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Resposta do réu

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Resposta do réu 
FASE POSTULATÓRIA 
Considerações Introdutórias 
Pressupõe-se que a petição não foi declarada 
improcedente ou indeferida. 
Audiência de conciliação (art. 334 CPC): 
Pode ocorrer ou não, mesmo acontecendo existem duas 
possibilidades: a auto composição (acordo) ou então um 
não acordo. 
Para que ocorra a resposta do réu ou não ocorreu a 
audiência de conciliação, ou não houve acordo. 
- Princípio do contraditório 
É por meio do contraditório que o réu ingressa na 
relação jurídica processual 
Citação 
A citação é o ato pelo qual o réu passa a compor a 
relação jurídica. 
A citação é indispensável como meio de abertura do 
contraditório. 
É o ato mediante o qual se transmite ao demandado a 
ciência da propositura da demanda, tornando-o parte do 
processo 
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, 
o executado ou o interessado para integrar a relação 
processual. 
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a 
citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses 
de indeferimento da petição inicial ou de improcedência 
liminar do pedido 
A citação deve ser feita onde o réu, executado ou 
interessado for encontrado 
Impedimento da realização da citação em determinados 
momentos : 
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o 
perecimento do direito: 
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso; 
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente 
do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na 
linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e 
nos 7 (sete) dias seguintes; 
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao 
casamento; 
IV - de doente, enquanto grave o seu estado. 
Ônus da defesa – consequências da revelia (arts. 344 e 
346) 
O réu possui o direito/dever de defesa. 
É a modalidade de resposta por meio da qual o réu 
impugna o pedido do autor ou apenas tenta desvincular-
se do processo instaurado pelo autor 
- o revel tem a possibilidade de intervir no processo: 
assume no estado em que se encontrar – art. 346 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será 
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as 
alegações de fato formuladas pelo autor. 
- quando o reu não se defende- revelia 
- Revelia= ausência de resposta 
Efeito da revelia= presunção de veracidade 
A presunção de veracidade não é absoluta, não ocorre 
toda vez. 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono 
nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório 
no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em 
qualquer fase, recebendo-o no estado em que se 
encontrar. 
- direito indisponível: desaparece para o réu a 
possibilidade de renunciar à defesa - MP atuará como 
custos legis – o autor não se desobriga do ônus de 
provar =- art. 345, II 
- não ocorrência dos efeitos da revelia: art. 345 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no 
art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a 
ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considere indispensável à prova do 
ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem 
inverossímeis ou estiverem em contradição com prova 
constante dos auto 
Possibilidades para o réu 
* o reconhecimento da procedência do pedido; 
O réu concorda com o pedido 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
III - homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido 
formulado na ação ou na reconvenção; 
* a contestação- manifestação do réu 
* a revelia- ausência de manifestação 
* a reconvenção;- pretensão do réu contra o autor, o 
réu na contestação abre um ponto, dizendo que o autor 
que é o réu. 
Prazos 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por 
lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se 
somente aos prazos processuais. 
Contagem dos prazos 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão 
contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia 
do vencimento. 
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão 
protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem 
com dia em que o expediente forense for encerrado 
antes ou iniciado depois da hora normal ou houver 
indisponibilidade da comunicação eletrônica. 
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro 
dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no 
Diário da Justiça eletrônico. 
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil 
que seguir ao da publicação. 
Termo inicial- prazo certo em que se inicia a contagem 
dos dias 
 Se não tiver audiência, conta o prazo como 
sempre se contou da juntada do mandado de 
citação. 
 Se tiver audiência e não tiver acordo, quinze dias 
a partir dali. 
 Se tiver audiência marcada, mas ela foi 
cancelada, porque o réu pediu para cancelar o 
prazo da contestação conta-se da data do 
protocolo do requerimento - comunicação 
de que não quer (art. 335). 
a) 15 dias – art. 335 
- prazo para manifestação do réu 
- prazo comum a todos os réus – litisconsórcio passivo: 
ver parágrafos 1º e 2º do art. 335 
- Se representados por advogados diferentes: prazo em 
dobro (30 dias) – art. 229 
- prazos diferenciados: 
 litisconsortes com advogados diferentes (art. 
