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Resposta do réu FASE POSTULATÓRIA Considerações Introdutórias Pressupõe-se que a petição não foi declarada improcedente ou indeferida. Audiência de conciliação (art. 334 CPC): Pode ocorrer ou não, mesmo acontecendo existem duas possibilidades: a auto composição (acordo) ou então um não acordo. Para que ocorra a resposta do réu ou não ocorreu a audiência de conciliação, ou não houve acordo. - Princípio do contraditório É por meio do contraditório que o réu ingressa na relação jurídica processual Citação A citação é o ato pelo qual o réu passa a compor a relação jurídica. A citação é indispensável como meio de abertura do contraditório. É o ato mediante o qual se transmite ao demandado a ciência da propositura da demanda, tornando-o parte do processo Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido A citação deve ser feita onde o réu, executado ou interessado for encontrado Impedimento da realização da citação em determinados momentos : Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: I - de quem estiver participando de ato de culto religioso; II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; IV - de doente, enquanto grave o seu estado. Ônus da defesa – consequências da revelia (arts. 344 e 346) O réu possui o direito/dever de defesa. É a modalidade de resposta por meio da qual o réu impugna o pedido do autor ou apenas tenta desvincular- se do processo instaurado pelo autor - o revel tem a possibilidade de intervir no processo: assume no estado em que se encontrar – art. 346 Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. - quando o reu não se defende- revelia - Revelia= ausência de resposta Efeito da revelia= presunção de veracidade A presunção de veracidade não é absoluta, não ocorre toda vez. Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. - direito indisponível: desaparece para o réu a possibilidade de renunciar à defesa - MP atuará como custos legis – o autor não se desobriga do ônus de provar =- art. 345, II - não ocorrência dos efeitos da revelia: art. 345 Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos auto Possibilidades para o réu * o reconhecimento da procedência do pedido; O réu concorda com o pedido Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; * a contestação- manifestação do réu * a revelia- ausência de manifestação * a reconvenção;- pretensão do réu contra o autor, o réu na contestação abre um ponto, dizendo que o autor que é o réu. Prazos Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. Contagem dos prazos Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. § 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. § 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. Termo inicial- prazo certo em que se inicia a contagem dos dias Se não tiver audiência, conta o prazo como sempre se contou da juntada do mandado de citação. Se tiver audiência e não tiver acordo, quinze dias a partir dali. Se tiver audiência marcada, mas ela foi cancelada, porque o réu pediu para cancelar o prazo da contestação conta-se da data do protocolo do requerimento - comunicação de que não quer (art. 335). a) 15 dias – art. 335 - prazo para manifestação do réu - prazo comum a todos os réus – litisconsórcio passivo: ver parágrafos 1º e 2º do art. 335 - Se representados por advogados diferentes: prazo em dobro (30 dias) – art. 229 - prazos diferenciados: litisconsortes com advogados diferentes (art. 229); Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. (variação dos meios de citação) § 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. § 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência b) MP – dobro – art. 180; Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro p ara manifestar--se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1 o. § 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo. § 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro qu ando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público. c) defensoria pública: dobro – art. 186; Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. d) entes públicos: dobro – art. 183 Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. § 1o A intimação pessoal far--se- -á por carga, remessa ou meio eletrônico. § 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro qu ando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. Art. 334, § 4o A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, des interesse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição. § 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deveser manifestado por todos os litisconsortes. litisconsortes com advogados diferentes Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procur adores, de escritórios de advocacia distintos,terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestaç ões, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo a penas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Classificações das defesas a) defesas de admissibilidade e defesas de mérito * defesas de admissibilidade: são aquelas em que se questiona a validade do processo. O objetivo do réu é impedir que o pedido seja examinado (defesa contra o exame do pedido). E x.: incompetência; conexão; falta de pressuposto processual. O objetivo do demandado é questionar a viabilidade de apreciação do mérito pelo juiz. impõe a intimação do demandante para a réplica (art. 351 do CPC). Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. * defesas de mérito: tem como objetivo se contrapor ao acolhimento do pedido (é uma defesa contra o acolhimento do pedido). Ex.: pagamento; decadência b) defesa direta e defesa indireta * defesa direta: é aquela em que o réu não alega fato novo, não traz ao processo nenhum fato novo. Ex.: o réu nega os fatos do autor; o réu reconhece os fatos do autor, mas nega as consequências jurídicas que o autor pretendeu (só há essas duas hipóteses. Não sendo qualquer dessas duas, a defesa será indireta). Neste segundo caso fala-se em confissão qualificada do réu (os fatos são reconhecidos, mas os efeitos jurídicos deles decorrentes, não). Quando a defesa é direta, o ônus da prova é todo do autor, já que o réu não trouxe fato novo algum. Se a defesa é direta, não haverá réplica (réplica é a manifestação do autor sobre a contestação). * defesa indireta: quando o réu alega fato novo, assim, terá o autor, direito de réplica, com um prazo de 15 dias. O réu tem o ônus de provar o que afirma. Toda exceção substancial é uma defesa indireta, assim como toda defesa de admissibilidade. O réu reconhece os fatos do autor, mas traz outros fatos que impedem, modificam ou extinguem o que o autor pretende. c) defesas dilatórias e defesas peremptórias * defesas dilatórias: tem por objetivo retardar a eficácia daquilo que o autor pretende. Há defesas dilatórias de mérito e de admissibilidade . Quando o réu alega uma exceção dilatória, o processo é suspenso até que esse incidente seja resolvido para que, só após, o processo siga seu curso normal Ex.: incompetência; exceção de contrato não cumprido; direito de retenção. retarda a relação processual, sem extingui-la É temporal, so pode ser alegada em um determinado prazo * defesas peremptórias: visa aniquilar o que o demandante pretende. Visa a extinção do processo Ex.: coisa julgada, litispendência, perempção Pode ser alegada em qualquer tempo IMPLICAÇÕES DA DEFESA DO RÉU - exercício do direito de ação – evidencia uma pretensão em face de determinada pessoa (petição inicial) → garantir o direito de defesa - Aperfeiçoamento da relação processual – citação → a citação é pressuposto de constituição do processo. Citação – angularização do processo- a defesa do réu é abrangente: - alegações de mérito (defesas diretas) → acolhimento: término da fase de conhecimento com resolução de mérito → produção da coisa julgada material: se a sentença não for reformada ou modificada, torna-se imutável, e a ação não pode ser proposta com os mesmos elementos (partes, causa de pedir e pedido) (o acolhimento do argumento da defesa levantado contra uma questão de mérito impõe o término da fase de conhecimento com resolução de mérito. Ex: alegações que o réu seria o culpado num acidente de trânsito) - alegações processuais (defesas indiretas) → acolhimento: extinção do processo sem resolução do mérito – coisa julgada formal (autoriza, em tese, o ingresso de outra demanda assentada nos mesmos elementos, desde que seja possível afastar a mácula processual, ou seja, que originou a extinção do processo). São chamadas de preliminares: são examinadas antes do mérito, em vista da sua prejudicialidade (prejudicialidade interna): por que prejudicialidade: porque o seu acolhimento impede que o juiz analise a questão de mérito e isso causa frustração ao autor, que pretendia, através do seu direito de ação, uma resposta de mérito à sua pretensão. Art. 337 – preliminares - Ex de diferença entre defesa de mérito e processual: ação de reparação de danos materiais em decorrência de acidente de transito. O réu alega não ter sido o culpado pelo acidente – defesa de mérito (defesa direta); e que o autor, por ser menor não poderia ter ingressado com a ação sem a devida representação, denunciando a sua incapacidade processual – defesa processual (defesa indir Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, aleg ar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou f alta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de ju stiça. § 1o Verifica-- se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesm as partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação que está e m curso. