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PATOLOGIA ESPECIAL Doenças infecciosas - VULVA Inflamações da pele são as mais comuns As principais inflamações são de natureza infecciosa ● Adenite das glândulas de Bartholin: abscesso ● Infecção pelo HPV: lesão verrucosa ● Herpes genital: lesões vesiculares; úlceras ● Molusco contagioso: múltiplas lesões elevadas e pequenas, macias e umbilicadas - VAGINA Microbiota normal: lactobacilos; pH local ácido Diagnóstico das infecções: pH, tipo de corrimento, exame colpocitológico; culturas Agentes: ● Candida albicans: fungo; corrimento branco-leitoso, inodoro; prurido e desconforto intensos; hiperemia e edema da mucosa ● Gardnerella vaginalis e Mobiluncus: crescimento da microbiota anaeróbia; leucorreia fétida, inflamação pélvica, aborto ● Trichomonas vaginalis: protozoário flagelado e oval; clínica variável (50% assintomática); corrimento amarelo-esverdeado, espumoso e fétido; disúria; prurido - COLO UTERINO Sede frequente de processos inflamatórios Em mulheres em idade fértil, pode ser observado algum grau de inflamação crônica no colo Variações do pH, alteração da microbiota residente, traumas: desequilíbrio da proliferação bacteriana e agressão do epitélio de superfície Evento inicial da doença inflamatória pélvica e das endometrites: - Se aguda: mucosa edemaciada, eritematosa e friável; úlceras - Se crônica: erosões, ulcerações, hiperemia (proliferação vascular) Patologias: ● Pólipo endocervical ● Endometrite ● DIP Utero: ⅔ superiores é o corpo, restante é o colo - divididos pelo istmo Endocérvice: região do colo voltado para a luz do útero (epitélio colunar simples mucosecretor (citoplasma grande e claro) Ectocérvice: região do colo voltada para o canal vaginal (revestido pelo epitélio escamoso estratificado - deve ser resistente à acidez vaginal, flora bacteriana, e ao atrito das relações sexuais) - PÓLIPO ENDOCERVICAL Pólipo: projeção O epitélio do pólipo, na maioria das vezes, é o mesmo da endocérvice Pode ser sessil (base mais larga) ou pediculada (mais comum) Etiologia Ainda não se sabe a causa específica do surgimento dos pólipos mas as teorias mais aceitas são: 1. Processos inflamatórios repetidos no colo do útero → estimula a proliferação de estroma e epitélio na endocérvice 2. Excesso de estímulo estrogênico sem a contraposição da progesterona Prevalência total: 4% → aumenta para 25% em mulheres entre 40 e 60 anos = influência do climatério/menopausa (ciclos anovulatórios) ● Ciclo menstrual: fase 1 (predomina o estrógeno) -- ovulação -- fase 2 (progesterona) ● Mulheres após a menopausa não passam para a segunda fase pois não ovulam → manutenção na primeira fase com baixa de progesterona Clínica ● O pólipo pode se tornar uma lesão especular e bloquear o óstio externo (?) ● Corrimento vaginal sanguinolento Lesão altamente vascularizada → trauma → hemorragia → comunicação com o canal vaginal → corrimento com sangue - ENDOMETRITE Inflamação do endométrio O endométrio (revestimento da luz do corpo do útero) é resistente a inflamação devido à grande produção de muco mas algumas condições que favorecem infecções como aborto, DIU (altera as características do muco) e pós-parto (na cesária corta o útero e no parto normal há a dilatação do colo) Clínica ● Sangramento devido à descamação do endométrio inflamado ● Dor pelvica ● Secreção vaginal sanguinolenta ● Infertilidade uma vez que o endométrio inflamado é hostil a implantação do embrião Histologia Neutrófilos, macrófagos e linfócitos podem estar presentes fisiologicamente no endométrio normal mas o PLASMÓCITO não → quando tem é sinal de inflamação (patológico) 1. Aguda = plasmócito + neutrófilo 2. Crônica = plasmócito + macrófagos e linfócitos (imagens) Endometrio normal: glândulas e tecido conjuntivo (estroma) - DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) Trato genital superior → tuba uterina, ovário, peritônio Frequente Faixa etária: 15 a 39 anos Microorganismos: gonococos, chlamydia, estreptococos, E.coli e anaerobios (pode ser Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda causados por vários microorganismos ao mesmo tempo) Vias de infecção ● Via ascendente → começa na vagina e no colo (não obrigatoriamente afeta o endométrio), pode estar relacionado à relações sexuais ● Via do peritônio ● Via vascular linfática ou sanguinea Clínica ● Salpingite Inicio agudo → muitos neutrófilos e piócitos, parede espessa (edema), hiperemia e congestão Piossalpingite → muito puz ● Quando a salpingite é subclínica ou o tratamento foi ineficaz há a evolução para a salpingite crônica (mudança no tipo de citocina produzida) → fibrose → tuba enrijecida, obstrução, aderência → infertilidade ou gravidez ectópica (quando há a formação do embrião mas há obstáculos - aderência ou tuba tortuosa - o embrião fica maduro antes de chegar no endométrio implantando antes) ● Dor pélvica crônica ● Hidrossalpinge: água na tuba = o pus vai ser lavado por líquido cheio de citocinas→ acúmulo do líquido → dilatação da tuba uterina (diâmetro normal é cerca de 0,5 cm) As citocinas do líquido é hostil para a sobrevivência do espermatozóide → infertilidade Categorias Classificado em 4 estágios de acordo com o acometimento 1. Brando: paciente pode ser assintomático Salpingite aguda → acomete apenas a tuba Não é necessário internação 2. Salpingite + peritonite 3. Salpingite + abscesso tubo-ovariano Abscesso tubo-ovariano 4. Rompimento do abscesso tubo-ovariano → paciente pode vir a óbito por sepse Diagnostico clínico genérico: DIP Diagnostico da lesão: piossalpinge/salpingite aguda *Peças mostradas (tubas uterinas de uma mesma paciente em momentos distintos): 1 - (GF21): diâmetro aumentado, vasos congestos, tuba tortuosa, luz da tuba aumentada e parede da tuba muito espessa → SALPINGITE AGUDA o conteúdo não tava na peça mas era pra ter puz 2 - (GF2): diâmetro extremamente aumentado, parede fina/delgada, líquido claro no interior → HIDROSSALPINGE - CONDILOMA ACUMINADO/LESÃO EM CRISTA DE GALO Lesão que se desenvolve na região genital que se caracteriza por lesões verrucosas podendo atingir grandes dimensões. É causado pelo HPV de alto grau (6 e 11) OBS.: lesões de baixo grau = NIC 1 (mucosas internas: colo do útero) + condiloma (parte externa: região peniana, perianal, fúrcula, boca) Citologia Normal: contorno do núcleo da célula muito regular, cromatina fina, nucléolo evidente Alterada: coilocitose: núcleo alterado (hipercorado, binucleação), contorno irregular, halo claro com moldura em volta → efeito citopático (alteração que o vírus induz) Mais presentes em lesões de baixo grau Outras alterações celulares: atipias nucleares, proliferação celular, perda da polaridade (perda da organização habitual das células ao longo das camadas), perda da diferenciação e mitoses Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Mirandabaixo Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Displasias leves: principalmente coilocitose Displasias moderadas e acentuada: aumento do núcleo, núcleo hipercorado, atipias e mitoses Obs.: LSIL = displasia de baixo grau (low); HSIL = displasia acentuada (high) Papanicolau: abertura do canal vaginal com o espéculo → raspa a região da JEC com espátula + rodam a citobush no canal cervical → colocadas em uma lâmina → frasco com líquido para fixação Utiliza a espátula e a escova para garantir o acesso às células da JEC Patologia do corpo uterino - ANATOMIA DO ÚTERO Tamanho: 8x6x4 Pesa cerca de 70g Corpo: ⅔ superiores e restante colo - separado pelo istmo - HISTOLOGIA DO ENDOMÉTRIO Primeira fase do ciclo/fase proliferativa: Estrógeno (tem efeito proliferativo do endométrio) Glandulas: formato tubular Presença de figuras de mitose entre as glândulas epitélios que revestem as glândulas …...ocorre a ovulação…... Segunda fase: progesterona (efeito secretor) Glândulas: tortuosas Presença de vacúolos claros → representam a secreção Ciclos anovulatorios: tempo maior estagnado na primeira do ciclo → maior ação do estrógeno - ENDOMETRIOSE Epidemiologia Afeta 10% da população feminina Período fértil 30 a 40 anos → período fértil Principal causa de infertilidade e dor pélvica (30-50%) Atraso diagnóstico e não tratado eficazmente (início dos sintomas até o diagnóstico, a