e o trabalho colaborativo das equipes.
f) Contribuir para a ampliação e a quali� cação do acesso no município, a medicamentos 
de qualidade, seguros e� cazes.
g) Propor o aprimoramento de marco regulatório e de vigilância de medicamentos e de 
serviços farmacêuticos no âmbito do município.
h) Elaborar documentos técnicos e informativos para divulgação ao público interno e 
externo à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
Em relação a divulgação de dados cientí� cos sobre os medicamentos, esta pode ser 
realizada pelo farmacêutico e outros pro� ssionais da saúde, por meio de discussão de casos, 
atendimento conjunto, o� cinas, reuniões com as equipes de ABS e outros, o que contribui para 
a aproximação do farmacêutico e prescritor, e melhora os serviços clínicos (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2014a).
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Por sua vez, os serviços de clínica farmacêutica, incluídos nas atividades assistenciais, 
podem ser desenvolvidos individual e/ou coletivamente, em atendimentos com outros membros 
da equipe de saúde, e estão vinculados às responsabilidades do farmacêutico diretamente 
relacionadas ao paciente (CORRER; OTUKI; SOLER, 2011b; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a). 
O caderno de serviços farmacêuticos na ABS, disponibilizado pelo Ministério da Saúde (2014a, 
p. 71-72), lista como metas deste serviço:
a) Orientação integral do usuário, direcionada ao acesso aos medicamentos de que 
necessita, tanto no âmbito da ABS como nos componentes estratégico e especializado da 
assistência farmacêutica e da farmácia popular;
b) Educação do paciente sobre seus medicamentos e problemas de saúde, de modo a 
aumentar sua autonomia sobre o tratamento e a promover o autocuidado apoiado;
c) Promoção da adesão do paciente aos medicamentos, por meio da orientação 
terapêutica, da redução da complexidade do tratamento e da provisão de recursos que 
apoiem a utilização de medicamentos;
d) Otimização da farmacoterapia, por meio da revisão da polimedicação e, quando 
possível, da redução da carga de comprimidos e do custo do tratamento;
e) Avaliação da efetividade dos tratamentos e o ajuste da farmacoterapia, quando 
necessários, com o prescritor e a equipe de saúde;
f) Identi� cação, a prevenção e o manejo de erros de medicação, interações medicamentosas, 
reações adversas e riscos associados aos medicamentos;
g) Educação do paciente para a guarda e a destinação adequada dos medicamentos 
vencidos e demais resíduos de saúde ligados ao tratamento.
Além disso, o farmacêutico está envolvido nas atividades de seleção, programação, 
aquisição, armazenamento e distribuição dos medicamentos nas unidades. O estudo e 
acompanhamento do uso dos medicamentos são realizados por meio da farmacoepidemiologia, 
farmacovigilância e gestão, os quais também estão relacionadas as atividades de organização e 
controle de serviços farmacêuticos mais e� cazes e e� cientes (SOLER, 2010; ORGANIZAÇÃO 
PANAMERICANA DE LA SALUD, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a). Desta forma, o 
pro� ssional farmacêutico deve atuar efetivamente na equipe de saúde, sendo necessário aprimoramento e atualização 
de seus conhecimentos sobre as doenças e comorbidades, característicasdos medicamentos utilizados e implicações 
na adesão, hábitos e comportamentos no estilo de vida dos pacientes (GOMES, 2007).
3. O PROCESSO DO CUIDADO FARMACÊUTICO
Diante do exposto nos tópicos anteriores, para realizar as atividades propostas e alcançar 
os objetivos esperados, o farmacêutico deve desenvolver o processo do cuidado ao paciente, 
o qual é composto por uma sequência de etapas conhecida como método clínico (Figura 2). 
O farmacêutico é responsável por conduzir consultas, as quais podem ser em consultório ou 
domicílio, e de forma individual ou em conjunto com outros pro� ssionais da saúde. 
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Este método utiliza ferramentas e ações disponibilizadas por pesquisadores e pro� ssionais 
de vários países, sendo derivado do método proposto por Weed e colaboradores, em 1964 e 1968 
(CORRER; OTUKI, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a). As etapas são: 
1) Coleta e organização dos dados do paciente. 
2) Avaliação e identi� cação de problemas relacionados à farmacoterapia.
3) Elaboração de um plano de cuidado com o paciente.
4) Seguimento individual do paciente.
Figura 2 - Etapas do método clínico. Fonte: Ministério da Saúde (2014a) - reproduzido 
de Correr e Otuki (2013).
3.1 Acolhimento do Paciente, Coleta e Organização de Dados
A primeira etapa do processo do cuidado farmacêutico é o acolhimento do paciente, 
coleta e organização dos dados para de� nir uma intervenção completa. O farmacêutico deve 
cumprimentar, apresentar-se ao paciente, e explicar os objetivos e estrutura da consulta. 
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A coleta de dados é realizada por meio de anamnese farmacológica, com informações 
relatadas pelo próprio paciente (principal fonte), familiares, pessoas próximas e outros pro� ssionais 
da saúde. É importante registrar o relato que o paciente faz sobre sua saúde, problemas médicos, 
tratamentos realizados e prescrições, exames clínicos e laboratoriais e documentos que fazem 
parte de seu prontuário clínico. Para isto, deve ser solicitado que o paciente leve os medicamentos 
que está em uso e documentos citados acima. O foco da entrevista clínica é o per� l do paciente, 
sua história clínica, medicação e adesão aos tratamentos. Com isto, o per� l farmacoterapêutico 
é determinado, incluindo os medicamentos prescritos, utilizados por automedicação, plantas 
medicinais, suplementos vitamínicos, vacinas, resultados obtidos com a medicação, histórico 
de reações adversas e alergias. Todos os dados coletados e organizados pelo farmacêutico 
devem compor uma “foto” do paciente, ou seja, seu estado situacional (CORRER; OTUKI 2013; 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a; 2014b).
3.2 Avaliação e Identificação de Problemas Relacionados à 
Farmacoterapia
A segunda etapa do processo do cuidado farmacêutico é a avaliação e identi� cação de 
problemas relacionados à farmacoterapia, referida como o “coração” do método clínico. Estes 
problemas podem ocorrer em qualquer um dos processos da farmacoterapia, que são o processo 
de seleção, administração, biofarmacêutico, farmacocinético, farmacodinâmico e de avaliação 
dos resultados terapêuticos (Figura 3). Desta forma, os problemas relacionados à farmacoterapia 
podem ocorrer devido falhas na escolha, administração e/ou uso do medicamento pelo paciente; 
falta de acesso ao medicamento ou do acompanhamento correto de seu uso; desvios de qualidade 
dos produtos; interações medicamentosas; erros de dispensação; falha terapêutica e eventos 
adversos (CORRER; OTUKI, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a).
Figura 3 - De� nição dos seis processos da farmacoterapia. Fonte: Ministério da Saúde (2014b) - adaptado de Correr 
e Otuki (2013).
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Nesta etapa, o farmacêutico deve elaborar uma lista de problemas identi� cados, associados 
ao tratamento prescrito e expectativas do paciente, por meio de avaliação sistemática e raciocínio 
clínico, denominado revisão da farmacoterapia. Em conjunto com a etapa anterior, é realizado 
até este momento a avaliação inicial do paciente (CORRER; OTUKI, 2013).
