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UNIREDENTOR ENGENHARIA MECÂNICA DAVID GONÇALVES DA SILVA 1900037 MA – 01 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Itaperuna 2021 DAVID GONÇALVES DA SILVA 1900037 MA – 01 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Atividade apresentada à disciplina PROCESSOS DE FABRICAÇÃO como parte dos créditos de avaliação para aprovação. Itaperuna 2021 PRINCIPAIS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO Laminação É um processo de conformação que consiste a passagem do metal entre dois cilindros que giram em sentido opostos chamados de cilindros de laminação, a força entre o cilindro e o material provoca a deformação no material base, diminuindo a espessura e aumentando a largura. Criando-se produtos acabados como chapas, barras e perfis, e também produtos semiacabados como placas. Tipos de laminadores (a) Laminador Duo (b) Laminador Duo Reversível (c) Laminador Trio (d) Laminador Quádruo (e) Laminador Sendzimir (f) Laminador Universal Laminador Duo → O material bruto passa somente em uma direção Laminador Duo Reversível → O material bruto passa nas duas direções, alternando. Os cilindros vão reduzindo a distancia entre eles a cada passe Laminador Trio → É quando se tem 3 cilindros, o metal base passa primeiro nos cilindros de baixo e segue para os cilindros de cima na direção oposta. Laminador Quádruo → Nesse modelo é utilizado dois cilindros de trabalho e dois cilindros de encosto que são bem maiores para dar a rigidez necessária Laminador Sendzimir → são vários cilindros que podem ser usador agrupados ou combinados, são mais caros e mais utilizados para dar acabamento em produtos que tem uma tolerância menor. Laminador Universal→ são cilindros na horizontal e na vertical, os na horizontal reduzem a espessura e os na vertical são responsáveis pela largura. Laminação a quente a- É carregado as placas nos roletes transportadores b- Aquecimento das placas c- Laminação para desbaste d- Reaquecimento das placas/chapas e- Laminação contínua a quente f- Material é resfriado, enrolado e embalado. g- Corte transversal na formação de chapas, empilhado em fardos e embalado. Modelo de trem continuo de laminação a quente: Laminação a frio a) Emenda de bobinas b) Decapagem e limpeza de escórias c) Secagem d) Corte e) Laminação contínua a frio f) Corte g) Recozimento h) Aparamento lateral para melhor dimensionamento e acabamento i) Corte transversal e montagem dos fardos Laminação de perfis É possível laminar perfis, esse tipo de laminação é feito a quente e através de tarugos, utilizando cilindros de laminação especiais geometricamente complexos e laminadores universal quando é perfis com a geometria simples. Cilindro complexo para laminação de trilho de trem, abaixo sequência de laminação: Trefilação A trefilação é um processo para fabricação de arames ou barras finas de metal, consiste em diminuir a seção transversal e aumentar o comprimento, consiste em puxar a peça através de uma matriz que também pode ser chamada de fieira ou trefina. Processos de trefilação do aço A Trefilação, ou Trefilagem, é uma operação normalmente executada em temperatura ambiente, mas, em casos específicos, podem ser realizadas em temperaturas mais elevadas. O processo de Trefilação de Aço a frio (temperatura ambiente) é aplicado aos metais de rede CFC (Cúbico de Face Centrado), mais maleáveis, com as barras sendo fixadas em um ponto de tração, para que sejam puxadas através da Fieira que exercerá a força de compressão e, desse modo, mesmo peças maciças terão sua largura reduzida e seu comprimento alongado. Um ponto importante para qualidade das peças produzidas nessa operação é a lubrificação, que auxiliará na diminuição do atrito entre as peças e a Fieira, bem como na redução da carga de força de tração da máquina Trefiladora. Desse modo, além da lubrificação assegurar um melhor acabamento das peças, reduz os desgastes oriundos da combinação força de tração e força de compressão. Por sua vez, o processo de Trefilação de Aço a quente é aplicado aos metais de rede CCC (Cúbico de Corpo Centrado) e