média é de 8 anos) Clínica Afeta muito a qualidade de vida da paciente Dor nas relações sexuais/dispareunia Cólicas fortes Dismenorreia Infertilidade: aderência e pior qualidade dos ovócitos (ambiente inflamatório é hostil à implantação) obs.: não é ovário policístico Dor pélvica crônica (aderência) Sangramentos Implante sangrando na cavidade peritoneal → irritação peritoneal → dor abdominal intensa Bexiga: disuria, dor pélvica e sangue na urina Intestino: sangue nas fezes e disquesia (dor ao evacuar - inflamação) Etiopatogenese Presença de tecido endometrial em locais não normais ex.: tuba, ovário, bexiga, colo do útero, ligamentos uterinos, peritônio e cicatrizes de laparotomia Esse endométrio de implante também é responsivos aos hormônios, descamando junto → gera resposta inflamatória com clínica Caracterizada por alteração da imunidade celular e humoral O problema é que sob efeitos dos hormônios sexuais esse epitélio também inflama e descama sob resposta do ciclo Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda células epiteliais � Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Os implantes dependem do estímulo do estrogênio para o desenvolvimento Não há uma causa específica/conhecida, teorias: ● Tecido endometrial e refluxo celular Toda vez que a mulher menstrua há a descamação do endométrio refluindo fragmentos pela tuba uterina a qual tem contato com a cavidade peritoneal Refluxo tubário é considerado normal (acomete cerca de 90% das mulheres) e o sistema imune é capaz de limpar esses fragmentos mas algumas mulheres está com o sistema imune e a resposta imune alterados: a resposta imune, ao invés de haver predominância do TH1 haverá do TH2 → macrofagos que produzem citocinas que expressam moléculas que permitem a aderência em outros tecidos Essas citocinas e mediadores inflamatórios estimulam a produção de estrogênio pelo implante endometrial → retroalimentação Resposta inflamatória crônica → fibrose → aderência na tuba uterina → infertilidade → espessamento da parede intestinal → constipação, obstrução → implante em fundo de saco de Douglas → aderência entre os órgãos (menor mobilidade) + irritação durante as relações sexuais ● Mesotélio/célula celomática/resquícios/ductos de muller/metaplasia celômica Todos os indivíduos possuem células celômicas no período embrionário em que está em correspondência com a região do peritônio que dão origem a outras estruturas e que irão se diferenciar em endométrio. A endometriose poderia surgir por resquícios desse epitélio embrionário. Explica por que os homens podem ter endometriose (a alimentação do implante para o seu desenvolvimento se deve ao uso de exógeno de hormônios/estrogênio em caso de bomba ou câncer de próstata) ● Medula óssea/células tronco mesenquimal As próprias células da medula óssea tem a capacidade de se diferenciarem em células endometrióides ● Disseminação linfática e hematogênica Os implantes podem sair do útero e atingir órgãos longínquos por meio de vasos linfáticos e artérias Explica endometriose no pulmão e cérebro ● Fatores hormonais (estrogênio), ambientais, hormonais e genéticos ● Cirurgia Iatrogenia. Implante mecânico em caso de cesariana por exemplo. Fatores de risco -Dismenorreia (contrações fortes) → facilita o refluxo tubário -Nulíparas (não teve filhos) → progesterona predomina na gravidez → involução dos implantes por falta de estrogênio -Menarca antes dos 11 anos → mais ciclos ao longo da vida → mais estímulo do estrogênio e mais refluxo -Ciclos com menos de 27 dias → mais ciclos no ano -Fluxo aumentado → maior refluxo tubário -Dieta rica em gorduras → conversão periférica de hormônios -História familiar → aumenta 8 a 12x OBS.: não se utiliza anticoncepcional e outros remédios como preventivo Tipos de lesões A lesão depende da fase da doença ● Ativas iniciais: avermelhada/com sangue ● Ativas avançadas: marrom e enegrecida: sangue é digerido → formação de hemossiderina ● Lesões inativas: fibrose associada ao implantes→ brancas Localização ● Superficial ● Profunda (intimidade do músculo do estômago, bexiga ou peritônio) ● Endometrioma ovariano Pode haver o encistamento do ovario → aspecto tumoral Não é uma neoplasia “Cisto achocolatado”: Parede externa: cápsula revestida por fibrose Parede interna: tecido endometrial Líquido: sangue digerido com muita hemossiderina Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Histologia Necessário no mínimo 2 para diagnóstico: 1. Glândula de padrão endometrial 2. Estroma de padrão endometrial 3. Macrófago com fagocitose de hemosiderina Doença semelhante: adenomiose (ao invés de endométrio, acontece no miométrio) Exames de imagem Ultrassom: muito bom pra ver endometrioma mas tem locais que é difícil; Ressonância; Laparoscopia - ADENOMIOSE Glândulas e estroma endometrial no miométrio, deveria haver apenas musculo liso Implantes maior que 2,5mm Teoria mais aceita: resquícios de endométrio no miométrio Clínica Menstruaçõesirregulares e intensas Dor pélvica Dismenorreia Exames de imagem Ultrassom: textura diferente da parede do endométrio e útero globalmente aumentado Ressonância Laparoscopia Macroscopia: miométrio mais espesso e trabeculado que o habitual - HIPERPLASIA ENDOMETRIAL Proliferação de glândula e estroma em proporções variáveis do esperado No ultrassom o endométrio está mais espesso que o habitual Predomina na perimenopausa → sangramento uterino anormal → a medida que a paciente se aproxima da menopausa os ciclos de tornam irregulares por não haver a ovulação → manutenção no 1 ciclo → excesso de estrogênio sem a contraposição da progesterona → proliferação excessiva Etiopatogenese: Estímulo estrogênio anormal sem a contraposição da progesterona: Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda ● Perimenopausa ● Ovário policístico: a paciente não ovula, manutenção no 1* ciclo ● Tumores ovarianos produtor de estrogênio ● Hormonioterapia ● Obesidade: o tecido adiposo periférico faz conversão hormonal de colesterol em estrogênio pela aromatase) ● Inativação do gene supressor tumoral PTEN: presente em 20%, há uma ativação celular/estímulo à proliferação e inibição da apoptose Morfologia Macroscopia: endométrio espesso Microscopia: duas classificações diferentes (importância: pode evoluir para câncer principalmente se tiver atipias - cerca de 40%) ● Sem atipias: presença de glândulas e estroma entre as glândulas (semelhante ao endométrio normal), células que revestem as glândulas são normais/sem atipias, endométrio com mais de 5mm, glândulas ramificadas e irregulares, estroma persistente, pode haver transição cística ● Com atipias: endométrio mais espesso que 5mm, pólipos, glândulas mais ramificadas e justapostas/aderidas (predominância de glândulas na proliferação sem estroma), células que revestem as glândulas atípicas (células mais volumosas, nucléolo evidente, presença de figuras de mitose, forMatos inespecíficos - redondas, alongadas, etc.) ○ Avaliação para retirada do útero - ADENOCARCINOMA DE ENDOMÉTRIO Faixa etária: 55 a 65 anos, é incomum antes dos 40 anos Clínica Sangramento Corrimento (pode ter aspecto sanguinolento) Dor pélvica (pode ser causado por infiltração de estruturas próximas) Tipos 1. Endometrioide (maior incidência) -Afeta mulheres entres 55 a 65 anos -Nome antigo: estrogênio dependente - acontece é, mulheres com estímulo do estrogênio sem a contraposição de progesterona (perimenopausa, síndrome do ovário policístico, tumor ovariano produtor de estrogênio, reposição hormonal apenas com estrogênio) -Pode ser causado por mutação: gene PTEN (quando o supressor de tumor está inativo, há a proliferação celular com a inibição da apoptose) -Neoplasia bem diferenciada -Endométrio adjacente à área tumoral/sem câncer: endométrio espesso (hiperplásico) devido à alta exposição ao estrogênio 2. Seroso -Afeta mulheres entre 60 a 70 anos -Não há estimulação do estrogênio -Pode ser causado por mutação: gene p53 -Neoplasia mal diferencia → maior malignidade (assemelha a histologia do tumor seroso do ovário) -Endométrio adjacente à área tumoral: normal ou atrófico devido à faixa etária da paciente que não há mais estímulo estrogênico Fatores de risco (tipo 1) -Nuliparidade: mais ciclos, ademais a progesterona presente na gravidez