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Glândula Tireoide

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Glândula Tireoide 
 
❖ O TRH (hormônio estimulador de tireotrofina), 
de origem hipotalâmica, por meio do sistema 
porta hipotalâmico, tem acesso à hipófise, 
para induzir a síntese de TSH (hormônio esti-
mulador da tireoide), que entra na circulação 
sistêmica e estimula a tireoide a produzir T3 
e T4 
❖ Se houver um erro na tireoide que a faça 
produzir T3 e T4 acima do nível fisiológico, o 
hipotálamo irá suspender a secreção de TRH, 
que irá suspender o estímulo à hipófise para 
secretar TSH (retroalimentação) 
❖ As células foliculares se dispõem na tireoide 
em um arranjo circular, que circunscreve o 
coloide 
❖ É uma glândula ricamente vascularizada, tanto 
para fornecer substrato para ela, quanto para 
que possa desembocar os hormônios T3 e 
T4 
❖ Entre o arranjo de células foliculares, há 
algumas células entremeadas, chamadas de 
células parafoliculares (ou células claras), que 
produzem calcitonina 
❖ Dificilmente a glândula fica completamente 
inativa 
❖ Para que haja a produção de T3 e T4, é 
necessário substrato (iodo), energia, cálcio, 
tirosina e TSH (fundamental) 
❖ Partindo do sangue, é captado o iodeto 
(principalmente da dieta, que passa pela 
reabsorção no néfron do rim e não é excre-
tado pela urina), que passa pela membrana 
basolateral através de um simporte com o 
sódio 
❖ Quando o iodeto é transportado pela célula e 
chega à membrana apical, ele passa por um 
canal iônico para iodeto que existe apenas 
nessa célula folicular, que recebe o nome de 
proteína pendrina 
❖ Quando junta dois arcabouços de tirosina, é 
formada uma tiroglobulina, sendo empacotada 
no complexo de golgi dentro de uma vesícula, 
para que possa sair pela membrana apical 
através do mecanismo de exocitose 
❖ Quando a tiroglobulina e o iodeto (ambos em 
determinada quantidade) saem da célula e se 
encontram no coloide, a enzima chave e fator 
limitante da síntese desses hormônios é a 
tireoide peroxidase, havendo uma conjugação 
gradativa, formando monoiodotirosina (MIT) e 
diiodotirosina (DIT) que são os blocos básicos 
formadores dos hormônios da tireoide, 
havendo uma endocitose desses produtos na 
célula, sendo envolta por uma vesícula para 
que haja a endocitose, e os lisossomos vão 
digerir a vesícula e exercer uma reação de 
ácidos, liberando o T3 e o T4 livres, ganhando 
a circulação sistêmica 
❖ Depois da liberação dos hormônios da 
vesícula, o MIT, o DIT e a tiroglobulina que 
estavam acopladas a esses hormônios são 
reciclados na célula por desiodase, que retira 
o iodo que pode ser usado na síntese de 
novos hormônios 
❖ Mesmo o indivíduo deixando de ingerir iodo, 
há uma reserva que dura cerca de 3 a 4 
semanas, pelo menos 
❖ T3 e T4 são derivados de aminoácidos, mas 
se comportam como hormônios esteroides, 
atravessando a membrana e uma parte deles 
se ligam a proteínas plasmáticas 
❖ Todas essas etapas tem a participação e a 
estimulação do TSH 
❖ A secreção pela tireoide de T3 e T4 possui 
uma relação de 1:20, ou seja, a cada T3 
secretado, é secretado 20 vezes T4 
❖ O T3 é mais ativo biologicamente do que o 
T4 
❖ Várias células do corpo que são alvos dos 
hormônios da tireoide possuem enzimas 
isofórmicas das enzimas desiodases, realizando 
a conversão de T4 em T3 
❖ O T3 é mais passível de ser degradado do 
que o T4, que tem maior afinidade com pro-
teínas plasmáticas, justificando uma maior 
produção de T4 do que T3, apesar do T3 
ser mais ativo biologicamente 
❖ T4 é um reservatório biológico de T3 
❖ Nos primeiros dias do indivíduo, o T3 e o T4 
são fundamentais para a formação do sistema 
nervoso central 
❖ O T4 age como uma reserva endógena do 
hormônio T3, além de poder ser convertido 
em hormônio inativo 
❖ O T4 é carregado por uma proteína carrea-
dora, podendo ser carreado pela albumina ou 
pela globulina carreadora de hormônio da 
tireoide, por exemplo, e atravessa a membra-
na, tanto podendo ficar no plasma quanto 
reagir no núcleo da célula 