3.3 Delineamento de um Plano de Cuidado 
A terceira etapa do processo do cuidado farmacêutico é o delineamento de um plano de 
cuidado, ou plano de intervenções, com o paciente. A � nalidade desta etapa é de� nir ações para 
resolver os problemas identi� cados na etapa anterior, controlar ou retirar fatores de risco da 
farmacoterapia e manter resultados positivos já observados (CORRER; OTUKI, 2013).
Nesta etapa, são realizadas intervenções sugeridas pelo farmacêutico com o intuito de 
resolver ou evitar problemas clínicos. São elas (CORRER; OTUKI, 2013; MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2014a, 2014b):
a) Inclusão de intervenções farmacêuticas, como reorganização da terapêutica, 
fornecimento de materiais, atividades educativas e de aconselhamento ao paciente, além 
de encaminhamento a outros pro� ssionais, quando necessário.
b) Os problemas identi� cados podem ser compartilhados com o médico ou à equipe 
Estratégia Saúde da Família (ESF) responsável pelo paciente.
c) O farmacêutico pode escrever um parecer escrito ao médico prescritor, em casos 
de ajustes na farmacoterapia, composto por apresentação do paciente, motivo do 
encaminhamento, avaliação farmacêutica, fechamento, data, carimbo e assinatura (Figura 
4).
d) O farmacêutico pode entregar uma lista completa de medicamentos em uso com as 
respectivas recomendações para o paciente, ao � nal da consulta.
e) A consulta farmacêutica deve ser declarada e registrada por meio de sistema de registro 
de dados SOAP, composto pelos seguintes dados: subjetivos (queixas dos pacientes 
e informações relatadas por eles e familiares), objetivos (dados de exames físicos e 
complementares), avaliação (conclusão sobre a situação do paciente) e plano (exames 
que podem ser solicitados, e orientações e recomendações necessárias).
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Figura 4 - Componentes de um parecer farmacêutico. Fonte: Ministério da Saúde (2014b).
3.4 Seguimento Individual do Paciente
A quarta etapa do processo do cuidado farmacêutico é o seguimento individual do 
paciente. Neste momento do ciclo do método clínico, o farmacêutico consegue acompanhar 
as mudanças de comportamento e estado do paciente, prescrição médica, exames clínicos e 
laboratoriais, durante as consultas de retorno. Um ponto crítico desta etapa, é a de� nição das 
datas entre uma consulta e outra, que deve considerar a farmacoterapia e não a doença. Para isso, 
deve ser considerado as orientações do Quadro 2 (CORRER; OTUKI, 2013; MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2014a).
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Quadro 2 - Orientações que devem ser consideradas em relação a marcação de retornos dos pacientes. Fonte: Mi-
nistério da Saúde (2014a, p. 81-82).
De acordo com as informações obtidas e complexidade do per� l farmacoterapêutico 
é de� nido o serviço de clínica farmacêutica, o qual in� uencia diretamente no atendimento 
realizado. Desta forma, o processo de cuidado farmacêutico resulta em mais benefícios aos 
pacientes com maior risco de danos relacionados aos medicamentos, como os expostos no 
Quadro 3 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a). 
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Quadro 3 - Exemplos de pacientes que mais se bene� ciam do cuidado farmacêutico. Fonte: Ministério da Saúde 
(2014a, p. 78).
3.5 Modelo de Consulta Farmacêutica
Correr e Otuki (2013) disponibilizaram um modelo único de consulta farmacêutica 
(Tabela 1), que compreende as etapas descritas anteriormente, e pode ser aplicado a diferentesserviços farmacêuticos clínicos, de acordo com o objetivo da consulta. 
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Tabela 1 - Método clínico farmacêutico aplicado a diferentes serviços farmacêuticos clínicos. Fonte: adaptado de 
Correr; Otuki (2013).
3.6 Outros métodos de atenção farmacêutica
O método Dáder foi proposto pelo grupo de pesquisa em AF da Universidade de 
Granada, e é baseado nos problemas de saúde, medicamentos em uso e avaliação do estado 
situacional do paciente, sendo o processo construído por nove fases: (1) Oferta do serviço, (2) 
Primeira entrevista, (3) Estado de situação, (4) Fase de estudo, (5) Fase de avaliação, (6) Fase 
de intervenção, (7) Resultado da intervenção, (8) Novo estado de situação, e (9) Entrevistas 
sucessivas (HERNÁNDEZ; CASTRO; DÁDER, 2007; CORRER; OTUKI, 2013).
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A primeira fase do método é realizada após seleção do paciente, para que o serviço 
seja oferecido. Caso o paciente aceite, deve marcar a entrevista inicial e solicitar que o paciente 
traga os medicamentos em uso, prescrições e exames. Na primeira entrevista, o farmacêutico 
deve perguntar sobre os problemas de saúde que mais preocupam o paciente, e associá-los 
aos medicamentos trazidos, solicitando informações sobre o uso de cada um deles. Também 
deve ser realizado uma revisão sistemática por órgãos e sistemas, com a � nalidade do paciente 
relatar medicamentos ou problemas de saúde ainda não ditos. Além disso, deve ser coletado 
informações pessoais e determinar como serão os próximos encontros. Considera estado de 
situação, o formulário onde serão resumidas todas as informações obtidas, é uma “foto” do 
paciente, que relaciona os problemas de saúde com os medicamentos. A fase de estudo consiste 
em uma revisão sobre os problemas de saúde e medicamentos, para que o pro� ssional possa 
avaliar cada medicamento em uso de acordo com sua necessidade, efetividade e segurança, e 
também se existem problemas de saúde não tratados. Neste contexto são identi� cados os 
Resultados Negativos da Medicação (RNMs), classi� cados em seis categorias (Quadro 4). 
Além disso, também devem ser identi� cados os Problemas Relacionados com Medicamentos 
(PRMs), para que seja elaborado um plano de ação para resolvê-los. Os PRMs são classi� cados 
em 7 categorias, conforme exposto no Quadro 5. Com isso, a fase de intervenção consiste em 
uma proposta de atuação sobre o tratamento e/ou sobre o paciente, a qual faz parte da história 
farmacoterapêutica do paciente, juntamente com o estado situacional e entrevista inicial. Todo o 
processo deve ser registrado, o qual deve ser considerado e compreendido pelo paciente e médico 
(COMITÉ DE CONSENSO, 2007; CORRER; OTUKI, 2013).
Quadro 4 - Classifi cação de Resultados Negativos da Medicação. Fonte: Comité de Consenso (2007).
Quadro 4 - Classi� cação de Resultados Negativos da Medicação. Fonte: Comité de Consenso (2007).
Quadro 5 - Classi� cação dos Problemas Relacionados com Medicamentos. Fonte: Cipolle et al. (1998).
O método Pharmacotherapy Workup foi desenvolvido por Cipolle e colaboradores (2004) 
e é baseado no raciocínio clínico desenvolvido pelo pro� ssional na identi� cação das necessidades 
e problemas relacionados à farmacoterapia do paciente, sendo o processo de AF constituído por 
três fases: (1) Avaliação, (2) Plano de cuidado e (3) Acompanhamento (CORRER; OTUKI, 2013). 