inibe a proliferação do endométrio -Menarca precoce e menopausa tardia: mais ciclos -Obesidade: conversão periférica do estrogênio -Ovario policístico: a paciente não ovula permanecendo na primeira fase do ciclo sob estímulo estrogênico -Diabetes: associado à obesidade → conversão periférica -Estrogenioterapia sem oposição -Tamoxifeno: utilizado para tratamento do câncer de mama → tem efeito antiproliferativo na mama mas é pró-estrogênico/proliferativo no endométrio (necessário vigiar o endométrio com ultrassom) -Hiperplasia endometrial atípica -Tumores ovarianos produtores de estrogênio -Predisposição genética → mutação genética Graduação Depende da quantidade de glândulas encontradas na histologia Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda em Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda ● Grau 1: bem diferenciada, mais de 95% é glândula, menos que 5% é área sólida ○ Não mórula (arranjos arredondados) ou não escamosa ● Grau 2: modernamente diferenciada, 50 a 94% de glândula e 6 a 50% de área sólida e ● Grau 3: menos diferenciado, predomínio de área sólida, pior prognóstico Morfologia Macroscopia: massa vegetante infiltrativa (branco) Pode haver ulcerações e sangramento Microscopia: G1: basicamente só glândula G2: glândulas intercaladas com áreas sólidas (região com ausência de lúmen) G3: Muita área sólida OBS.: área sólida não é estroma! São células epiteliais proliferando e formando arranjos sólidos Evolução Prognóstico depende do estadiamento (TNM) e do tipo histológico do tumor (tipo 1 e G1 melhor prognóstico) Infiltração do miométrio, do colo uterino, da vagina e estruturas regionais, da bexiga e do reto ou dar metástases (fígado e pulmão) o prognóstico é ruim - LEIOMIOMA UTERINO Neoplasia de musculo liso Comum no útero - 20 a 50% de todos os cânceres uterinos Após os 30 anos Únicos ou múltiplos, pequenas ou gigantes Mais comuns na raça negra Etiopatogenia Origem monoclonal: única célula muscular lisa que inicia a proliferar de maneira desordenada dando origem a um tumor benigno A sintomatologia depende da camada do útero em que o leiomioma está mais em contato Crescimento hormônio-dependente (aumento de número de receptores de estrogênio e progesterona) Pode aumentar na gestação e diminuir na pós menopausa Classificação Quanto à localização nas camadas uterinas ● Intramural: dentro do miometrio, interamente cercado ● Submucoso: encosta no endométrio, é o que mais sangra por descamação do endométrio ● Subseroso: projeção de mais de 50% para fora do útero Morfologia Macroscopia: nodular, bem delimitada e branca Microscopia: células alongadas fusiformes (células musculares lisas) que proliferam em diferentes feixes (o normal é paralelamente) Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Patologia do colo uterino - ANATOMIA Ectocérvice e endocervice Óstio = buraquinho Externo ou interno Óstio externo Nulipara: circular (não teve filho) Multipara: em fenda (na gestaçãoo útero é repuxado) Lábios anterior = superior Lábios posterior = inferior Pode ser usada linguagem de relógio - HISTOLOGIA Ectocérvice= epitélio escamoso → mais exposto Endocérvice = epitélio colunar mucossecretor Glândulas produzem muco que são drenado e abrem para a região vaginal Epitéliocolunar simples Transição de epitélios- ao nível do óstio externo → JEC: junção escamo-colunar A maioria das lesões displásicas iniciam nessa região Teste de schiller: constitui em teste com solução de iodo no colo da paciente, as células ricas em glicogênio se coram (células escamosas maduras) → ficar marrom é o normal Iodo positivo = teste negativo Área displasicas → o iodo não gruda Ectrópio: O local da transição JEC pode se exteriorizar: período entre a Menarca e a idade fértil, gravidez... Fenômeno fisiológico, em resposta hormonal Problema: epitélios colunar simples exposto ao meio vaginal → necessário a adaptação por outro epitélio → metaplasia escamosa (adaptativa fisiológica) Metaplasia imatura → pouco corada A captação do iodo aumenta com o tempo Há aberturas de orifício de glândulas: epitelio escamoso + glândulas = metaplasia Qual a diferença entre lesão e epitélio colunar? Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda As lesões não acostumam aparecer em torno de todo o óstio Acompanhado de alteração de relevo e de vascularização (vasos visíveis grosseiros) Cisto de naboth: pode ver pelo exame especular → iluminação diferente/área mais transparente JEC → local de tropismo do HPV pela imaturidade/instabilidade das células Preventivo do colo do útero: identificar alterações nas células antes da lesão virar um carcinoma invasor → não dá metástase Importante ter na amostra a região da JEC Exame citologico, não é biópsia Qual a diferença entre célula do epitélio escamoso e da metaplasia escamosa? - NEOPLASIA CERVICAL Brasil:16.370 casos esperados para 2018 (INCA) Terceiro tumor mais incidente em mulheres (INCA) Estratégias para redução em até 80% da mortalidade: rastreamento, tratamento das lesões precursoras de alto grau, garantir organização, integralidade e qualidade dos programas Grande impacto populacional: mulheres jovens, em idade fértil e profissionalmente produtivas Comporta-se como doença sexualmente transmissível Fatores de risco: HPV (comum, cerca de 50% da população possui), História sexual (idade sexual muito cedo), História reprodutiva, Doenças sexualmente transmissíveis, Tabagismo ((carcinogênico e altera a imunidade do corpo deixando mais suscetível ao hpv) e Estados de imunodepressão - HPV Coilocitose: células com núcleos atípicos e halos claros peri-nucleares (Koilos = buraco) Muito frequente na população, mas nem todos apresentam a lesão: depende da resposta imune Existem vários tipos de HPV ● Baixo grau oncogênico, tipos 6, 11, 42, 44 ● Alto grau oncogenico, tipos 16, 18, 31, 33 Vacina: 6, 11, 16, 18 Relações sexuais → microlesões → entrada HPV → tropismo por células imaturas (basais principalmente) ● Displasia leve/NIC 1 (neoplasia intraepitelial cervical)/lesão baixo grau ○ O número do NIC se refere ao local da lesão = ⅓ basal ○ Infecção transitória ○ Cura sozinho ○ Não obrigatoriamente faz cauterização ○ Se manter após 6 meses → colposcopia e biópsia → tratamento ○ Dependendo do vírus pode evoluir ● Displasia moderada/NIC 2/lesão de alto grau ○ Encaminhar para colposcopia e biópsia ○ ⅔ do epitelio ○ Tratamento: cirurgia e cauterização ● Displasia acentuada/NIC 3/lesão de alto grau/carcinoma in situ ○ Mesma conduta... Diceratose: queratinização de célula isolada ● Carcinoma invasor (não é NIC pq não é mais intraepitelial) Lorena Miranda A metaplasia escamosa possui o mesmo padrão celular das células da ectocérvice (células escamosas) mas há a presença de glândulas originárias do epitélio colunar mucossecretor que sofreu metaplasia pós ectrópio� Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda No exame preventivo não se faz biópsia, é o raspado = citologia o NIC avança de acordo com o grau de alteração na célula (NIC elevado = células mais indiferenciadas) O hpv pode se integrar ao gene da célula → deleta E2 (responsável por suprimir E6 e E7 que são oncogenes) → E6 se liga a p53 → inibição da Apoteose e redução do reparo do dna E7 se liga a pRb → estímulo a síntese de DNA e proliferação celular Condiloma acuminado Lesões verrucosas / vegetantes na região anogenital masculina e feminina, induzidas por HPV de baixo grau - CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS Não é NIC → já é invasor Epidemiologia 80-90% dos cânceres invasores do útero 40-45 anos → tendendo a diminuir com a redução da idade sexual Mulheres que iniciaram a vida sexual muito cedo → exposição mais precoce ao HPV + quando ocorre o ectrópio as células estão imaturas que são células em que o HPV apresenta trofismo Etiopatogenia HPV de alto grau (16!!! e 18) Clínica Corrimento Sangramento genital Dispareunia (dor nas relações sexuais) Obs.: NIC tende a ser assintomático Estruturas mais comuns de invasão: tuba uterina, bexiga, reto, corpo do útero e ureter ( → hidronefrose → insuficiência renal) A área de invasão é representada por uma área branca Metástases a longa distância: via linfática e hematogênica → pulmão, fígado e osso Câncer evoluído → prognóstico ruim → cirurgia