229); 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por 
petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial 
será a data: 
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da 
última sessão de conciliação, quando qualquer parte não 
comparecer ou, comparecendo, não houver 
autocomposição; 
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência 
de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, 
quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; 
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi 
feita a citação, nos demais casos. 
(variação dos meios de citação) 
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a 
hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no 
inciso II será, para cada um dos réus, a data de 
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento 
da audiência. 
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso 
II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação 
em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta 
correrá da data de intimação da decisão que homologar 
a desistência 
b) MP – dobro – art. 180; 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro p
ara manifestar--se nos autos, que terá início a 
partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1
o. 
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério 
Público sem o oferecimento de parecer, o juiz 
requisitará os autos e dará andamento ao processo. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro qu
ando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo 
próprio para o Ministério Público. 
c) defensoria pública: dobro – art. 186; 
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro 
para todas as suas manifestações processuais. 
d) entes públicos: dobro – art. 183 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro 
para todas as suas manifestações processuais, cuja 
contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
§ 1o A intimação pessoal far--se-
-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro qu
ando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo 
próprio para o ente público. 
Art. 334, 
§ 4o A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, des
interesse na composição consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização 
da audiência deveser manifestado por todos os 
litisconsortes. 
 litisconsortes com advogados diferentes 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procur
adores, de escritórios de advocacia distintos,terão prazos
 contados em dobro para todas as suas manifestaç
ões, em qualquer juízo ou tribunal, 
independentemente de requerimento. 
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo a
penas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por 
apenas um deles. 
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em
 autos eletrônicos. 
 Classificações das defesas 
a) defesas de admissibilidade e defesas de mérito 
 * defesas de admissibilidade: são aquelas em que 
se questiona a validade do processo. O objetivo do réu é 
impedir que o pedido seja examinado (defesa contra o 
exame do pedido). E 
x.: incompetência; conexão; falta de pressuposto 
processual. 
O objetivo do demandado é questionar a viabilidade de 
apreciação do mérito pelo juiz. 
 impõe a intimação do demandante para a réplica (art. 
351 do CPC). 
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias 
enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do 
autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a 
produção de prova. 
 * defesas de mérito: tem como objetivo se 
contrapor ao acolhimento do pedido (é uma defesa 
contra o acolhimento do pedido). 
Ex.: pagamento; decadência 
b) defesa direta e defesa indireta 
 * defesa direta: é aquela em que o réu não alega 
fato novo, não traz ao processo nenhum fato novo. 
Ex.: o réu nega os fatos do autor; o réu reconhece os 
fatos do autor, mas nega as consequências jurídicas que 
o autor pretendeu (só há essas duas hipóteses. Não 
sendo qualquer dessas duas, a defesa será indireta). Neste 
segundo caso fala-se em confissão qualificada do réu (os 
fatos são reconhecidos, mas os efeitos jurídicos deles 
decorrentes, não). Quando a defesa é direta, o ônus da 
prova é todo do autor, já que o réu não trouxe fato 
novo algum. Se a defesa é direta, não haverá réplica 
(réplica é a manifestação do autor sobre a contestação). 
 * defesa indireta: quando o réu alega fato novo, 
assim, terá o autor, direito de réplica, com um prazo de 
15 dias. O réu tem o ônus de provar o que afirma. Toda 
exceção substancial é uma defesa indireta, assim como 
toda defesa de admissibilidade. O réu reconhece os fatos 
do autor, mas traz outros fatos que impedem, modificam 
ou extinguem o que o autor pretende. 
 
 
c) defesas dilatórias e defesas peremptórias 
 * defesas dilatórias: tem por objetivo retardar a 
eficácia daquilo que o autor pretende. Há defesas 
dilatórias de mérito e de admissibilidade . 
Quando o réu alega uma exceção dilatória, o processo é 
suspenso até que esse incidente seja resolvido para que, 
só após, o processo siga seu curso normal 
Ex.: incompetência; exceção de contrato não cumprido; 
direito de retenção. retarda a relação processual, sem 
extingui-la 
É temporal, so pode ser alegada em um determinado 
prazo 
 * defesas peremptórias: visa aniquilar o que o 
demandante pretende. 