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Na fase de avaliação, é realizado a coleta de dados sobre todos os medicamentos em uso, 
problemas de saúde, história de vacinações, hábitos de vida, dados clínicos e demográ� cos, por 
meio de entrevista clínica. Para obter informações adicionais é realizado uma revisão por sistemas 
e órgãos. Além disso, a experiência de medicação é investigada, o que envolve as expectativas, 
crenças e o comportamento do paciente em relação ao uso dos medicamentos. Por meio de 
avaliação sistemática da adesão, efetividade, segurança e indicação é possível identi� car os PRMs 
(Quadro 5). Após � nalização da primeira etapa, o pro� ssional farmacêutico deve elaborar um 
plano de cuidado com o objetivo de resolver os problemas identi� cados e prevenir o surgimento 
de novos, além de auxiliar o paciente atingir suas metas com o tratamento. A evolução do paciente 
deve ser acompanhada, de forma que seja possível detectar novos problemas e se de fato o plano 
de cuidado está sendo seguido. Todas as etapas devem ser registradas em formulários separados 
(CIPOLLE et al., 1998; CORRER; OTUKI, 2013).
“A Classifi cação das Atividades da Prática Farmacêutica (PPAC) se iniciou com a 
Associação Americana de Farmacêuticos (APhA) com o objetivo de prover uma 
linguagem uniformizada, que, se usada de forma consistente, poderia permitir 
comparação de dados entre estudos científi cos. A PPAC pode contribuir para a 
construção de bancos de dados consistentes para determinações estatísticas so-
bre as atividades farmacêuticas centradas no paciente” (SES-MG, 2010).
“A atenção farmacêutica e os serviços farmacêuticos clínicos devem estar ade-
quados às demandas dos pacientes da farmácia comunitária. O farmacêutico 
deve especializar sua consulta nos problemas comuns de sua região e nas so-
licitações que normalmente são subtendidas no balcão da farmácia”. (CORRER; 
OTUKI, 2013, s.p.). Diante do exposto, nota-se que os fatores que devem elaborar 
o serviço clínico farmacêutico são o perfi l epidemiológico dos pacientes e suas 
necessidades relacionadas aos medicamentos.
Para mais informações sobre Serviços Farmacêuticos na Atenção Básica de Saú-
de, acesse o material do Ministério da Saúde: O Cuidado Farmacêutico na Atenção 
Básica, publicado em 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publi-
cacoes/servicos_farmaceuticos_atencao_basica_saude.pdf>.
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Uma explicação interessante sobre o Acompanhamento Farmacoterapêutico pode 
ser vista no vídeo: [ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO]. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=Veurw6SdKc8 >. Acesso em: 29 jan. 2018. 
Este vídeo discorre sobre a importância do Acompanhamento Farmacoterapêuti-
co, suas atividades e aplicações.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade foram abordados conceitos necessários para a contextualização do 
assunto, de forma que auxilie no estudo e compreensão de cada etapa do processo do cuidado 
farmacêutico, assim como sua importância e impacto na qualidade de vida dos pacientes.
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UNIDADE
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................22
1. CONDIÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CUIDADO FARMACÊUTICO......................................23
2. CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS FARMACÊUTICOS ..................................................................................23
2.1 COMUNICAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM O PACIENTE E A EQUIPE DE SAÚDE ........................................23
2.2 IDENTIFICAÇÃO E AGENDAMENTO DE PACIENTES .......................................................................................24
2.3 MODELO DE CAPACITAÇÃO PARA O SERVIÇO DE CLÍNICA FARMACÊUTICA ..............................................25
3. FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS PARA O CUIDADO FARMACÊUTICO ......................................................26
4. ESTRUTURA FÍSICA DO AMBIENTE DESTINADO AOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS .................................. 40
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................42
IMPLANTAÇÃO DO CUIDADO FARMACÊUTICOPROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CUIDADOS FARMACÊUTICOS E PRESCRIÇÃO
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INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do Cuidado Farmacêutico promove o reencontro do pro� ssional 
farmacêutico com o paciente, sendo necessário uma relação mais íntima com o paciente do que 
com o medicamento, o que exige do farmacêutico o conhecimento e prática de habilidades e 
competências para atuar como provedor da saúde, juntamente com uma equipe multidisciplinar 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b).
Desta forma, ações devem ser propostas e executadas com o objetivo de aumentar a 
participação do farmacêutico no cuidado do paciente, como no uso racional dos medicamentos, 
diminuição da mortalidade e morbidade relacionadas à farmacoterapia, melhora do quadro 
clínico do paciente e de sua qualidade de vida (CORRER; ORUKI, 2013). Assim, o objetivo 
desta unidade é fornecer uma visão ampla e especí� ca das condições e atividades que devem 
ser de� nidas e executadas na implantação dos serviços do Cuidado Farmacêutico, de forma 
complementar aos princípios e processos abordados na Unidade 1.
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1. CONDIÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DO 
CUIDADO FARMACÊUTICO
Para a implantação do serviço do Cuidado Farmacêutico em um município, devem 
ser consideradas duas etapas: (1) Preparo do município para o processo de implantação dos 
serviços de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica e (2) Execução da implantação dos serviços 
propriamente ditos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014c).
Primeiramente, é necessário criar uma “Equipe de Condução”, formada por farmacêuticos 
de todas as regionais do município e um representante da Secretaria Municipal da Saúde, com o 
intuito de determinar estratégias de implantação, desenvolvimento e continuidade dos serviços 
farmacêuticos. Para isso, os pro� ssionais farmacêuticos devem ser sensibilizados e motivados 
para o serviço. A equipe de condução deve realizar um diagnóstico situacional para veri� car 
quais as atividades desenvolvidas pelos farmacêuticos e seus níveis de formação acadêmica. Este 
diagnóstico é importante para discutir necessidades para implantação dos serviços de clínica 
farmacêutica, como inclusão de consultas na agenda dos farmacêuticos. Para isso, os locais de 
serviço devem ser selecionados, para assim disponibilizarem um espaço físico para a realização 
do serviço. Além disso, instrumentos disponíveis nos prontuários devem ser reconhecidos pelos 
pro� ssionais, os quais devem receber capacitação por meio de cursos direcionados (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2014c).
Um projeto técnico, realizado em Curitiba, de parceria com o Ministério da Saúde, foi 
composto por proposta de atividade assistencial, atividade técnico-pedagógica, instrumentos 
técnicos necessários aos serviços e aos indicadores, considerando as diretrizes propostas e 
o diagnóstico realizado pela equipe de condução. Para sua elaboração, foram consideradas as 
seguintes atividades (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014c, p. 40-42):
1) Contratar supervisores técnicos com capacidade e experiência na implantação 
de serviços de clínica farmacêutica para elaboração do projeto técnico, 
capacitação do farmacêutico e implantação dos serviços;
2) Elaboração do projeto: Apresentação, discussão e aprimoramento do projeto 
técnico para implantação dos serviços de cuidado farmacêutico; Sensibilização 
da equipe de saúde e gestores; Elaboração de curso de capacitação.
2. CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS 
FARMACÊUTICOS
2.1 Comunicação do Farmacêutico com o Paciente e a 
Equipe de Saúde
Habilidades comunicativas devem ser praticadas e desenvolvidas pelo farmacêutico, como 
o acolhimento, aconselhamento, empatia, escuta ativa e assertividade. O paciente deve sentir que 
está em um ambiente de saúde, especializado neste tipo de atendimento. O primeiro passo para 
estabelecer uma relação de respeito e con� ança é o momento do acolhimento ao paciente. 