paliativa (massa incomoda e que pode haver má cheiro) Morfologia Macroscopia: massa infiltrativa com ulcerações, necroses e hemorragias Microscopia: proliferação de células escamosas atípicas organizadas em ninho com a presença de pérolas córneas (capacidade das células escamosas em produzir queratina) Neoplasia bem diferenciada: parece mais com o tecido de origem → melhor prognóstico Neoplasia mal diferenciada: parece pouco com o tecido de origem → pior prognóstico Quanto mais pérolas córneas → maior a semelhança com o tecido de origem = bem diferenciada Presença de pérolas córneas mas poucas = modernamente diferenciado Sem pérola córnea = pouco diferenciado - ADENOCARCINOMA Câncer formador de glândulas atípicas Originado das glândulas endocervicais Fatores de risco Semelhante aos do carcinoma de células escamosas Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda HPV de alto grau (16 e 18!!!) Morgologia Macroscopia: Lesão de aspecto esponjoso Microscopia: Glândula normal: revestida por epitelio colunar simples mucossecretor (citoplasma claro) Glândula atípica: epitélio estratificado, células com tamanhos diferentes, presença de figura de mitose, citoplasma escuro Etiopatogenia Atividade sexual + virulência + sistema imune Lesão: 1. Diferenciação escamosa 2. Diferenciação endocervical Estadiamento Classificar de acordo com a evolução o que influencia o prognóstico e o tratamento T= tumorN= nódulos M= metástase Estádio I: sobrevida em 5 anos de 90% Estádio IV: sobrevida em 5 anos em 10% Os carcinomas escamosas tem prognóstico melhor os adenocarcinoma Captura híbrida: exame de biologia molecular para confirmar qual tipo de vírus é: serve para estudo epidemiológico (vacinação) e quando há dúvidas quanto há citologia Histerectomia Total - colo e corpo/todo o útero Subtotal/parcial/corporal - apenas o corpo Pan - útero todo, ovários e tubas Patologia dos ovários - FISIOLOGIA Anatomia e fisiologia Tamanho: 3cm Azul: Epitélio de superfície/epitélio de revestimento do ovário Laranja: Túnica albugínea: responsável pela coloração brancacenta do ovário Possui duas regiões: Externa = córtex (local de maturação dos folículos ovarianos) Interna = medula (presença de vasos) Enter os folículos ovarianos há o estroma Por mês, vários folículos são recrutados mas apenas 1 folículos chega a fase final de maturação (20mm) havendo a atresia dos demais folículos Obs.: a atresia dos demais folículos é dependente da maturação de 1 folículo Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Na fase primordial há a proliferação de células → folículo: constituído pela célula germinativa/ovócito + células da granulosa + células do estroma modificado (envolta das células da granulosa, constituem a teca) → quando o folículo começa a amadurecer, há a proliferação da granulosa (interno) e da teca (externa) → as células da granulosa vão se separando e originam cavidades que se unem formando uma única cavidade (antro) O FSH é o hormônio responsável por recrutar os folículos → até a maturação do folículo há o aumento dos níveis de estrógeno → estrógeno atinge concentração ótima → pico de LH (hormônio linearmente alto não estimula a ovulação) → ovulação (folículo se abre na superfície do ovário liberando o ovócito) → restante do folículo se fecha formando o corpo lúteo (produz progesterona) → cicatrização do corpo lúteo formando o corpo albicans/branco (sofrem retração) Estigmas da ovulação: o corpo lúteo e o corpo branco são visíveis na ultrassom e só aparecem se houver a ovulação - CISTOS FOLICULARES Camadas do folículo: granulosa internamente e teca externamente Presentes no estroma do ovario Os folículos que não chegam a fase de maturação sofrem atresia mas alguns folículos podem demorar a sofrer atresia (2-3 meses) permanecendo no ovário Costumam não causar clínica mas são patológicos quando são grandes e numerosos Cistos com grandes dimensões → ovário pesado → torção do ovario → necrose hemorrágica Obs.: diferente de síndrome do ovario policístico Cisto de corpo lúteo Ovulação → rompimento da superfície do ovário (há sangramento) → fechamento da superfície ovariana por proliferação celular e do restante do folículo Se o folículo fechar muito rápido, há o represaremos de sangue Normalmente não traz repercussão mas pode causar dor pélvica ou estar associada a distúrbios de coagulação Fazer o diagnóstico diferencial de endometriose - SÍNDROME DO OVARIO POLICISTICO Critérios diagnósticos de Rotterdam (2 de 3): ● Ovário esclerocístico (cistos com esclerose/fibrose) ○ 12 ou mais cistos/folículos entre 2 e 9mm (nenhum chegou à fase final de maturação = 20mm) ● Oligomenorréia devido à ciclos anovulatórios ○ Nenhum folículo chegou à fase de maturação ● Sinais de androgenismo ○ Acne ○ Alopecia ○ Hirsutismo (pele nas costas, no mamilo e no rosto) ou alta dosagem de androgênios Patogênese Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Secreção ovarianos anômala de andrógeno → não permitem os folículos amadurecerem → se um folículo não se tornar maduro, não haverá atresia dos outros folículos (acúmulo de folículos abortivos) + hiperandrogenismo (hirsutismo, alopecia e acne) → conversão periférica do androgênio em estroma (um tipo de estrogênio) no tecido adiposo → o excesso de estrogênio sem a contraposição da progesterona (anovulação) pode acarretar a hiperplasia e carcinoma endometrial→ inibe FSH (reduz recrutamento de folículos - anovulação e infertilidade) + aumento linear de LH → estímulo da secreção de androgênios pelo LH → (ciclo) Associado a pacientes com obesidade: muito tecido adiposo periférico Associado a pacientes com diabetes: resistência à insulina → aumenta produção de insulinemia → hiperinsulinemia → estimula secreção de androgênios e ação do LH + inibe a síntese hepática de globulina ligadora dos hormônios sexuais (quantos os hormônios estão ligados ficam inativos → hormônios sexuais mais ativos) + estímulo à proliferação das células pigmentadas da pele (manchas no rosto) Morfologia Presença de cistos Ausência de corpo lúteo e corpo branco - TUMORES OVARIANOS Não existe métodos propedêuticos comprovados que reduzam a mortalidade pelo câncer de colo do útero Incidência crescentes 80% são benignos Benignas: 20 - 45 anos Malignas: 45 - 65 anos Fatores de risco: ● Genéticos: mutação de BRCA1 e BRCA2 (20-60% de chance de desenvolver câncer) ● Síndrome de Lynch: neoplasia do ovário e do cólon ● Câncer de mama e cólon ● Nuliparidade sem uso de ACO (todo mês há a proliferação de células para fechar o folículo que foi rompido) ● História familiar ● Disgenesia gonadal (ex.: Síndrome de Turner) Obs.: Laqueadura tubária reduz risco (o câncer pode ser originado de células atípicas da tuba que migram para o ovário e vão ser encistadas ou virão tumor) Sinais e sintomas - clínica inespecífica e tardia Dor e desconforto abdominal, distensão abdominal, massa palpável, emagrecimento, ascite, dor abdominal, desconforto ao urinar, queixas intestinais (pouco específicos) Não obrigatoriamente queixa de infertilidade: um dos ovários estão bons No exame de toque, pode ser palpável uma massa em correspondência com o ovário Diagnóstico Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Avaliação clínica (sintomatologia + palpação de massa em correspondência com o ovário no exame de toque) US com Doppler colorido (permite avaliar o fluxo sanguíneo, o padrão de vascularização permite avaliar se a lesão é benigna ou maligna) Marcadores tumorais: dosados no sangue ou imunohistoquímica no próprio tumor pós retirada da peça (obs.: não é específico ou patognomônico) Outros exames de imagem Classificação ● Origem histogenética (classificação da OMS) Avaliado de acordo com a célula de origem (metastático? Células do epitélio de superfície? Célula germinativa? Célula do estroma?) ● Aspecto funcional Funcionante: não produz hormônio Não funcionante ● Comportamento biológico Benigno Bordeline: lesão com evolução incerta Maligno (divididos em tipo 1 (baixo grau - baixa agressividade, origem do bordeline principalmente) e tipo 2 (alto grau - alta agressividade) Locais de origem dos tumores 1. Tumores doepitélio de revestimento Epitélio celômico - pode se diferenciar em outros tipos de células Quanto mais areas sólidas, maior