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Fases do processo de criação do conhecimento A transferência do conhecimento e a busca pela inovação As cinco fases do processo de criação do conhecimento FASE 1 | Compartilhamento de um conhecimento tácito • Fase onde processo de criação inicia-se pelo compartilhamento do conhecimento tácito, correspondendo aproximadamente a socialização. • O conhecimento tácito está mantido por seus detentores, mas também é a base da criação do conhecimento organizacional, assim esta fase torna-se crítica ao processo de criação. Como estamos no início, o conhecimento que habita os indivíduos precisa ser explorado para ser ampliado dentro da organização FASE 1 | Compartilhamento de um conhecimento tácito Interagir e compartilhar experiências pessoais | Equipe auto-organizada Gestores | Gerar caos criativo • Estabelecer metas desafiadoras e fornecer alto grau de autonomia aos membros da equipe • Com uma equipe auto- organizada teremos facilidades nas criações de uma variedade de requisitos, experimentando a redundância de informações. Fase 2 | Criação de conceitos • Fase onde ocorre a interação mais intensiva entre os membros e o conhecimento tácito transforma-se em conhecimento explícito, que corresponde ao modo de conversão da externalização. • Os conceitos são criados de forma criativa por meio de diálogos. Nesta fase o processo de conversão do conhecimento tácito em explícito é facilitado pelo uso de múltiplos métodos de raciocínio como: ❑Dedução – Parte de um raciocínio conhecido e monta novas ideias; ❑Indutivo – Procura pontos que são comuns no processo de conversão; ❑Abdução – Escolhe o melhor raciocínio ou a melhor ideia. Fase 2 | Criação de conceitos – Ajuda os membros da equipe a expressar livremente seus pensamentos; – serve como ferramenta para convergir o pensamento em uma direção; – Ajudam a equipe a representar as ideias existentes e a fornecer diferentes perspectivas para análise de um problema; – Informações que permite uma melhor compreensão da linguagem figurativa de outros integrantes. Fase 3 | Justificação de Conceitos Fase 4 |Construção de um Arquétipo (Protótipo ou Modelo) • Fase onde o conhecimento, que foi criado e justificado, é transformado em algo tangível ou concreto como um arquétipo (protótipo ou modelo) que também é um conhecimento explícito e tendo como modelo de conversão o da “combinação”. • Para um novo produto teremos um protótipo e para um serviço teremos um modelo de mecanismo de operações. • Nesta fase a atenção aos detalhes e à necessidade da cooperação são muito importantes. Facilitadas pela condição de “variedades de requisitos” e pela “redundância” de informações. Fase 5 |Difusão interativa do conhecimento • Fase onde a criação do conhecimento organizacional é tratado como um processo interminável, com contínuas atualizações. • Ocorre entre diferentes níveis ontológicos, podendo se tornar real ou assumir a forma de arquétipo ou ainda dar início a um novo ciclo de criação do conhecimento. • Nesta fase a autonomia é essencial para que cada unidade organizacional possa usar o conhecimento desenvolvido em outro lugar. A transferência do conhecimento e a busca pela inovação Inovação tecnológica Conhecimento e Inovação Para inovar precisamos do conhecimento, pois só assim será possível obter uma contínua transferência desses conhecimentos cada vez mais vitais para a sociedade e a economia. É preciso entender que muitos fatores culturais poderão inibir essa busca pelo conhecimento. Inibidores são também chamados de atritos, retardam ou impedem a transferência desse conhecimento. Dimensões do processo de transferência de conhecimentos • Tempo despendido no processo; • Apropriação do conhecimento; • Implicitabilidade do conhecimento; • Universalidade do conhecimento. Tempo despendido no processo Três aspectos geram interferência na gestão e na estrutura das relações universidade-empresa (UE): ❑Magnitude de processo de pesquisa; ❑Ciclo de vida do projeto; ❑Tempo necessário para a propagação do conhecimento. Tempo despendido no processo Magnitude de processo de pesquisa: Exemplo: Um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de um medicamento, poderá requerer muitos anos de trabalho, em média de 5 a 10 anos, e, mesmo assim não apresenta meios de assegurar seu sucesso técnico ou comercial. Analisando: Os gestores industriais procuram soluções práticas no curto prazo e redução do tempo despendido nos processos. Na área acadêmica adotam pontos de visão mais a longo prazo, incentivando a pesquisa e desenvolvimento. Tempo despendido no processo Ciclo de vida do Projeto Precisamos considerar junto ao aspecto do tempo gasto no processo, que influencia a dinâmica da pesquisa e do tipo de colaboração externa que as empresas procuram. Neste processo temos envolvidos: ❑Relação universidade-empresa; ❑Preservação de segredos; ❑Decisões conjuntas sobre publicações; ❑Altos riscos; ❑Altos graus de incerteza, com baixa apropriação das empresas; ❑Proteções e garantias formais, etc. Tempo despendido no processo Tempo necessário para a propagação do conhecimento Propagação do conhecimento dentro da organização. O tempo despendido para propagar o conhecimento dentro da organização depende tanto da natureza do conhecimento como das características organizacionais. O tempo requerido para a propagação do conhecimento influencia o tipo de relação universidade-empresa que será adotado. A apropriação do conhecimento Constitui um método pelo qual as empresas podem se proteger de imitações, ao mesmo tempo que lhes permite se apropriar dos benefícios dessas inovações. Temos dois tipos de problemas que as empresas podem enfrentar quando negociam com as universidades em questão referentes a apropriação do conhecimento gerado: Tipo 1 – Pesquisadores acadêmicos apropriam-se dos resultados da pesquisa, surgidos no processo de colaboração e iniciam seus próprios negócios; Tipo 2 – O pessoal da universidade fornece informações que beneficiam as empresas concorrentes. Implicitabilidade do conhecimento Incrementa as relações universidade-empresa (EU), pois quanto mais interação houver, mais poderá se obter desse conhecimento. Universalidade do conhecimento Possibilidade de usar o conhecimento de forma proveitosa, em diferentes áreas, em muitos casos, distante do local de origem. Transferência do conhecimento e a busca pela inovação O conhecimento específico surge principalmente do conhecimento implícito, enquanto o conhecimento genérico é normalmente mais codificável, por ser mais comum. As duas opções não se sobrepõem, coexistindo no mundo empresarial sem gerar conflitos. O conhecimento local ou específico pode ser apropriado mais facilmente que o conhecimento genérico, mesmo quando inteiramente codificável. O grau de universalidade do conhecimento gerado no processo de cooperação universidade-empresa (EU) tem impactos tanto nas motivações para o relacionamento quanto no arranjos institucionais. As empresas estão mais interessadas em aumentar a previsibilidade da ciência com o objetivo de reduzir os custos de desenvolvimento.