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O farmacêutico deve se apresentar como pro� ssional da saúde e agir de forma gentil 
e cordial. Em relação ao vestuário, deve estar sempre com roupa limpa, de jaleco e crachá de 
identi� cação. O farmacêutico deve avaliar a condição física e emocional, para determinar 
intervenções e orientações necessárias, de acordo com os métodos discutidos na Unidade I 
(CORRER; OTUKI, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b).
Na interação com a equipe de saúde, as relações devem ser colaborativas e horizontais, 
com o objetivo de ser inter e transdisciplinar, com foco em intervenções bené� cas ao paciente 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b).
2.2 Identificação e Agendamento de Pacientes 
Para identi� car e selecionar os pacientes, devem ser considerados pacientes polimedicados, 
com diagnóstico de doenças e comorbidades, e esquemas terapêuticos complexos, uma vez que o 
número de medicamentos, identi� cação de problemas relacionados à farmacoterapia e de fatores 
de risco para desenvolvimento de problemas referentes à farmacoterapia devem ser os principais 
critérios nesta etapa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b, 2014c).
Lembrem-se de que, além do maior benefício do serviço aos pacientes mais 
graves, normalmente a demanda de pacientes é maior do que a resposta do 
serviço, principalmente no início. Esse é um dos principais motivos que 
justi� cam a triagem e a seleção de pacientes, pois, já que não é possível atender 
a toda a população, é necessário selecionar aqueles que mais necessitam do 
atendimento” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b, p. 34).
O agendamento de pacientes para o início do serviço de clínica farmacêutica pode ser 
realizado por meio da busca ativa pelo farmacêutico (pela lista de pacientes), e indicações oriundas 
das equipes de saúde, pelos pro� ssionais médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, 
agentes comunitários de saúde e demais integrantes das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde 
da Família (NASFS). O Ministério da Saúde disponibilizou um roteiro organizado de como deve 
ser realizado o agendamento telefônico desta consulta (Quadro 1). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2014b, 2014c).
Consideramos uma estratégia muito pertinente: a de promover reuniões com 
a equipe de saúde ou, se possível, uma reunião com cada grupo de categoria 
pro� ssional para explicar a natureza do serviço proposto. Nestas esclarecer 
sobre o conteúdo da consulta e posicionar-se como colaborador para a melhoria 
do quadro clínico do paciente. Este momento também pode ser propositivo 
para estimular momentos de discussão e de compartilhamentos de caso e, 
principalmente, explicar que, caso encontrem pacientes com as características 
citadas anteriormente, podem encaminhá-lo para consulta farmacêutica. Neste 
momento é interessante expor os horários de agenda dedicados ao atendimento 
e explicar como devem proceder para marcar o paciente para atendimento 
farmacêutico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b, p. 36).
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Quadro 1 - Roteiro para agendamento dos pacientes para as consultas. Fonte: Ministério da Saúde (2014b, p. 40).
2.3 Modelo de Capacitação Para o Serviço de 
Clínica Farmacêutica
Para a implantação de um serviço de clínica farmacêutica é essencial a padronização 
do processo de trabalho dos farmacêuticos. Um modelo misto foi elaborado (Figura 1), o qual 
inclui estratégias pedagógicas, como por exemplo, estudo dirigido, aprendizagem baseada em 
projetos e problemas, atividades práticas em serviço com e sem supervisão direta, e seminários 
integrativos para discussão de assuntos relacionados à clínica farmacêutica (Figura 2). Para o 
desenvolvimento do modelo de capacitação, estima-se um período de pelo menos seis meses 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014c).Figura 1 - Modelo misto de capacitação para o serviço de clínica farmacêutica. Fonte: Ministério da Saúde (2014b).
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Figura 2 - Estratégias pedagógicas incluídas no modelo de capacitação. Fonte: Ministério da Saúde (2014b).
3. FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS PARA O CUIDADO 
FARMACÊUTICO
As ferramentas e instrumentos auxiliam no processo do cuidado farmacêutico, sendo parte 
do modelo de atendimento, discutido na unidade anterior, e utilizados com o intuito de avaliar 
a efetividade e segurança da farmacoterapia. Além disso, facilitam a avaliação de indicadores 
de qualidade e e� ciência do serviço. Algumas das ferramentas, disponibilizadas pelo Ministério 
da Saúde, são: formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica (Figura 3-13); 
modelo de lista de medicamentos a ser entregue ao paciente (Figura 14) e Instrumento para 
avaliação da adesão ao tratamento, considerando as crenças, as necessidades e as preocupações 
do paciente (Figura 15). 
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Outras ferramentas disponíveis são: monitoramento da pressão arterial (MRPA); diário 
glicêmico e monitorização da glicemia capilar; estrati� cação do risco cardiovascular e de� nição 
de metas terapêuticas em pacientes com dislipidemia; instrumento para avaliação da depressão: 
PHQ 9; instrumento para avaliar as habilidades do farmacêutico para realização de consulta com 
o paciente; casos clínicos para realização de atividade de simulação de atendimento e exercícios 
de � xação (MINISTÉTIO DA SAÚDE, 2014b).
Figura 3 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica. Fonte: Ministério da Saúde (2014b).
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Figura 4 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica – Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 5 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica – Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 6 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 7 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica – Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 8 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica – Continuação. Fonte Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 9 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 10 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 11 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 12 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 13 - Formulário padronizado para realização da consulta farmacêutica - Continuação. Fonte: Ministério da 
Saúde (2014b).
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Figura 14 - Modelo de lista de medicamentos a ser entregue ao paciente. Fonte: adaptado de Ministério da Saúde 
(2014b) - cedida pela Coordenação de Atenção Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR.
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Figura 15 - Instrumento para avaliação da adesão ao tratamento, considerando as crenças, as necessidades e as pre-
ocupações do paciente. Fonte: Ministério da Saúde, (2014b).
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4. ESTRUTURA FÍSICA DO AMBIENTE DESTINADO AOS 
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos clínicos deve ser diferente do local 
destinado à dispensação e circulação de pessoas em geral, sendo, muitas vezes, necessário 
adaptações que que permitam o acolhimento, privacidade e conforto necessário ao paciente 
(CORRER; OTUKI, 2013).
Espaços físicos são sempre muito disputados em instituições de saúde. Na 
grande maioria das vezes o consultório no qual o farmacêutico realiza os 
atendimentos será compartilhado com outros pro� ssionais que atendem em 
outros horários. Quando a condição estética do consultório não for agradável, o 
farmacêutico pode conversar com os demais pro� ssionais e com os responsáveis 
administrativos, sugerindo uma readequação estética do espaço de atendimento. 
Na grande maioria das vezes isso gera custos mínimos e, apesar de parecer 
supér� uo para muitos, pequenas mudanças no ambiente podem fazer com que 
o paciente se sinta mais confortável e valorizado como indivíduo (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2014b, p. 31).
Durante o atendimento, o pro� ssional farmacêutico pode realizar administração de 
medicamentos, determinar pressão arterial, glicemia capilar e temperatura, por isso, o ambiente 
de realização destes procedimentos deve ser apropriado, conforme características expostas no 
Quadro 2 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014c; BRASIL, 2015).
Quadro 2 - Características de um bom ambiente para a atenção farmacêutica. Fonte: Correr; Otuki (2013, p. 243).
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Os documentos necessários para que os estabelecimentos possam realizar os serviços 
farmacêuticos são (BRASIL, 2015):
1) Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária.
2) Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável.
3) Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão estadual ou municipal de Vigilância 
Sanitária, segundo legislação vigente em que conste claramente quais são os serviços 
farmacêuticos permitidos para o estabelecimento em questão.
4) Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo CRF da respectiva jurisdição.
5) Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as 
especi� cidades de cada estabelecimento.
Na página do Conselho Federal de Farmácia encontra-se disponível o material 
Cuidado Farmacêutico no Sistema Único de Saúde (SUS) - Capacitação em ser-
viço. Para mais informações, acesse o link: <http://www.cff.org.br/userfi les/cui-
dado%20farmac%C3%AAutico_FINAL_21x15_2018CTP%20(1).pdf>. Este material 
tem como objetivo geral fornecer os fundamentos para que os farmacêuticos co-
nheçam, compreendam e apliquem o processo de raciocínio clínico, para aprimo-
rar o cuidado farmacêutico no âmbito do SUS.
“Durante muito tempo, o farmacêutico teve seu papel de profi ssionalde saúde 
negligenciado com relação ao cuidado em saúde. As mudanças históricas nos 
processos produtivos e a infl uência dessas mudanças nos currículos acadêmicos 
culminaram em um profi ssional tecnicista, de conhecimentos multicompartimen-
tados, descontextualizado da equipe multidisciplinar, mantendo uma relação mais 
íntima com o produto (medicamento) do que com o paciente do produto (pacien-
te)” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b). A partir desta consideração, refl ita sobre 
quais habilidades e competências você considera que deve aprimorar e praticar 
para conseguir desenvolver um serviço de qualidade, que atenda às necessidades 
do paciente.
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Para mais informações sobre os Princípios da comunicação interpessoal para a 
prática clínica, recomenda-se a leitura da Parte 3 - Conteúdos complementares, 
Capítulo 16, do livro “A prática farmacêutica na farmácia comunitária”, de Correr e 
Otuki, publicado em 2013.
Uma explicação sobre a atuação do farmacêutico e suas implicações nas unida-
des de saúde pode ser vista no vídeo: A prática do cuidado farmacêutico nas uni-
dades de saúde de Curitiba. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=bMl9CC5u8o0>. Acesso em: 29 jan. 2018. Este vídeo discorre sobre as ações 
realizadas para implantação do projeto de Atenção Farmacêutica em Curitiba/
Paraná, em conjunto com o Ministério e Secretaria da Saúde.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta unidade retrata os aspectos da implantação do cuidado farmacêutico, com foco na 
organização das atividades e estrutura física do ambiente destinado aos serviços farmacêuticos 
clínicos. O pro� ssional farmacêutico deve se preparar para as responsabilidades que são 
necessárias para implantação de um serviço adequado e de qualidade, que vise promover o uso 
racional de medicamentos e atender às necessidades do paciente, como atingir os resultados 
terapêuticos esperados.
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UNIDADE
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 44
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE SAÚDE ............................................................................................ 45
2. O CUIDADO FARMACÊUTICO INSERIDO NO SISTEMA DE SAÚDE ................................................................. 45
3. CUIDADO FARMACÊUTICO AO PACIENTE ......................................................................................................... 46
3.1 GESTANTE E PEDIÁTRICO ................................................................................................................................. 46
3.2 IDOSO ...................................................................................................................................................................47
3.3 DIABÉTICO .......................................................................................................................................................... 48
3.4 HIPERTENSO ...................................................................................................................................................... 49
3.5 ASMÁTICO ...........................................................................................................................................................51
3.6 ONCOLÓGICO ......................................................................................................................................................53
4. USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS .................................................................................................................... 55
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................57
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO 
CUIDADO AO DOENTE
PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CUIDADOS FARMACÊUTICOS E PRESCRIÇÃO
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INTRODUÇÃO
O processo do cuidado farmacêutico exerce papel fundamental na Atenção Básica à Saúde, 
uma vez que avalia e estabelece a farmacoterapia mais adequada para cada paciente, considerando 
de forma especí� ca, sua condição de saúde. Para isso, a disponibilidade de medicamentos deve 
estar de acordo com as necessidades epidemiológicas da população, para que o serviço possa 
acompanhar a sua utilização de forma correta e racional, identi� car problemas, resolvê-los e 
atingir resultados terapêuticos de� nidos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a).
Desta forma, o cuidado farmacêutico tem caráter clínico, sendo que o pro� ssional deve 
ter interação direta com o paciente, comprometido a buscar atender as necessidades relacionadas 
à farmacoterapia, de forma individualizada, respeitando os limites éticos e atuando em prol da 
promoção da saúde do paciente (CORRER; OTUKI; SOLER, 2011b). Assim, o objetivo desta 
unidade é discutir a prática do cuidado farmacêutico em diferentes grupos de doentes, além de 
sua inserção no sistema de saúde.
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1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE SAÚDE
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sistemas de atenção à saúde são 
de� nidos como:
um conjunto de atividades cujo propósito é promover, restaurar e manter a saúde 
de uma população, a � m de atingir os seguintes objetivos: o alcance de um nível 
ótimo de saúde, distribuído de forma equitativa; a garantia de uma proteção 
adequada contra os riscos, para todos os cidadãos; o acolhimento humanizado 
dos cidadãos; a provisão de serviços seguros e efetivos e sua prestação de modo 
e� ciente” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014a, p. 16).
O Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, estabelecido pela Constituição Federal de 
1988, tem como princípios doutrinários a universalização, equidade e integralidade, princípios 
organizativos a regionalização e hierarquização, descentralização e comando único, e participação 
popular (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2011; 2014a). Para que os cidadãos brasileiros conheçam 
seus direitos nos sistemas de saúde, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), em 
2009, a Carta dos direitos dos usuários da saúde, com os seguintes princípios (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE 2011, p. 3-4): 
1) Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de 
saúde;
2) Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema;
3) Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de 
qualquer discriminação;
4) Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus 
valores e seus direitos;
5) Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento 
aconteça da forma adequada;
6) Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para 
que os princípios anteriores sejam cumpridos.
2. O CUIDADO FARMACÊUTICO INSERIDO NO SISTEMA 
DE SAÚDE
O farmacêutico, em sua atuação clínica, é considerado provedor de cuidado em saúde, 
sendo necessário a relação farmacêutico-paciente, de forma integrada com a equipe de saúde, 
com foco na promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos. O Ministério da 
Saúde de� ne como principais metas deste serviço (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b):
1) Orientação dos pacientes sobre acesso aos medicamentos.
2) Educação dos pacientes sobre informações necessárias dos medicamentos e problemas 
de saúde, para que auxilie e promova o autocuidado, facilite sua compreensão e promova 
a adesão ao tratamento. Além disso, sobre o armazenamento correto, descarte de 
medicamentos vencidos e resíduos de saúde ligados à terapêutica.
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3) Otimização da farmacoterapia, avaliando o tratamento medicamentoso, de modo a 
considerar apenas medicamentos necessários, sendo avaliado critérios de efetividade e 
segurança, com a equipe de saúde.
4) Identi� cação, prevenção e controle de erros relacionados à farmacoterapia, interações 
medicamentosas, reações adversas, intoxicações e riscos associados aos medicamentos.
De acordo com o exposto acima, deve ser determinado um � uxo organizado de trabalho, 
sendo indispensável a comunicação e cooperação dos farmacêuticos da Rede de Atenção à Saúde. 