a chance de ter presença de lesões "boderline" ou malignas ● Serosos (30-40% dos tumores ovarianos) Epitélio colunar ciliado com o núcleo posicionado no meio da célula (semelhante ao epitélio típico do ovário) Produto: líquido de aspecto seroso (claro e fluído) Padrões de crescimento: projeção para fora do órgão ou infiltração do estroma ovariano (há vasos no estroma sendo possível metástases - comportamento maligno) Benigno em 60% dos casos Lesões císticas 5-20 cm Bilateralidade 20 a 60% - mais frequente se o tumor for maligno Marcador tumoral: Ca125 (não específico de tumor ovariano, pode estar aumentado inclusive na endometriose) Macroscopia: ovário com parede delgada, desprovido de conteúdo Histologia: epitélio colunar ciliado simples com núcleo central, pode haver a presença de papilas (projeções) Papilas simples: em dedo de uva revestida por camada simples de células Papilas complexas: muito ramificada (semelhante a uma árvore), revestida por várias camadas de células podendo haver atipias - Cistoadenoma seroso/tumor seroso benigno do ovário: lesão ovariana serosa sem papilas ou com papila simples e sem a infiltração do estroma - Tumor seroso “bordeline”: presença de papilas complexas sem a invasão do estroma, células menos ciliadas - Cistoadenocarcinoma seroso/tumor maligno seroso do ovário: tem invasão do estroma, presença de corpos psamomatosos (áreas arredondada de calcificação); muita atipia celular, mitose, hipercromasia e aumento do citoplasma Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda + presença de papilas complexasČ ● Mucinosos (20% dos tumores ovarianos) Epitélio colunar mucossecretor com núcleo posicionado em região basal da célula e presença de vacúolo rico em mucina (tipo gastrointestinal) Produto: material mucinoso (aspecto gelatinoso, brilhante) São císticos, multiloculares, volumosos e pesados Os benignos são mais frequentes mas pode haver malignidade (casos de bilateralidade) Possui bom prognóstico Marcador tumoral: Ca199 (não específico de tumor ovariano) Clínica: pseudomixoma peritoneal - ascite peritoneal em casos de rompimento de tumor mucinoso do ovário, apêndice ou outro Macroscopia: superfície de corte brilhante Histologia: presença de células colunares simples com citoplasma claro e núcleo na região basal - Cistoadenoma mucinoso/tumor mucinoso benigno do ovário: lesão ovariana mucinosa sem papilas ou com papila simples e sem a infiltração do estroma - Tumor mucinoso “bordeline”: presença de papilas complexas sem a invasão do estroma - Cistoadenocarcinoma mucinoso/tumor maligno mucinoso do ovário: tem invasão do estroma, muita atipia celular, mitose, hipercromasia e aumento do citoplasma ● Endometrióide Possui histologia semelhante a do endométrio (glândulas tubulares semelhantes) Fator de risco: endometriose Benignos são raros, maligno principalmente ● Tumor de Brenner (5% dos tumores ovarianos) Tumor benigno mas com muita área sólida Obs.: diferenciar de epitélio transicional (presente na bexiga e vias urinárias) ----------------------------------------------------- 2. Tumores derivados dos cordões sexuais ou do estroma Hormonalmente ativos/funcionais Alterações sexuais secundárias: Produção de andrógenios: masculinizantes Produção de estrogênio: feminilizantes → puberdade precoce (idade precoce) ou hiperplasia e câncer de endométrio (mulher pós menopausa) Marcador tumoral comum a todos os tumores dos cordões sexuais: alfa inibina Maioria benigno ● Tumor de células da granulosa Tumor com elevada produção de estrogenio Macroscopia: muito variado, tumor amarelado devido ao colesterol (precursor da síntese de hormônios) Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Microscopia: presença de células em grão de café (célula com formato ovalado e risco no centro) e corpúsculos de Call-Exner (células alongadas e imagem negativa do citoplasma devido a gordura) (Células dispostas em feixes, com gotículas lipídicas no citoplasma) Critérios de malignidade: pleomorfismo/atipias (diferença entre os padrões das células), mitose e necrose Tecoma: células da teca e do estroma, produtores de estrógeno ----------------------------------------------------- 3. Tumores de células germinativas Critérios de malignidade: grau de maturação do tecido (diferenciação) Imaturo: comportamento maligno Maduro: comportamento benigno Obs.: ou é maligno ou é benigno, não é classificado como "bordeline" ● Teratoma Tumor derivado dos três folhetos embrionários Mais comum em crianças, quanto mais jovem maior o potencial de malignidades Marcador tumoral: alfa-fotoproteina Macroscopia: lesão cística volumosa com a presença de pelo, sebo e dente Microscopia: presença de folículos pilosos, glândulas sebáceas, tecido nervoso, cartilagem, tecido adiposo e tecido tireóideo Struma ovarii (tireotoixicose devido à presença de tecido tireóideo no teratoma) 4. Metástase Aparece em 30% das pacientes com câncer terminal Mais comum: originários do tubo digestivo, ex.: estômago e cólon (tumor de krukenberg) Patologia da mama - HISTOLOGIA Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda fetoproteína� Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Constituída por ductos que se ramificam a partir da papila mamária, semelhante a galhos de árvore, até a unidade terminal ducto-lobular/lóbulo mamário O estroma fibro-adiposo preenche o espaço entre a ramificação dos ductos Lóbulo mamário: ducto terminal (1) + ductúlos que partem do ducto terminal/ácinos mamários Envelhecimento da mama (a partir dos 30 anos, acentuada a partir dos 40 anos): acontece a substituição adiposa (substituição do estroma fibro-adiposo por tecido adiposo) Ducto normal: duas camadas de células: a primeira camada em contato com o lúmen são as células epiteliais/luminais e a segunda camada na base são as células mioepiteliais que são alongadas e tem capacidade de contração; em volta das mioepiteliais tem a membrana basal Célula progenitora: da origem as demais células epiteliais (não é possível distinguir na histologia) *Hiperplasia epitelial ductal: ao invés de ter apenas 1 camada de células epiteliais, haverá mais de 1 - CLÍNICA Queixas principais que envolvem a mama ● Dor mamária/mastalgia ○ Diagnóstico diferencial: dor muscular ou na costela ○ Dor cíclica ou acíclica (relação com o ciclo menstrual, comum na 2º fase do ciclo) ○ Mastite é a causa mais comum de mastalgia: mastite aguda da lactação* e abscesso subareolar** ○ Incomum em câncer ● "Caroço" na mama○ Nódulo ou área de parênquima denso irregular? ○ Tamanho? Aderência? Tempo de evolução? ● Descarga mamilar (saída de secreção pela mama) ○ Mais preocupante: secreção em água de rocha (cristalina), unilateral, uniductal e espontânea ○ 2º mais preocupante: hemorrágica - característico de papiloma ductal (acomete os ductos proximais, lesão com muitas projeções e vasos sanguíneos, as papilas podem ser traumatizadas com o trauma do sangue caindo dentro do sangue) ○ Leite: tumor de hipófise/prolactinoma e medicamentos que aumenta a produção de leite ○ Secreção amarelo-esverdeada: cisto ○ Secreção branca/muco-escarro: inflamação Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda sangue do trauma caindo dentro do ducto *A capacidade gástrica do RN é reduzida, assim o RN mama várias vezes ao dia traumatizando frequentemente a mama gerando as fissuras mamárias → porta de entrada para infecções → inflamação ou formação de abscesso mamário; é um processo auto-limitável (adaptação da pele e redução dos traumas com o envelhecimento do RN) **O epitélio que reveste o mamilo é semelhante ao epitélio que reveste a pele, epitélio escamoso estratificado e com produção de ceratina. Em pacientes fumantes, os produtos tóxicos do cigarro agridem o epitélio único do ducto se adaptando frente a agressão → metaplasia escamosa (mesmo epitélio do mamilo) → produção de ceratina obstrui o ducto → acúmulo de secreções que não são drenadas → formação de abscesso em casos de infecção, pode haver formação de fístulas Também acomete pacientes com carência de vitamina A Propedêutica Estudo por imagem: ● Mamografia Não é apropriado para todas as idades devido à alteração da densidade da mama, mamas jovens são densas aparecendo toda branca no exame não sendo possível