ainda em metais com estrutura HC (Hexagonal Compacto), menos maleáveis, sendo recomendado o prévio aquecimento e, assim, torná-los maleáveis para entrada ao processo de Trefilagem. As barras aquecidas são fixadas em um ponto de tração, para que sejam puxadas através da Fieira que exercerá a força de compressão e, desse modo, mesmo peças maciças terão sua largura reduzida e seu comprimento alongado. Independentemente do tipo do processo de Trefilação, a frio ou a quente, o que ocorre é o encruamento do material, um deslocamento da estrutura cristalina que, quando interage com a estrutura previamente existente, oferece resistência à sua propagação. Dessa forma, para que ocorram a propagação desses deslocamentos, se fazem necessárias tensões superiores. O resultado dessa interação é o aumento da tensão de ruptura e da tensão de cedência, o que contribui para redução da ductilidade e para aumento significativo da resistência mecânica dos materiais Trefilados. Fieiras As fieiras são responsáveis por exercer a força de compreensão. Para que seu núcleo apresente a rigidez necessária, são produzidos de materiais bastante resistente como componentes de tungstênio ou diamante industrial. Normalmente, as fieiras são produzidas sob medida, contendo os dimensionais exatos frente às peças que serão produzidas. Desse modo, para cada perfil desejado teremos uma Fieira específica. As fieiras são diretamente ligadas a qualidade acabamento dimensional e superficial das peças. É por meio das Fieiras que as barras de aço alcançam suas características dimensionais finais no processo de trefilação. Além da qualidade dimensional e superficial, as propriedades mecânicas do material também são beneficiadas pelo alongamento e achatamento resultante do processo de trefilação o que aumenta a versatilidade e, em acordo os requisitos demandados, permite a aplicação das pelas trefiladas em diversos segmentos da indústria. Extrusão Extrudar é forçar a passagem de um material através de um orifício. Na indústria em geral, a extrusão de um material é usada para dar forma a ele e conferir determinadas características. Nas indústrias metalúrgicas ou automobilísticas, a extrusão é um processo de conformação mecânica (ou conformação plástica) de materiais plásticos ou metálicos, assim como a trefilação, laminação ou estampagem (terminologias usadas para metais). Podem ser extrudadas peças longas com a seção transversal no formato que se desejar e, posteriormente, secioná-las de modo a produzir diversas peças com a mesma seção transversal de uma só vez. Nesse processo a peça é conformada pela ação combinada de tensões (tração e compressão), mas o que faz com que a peça adquira o formato desejado é a resistência imposta pela matriz (molde ou orifício) à passagem da peça. Assim dizemos que a extrusão é um processo de conformação onde a força predominante é a compressão indireta (desenvolvida pela matriz). A extrusão é um método muito comum que faz parte do processo produtivo de filmes plásticos, chapas, barras e peças de metal e até mesmo de alimentos. Basicamente, seu principal componente é a prensa hidráulica, ou extrusora, que irá forçar a passagem do material pela matriz e controlar o curso e a velocidade de extrusão. As prensas mais comuns nas indústrias metalúrgicas são horizontais, e também existem prensas que realizam a diminuição do perfil externo do material gradativamente, em estágios. Na indústria alimentícia as extrusoras podem possuir ao invés de um êmbolo, uma rosca que tem a função de transportar e dar forma ao material extrudado. O processo deextrusão de matérias pode ser classificado de acordo com o método em: direto, onde o material é forçado pela prensa a passar pela matriz ocasionando grande atrito – método de alto impacto. Uma variação do processo direto é a denominada extrusão vertical, onde a direção de escoamento do material forma um ângulo reto com a direção da força exercida pelo êmbolo. Outro processo de extrusão é o indireto no qual o material permanece fixo enquanto a matriz é deslocada em direção https://www.infoescola.com/quimica/plasticos/ https://www.infoescola.com/fisica/prensa-hidraulica/ a ele ocasionando a conformação. Esse processo não permite a aplicação de grandes pressões. Um terceiro método de extrusão de metais é a extrusão hidrostática. Inventada na década de 1950 e depois aperfeiçoado para o processo fluido a fluido 1, esse método consiste na extrusão sem que haja contato do material com a superfície da câmara (reduzindo o atrito). O material é colocado em uma câmara de diâmetro maior que o seu e contendo um fluido de lubrificação (que pode ser um óleo vegetal). Então ele é empurrado em direção à matriz por meio de pressão hidrostática. De acordo com a temperatura o processo de extrusão do metal pode ser classificado em: extrusão a quente ou extrusão a frio. A extrusão a quente torna mais fácil o processo de conformação, mas a extrusão a frio permite um melhor acabamento e elimina a oxidação do material. O que irá determinar qual desses processos será usado é a ductilidade da peça (metais não muito dúcteis passam pelo processo a frio), o custo (o processo a quente é mais barato) e exigências técnicas (a alta temperatura e pressão podem ter efeitos indesejáveis sobre a peça a longo prazo). Qualquer processo de extrusão, seja de materiais plásticos ou alimentos, pode variar de temperatura de acordo com as características do material. Estampagem A estampagem é um processo de conformação mecânica normalmente realizada a frio que na verdade é um conjunto de operações, aonde a chapa vai adquire uma nova forma geométrica, plana ou oca. Os materiais, mas comuns que são realizados os processos de estampagem são: As feitas com as ligas de aço de baixo carbono, chapas finas de aço inox, chapas de alumínio-manganês, latão, entre outras Propriedades mecânicas A dureza e resistência à tração, são importantíssimas na estampagem. Determinadas por meio de ensaios mecânicos, juntamente com dados sobre a composição química, geralmente são fornecidos nas especificações dos materiais, presentes nos catálogos dos fabricantes das chapas e padronizados através de normas. Especificações das dimensões ajudam no melhor aproveitamento possível do material, quando é necessário cortá-lo para a fabricação da peça. O ideal é obter a menor quantidade possível de sobras e retalhos que não podem ser aproveitados. O aproveitamento ideal envolve também o estudo da distribuição das peças na chapa. Defeitos de superfície prejudicam não só a qualidade da peça estampada, como também influenciam no acabamento quando o produto deve receber pintura ou algum tipo de revestimento como a cromação, por exemplo. Por isso, esse é um fator que também deve ser controlado. Realizadas por meio de prensas que podem ser mecânicas ou hidráulicas, dotadas ou não de dispositivos de alimentação automática das chapas, tiras cortadas, ou bobinas. A seleção de uma prensa depende do formato, tamanho e quantidade de peças a serem produzidas e, consequentemente, do tipo de ferramental que será usado. realizadas por meio de prensas que podem ser mecânicas ou hidráulicas, dotadas ou não de dispositivos de alimentação automática das chapas, tiras cortadas, ou bobinas. A seleção de uma prensa depende do formato, tamanho e quantidade de peças a serem produzidas e, consequentemente, do tipo de ferramental que será usado. Operações de estampagem: As prensas hidráulicas são mais usadas na estampagem profunda. Ferramentas especiais: Estampos Constituição básica: • Punção (macho); • Matriz Classificação das ferramentas de acordo com o tipo de operação a ser executada: • Ferramentas para corte; • ferramentas para dobramento; •ferramentas para estampagem profunda. Na prensa, o punção geralmente é preso na parte superior que executa os movimentos verticais de subida e descida. A matriz é presa na parte inferior constituída por uma mesa fixa. Esse ferramental deve ser resistente ao desgaste, ao choque e à deformação, ter usinabilidade e grande dureza. O fio de corte da ferramenta é muito importante e seu desgaste, com o uso, provoca rebarbas e contornos pouco definidos das peças cortadas. A capacidade de corte de uma ferramenta