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi d ecidida por decisão transitada em julgado. § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incomp etência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. Contestação É a peça em que o réu irá rebater os argumentos elencados pelo autor em sua petição inicial É o direito de ação exercido pelo réu PRAZO - 15 dias – art. 335 COMUM - MP – dobro – art. 180; - Defensoria pública: dobro – art. 186; - Entes públicos - dobro Requisitos e formas: A petição deve ser escrita Exceção : Juizados Especiais Cíveis – forma oral Deve conter nome e prenome das partes, requisito dispensável se tiver sido feito corretamente na inicial Endereçamento ao juízo a causa Documentos necessários Impugnação dos fatos alegados pelo autor Regras fundamentais que estruturam a contestação: a) concentração da defesa: não se admite contestação por etapas. Por isso que se diz que o réu deve obedecer ao princípio da eventualidade: Por este princípio, o réu deve alegar, na contestação, todas as defesas que tiver contra o pedido do autor, ainda que sejam incompatíveis entre si Todos os meios de defesa devem ser apresentados em uma única oportunidade processual, se o réu não fizer assim sujeita-se a preclusão preclusão consumativa: o réu fica impedido de deduzir qualquer outra matéria de defesa depois da contestação, salvo o disposto no art. 342. Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Art. 342. Depois dacontestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; (objeções) III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. Obs: Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão. Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir. b) ônus da impugnação especificada: o réu não pode apresentar contestação genérica, Cabe ao réu impugnar especificadamente cada um dos fatos afirmados pelo demandante. Fato afirmado e não impugnado poderá ser considerado como ocorrido – resultado: o juiz poderá julgar a lide de forma antecipada, apegando-se aos argumentos do autor. Salvo!! Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; (fatos que não podem ser confessados também não podem ser admitidos como incontroversos. Fatos que não podem ser confessados: fatos relacionados a direitos indisponíveis) II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; (existem atos que só se provam por instrumento. Se o autor afirma este ato e não prova o instrumento, o silêncio do réu não pode suprir a falta desse instrumento. Ex.: o testamento só se prova por escrito; se o autor faz referência a um testamento e não o prova, o silêncio do réu não faz com que o testamento passe a existir) III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. (não impugnação específica, mas o conjunto da defesa é no sentido de revelar a impugnação) Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial Estrutura contestação: Deve apresentar a concentração da defesa+ ônus da impugnação especificada Não existe um passo a passo Endereçamento: Ex: ao juízo da 3 vara civil da comarca de Teresina-PI Ou EXMO SR. DR. Juiz de Direito da 3 Vara Civil Da Comarca de Teresina Ref processual: 0867593 Réu já devidamente qualificado AÇÃO Autor também já qualificado CONTESTAÇÃO Defesa pode ser: peremptória, de mérito, direta, indireta... I. DAS PRELIMINARES O que se encaixa de defesa processual Art 337 Defesas processuais 2. defesa de mérito 3. pedidos Defesas processuais Tem como consequência gerar uma prejudicialidade ao mérito Giram em torno de vícios/ questões de admissibilidade São questões e ordem pública e podem ser apresentadas em qualquer tempo - Defesa indireta – apoia-se em aspectos meramente processuais – vícios processuais verificados na inicial. São tratadas como questão prejudicial ao acolhimento do mérito Visam a obstar a outorga da tutela jurisdicional pretendida pelo autor mediante inutilização do processo. - Podem ser arguidas em qualquer grau de jurisdição e de ofício, pois são matérias de ordem pública, salvo compromisso arbitral e incompetência relativa - Preliminares: a) dilatórias: se acolhidas, dilatam o curso do processo. Saneado o vício, a relação processual seguirá o seu curso. Não tem a força de extinguir, mais de prolongar b) peremptórias: se acolhidas, põem fim ao processo. (com efeito de extinguir) defesas que apresentam vícios mais graves, que não tem conserto Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, aleg ar: (Obrigação que o réu tem de alegar essas matérias, que são questões processuais – antes do pedido ) I - inexistência ou nulidade da citação; (ausência de pressuposto de validade da relação processual. dilatória) A citação é indispensável para a garantia da ampla defesa II - incompetência absoluta e relativa;- com relação ao juiz (acolhimento: remessa dos autos ao juízo competente, gerando a invalidação dos atos decisórios praticados. É dilatória) Art64,§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, co nservar--se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. III - incorreção do valor da causa; (Dilatórias Potencialmente Peremptórias) Ela aumenta o custo processual, mas tem a potencialidade de excluir o processo caso o autor não cumpra IV - inépcia da petição inicial; (é peremptória. Ver § 1º do art. 330. Acolhimento: extinção do