contrastar a lesão do parênquima Apropriado após os 40 anos Categorias de BIRADS (nota que permite avaliar a lesão como câncer ou não): 0 - incompleta, difícil interpretação, necessário outro método diagnóstico 1 - negativa, continuar com rotina 2 - achados benignos, seguimento de rotina ou a critério clínico 3 - provavelmente benigno, risco de malignidade inferior a 2%, redução do tempo de seguimento (exames de rotina a cada 6 meses) 4 - anormalidade suspeita, biópsia indicada, probabilidade intermediária do câncer (30%) 5 - altamente sugestivo de malignidade (> 95%), biópsia indicada 6 - malignidade já conhecida por histologia, mamografia indicada para avaliar tamanho da tumoração após o tratamento com medicamentos pré-cirúrgico ● Ultrassom Indicado para pacientes jovens ou pacientes depois dos 40 com mama densa ● Ressonância Biópsia da mama: ● Punção aspirativa por agulha fina (PAAF): guiado por ultrassom, é inserido uma agulha fina na lesão da paciente realizando movimentos em vários sentidos para a coleta do material Possível coletar grupos de células → permite a realização apenas da citologia Indicado para lesões císticas ou suspeita de lesão benigna ● Core biopsy: biópsia por agulha grossa Possível coletar fragmentos filiformes da lesão → permite a realização da histologia Vantagens: feito sob anestesia local, não é necessário ser feito em centro cirúrgico, maior sensibilidade para diagnóstico de câncer, pode ser direcionado para a imunohistoquímica* Desvantagem: falsos negativos (os fragmentos podem ser representativos apenas de necrose ou de estroma neoplásico fibrosado) ● Mamotomia Método caro, pouco acessível Agulha muito grossa → fragmentos cilíndricos grandes Permite retirar a lesão inteira dependendo do tamanho da lesão ● Biópsia excisional Retirada da lesão *A imunohistoquímica não é método diagnóstico, serve para direcionar o tratamento de acordo com a expressão celular do tumor - LESÕES BENIGNAS NÃO NEOPLÁSICAS Alterações fibrocísticas Etiopatogênese: resposta alterada ao estímulo hormonal do ciclo menstrual → cisto → rompimento do cisto → inflamação e produção de citocinas → fibrose Faixa etária mais comum: 30-45 anos Importância clínica: não evolui para câncer de mama Clínica: massa palpável e descarga mamilar amarelo-esverdeada Macroscopia: Presença de fibrose, cisto com metaplasia apócrina (dilatação dos ácinos) e adenose (aumento da quantidade de dúctulos por ducto terminal) Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Microscopia: Células epiteliais grandes e achatadas, com citoplasma eosinofílico Hiperplasias epiteliais Aumento do número de células epiteliais, ao invés de uma camada haverá mais de uma Importância clínica: pode evoluir para câncer de mama Lesão não palpável Exame de imagem: área brancacenta, microcalcificação agrupada É necessário retirar a área que tem a microcalcificação agrupada e mandar para o exame histológico Tipos de hiperplasia: ● Leve sem atipia ● Moderada sem atipia ● Com atipia - presença de vários lúmens, células no interior do lúmen do ducto Risco relativo de 5 a 11x de evoluir para um câncer de mama - LESÕES BENIGNAS NEOPLÁSICAS Fibroadenoma Proliferação de ductos e estroma fibroso Lesão comum em pacientes jovens (20-35 anos) Lesão hormônio dependente, pode crescer durante a gestação Tende a regredir na pós-menopausa Risco pequeno de câncer de mama ● Fibroadenoma simples Risco relativo de 1x (igual ao da população geral) ● Fibroadenoma complexo - vários cistos de mais de 3mm cada Agulhamento da lesão com fio guia para orientar a cirurgia Macroscopia: Lesão nodular e bem delimitada, presença de fendas na superfície de corte Microscopia: Proliferação de ductos e de estroma que pode comprimir os ductos (aspecto de fenda) Tumor phyllodes Proliferação de ductos e estroma fibroso Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Diferença para o fibroadenoma: estroma mais celular, crescimento mais acelerado Faixa etária: a partir da 5º década de vida Comportamento biológico: benignos mas podem ser malignos em 20% dos casos Sinais de malignidade: tamanho, mitose, necrose, atipias Macrosopia: Lesão sólida grande e brancacenta Microscopia: Proliferação de ductos e de estroma com muitas células, padrão foliáceo - CÂNCER DE MAMA 60 mil novos diagnósticos a cada ano Diagnóstico Palpação do nódulo Descarga mamilar Alteração da pele (ex.: ulcerações, retração, vermelhidão e descamação da pele do mamilo) Alterações na mamografia (ex.: microcalcificações agrupadas) Achados acidentais em mamoplastia Encontro de células malignas na investigação de derrames papilaresMetástases Fator de risco Acima de 50 anos História familiar (parentes de 1º grau) Genéticos: mutação em BRCA1 e BRCA2 - genes supressores de tumor Mais agressivos e pouco responsivos a medicamentos Normalmente associados à hereditariedade, à pacientes jovens e à bilateralidade Patologia mamária prévia (ex.: hiperplasia ductal atípica e carcinoma mamário prévio) Fatores hormonais: estímulo estrogênico endógeno (menarca precoce, menopausa tardia, obesidade devido à conversão periférica, nulíparas, dieta hipercalórica, álcool e sedentarismo) e estímulo estrogênico exógeno (terapia de reposição hormonal em pacientes pós menopausa há mais de 5 anos e com hormônios combinados) Proliferação de células dentro do ducto → aparecimento do carcinoma in situ → invasão da membrana basal → carcinoma invasor → metástase a distância ou para linfonodos (principalmente para os axilares) Carcinoma in situ ● Lobular ● Ductal/intraductal Aumento da frequência devido ao rastreamento preciso (mamografia) Graus histológicos de acordo com necrose e atipia (avalia a capacidade de ser invasor): Baixo grau: sem necrose e pouca atipia Intermediário grau: necrose focal e pouca atipia Alto grau/comedocarcinoma: muita necrose e muita atipia, presença de microcalcificações agrupadas Microscopia: proliferação de células epiteliais preenchendo todo o ducto e presença de necrose Carcinoma invasor Invadiu a membrana basal Capacidade de metástase ● Ductal Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Mais comum - 75% Mais agressivo: sobrevida de 60% em 5 anos Morfologia: Muito tubulo, pouca mitose e poucas atipias/pleomorfismo: bem diferenciado Pouco tubulo, muita mitose e muitas atipias: pouco diferenciado Macroscopia: lesão sólida brancacenta sólida de aspecto espiculado (pode estar associado a ulcerações, necrose e hemorragia) Microscopia: área irregular, microcalcificação agrupada (não patognomônica), presença de túbulos revestidos por células atípicas, áreas de necrose Obs.: Ultrassom: o câncer assemelha a área de parênquima muito denso Para classificar em bem ou mais diferenciado é necessário pontuar o carcinoma: 1-3 para presença de túbulos 1-3 para mitoses 1-3 atipias Até 5 é bem diferenciado ? ● Lobular 10% dos invasores Melhor prognóstico: sobrevida de 80-90% em 10 anos Etiopatogenia: As células perdem a expressão da proteína ectaderina (função normal: promovem coesão) → células dispersas/sem coesão → células finas com núcleos hipercorados sem pleomorfismo e com infiltração no estroma em aspecto de fila indiana Pode ser bilateral ● Carcinoma inflamatório (não é um tipo histológico, é uma forma clínica) Presença de eritema, aumento do volume e calor na mama Pele irregular: aspecto em casca de laranja Etiopatogenia: Embolização neoplásica pros vasos linfáticos da derme da mama → via linfática já tem células neoplásicas → mais chance de metástase Agressivo Pode ser ductal, lobular ou outros na histologia ● Disseminação Localmente: musculo peitoral, costelas e pulmão À distância: Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Via linfática: linfonodos axilares (30-40% das pacientes no diagnóstico já tem essa metástase) Via hematogênica: pulmão, fígado e ossos, mas pode adernais, ovários e SNC O lobular pode dar metástase para cavidade serosa, ex.: peritonio Fatores prognósticos Metástase em linfonodos - Tem? Em quantos? Tamanho do tumor (menor tem melhor prognóstico) Subtipo histológico (lobular melhor ) Grau histologico (bem diferenciado melhor) Receptores hormonais Método para avaliação: Imunohistoquímica ● Receptores de estrogênio e progesterona Positivo para ambos: Tratamento hormonal