Visa a extinção do processo 
Ex.: coisa julgada, litispendência, perempção 
Pode ser alegada em qualquer tempo 
IMPLICAÇÕES DA DEFESA DO RÉU 
- exercício do direito de ação – evidencia uma pretensão 
em face de determinada pessoa (petição inicial) → 
garantir o direito de defesa 
- Aperfeiçoamento da relação processual – citação → a 
citação é pressuposto de constituição do processo. 
Citação – angularização do processo- a defesa do réu é 
abrangente: 
 - alegações de mérito (defesas diretas) → 
acolhimento: término da fase de conhecimento com 
resolução de mérito → produção da coisa julgada 
material: se a sentença não for reformada ou modificada, 
torna-se imutável, e a ação não pode ser proposta com 
os mesmos elementos (partes, causa de pedir e pedido) 
(o acolhimento do argumento da defesa levantado contra 
uma questão de mérito impõe o término da fase de 
conhecimento com resolução de mérito. Ex: alegações 
que o réu seria o culpado num acidente de trânsito) 
 - alegações processuais (defesas indiretas) → 
acolhimento: extinção do processo sem resolução do 
mérito – coisa julgada formal (autoriza, em tese, o 
ingresso de outra demanda assentada nos mesmos 
elementos, desde que seja possível afastar a mácula 
processual, ou seja, que originou a extinção do processo). 
São chamadas de preliminares: são examinadas antes do 
mérito, em vista da sua prejudicialidade (prejudicialidade 
interna): por que prejudicialidade: porque o seu 
acolhimento impede que o juiz analise a questão de 
mérito e isso causa frustração ao autor, que pretendia, 
através do seu direito de ação, uma resposta de mérito 
à sua pretensão. Art. 337 – preliminares 
- Ex de diferença entre defesa de mérito e processual: 
ação de reparação de danos materiais em decorrência 
de acidente de transito. O réu alega não ter sido o 
culpado pelo acidente – defesa de mérito (defesa direta); 
e que o autor, por ser menor não poderia ter ingressado 
com a ação sem a devida representação, denunciando a 
sua incapacidade processual – defesa processual (defesa 
indir 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, aleg
ar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou f
alta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige
 como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de ju
stiça. 
§ 1o Verifica--
se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz 
ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesm
as partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está e
m curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi d
ecidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incomp
etência relativa, o juiz conhecerá de ofício das 
matérias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção
 de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, 
implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo 
arbitral. 
Contestação 
É a peça em que o réu irá rebater os argumentos 
elencados pelo autor em sua petição inicial 
É o direito de ação exercido pelo réu 
PRAZO 
- 15 dias – art. 335 COMUM 
- MP – dobro – art. 180; 
- Defensoria pública: dobro – art. 186; 
- Entes públicos - dobro 
Requisitos e formas: 
A petição deve ser escrita 
Exceção : Juizados Especiais Cíveis – forma oral 
Deve conter nome e prenome das partes, requisito 
dispensável se tiver sido feito corretamente na inicial 
Endereçamento ao juízo a causa 
Documentos necessários 
Impugnação dos fatos alegados pelo autor 
Regras fundamentais que estruturam a contestação: 
a) concentração da defesa: não se admite contestação 
por etapas. Por isso que se diz que o réu deve obedecer 
ao princípio da eventualidade: Por este princípio, o réu 
deve alegar, na contestação, todas as defesas que tiver 
contra o pedido do autor, ainda que sejam incompatíveis 
entre si 
Todos os meios de defesa devem ser apresentados em 
uma única oportunidade processual, se o réu não fizer 
assim sujeita-se a preclusão 
preclusão consumativa: o réu fica impedido de deduzir 
qualquer outra matéria de defesa depois da contestação, 
salvo o disposto no art. 342. 
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a 
matéria de defesa, expondo as razões de fato e de 
direito com que impugna o pedido do autor e 
especificando as provas que pretende produzir. 
Art. 342. Depois dacontestação, só é lícito ao réu 
deduzir novas alegações quando: 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
 II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; (objeções) 
III - por expressa autorização legal, puderem ser 
formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Obs: Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum 
fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir 
no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em 
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no 
momento de proferir a decisão. 