❖ Quando o T4 atinge o citoplasma da célula, é 
convertido em T3, que se liga a uma proteína 
receptora formando um complexo, que migra 
até as proximidades do núcleo, havendo a 
dissociação do complexo e o T3 sozinho 
entra no núcleo e se liga a um agente 
promotor gênico, que está intimamente asso-
ciado ao DNA, podendo estimular ou suprimir 
a expressão gênica 
❖ Na ausência de T3, o seu receptor está ligado 
a um co-repressor, havendo uma diminuição 
da transcrição gênica 
❖ Quando o T3 entra, além de retirar o co-
repressor, ele recruta o co-ativador, fazendo 
com que o complexo fique exposto a um 
dedo de zinco que vai ancorar o complexo à 
fita de DNA, havendo a transcrição gênica 
❖ O T3 pode induzir a transcrição da sódio-
potássio-ATPase, havendo aumento no con-
sumo de oxigênio (precisa da respiração 
celular para que haja essa transcrição), e a 
transcrição de proteínas desacopladoras (que 
atuam na cadeia transportadora de elétrons), 
causando ciclo fútil, que gera desacoplamento 
e consequente efeito termogênico em 
decorrência do calor gerado por esse desa-
coplamento (indivíduos com hipertireoidismo, 
que tem excesso de T3, sentem muito calor) 
❖ 
▪ Transcrição de proteínas: cálcio-ATPase, 
sódio-potássio-ATPase, receptores beta-
adrenérgicos 
▪ Efeito inotrópico positivo: aumento da 
força de contração do coração 
▪ Efeito cronotrópico positivo: aumento da 
frequência de contração do coração 
▪ Elevação da pressão 
❖ 
▪ Transcrição de proteínas: proteínas que 
são enzimas que atuam nos receptores 
beta-adrenérgicos (lipólise: quebra de gor-
dura) 
▪ Indivíduos com hipertireoidismo são 
extremamente magros 
❖ 
▪ Controla a expressão de genes envolvi-
dos em crescimento e desenvolvimento 
axonal (conexões sinápticas) e em mielini-
zação (adicionar velocidade à transmis-
são) 
▪ A mielinização é importante para evitar 
danos, como reflexos protetores que 
mantém a homeostase 
❖ As ações dos hormônios da tireoide são 
sistêmicas e vitais para o desenvolvimento, 
para o crescimento e para o metabolismo 
❖ 
▪ A diminuição de iodo acarreta a diminui-
ção de T3 e T4, havendo o feedback 
negativo na hipófise anterior e o conse-
quente aumento de TSH 
▪ Enquanto não houver reposição de iodo, 
não vai conseguir repor os níveis de T3 
e T4 
▪ Como há ausência de iodo, o aumento de 
TSH não vai causar efeito para aumentar 
a produção de T3 e T4 e vai causar uma 
hipertrofia nas suas células na tentativa de 
solucionar o problema, causando bócio 
❖ 
▪ Há um componente autoimune, causando 
destruição das células da tireoide 
▪ Há diminuição de T3 e T4 e aumento de 
TSH e TRH para tentar haver a reposição 
desses hormônios 
▪ Necessidade de medicamento a base de 
T3 e T4 
▪ Bradicardia, diminuição da taxa metabólica 
(falta de ânimo e de disposição) e reflexos 
neurais lentos 
❖ 
▪ Diminuição de hormônios da tireoide na 
vida fetal (T3 e T4 abaixo do nível 
fisiol.ógico) 
▪ Grave retardo intelectual e no desenvolvi-
mento 
▪ Se a criança nascer e não for feito nada 
enquanto ela estiver no período intraute-
rino, não há mais volta 
▪ A criança fica com a mesma estatura 
mesmo estando crescendo em idade 
▪ Hipotireoidismo materno ou deficiências 
placentárias 
▪ Não tem desenvolvimento de caracterís-
ticas secundárias, tendo genitália sexual 
ambígua (pelo externo, há dificuldade de 
saber se é do sexo masculino ou femini-
no) 
❖ 
▪ Presença de componente autoimune 
(anticorpos provocam a estimulação 
excessiva da glândula) 
▪ Aumento excessivo de T3 e de T4 e 
diminuição de TSH e de TRH 
▪ Aumento da produção de calor, 
taquicardia, reflexos exaltados e exoftal-
mia (ou proptose, é quando os olhos 
parecem saltar do rosto em decorrência 
do aumento de fibroblastos e ácido 
hialurônico se instalando atrás do globo 
ocular e empurrando o globo pra frente) 
▪ Podem ser bastante beneficiados com 
terapia de imunossupressão bem direcio-nada 
❖ deficiência dietética de iodo, 
doença de Hashimoto e Cretinismo 
❖ doença de Graves

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