e Tamoxifeno Positivo para estrógeno e negativo para progesterona e parcialmente positivo aos hormônios: usa Tamoxifeno mas pode vir a apresentar resistência a droga ● HER2/neu Positivo + negativo para estrogênio e progesterona: comportamento agressivo: Tratamento com Herceptin ● Triplo negativo: Paciente negativa para todos tanto para estrógeno, progesterona e HER 2/neu Pior prognóstico Ruim resposta aos tratamentos convencionais Pacientes jovens Associado à mutação no BRCA Fatores preditivo de resposta terapêutica Imunohistoquímica: local positivo com o receptor fica com a coloração marrom Focal: só um local Difuso: todas as células Receptor de estrógeno: marca apenas o núcleo das células tumorais Receptor de Her2: membrana das células neoplásicas Avaliar se é forte ou fraco Patologia da placenta e da gestação Fertilização e nidação A fertilização acontece na porção distal da tuba uterina (região angular da tuba uterina) O ovo inicialmente são duas células que vão se multiplicando e a medida que ocorre a multiplicação celular → o ovo percorre a tuba uterina até chegar ao final no estágio de mórula → no estágio do blastocisto* ocorre a nidação *O blastocisto é composto pelo embrioblasto (camada compacta de células), blastocele (cavidade) e trofoblasto (camada de células para revestimento que originará a placenta e permitirá a implantação do embrião/nidação) Placenta Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda ou Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Órgão provisório, presente apenas durante a gestação Peso normal entre 430-650g, formato discóide/ovalado, espessura normal de 3,5 cm Possui duas faces: uma fetal e face materna Na face fetal é composta pelo cordão umbilical e pelas membranas placentárias (internamente o âmnio e externamente o córion) que vão envolver o feto formando bolsa preenchida pelo líquido amniótico Aspecto normal das membranas: finas, lisas, brilhantes e transparentes (possível visualizar os vasos) Cordão umbilical: 2 artérias e 1 veia envolvidos pela geleia de wharton, 1cm de diâmetro, 50-60cm de comprimento (se for muito comprido pode enrolar, se for muito curto impede os movimentos fetais de forma adequada e predispõe o descolamento prematuro de placenta) Artéria umbilical única: pode estar associado a má formações e trissomias A face materna se liga ao útero por meio da decídua (endométrio modificado pelos hormônios da gestação permitindo a fixação da placenta) Dequitação: expulsa a placenta depois da gestação, a decídua possui camadas de fibrina que formam plano de clivagem entre a placenta e o útero Após a expulsão da placenta, há a contração do útero e dos vasos a fim de evitar hemorragias Características: textura esponjosa e vinhosa, com lóbulos placentários Função da placenta: trocas de gases e de nutrientes Todo sangue materno chega na placenta através das artérias deciduais/artérias espiraladas e volta por meio das veias espiraladas pobre em nutrientes O sangue fetal pobre em oxigênio chega na placenta através das artérias umbilicais (por meio do cordão umbilical), atingindo a região do córion onde são chamadas de vasos coriônicos se ramificando(em volta dos vasos coriônicos há o tecido conjuntivo/estroma e, envolta do estroma, há o trofoblasto) Vasos coriônicos + tecido conjuntivo + trofoblasto = vilosidades coriônicas Em volta das vilosidades coriônicas há o sangue materno; grande proximidade entre o sangue materno e o sangue fetal (separados por uma fina membrana que permite a troca de nutrientes, obs.: os sangues não se misturam) O trofoblasto é dividido em citotrofoblasto (interno, célula maior e mais clara) e sinciciotrofoblasto (externo e célula mais corada) Indicações para exame macro e microscópico da placenta Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Hidropisia fetal = feto inchado Sofrimento fetal = hipóxia Permite orientar a mãe em casos de patologias do feto e abortamento - GRAVIDEZ ECTÓPICA Gravidez fora do útero Nidação do ovo na tuba uterina, ovário, peritônio, abdômen ou cornual 1:150 gestações Fatores de risco DIP/salpingite crônica (tuba tortuosa ou dilatada) Aderências Endometriose (causa aderências) Amadurecimento rápido do embrião Lentidão da tuba pelo embrião Falha do DIU (altera a motilidade da tuba) Clínica - primeira metade da gestação Dor abdominal Hematossalpinge (sangue nas tubas) Causas de hemorragia na gestação 1º metade da gravidez 1. Abortamento 2. Gravidez ectópica 3. Doença trofoblástica gestacional 2º metade da gravidez 1. Placenta prévia 2. Descolamento prematuro de placenta Evolução Regressão Deslocamento para peritonio Ruptura da tuba - choque hemorrágico e infertilidade Propedêutica Beta-HCG (na gestação normal, o beta-HCG dobra a cada dois ou três dias; na ectópica o crescimento é lento) US (realizado apenas quando o beta HCG está acima de 1.500 - 5 a 6 semanas) - não haverá saco gestacional Laparoscopia Eventual biópsia endometrial Diâmetro da tuba muito aumentado Não é necessário ver o embrião pra falar que foi gravidez ectópica → involução Necessário ver/procurar as vilosidades coriônicas Morfologia Macroscopia: dilatação da tuba (tamanho normal = 5mm), presença de sangue (avermelhada/enegrecida) e presença do embrião (não é obrigatório está presente, pode ter involuindo) Microscopia: vilosidades coriônicas e sangue - PLACENTA DE INSERÇÃO BAIXA Placenta prévia (antes do feto) Local de fixação da placenta em relação ao óstio interno do colo do útero Marginal: encostada na beirada do óstio Parcial: oclusão parcial do óstio interno Total: oclusão do óstio interno Problema: não há decídua → durante a gravidez há pequenas contrações simulatórias → pequenos descolamentos da placenta → sangramento Não pode fazer exame de toque nem parto normal Não há sofrimento fetal nem hipertonia do útero Clínica: sangramento (sangue vermelho vivo) Diagnóstico da segunda metade da gestação: entre 28 e 32 (3º trimestre de gestação) A medida que o útero cresce, puxa a placenta para cima - ACRETISMO PLACENTÁRIO Ausência de endométrio → ausência de decídua → as vilosidades ficam inseridas no miométrio → não Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda há plano de clivagem → aderência da placenta (supericial: placenta acreta; profundamente: placenta increta; perfuração do útero: placenta percreta) Causas: perda do endométrio no local de corte da cesária prévia (cicatriz) ou curetagem uterina brusca Clínica: hemorragia puerperal (pode ser necessário histerectomia durante o parto) É possível visualizar no ultrassom e na ultrassom Macroscopia: aderência da placenta com a parede do útero - DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA Placenta que descola do útero antes do trabalho de parto Associado a hipertensão (crise hipertensiva devido à trauma e uso de drogas, HAS prévia e pré-eclâmpsia) Pressão arterial da gestante tende a ser mais baixa Emergência cirúrgica: necessário fazer o parto na hora Sangramento → formação de hematoma grande atrás da placenta → descolamento da placenta → grande risco de sofrimento fetal agudo e mortalidade materna Clínica: Sangue vermelho escuro, dor e hipertonia uterina Morfologia: presença de hematoma ou depressão/cratera na placenta - GEMELARIDADE Monozigóticos Um embrião que se divide dando origem a dois indivíduos geneticamente idênticas Dizigóticos Dois embriões diferentes: dois óvulos fecundados por dois espermatozóides diferentes A gestação pode ser monocoriônica (única coriônica - apenas monozigóticos) ou dicoriônica (duas placentas - pode ser mono ou dizigóticos) Quanto mais precoce a divisão do ovo, mais estruturas é possível separar entre os gêmeos Divisão do ovo nos primeiros 4 dias: monozigóticos e dicoriônicas com duas bolsas Divisão do ovo entre 4-7 dias: monozigóticos e monocoriônicas (mas há separação da bolsa fetal) Divisão do ovo entre 8-12 dias: monozigóticos e monocoriônicos com uma bolsa Divisão do ovo entre 13 e 15 dias: gêmeos siameses Problema placenta única: Síndrome da transfusão feto-fetal (anastomose entre os fetos - um dos fetos recebe mais sangue que o outro; um desnutrido e o outro fica hidrópico e tem ICC) - ABORTAMENTO Perda do concepto antes de sua viabilidade 10-15% das gestações (estatísticas