processo sem resolução do mérito.) Ex: pedidos incompatíveis entre si, pedidos contraditórios Ocorre a extinção V - perempção; (peremptória. Quando o autor abandona a causa A perempção é portanto a perda do direito da causa, por sua má utilidade art. 486: § 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando- -lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.) VI - litispendência; (duas ações idênticas: com os mesmos elementos. É peremptória) Ex: o autor protocolou uma primeira ação, tempos depois ele entra com outra ação igual, ambas estão tramitando As ações possuem a mesma causa de pedir, mesmas partes e o mesmo pedido Então a segunda será extinta VII - coisa julgada; (peremptória. Semelhança entre a coisa julgada material e a litispendência no tocante às matérias defensivas. Ambas tratam de identidade plena entre processos. Ocorre que, na coisa julgada, um desses processos já chegou ao seu final, com trânsito em julgado da decisão) 2 ações idênticas- primeira já foi sentenciada e ele repete a segunda A ação posterior será extinta sem resolução de mérito VIII - conexão (dilatória. Duas ou mais ações, sendo comum o pedido ou a causa de pedir. São ações que se originam de um tronco comum, de um mesmo fato jurídico. Recomenda-se a reunião dos processos, para uniformizar as sentenças, evitando contradições. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. ) Tem duas ações tramitando – o réu alega que essa ação é conexa com aquela, tem que ser unidas para não ocorrer decisão contraditória IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou f alta de autorização; ((Dilatórias Potencialmente Peremptórias). Não é automática. Deve ser dada a oportunidade de sanar o vício no prazo fixado pelo juiz, suspendendo o processo) Se o vício não for consertado pode resultar em exclusão X - convenção de arbitragem; (cláusula específica de um contrato – cláusula compromissória. É peremptória. Não pode ser conhecida pelo juiz) As cláusulas se comprometem a ir para a arbitragem, mas o autor leva para a justiça Ocorre o desrespeito de uma clausula compromissória O juiz exclui portanto a ação, sem resolução de merito XI - ausência de legitimidade (Dilatórias Potencialmente Peremptórias) ou de interesse processual; (Peremptória) Se o réu alegar que a parte é ilegítima ou que não é o responsável pelo prejuízo causado, ao autor terá 15 dias para elaborar uma nova petição inicial, com um novo reu XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; ((Dilatórias Potencialmente Peremptórias) XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de ju stiça. (Dilatórias Potencialmente Peremptórias) § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete açãoque está em curso. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. Incompetência absoluta ou relativa - ataca a competência do juiz - preliminar - provas disponíveis - protocolizar a defesa no seu domicílio → o juiz que receber a contestação deve comunicar o fato ao juiz da causa. - art. 64 - procedimento: art. 340 Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alega da como questão preliminar de contestação. § 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualq uer tempo e grau de jurisdição e deve serdeclarada de o fício. § 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conserva r--se--ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. Art. 65. Prorrogar-- se-á a competência relativa se o réu não alegar a incomp etência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alega da pelo Ministério Público nas causas em que atuar. Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. (hipótese na qual a contestação poderá ser protocolada antes da audiência de conciliação e Mediação) (obs: réu citado por carta precatória - contestac ̧ão feita no próprio domicilio do réu. Assim, ao ser citado, o réu, na própria precatória, poderá apresentar a contestac ̧ão e alegar a incompete ̂ncia, nos termos do art. 340, §§ 1o e 2o.) § 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa. § 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento. § 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada. Parte ilegítima – o réu tem que indicar quem é a parte legitima § 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação. ausência de legitimidade - arts. 338 e 339: réu – indicar o sujeito passivo da relação processual → autor aceitar: alteração da petição inicial para substituir o réu ou incluir, como litisconsorte passivo, a pessoa indicada. - princípio da causalidade: o autor deverá reembolsar as despesas e pagar os honorários ao procurador do excluído - o substituto não precisa consentir - basta a aceitação pelo autor Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o. Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. § 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. § 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. Reconhecimento jurídico do pedido Concordância expressa do réu- ele assume a causa É difícil de acontecer Expressa declaração – de concordância com a pretensão do autor ou do reconvinte/réu. É o ato de total disposição de direito, pelo qual o réu ou autor/reconvindo concorda tanto com os aspectos fáticos como com os aspectos jurídicos narrados pelo autor ou reconvinte em sua petição inicial. 1. Extinção do processo com resolução de mérito (487, III, “a” do NCPC), desde que abranja toda a pretensão do autor ou do reconvinte; 2. ou ainda o julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356, I do NCPC), na hipótese de reconhecimento parcial do pedido do autor ou do reconvinte só é acolhida uma parte do pedido (Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando u m ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar--se incontroverso; Não se deve confundir com a confissão: Esta se refere a fatos que, em regra, serão tidos como verdadeiros pelo juiz. Reconvenção É uma das modalidades de reposta do réu, junto com a reconvenção, mas a reconvenção não se trata de uma defesa É um contra-ataque Na contestação o réu se defende contra os fatos alegados na petição O réu alega que a pretensão que o autor propôs contra ele- na verdade é dele, o contrário. A reconvenção é, portanto, o exercício do direito de ação do réu contra o autor, no qual o réu exerce uma pretensão contra o autor, no bojo da ação principal não acontece em uma ação separada e sim na mesma ação 2 pretensões tramitando juntas: ação principal – autor contra réu e reconvenção réu contra autor o réu pode reconvir na contestação se o autor desistir de seu objetivo, isso não afeta a reconvenção. Na contestação ele bota – DA RECONVEÇÃO O réu pode reconvir, independente de contestar Prazos da reconvenção – 15 dias Requisitos : Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. É necessário para a reconvenção uma conexão com a ação principal Será julgada pelo mesmo juiz § 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. É como se o autor fosse contestar § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. § 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. § 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. OBS: O Enunciado 45 do Fórum Permanente dos Processualistas Civis (FPPC): Para que se considere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a simples improcedência da demanda inicial”. Não é necessário a utilização do nome reconvenção; ou a criação de um capitulo especifico para esta Se o réu pede algo além da improcedência, o fórum entende que a reconvenção foi proposta Revelia Ausência de manifestaçãodo réu de forma tempestiva e devidamente citada Efeitos a) Confissão ficta- efeito da revelia O réu não confessa expressamente, mas presume-se isso Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. o autor é convocado para produzir mais provas b) Efeito mediato Possibilita ao juiz o julgamento antecipado do mérito Do Julgamento Antecipado do Mérito Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. No caso do 344 ocorre a presunção de veracidade, o que autoriza o juiz a julgar porque ele se convenceu Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção c) Preclusão da possibilidade de alegar defesas- não pode mais contestar Sempre que o réu for revel o autor tem ganho de causa? Não. A ação pode ter algum vicio formal, insanável. Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Pode produzir provas desde que em tempo hábil Súm. 231, STF. O revel, em processo cível, pode produzir provas, desde que compareça em tempo oportuno. Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. Não há que se falar em revelia nas seguintes hipóteses: a) Quando havendo pluralidade de réus algum contestar a ação b) Se o litigio versar sob direitos indisponíveis c) Se a petição não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável a prova do ato d) Quando as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com a prova constante dos autos Impedimento ou suspeição Ultimo procedimento da fase postulatória Mas podem ocorrer em qualquer fase processual – não tem prazo São alegações, que podem ser propostas pelo autor ou pelo réu Ex: com relação ao juiz Essas alegações não se referem a competência, o juiz é competência, mas ele tem algum motivo que pode fazer com que atinja a imparcialidade do juiz O juiz é suspeito- o que vai gerar um incidente processual O objetivo é retirar os autos desse juiz suspeito, impedido e transferi-las para outro juiz. Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. § 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. § 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente. § 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. § 4º Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. § 5º Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. § 6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado. § 7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou de suspeição.
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