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz 
ouvirá as partes sobre ele antes de decidir. 
b) ônus da impugnação especificada: o réu não pode 
apresentar contestação genérica, 
Cabe ao réu impugnar especificadamente cada um dos 
fatos afirmados pelo demandante. 
Fato afirmado e não impugnado poderá ser considerado 
como ocorrido – resultado: o juiz poderá julgar a lide de 
forma antecipada, apegando-se aos argumentos do autor. 
Salvo!! 
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se 
precisamente sobre as alegações de fato constantes da 
petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não 
impugnadas, salvo se: 
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; (fatos 
que não podem ser confessados também não podem 
ser admitidos como incontroversos. Fatos que não 
podem ser confessados: fatos relacionados a direitos 
indisponíveis) 
II - a petição inicial não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considerar da substância do ato; 
(existem atos que só se provam por instrumento. Se o 
autor afirma este ato e não prova o instrumento, o 
silêncio do réu não pode suprir a falta desse instrumento. 
Ex.: o testamento só se prova por escrito; se o autor faz 
referência a um testamento e não o prova, o silêncio do 
réu não faz com que o testamento passe a existir) 
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada 
em seu conjunto. (não impugnação específica, mas o 
conjunto da defesa é no sentido de revelar a 
impugnação) 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos
 fatos não se aplica ao defensor público, ao 
advogado dativo e ao curador especial 
Estrutura contestação: 
 Deve apresentar a concentração da defesa+ 
ônus da impugnação especificada 
 Não existe um passo a passo 
Endereçamento: 
Ex: ao juízo da 3 vara civil da comarca de Teresina-PI 
Ou 
EXMO SR. DR. Juiz de Direito da 3 Vara Civil Da Comarca 
de Teresina 
Ref processual: 0867593 
 Réu já devidamente qualificado 
 AÇÃO 
 Autor também já qualificado 
 CONTESTAÇÃO 
Defesa pode ser: peremptória, de mérito, direta, indireta... 
I. DAS PRELIMINARES 
O que se encaixa de defesa processual 
Art 337 
 Defesas processuais 
2. defesa de mérito 
3. pedidos 
Defesas processuais 
Tem como consequência gerar uma prejudicialidade ao 
mérito 
Giram em torno de vícios/ questões de admissibilidade 
São questões e ordem pública e podem ser 
apresentadas em qualquer tempo 
- Defesa indireta – apoia-se em aspectos meramente 
processuais – vícios processuais verificados na inicial. São 
tratadas como questão prejudicial ao acolhimento do 
mérito 
Visam a obstar a outorga da tutela jurisdicional pretendida 
pelo autor mediante inutilização do processo. 
- Podem ser arguidas em qualquer grau de jurisdição e 
de ofício, pois são matérias de ordem pública, salvo 
compromisso arbitral e incompetência relativa 
- Preliminares: 
a) dilatórias: se acolhidas, dilatam o curso do processo. 
Saneado o vício, a relação processual seguirá o seu 
curso. 
Não tem a força de extinguir, mais de prolongar 
b) peremptórias: se acolhidas, põem fim ao processo. 
(com efeito de extinguir) 
defesas que apresentam vícios mais graves, que não tem 
conserto 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, aleg
ar: (Obrigação que o réu tem de alegar essas matérias, 
que são questões processuais – antes do pedido ) 
I - inexistência ou nulidade da citação; (ausência de 
pressuposto de validade da relação processual. dilatória) 
A citação é indispensável para a garantia da ampla defesa 
II - incompetência absoluta e relativa;- com relação ao juiz 
(acolhimento: remessa dos autos ao juízo competente, 
gerando a invalidação dos atos decisórios praticados. É 
dilatória) 
Art64,§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, co
nservar--se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, 
pelo juízo competente. 
III - incorreção do valor da causa; (Dilatórias 
Potencialmente Peremptórias) 
Ela aumenta o custo processual, mas tem a 
potencialidade de excluir o processo caso o autor não 
cumpra 
IV - inépcia da petição inicial; (é peremptória. Ver § 1º do 
art. 330. Acolhimento: extinção do processo sem 
resolução do mérito.) 