subestimadas) Menos de 500g -Aborto precoce (entre 8-12 semanas de gestação) - causas genéticas Anormalidades cromossômicas, principalmente as trissomias (ex.: trissomia do cromossomo 16) Embrião entre os 30 e 35 anos, 50% dos embriões têm alterações genéticas 35 aos 40, ⅔ dos embriões têm alterações genéticas Depois dos 40, ¾ dos embriões têm alterações genéticas -Aborto tardio (20-22 semanas) Monossomia do X (Síndrome de Turner) Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Causas maternas: Alterações uterinas, doenças inflamatórias placentárias (incluindo infecções), leiomiomas submucosos, trombose nos vasos placentários, fatores imunitários - INFECÇÕES PLACENTÁRIAS Aspecto da membrana normal: translúcida, brilhante, fina e lisa Aspecto da membrana inflamadas: espessa, irregulares, opacas, amarelas ou verdes Muita liberação de citocinas e prostaglandinas → ruptura das membranas acarretando trabalho de parto prematuro ou aborto Líquido amniótico infectado com aspecto purulento e fétido Via ascendente (mais comum) Via ascendente - inicia na vagina e no colo → chega primeiro nas membranas placentárias (face fetal): corioamnionite Processo agudo Agentes: Bacterianos (mais comum): E. coli, Estretococcos, Listeria Fungo: Cândida (Macroscopia: aglomerados arregondados brancacentos; microscopia: hifas e pseudohifas de cândida) Repercussões mais agudas para o feto: pode nascer com pneumonia, meningite, sepse Macroscopia do amnio: pontos hipercorados Microscopia do amnio: presença de células inflamatórios polimorfonucleares (neutrófilos) Via hematogênica Via hematogênica - região de decídua (face materna primeiro) → posteriormente atinge as vilosidade coriônicas: vinite ou vilosite Processo crônico: presença de células mononucleares (linfócitos)Agentes: TORCHs T toxoplasmose O outras (sifilís, tuberculose, listeriose) - listeria pode dar infecção por ambas as vias R rubéola C CMV (transmissão por via aérea - normalmente a primo-infecção é na infância, mas a mãe pode contrair a primo-infecção durante a gravidez) H herpes simples CMV: causa alteração celular: inclusão nuclear (acúmulo de proteínas no núcleo alterando a coloração e aumentando o volume) Pré natal: sorologias para sifilís, rubéola, toxoplasmose, CMV, hepatite e HIV nos primeiros meses de gravidez e nos últimos Objetivo: analisar a vulnerabilidade do feto a infecções; tratamento (ex.: sífilis); orientação em caso de negatividade (ex.: CMV ou toxoplasmose) e terapêutica profilática A consequências depende da fase de gravidez da mãe Primeira metade da gestação: abortamento Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Segunda metade da gestação: complicações a longo prazo: surdez, cegueira, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor - PRÉ-ECLÂMPSIA ≠ eclâmpsia (tem convulsão associado) Doença sistêmica que se manifesta clinicamente por hipertensão, proteinúria e edema Obs.: alguns livros falam que o edema não é obrigatório como critério uma vez que é pouco específico e é muito comum em gestantes Acomete 3-5% das gestações na segunda metade da gestação Mais comum em primíparas (primeira gestação) Síndrome HELLP (10% dos casos) Tratamento: retirar placenta, mas é possível manejar os efeitos da pré-eclâmpsia sem precisar curar se a prematuridade do feto for compatível com a vida Patogênese Figura: miométrio e decídua, na placenta está presente as vilosidades, depois as membranas e depois o feto Função da placenta: nutrir (levar sangue rico em oxigênio e nutrientes para o feto) Onda de invasão trofoblástica: Quem irriga a placenta são artérias maternas chamadas de artérias espiraladas (artérias deciduais); artérias possuem camadas musculares de alta resistência então não permitiria a nutrição adequada da placenta, dessa forma o trofoblasto (principalmente o citotrofoblasto) vai invadir as artérias produzindo proteases e integrinas que digerir a camada muscular das artérias espiraladas → baixa resistência do vaso aumentando o fluxo 1º onda: 9-12 semanas de gestação mas não consegue modificar totalmente os vasos necessitando de outra 2º onda: 16-20 semanas de gestação; o problema é quando essa segunda onda não acontece de maneira adequada mantendo alguns vasos com alta resistência → menor fluxo → estado de hipóxia da placenta → libera fatores para a corrente sanguínea (ex.: fatores anti-angiogênicos e anti óxido nítrico) → menor proliferação de vasos e vasoconstrição sistêmica potente → consequências sistêmicas: (1) isquemia cerebral podendo causar convulsões (2) aumento da RVP aumentando a pressão da gestante (3) alterações renais com diminuição do nível de filtração glomerular e proteinúria (4) vasoconstrição das artérias deciduais agravando a isquemia placentária e do feto (5) necrose hepática aumentando as enzimas clínicas hepáticas (6) redução da produção de prostaglandinas I2 (faz vasodilatação e tem papel anti-trombolítico) acarretando mais vasoconstrição e a formação de trombos Síndrome da coagulação vascular disseminada = inicialmente há a formação excessiva de trombos com o consumo dos fatores de coagulação → hemorragia por falta de fatores da coagulação (7) lesão endotelial que contribui para a formação de trombos e reduz a luz dos vasos deformando o formato das hemácias → aumenta degradação das hemácias → anemia hemolítica SÍNDROME HELLP: H: hemólise EL: elevação das enzimas hepáticas LP: plaquetas baixas/trombocitopenia Imagem placenta: várias áreas de isquemia/infarto: áreas brancacentas, bem delimitadas e de consistência endurecida → reduz superfície de trocas gasosas → hipóxia fetal (consequência: baixo desenvolvimento fetal) Complicações: sangramento Arteriopatia decidual Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda A patologia está presente nas artérias deciduais (parte materna) Presença de mácrofagos espumosos (com colesterol) acumulados na parede das artérias deciduais Essa alteração pode acontecer em qualquer situação de hipóxia placentária Alteração de Tenney-Parker das vilosidades Redução do lúmen dos capilares Aumento dos nós sinciciais (acúmulo de células no sincício trofoblasto - áreas escuras) Aumento do lumen capilar - DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL Mola hidatiforme Aspecto benigno da doença trofoblástica gestacional (pode ser localmente invasiva) Edema das vilosidades coriônicas Falsa gravidez: há a fertilização, o aumento exorbitante do beta HCG e o desenvolvimento de placenta alterada Fator de risco: extremidades reprodutivas (adolescência e 40-50 anos) Incidência: 1:250 (países da Ásia) a 1:2500 gestações Classificações: ● Parcial: (1) um óvulo 23X é fecundado por dois espermatozóides simultaneamente → ovo triploide XXX, XXY ou XYY (2) óvulo haploide 23X é fecundado por um espermatozóide diplóide → ovo triploide (3) óvulo diploide 46X é fecundado por um espermatozóide haploide → ovo triploide *Pode haver partes fetais (embrião, membrana e cordão umbilical) mas o feto não é viável *Macroscopia: presença de vesículas cheias de água em aspecto de cacho de uva (vilosidades coriônicas de aspecto hidrópico) e vilosidades coriônicas de aspecto normal ● Completa (material genético exclusivo paterno): (1) um óvulo vazio (nenhum cromossomo) é fecundado por um espermatozóide 23X → duplicação do material genético resultando em 46XX oriundo exclusivamente do pai (2) um óvulo vazio (nenhum cromossomo) é fecundado por dois espermatozóides simultaneamente → ovo fecundo 46XX ou 46XY oriundo exclusivamente do pai (Obs.: se for 46YY não forma mola *Regride precocemente → não há embrião, membrana e cordão umbilical mas contêm vilosidades coriônicas de aspecto hidrópico *Macroscopia: vesículas cheias de água em aspecto de cacho de uva (vilosidades coriônicas de aspecto hidrópico) *US: aspecto em flocos de neve *Beta HCG: muito aumentado *Complicação: CORIOCARCINOMA Após a retirada da mola deve-se acompanhar os níveis de beta HCG, caso esses não reduzam, é sinal de mola invasiva ou coriocarcinoma Ambas, parcial e completa, podem invadir para mola invasiva podendo invadir o miométrio e formar êmbolos para órgãos a distância (não é metástase) Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda Lorena Miranda
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