pode ser recuperada por meio de retificação para obter a afiação. Dobramento No dobramento, a chapa sofre uma deformação por flexão em prensas que fornecem a energia e os movimentos necessários para realizar a operação. A forma é conferida mediante o emprego de punção e matriz específicas até atingir a forma desejada Para comprimentos de dobra considerados pequenos, utilizam-se estampos que possuem a forma a ser dobrada. Para fabricação de perfis dobrados ou alguns tipos de peças com comprimentos de dobras considerados grandes, utilizam-se prensas dobradeiras / viradeiras com matrizes e machos (punções) universais. Cantos vivos ou raios pequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento. Materiais mais dúcteis como o alumínio, o cobre, o latão e o aço com baixo teor de carbono necessitam de raios menores do que materiais mais duros como os aços de médio e alto teores de carbono, aços ligados etc. O dobramento pode ser conseguido em uma ou mais operações, com uma ou mais peças por vez, de forma progressiva ou em operações individuais. Estampagem Profunda O repuxo ou embutimento é uma operação de estampagem onde uma chapa, inicialmente plana, é transformada em um corpo oco sem que haja aparecimento de rugas e trincas. Ela é realizada a frio e, dependendo da característica do produto, em uma ou mais fases de conformação. Por esse processo, produzem-se panelas, partes das latarias de carros como para-lamas, capôs, portas, e peças como cartuchos e refletores parabólicos. Forjamento A conformação por meio do forjamento foi o primeiro método para a obtenção de formas úteis. Observava-se que as lâminas de espadas exaustivamente deformadas ficavam mais fortes que as pouco deformadas, Hoje sabemos que este resultado é alcançado devido ao refino de grão e ao próprio direcionamento estrutural, além da redução das impurezas e encruamento. operação de conformação mecânica para dar forma aos metais através de martelamento ou esforço de compressão (prensagem), tendendo a fazer o material assumir o contorno da ferramenta conformadora, chamada matriz ou estampo. Produtos obtidos através da Forja: Forjamento com a matriz aberta Forjamento com a Matriz fechada Forjamento de uma chave de boca em matriz fechada Martelos e Prensas Usam-se duas classes básicas de equipamentos para a operação de forja: o martelo: que aplica golpes de impacto rápidos sobre a superfície do metal; e as prensas: que submetem o metal a uma força compressiva aplicada relativamente de uma forma lenta. Prensas (Mecânicas ou Hidráulicas) Características: Lenta, peças grandes, matrizes são mais baratas, melhor acabamento, distribuição de fluxo uniforme (def. Plástica) Desvantagens: Custo elevado do equipamento, maior troca térmica, tempo suficiente para produzir camada de óxido que dificulta solda e perda de calor Desvantagens: Custo elevado do equipamento, maior troca térmica, Tempo suficiente para produzir camada de óxido que dificulta solda e perda de calor Forjamento simples operações básicas: Corte da Matéria Prima: serra, disco abrasivo, cisalhamento, chama, etc. Aquecimento: feito em fornos a óleo, gás, elétricos,etc, a uma temperatura adequada para facilitar a deformação Conformação: pode ser feita em mais de uma operação - algumas preparatórias - usando-se forjamento aberto ou em matrizes fechadas; Rebarbamento: remoção do material que normalmente fica em excesso na peça; Acabamento: limpeza e tratamento. REFERENCIAS Centro Brasileiro de Inovação em Conformação Mecânica - CBCM (Metal Forming Inovation Center - MFC) Tecnologia Mecânica – Processos de Fabricação e tratamento – Volume II - Vicente Chiaverini Apostila: PMR – 2202 Introdução Manufatura Mecânica Prof. Dr. Gilmar Ferreira Batalha. Escola Politécnica da USP Rodrigues, J. e Martins, P. Tecnologia Mecânica – Tecnologia da Deformação Plástica, Vol. 1 e 2. Escolar Editora, 2ª Edição, 2010. Ravilson Antônio Chemin Filho. Avaliação das deformações de chapas finas e curvas CLC para diferentes geometrias de punções. Dissertação de Mestrado, UFPR, julho 2004.
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