O acompanhamento farmacoterapêutico vem sendo implantado em farmácias públicas e privadas 
e é necessário que os pro� ssionais sejam conscientizados de sua responsabilidade no processo, 
para que assim, seja possível desenvolver um serviço de qualidade com pro� ssionais quali� cados 
e capacitados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014b).
3. CUIDADO FARMACÊUTICO AO PACIENTE
3.1 Gestante e Pediátrico
O início do acompanhamento de um ser humano é na gravidez, por meio da monitorização 
de seu desenvolvimento e crescimento, sinais vitais e condições de saúde. Desta forma, é essencial 
que as gestantes sejam encaminhadas ao pré-natal e recebam atenção cuidadosa (SES-MG, 2010).
A assistência farmacêutica está diretamente relacionada a promoção da saúde, o que 
envolve prevenção, diagnóstico precoce e recuperação da saúde da criança, sendo a amamentação 
a ferramenta mais efetiva e de baixo custo para o seu desenvolvimento e crescimento saudável. 
O uso de medicamentos deve ser evitado por lactantes, porém, em casos necessários, deve-se 
escolher medicamento pouco excretado no leite materno ou que não apresente risco aparente 
para a saúde da criança. Assim, alguns critérios devem ser considerados para prescrição de 
medicamentos para lactantes e serem analisados com cautela no processo de cuidado ao paciente 
(Quadro 1) (SES-MG, 2010).
Quadro 1 - Considerações para prescrição de medicamentos em mães durante a lactação. Fonte: Secretaria de Esta-
do de Saúde de Minas Gerais (2010, p. 48).
Avaliar se a terapêutica realmente é necessária e indispensável.
Utilizar medicamentos considerados seguros para a criança (de menor efeito colateral). 
Em caso de risco para o lactente, deve ser realizada avaliação clínica e dosagens laboratoriais para 
determinar os níveis plasmáticos.
Acompanhar o horário de administração do medicamento, de forma que evite o pico no sangue e leite 
materno no mesmo horário da amamentação.
Evitar fármacos de ação prolongada pela maior difi culdade de serem excretados pelo lactente.
Observar se a criança apresenta algum sinal ou sintoma, antes não apresentado.
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3.2 Idoso
O acompanhamento do paciente idoso deve ser desenvolvido com foco na melhoria de sua 
qualidade de vida, com ações que promovam envelhecimento saudável e ativo. Os pro� ssionais de 
saúde devem � car atentos a história clínica do paciente, de modo a prevenir e identi� car problemas 
que afetam sua saúde. Assim, o farmacêutico é responsável por avaliação completa, considerando 
os fatores de risco que o paciente apresenta. O acompanhamento farmacoterapêutico envolve 
considerações especí� cas para este grupo de pacientes, como exposto no Quadro 2 (SES-MG, 
2010). 
Quadro 2 - Considerações para realizar o acompanhamento farmacoterapêutico de idosos. Fonte: Secretaria de 
Estado de Saúde de Minas Gerais (2010, p. 76-77).
Desta forma, o pro� ssional farmacêutico pode desenvolver ações para orientar de forma 
efetiva o paciente e otimizar os resultados da terapêutica, como: elaborar � chas de controle para 
o acompanhamento de seus parâmetros clínicos; � chas de controle com esquemas terapêuticos, 
podendo usar recursos grá� cos que auxiliem na compreensão da posologia dos medicamentos; 
diferenciar as caixas dos medicamentos por meio de símbolos ou coloração; recomendar a 
inclusão de medidas não farmacológicas em sua rotina, como exercícios físicos e alimentação 
saudável (FIDÊNCIO; YAMACITA, 2011).
Dados da literatura relatam a importância do cuidado farmacêutico na identi� cação e 
quanti� cação de Problemas Relacionados com a Medicação (PRMs) em pacientes idosos. Estudo 
observacional descritivo conduzido com 16 pacientes idosos com idade média de 61 anos. A média 
de medicamentos utilizados foi de 2,75 medicamentos/paciente, sendo a população caracterizada 
como polimedicada. Para avaliação farmacoterapêutico foi utilizado o método Dáder, que 
resultou na identi� cação de 17 PRMs, sendo 41% relacionados a efetividade (o paciente toma um 
medicamento, que estando indicado para sua situação, está mal selecionado), 29% relacionados à 
segurança (o paciente toma um medicamento que provoca uma reação adversa), 30% relacionado 
a necessidade (12%: o paciente não toma os medicamentos de que necessita e 18%: o paciente 
toma medicamentos que não necessita) (ZANELLA; ASSINI; 2008).
Conhecer os efeitos do envelhecimento, de forma que auxilie na avaliação do quadro do paciente.
Estabelecer as prioridades do tratamento. Avaliar se o medicamento é realmente necessário e se 
medidas não farmacológicas podem auxiliar na melhora do quadro clínico.
Em caso de reação adversa, esta não deve ser tratada com outra opção terapêutica.
O tratamento deve iniciar com doses mais baixas possíveis, sendo que esta deve ser aumentada 
gradativamente, de acordo com a resposta e a sensibilidade do paciente.
Estabelecer os objetivos do tratamento e o período de tempo. Analisar periodicamente o regime 
terapêutico, revendo a necessidade de modifi cá-lo.
Trabalhar em conjunto com a equipe de saúde, com outros profi ssionais que acompanham o paciente.
Pedir que o paciente traga os medicamentos que está usando (prescritos e não prescritos).
Medicamentos de escolha são os mais custo-efetivos, de fácil manejo e posologia, que resultam na 
adesão ao tratamento.
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3.3 Diabético
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes mellitus (DM) consiste em 
um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de de� ciência 
na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações 
em longo prazo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017). Algoritmo e triagem para 
prática farmacêutica comunitária, envolvendo pacientes com risco para DM, foram elaborados 
como forma de � uxo de rastreamento, utilizado em campanhas de diabetes em farmácias na 
Suíça (Figura 1) (CORRER; OTUKI, 2013).
Figura 1 - Fluxo de rastreamento para pacientes com risco para diabetes. Fonte: Correr; Otuki (2013) - adaptado de 
Hersberger et al. (2006).
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Estudos foram realizados com o objetivo de avaliar o impacto do seguimento 
farmacoterapêutico nos resultados glicêmicos (glicemia em jejum, glicemia pós-prandial e 
hemoglobina glicosilada) de pacientes portadores de DM tipo 2. Estudo longitudinal prospectivo 
foi conduzido por 6 meses com 44 pacientes inscritos em programa de atendimento no serviço de 
saúde pública. De acordo com os resultados, foi observada redução dos níveis glicêmicos a partir 
do terceiro mês da intervenção, sendo que a diferença passou a ser estatisticamente signi� cativa, 
entre o grupo que recebia a intervenção e o grupo controle, apenas no sexto mês (ANDRADE; 
PELÁ, 2005). Outro estudo foi conduzido com 71 pacientes com DM tipo 2, por 12 meses, o 
qual também observou redução signi� cativa dos níveis de glicemia em jejum e hemoglobina 
glicosilada. Além isso, o serviço farmacêutico identi� cou e resolveu 62,7% dos 142 problemas 
relacionados à farmacoterapia, como dosagem inadequada, reações adversas a medicamentos, 
incompatibilidade, necessidade detratamento medicamentoso adicional ou tratamento 
desnecessário (BORGES et al., 2010). Correr e colaboradores (2011a) avaliaram 161 pacientes 
DM tipo 2, por 12 meses, e identi� caram 119 problemas relacionados à farmacoterapia, sendo 
a maioria relacionado à efetividade da medicação. Entre os parâmetros clínicos, o grupo que 
recebeu a intervenção também apresentou redução, estatisticamente signi� cativa, da glicemia em 
jejum e hemoglobina glicosilada. 