Ex: pedidos incompatíveis entre si, pedidos contraditórios 
Ocorre a extinção 
V - perempção; (peremptória. 
Quando o autor abandona a causa 
A perempção é portanto a perda do direito da causa, 
por sua má utilidade 
art. 486: 
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença
 fundada em abandono da causa, não poderá propor 
nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-
-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar 
em defesa o seu direito.) 
VI - litispendência; (duas ações idênticas: com os mesmos 
elementos. É peremptória) 
Ex: o autor protocolou uma primeira ação, tempos 
depois ele entra com outra ação igual, ambas estão 
tramitando 
As ações possuem a mesma causa de pedir, mesmas 
partes e o mesmo pedido 
Então a segunda será extinta 
VII - coisa julgada; (peremptória. Semelhança entre a 
coisa julgada material e a litispendência no tocante às 
matérias defensivas. Ambas tratam de identidade plena 
entre processos. Ocorre que, na coisa julgada, um desses 
processos já chegou ao seu final, com trânsito em 
julgado da decisão) 
2 ações idênticas- primeira já foi sentenciada e ele repete 
a segunda 
A ação posterior será extinta sem resolução de mérito 
VIII - conexão (dilatória. Duas ou mais ações, sendo 
comum o pedido ou a causa de pedir. São ações que se 
originam de um tronco comum, de um mesmo fato 
jurídico. Recomenda-se a reunião dos processos, para 
uniformizar as sentenças, evitando contradições. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações 
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. ) 
Tem duas ações tramitando – o réu alega que essa ação 
é conexa com aquela, tem que ser unidas para não 
ocorrer decisão contraditória 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou f
alta de autorização; ((Dilatórias Potencialmente 
Peremptórias). Não é automática. Deve ser dada a 
oportunidade de sanar o vício no prazo fixado pelo juiz, 
suspendendo o processo) 
Se o vício não for consertado pode resultar em exclusão 
X - convenção de arbitragem; (cláusula específica de um 
contrato – cláusula compromissória. É peremptória. Não 
pode ser conhecida pelo juiz) 
As cláusulas se comprometem a ir para a arbitragem, 
mas o autor leva para a justiça 
Ocorre o desrespeito de uma clausula compromissória 
O juiz exclui portanto a ação, sem resolução de merito 
XI - ausência de legitimidade (Dilatórias Potencialmente 
Peremptórias) ou de interesse processual; (Peremptória) 
Se o réu alegar que a parte é ilegítima ou que não é o 
responsável pelo prejuízo causado, ao autor terá 15 dias 
para elaborar uma nova petição inicial, com um novo reu 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige
 como preliminar; ((Dilatórias Potencialmente 
Peremptórias) 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de ju
stiça. (Dilatórias Potencialmente Peremptórias) 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando 
se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as 
mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete açãoque está 
em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi 
decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a 
incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das 
matérias enumeradas neste artigo. 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção 
de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica 
aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
Incompetência absoluta ou relativa 
- ataca a competência do juiz 
- preliminar 
- provas disponíveis 
- protocolizar a defesa no seu domicílio → o juiz que 
receber a contestação deve comunicar o fato ao juiz da 
causa. 
- art. 64 
- procedimento: art. 340 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alega
da como questão preliminar de contestação. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualq
uer tempo e grau de jurisdição e deve serdeclarada de o
fício. 
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá
 imediatamente a alegação de incompetência. 
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os 
autos serão remetidos ao juízo competente. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conserva
r--se--ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, 
pelo juízo competente. 
Art. 65. Prorrogar--
se-á a competência relativa se o réu não alegar a incomp
etência em preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alega
da pelo Ministério Público nas causas em que atuar. 
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou 
absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro 
de domicílio do réu, fato que será imediatamente 
comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por 
meio eletrônico. 
(hipótese na qual a contestação poderá ser protocolada 
antes da audiência de conciliação e Mediação) 
(obs: réu citado por carta precatória - contestac ̧ão feita 
no próprio domicilio do réu. Assim, ao ser citado, o réu, 
na própria precatória, poderá apresentar a contestac ̧ão 
e alegar a incompete ̂ncia, nos termos do art. 340, §§ 1o 
e 2o.) 