Estudos foram conduzidos com outros objetivos, como por exemplo, o impacto do 
acompanhamento farmacoterapêutico na avaliação de resultados humanísticos de pacientes com 
DM tipo 2, como qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL) e o índice de satisfação. Estudo 
controlado, de período de tempo de 12 meses, avaliou 161 pacientes de 6 farmácias comunitárias. 
Foram realizadas 119 intervenções, a partir da identi� cação dos problemas relacionados à 
farmacoterapia, como melhora da adesão ao tratamento medicamentoso e alteração de dose. Os 
pesquisadores relataram melhoria estatisticamente signi� cativa da HRQoL, quando comparado 
o grupo que recebeu a intervenção e grupo controle, e a satisfação dos pacientes acompanhados 
(CORRER et al., 2009). Plaster e colaboradores (2012) realizaram seguimento farmacoterapêutico 
com 120 pacientes com DM tipo 2 e portadores de síndrome metabólica, por um período de seis 
meses. No grupo que recebeu a intervenção foi veri� cado redução do risco de doença arterial 
coronariana (22±2 para 14±2%; p<0,01), enquanto que no grupo controle foi observado aumento 
(22±2 para 26±3; p<0,05), o que demonstra o auxílio da intervenção farmacêutica na melhora do 
quadro clínico dos pacientes.
3.4 Hipertenso
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão arterial (HA) é uma 
condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 
140 e/ou 90 mmHg. O diagnóstico e prognóstico correto é possível por meio de uma avaliação 
clínica e laboratorial, a qual envolve anamnese detalhada do paciente, exame físico e investigação 
laboratorial básica, avaliação de lesões subclínicas e clínicas em órgãos-alvo, para que assim seja 
de� nida a melhor terapêutica para o paciente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 
2010).
O pro� ssional farmacêutico pode exercer atividades que visam a escolha adequada do 
tratamento, medicamento e não-medicamentoso, para promoção da saúde do paciente. As 
recomendações devem ser baseadas na interpretação dos resultados da pressão arterial (PA), 
sendo possível constituir uma história de medidas da PA durante um período de tempo, por meio 
de medidas em diferentes dias e horários e assim, avaliar a efetividade e segurança do tratamento 
medicamentoso. Um � uxo de atendimento ao paciente hipertenso (Figura 2) foi elaborado para 
facilitar a avaliação da PA (CORRER; OTUKI, 2013). 
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Figura 2 - Fluxo de avaliação da pressão arterial durante a atenção farmacêutica. Fonte: adaptado de Correr; Otuki 
(2013).
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Estudos foram realizados para avaliar o impacto do processo do cuidado farmacêutico neste 
grupo de pacientes. Amarante et al. (2010) realizaram Acompanhamento Farmacoterapêutico 
(AFT) durante 10 meses, com 27 pacientes hipertensos de ambos os sexos e faixa etária entre 40 
a 70 anos ou mais. Os pacientes eram usuários de uma Farmácia Popular. Fatores que resultavam 
a não adesão à terapêutica, como esquecimento da administração dos medicamentos, falta de 
compreensão do uso dos medicamentos, falta de informação sobre a doença, foram solucionados 
com o acompanhamento. Além disso, todos os pacientes relataram que o ATF foi satisfatório e 
que indicariam para familiares e amigos.
Estudo clínico, randomizado, duplo-cego, avaliou 71 pacientes adultos hipertensos em um 
hospital. Os resultados foram obtidos por meio de monitorização ambulatorial da pressão arterial 
(MAPA) e identi� cação de níveis plasmáticos de hidroclorotiazida ao � nal da participação no 
estudo. O processo de cuidado farmacêutico foi realizado por 6 meses, sendo que 57 (80,3%) dos 
pacientes selecionados � nalizaram todas as atividades. Foi observado redução da pressão arterial 
no grupo que recebeu a intervenção, porém a diferença não foi estatisticamente signi� cativa em 
relação aos resultados do grupo controle. Problemas relacionados à farmacoterapia (indicação, 
efetividade e segurança) foram identi� cados em 50 pacientes (78,1%) (CASTRO et al., 2006).
Desta forma, é notável que o AFT é importante para o controle da pressão arterial sistêmica 
e melhora da qualidade de vida dos pacientes, sendo determinantes atividades desenvolvidas 
pelo farmacêutico, como: orientar e monitorar o paciente quanto as informações referentes à 
medicação, identi� car as potenciais reações adversas e interações medicamentosas, bem como 
melhorar a adesão ao tratamento (OLIVEIRA; MENEZES, 2009).
3.5 Asmático
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia de� ne asma como “uma doença 
in� amatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. 
A in� amação crônica está associada à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a episódios 
recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da 
manhã” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012).
O acompanhamento do paciente asmático visa o controle da doença, que é caracterizado 
por dois domínios: controle de limitações clínicas atuais e redução de riscos. As limitações 
clínicas atuais estão relacionadas às últimas quatro semanas, incluindo sintomas, necessidade de 
medicação de alívio, di� culdades para atividades físicas e limitação ao � uxo aéreo, o que classi� ca 
a doença em controlada, parcialmente controlada e não controlada. Já a prevenção de riscos 
futuros engloba a redução da instabilidade da asma e suas crises, perda acelerada da função 
pulmonar e reações adversas ao tratamento medicamentoso (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012).
Neste sentido, existem três ferramentas adaptadas de monitorização da asma: (1) 
Asthma Control Questionnaire (ACQ), (2) Asthma Control Test (ACT) e (3) Asthma Control 
Scoring System (ACSS). Estes instrumentos são formados por questões relacionadas aos sinais 
e sintomas, uso de medicamentos e limitação de atividades. Também é importante que o 
paciente seja informado sobre sua condição, fatores de risco, cuidados ambientais e tratamento 
não medicamentoso (JUNIPER et al., 1999; NATHAN et al., 2004; LEBLANC et al., 2007; 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012).
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O protocolo clínico e terapêutico de asma (Portaria SAS/MS nº 1.317, de 25 de novembro 
de 2013), disponibilizado pelo Ministério da Saúde, abrange conceitos, critérios e avaliações 
relacionadas ao diagnóstico e tratamento do paciente asmático. Além disso, disponibiliza um 
modelo de � cha farmacoterapêutica (Figura 3) para ser usada durante o processo de cuidado ao 
paciente, que envolve seus dados pessoais e perguntas que compreendem a avaliação realizada 
pelo pro� ssional farmacêutico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 
Figura 3 - Modelo de � cha farmacoterapêutica - Asma. Fonte: Ministério da Saúde (2013).
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3.6 Oncológico
Uma revisão de literatura reuniu evidências das atividades desenvolvidas pelo cuidado 
farmacêutico na oncologia, entre 2009 e 2015. O pro� ssional farmacêutico é responsável por 
atividades relacionadas a terapia medicamentosa e seu uso correto de acordo com cada quadro 
clínico do paciente. Entre essas atividades,destacam-se (OMS, 1994; ANVISA, 2004; SANTOS 
et al., 2018):
a) Adquirir, armazenar e padronizar os componentes para a manipulação e dispensação 
dos antineoplásicos, de acordo com os critérios internacionais de segurança.
b) Analisar a prescrição médica: quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade, 
dose, diluição, tempo de infusão, via, frequência de administração e interações de seus 
componentes.
c) Informar dados sobre a manipulação dos antineoplásicos: identi� car nome do cliente, 
preencher rótulo, informar a quantidade de cada componente e dados de estabilidade e 
administração, assinar e carimbar.
d) Orientar e supervisionar os procedimentos de manipulação dos antineoplásicos.
e) Acompanhar e avaliar os pacientes (per� l farmacoterapêutico) sobre os medicamentos 
prescritos e não prescritos.
f) Farmacovigilância: identi� car reações adversas, desenvolver ações de intervenção e 
prevenção que otimizem os resultados do tratamento medicamentoso e evite a ocorrência 
de internações.
g) Melhorar adesão ao tratamento medicamentoso.
h) Contribuir para o uso racional dos medicamentos.
i) Participar de programas de educação para a saúde.
j) Atuar em equipe multipro� ssional, como previsto na Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 220 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), publicada em 
2004.
Com a publicação da RDC nº 220, foi estabelecida a Equipe Multipro� ssional de Terapia 
Antineoplásica (EMTA), que deve ser formada por pelo menos um farmacêutico, um médico 
especialista e um enfermeiro. Na Tabela 1, estão reunidas algumas informações dos anexos que 
compõem a RDC em questão (ANVISA, 2004):
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Anexos
Anexo I - 
Regulamento técnico 
de funcionamento 
para os serviços de 
terapia antineoplásica
Anexo II - Atribuições 
gerais 
Anexo III - Boas 
Práticas de 
Preparação 
de Terapia 
Antineoplásica 
(BPPTA)
Anexo IV - Boas 
Práticas de 
Administração 
de Terapia 
Antineoplásica 
(BPATA)
Anexo V - 
Biossegurança 
Informações
1) A Terapia Antineoplásica (TA) deve abranger, obrigatoriamente, as seguintes 
etapas:
- Observação clínica e prescrição médica;
- Preparação: avaliação da prescrição, manipulação, controle de qualidade e 
conservação;
- Transporte, administração, descarte;
- Documentação e registros que garantam rastreabilidade em todas as etapas do 
processo.
2) O Serviço de Terapia Antineoplásica (STA) deve contar com: Farmacêutico 
responsável técnico pelas atividades de farmácia, com registro no CRF, podendo 
ser este profi ssional vinculado à Farmácia contratada.
3) Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para a saúde 
utilizados pelo STA devem estar regularizados junto a ANVISA/MS, conforme 
legislação vigente.
1) Atribuições da Equipe Multiprofi ssional de Terapia Antineoplásica (EMTA):
- Executar, supervisionar e avaliar permanentemente todas as etapas da TA;
- Criar mecanismos para o desenvolvimento da farmacovigilância, tecnovigilância 
e biossegurança em todas as etapas da TA;
- Estabelecer protocolos de prescrição e acompanhamento da TA;
- Assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, 
conservação, transporte, administração e descarte da TA;
- Capacitar os profi ssionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação 
do procedimento, por meio de programas de educação permanente, devidamente 
registrados.
1) As Boas Práticas de Preparação da Terapia Antineoplásica (BPPTA) estabelecem 
as orientações gerais para aplicação nas operações de: análise da prescrição 
médica, preparação, transporte e descarte da TA.
2) Deve existir procedimento operacional escrito para todas as etapas do processo 
de preparação.
3) Toda TA deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do 
paciente, n.º do leito e registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e 
quantitativa de todos os componentes, volume total, data e hora da manipulação, 
cuidados na administração, prazo de validade, condições de temperatura para 
conservação e transporte, identifi cação do responsável pela manipulação com o 
registro do conselho profi ssional.
1) As BPATA estabelecem os critérios a serem seguidos pelos STA na administração 
da TA, a nível hospitalar, ambulatorial ou domiciliar.
2) O profi ssional envolvido na administração da TA deve receber treinamento 
inicial e permanente, garantindo a sua capacitação e atualização profi ssional.
3) Deve existir protocolo escrito para o atendimento de acidentes de punção e 
extravasamento de drogas.
1) O STA deve manter um “Kit” de Derramamento identifi cado e disponível em 
todas as áreas onde são realizadas atividades de manipulação, armazenamento, 
administração e transporte.
2) O Kit de Derramamento deve conter, no mínimo, luvas de procedimentos, 
avental de baixa permeabilidade, compressas absorventes, proteção respiratória, 
proteção ocular, sabão, descrição do procedimento e o formulário
para o registro do acidente, recipiente identifi cado para recolhimento dos resíduos.
Tabela 1 - Informações referentes a RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004. Fonte: Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (2004).
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Diante do exposto, pode-se a� rmar que o pro� ssional farmacêutico na oncologia é 
indispensável para a qualidade do processo farmacoterapêutico. Oliboni e colaborador (2009) 
adaptou um sistema de veri� cação de uma prescrição médica (Figura 4) da ASHP Guidelines on 
Preventing Medication Errors with Antineoplastic Agents (2002) com o intuito de rastrear todos os 
dados do paciente e manipulação e garantir maior segurança e qualidade ao paciente.
Figura 4 - Sistema de veri� cação de uma prescrição médica. Fonte: Oliboni; Camargo (2009) - adaptado de Ameri-
can Society of Health-System Pharmacists (2002).
4. USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS
Um dos maiores problemas mundiais em saúde pública é a resistência aos antibióticos, 
devido a consequências ao paciente por falta de e� cácia e efetividade, como prolongamento da 
doença e permanência no hospital e aumento da taxa de mortalidade (ANVISA, 2017). 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a Diretriz Nacional para 
Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde, 
a � m de orientar os pro� ssionais de saúde na elaboração e de desenvolvimento de programas de 
gerenciamento do uso de antimicrobianos nos serviços de saúde. O documento reporta como ações 
necessárias: apoio da alta direção; de� nição de responsabilidades; educação dos pro� ssionais da 
saúde; educação dos pacientes/acompanhantes; melhora da prescrição; elaboração de protocolos 
clínicos; indicadores de processo para avaliação do consumo e uso de antimicrobianos. Neste 
contexto, o pro� ssional farmacêutico pode atuar de forma ativa para otimizar os resultados destas 
ações, por meio de atividades expostas no Quadro 3 (ANVISA, 2017).
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Participação no desenvolvimento e atualização de protocolos de indicação e uso.
Auditoria prospectiva da prescrição após a dispensação inicial pela farmácia.
Auxílio na detecção e prevenção de interações indesejáveis tais como medicamento-medicamento, 
medicamento-alimento, medicamento-nutrição enteral.
Auxílio na detecção e prevenção de reações adversas e erros de medicação.
Auxílio na otimização da posologia conforme características clínicas do paciente (peso, função 
e hepática, hemodiálise, diálise peritoneal), agente etiológico, sítio infeccioso e características 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas do medicamento.
Otimização da forma de preparo (ex.: reconstituição, diluição, forma de administração via sondas, 
equipo adequado, velocidade de infusão, tempo total de infusão para manutenção de estabilidade

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