§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, 
se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, 
juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata 
remessa para o juízo da causa. 
§ 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo 
réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou 
a carta precatória será considerado prevento. 
§ 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será 
suspensa a realização da audiência de conciliação ou de 
mediação, se tiver sido designada. 
Parte ilegítima – o réu tem que indicar quem é a parte 
legitima 
§ 4o Definida a competência, o juízo competente 
designará nova data para a audiência de conciliação ou 
de mediação. 
ausência de legitimidade 
- arts. 338 e 339: réu – indicar o sujeito passivo da 
relação processual → autor aceitar: alteração da petição 
inicial para substituir o réu ou incluir, como litisconsorte 
passivo, a pessoa indicada. 
- princípio da causalidade: o autor deverá reembolsar as 
despesas e pagar os honorários ao procurador do 
excluído 
- o substituto não precisa consentir 
- basta a aceitação pelo autor 
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte 
ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo 
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a 
alteração da petição inicial para substituição do réu. 
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor 
reembolsará as despesas e pagará os honorários ao 
procurador do réu excluído, que serão fixados entre três 
e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este 
irrisório, nos termos do art. 85, § 8o. 
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu 
indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida 
sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com 
as despesas processuais e de indenizar o autor pelos 
prejuízos decorrentes da falta de indicação. 
§ 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo 
de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a 
substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo 
único do art. 338. 
§ 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar 
por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte 
passivo, o sujeito indicado pelo réu. 
Reconhecimento jurídico do pedido 
Concordância expressa do réu- ele assume a causa 
É difícil de acontecer 
Expressa declaração – de concordância com a 
pretensão do autor ou do reconvinte/réu. 
É o ato de total disposição de direito, pelo qual o réu ou 
autor/reconvindo concorda tanto com os aspectos 
fáticos como com os aspectos jurídicos narrados pelo 
autor ou reconvinte em sua petição inicial. 
1. Extinção do processo com resolução de mérito 
(487, III, “a” do NCPC), desde que abranja toda a 
pretensão do autor ou do reconvinte; 
2. ou ainda o julgamento antecipado parcial do 
mérito (art. 356, I do NCPC), na hipótese de 
reconhecimento parcial do pedido do autor ou 
do reconvinte 
só é acolhida uma parte do pedido 
(Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando u
m ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
I - mostrar--se incontroverso; 
 Não se deve confundir com a confissão: Esta se refere 
a fatos que, em regra, serão tidos como verdadeiros pelo 
juiz. 
Reconvenção 
É uma das modalidades de reposta do réu, junto com a 
reconvenção, mas a reconvenção não se trata de uma 
defesa 
É um contra-ataque 
Na contestação o réu se defende contra os fatos 
alegados na petição 
O réu alega que a pretensão que o autor propôs contra 
ele- na verdade é dele, o contrário. 
A reconvenção é, portanto, o exercício do direito de 
ação do réu contra o autor, no qual o réu exerce uma 
pretensão contra o autor, no bojo da ação principal 
 não acontece em uma ação separada e sim na 
mesma ação 
 2 pretensões tramitando juntas: ação principal – 
autor contra réu e reconvenção réu contra 
autor 
o réu pode reconvir na contestação 
se o autor desistir de seu objetivo, isso não afeta a 
reconvenção. 
Na contestação ele bota – DA RECONVEÇÃO 
O réu pode reconvir, independente de contestar 
Prazos da reconvenção – 15 dias 
Requisitos : 
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor 
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
 É necessário para a reconvenção uma conexão 
com a ação principal 
 Será julgada pelo mesmo juiz 
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na 
pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no 
prazo de 15 (quinze) dias. 
 É como se o autor fosse contestar 
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa 
extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta 
ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. 
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor 
e terceiro. 
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em 
litisconsórcio com terceiro. 
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte 
deverá afirmar ser titular de direito em face do 
substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em 
face do autor, também na qualidade de substituto 
processual. 
§ 6o O réu pode propor reconvenção 
independentemente de oferecer contestação. 
OBS: O Enunciado 45 do Fórum Permanente 
dos Processualistas Civis (FPPC): 
Para que se considere proposta a reconvenção, não há 
necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de 
um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar 
inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa 
ou quantitativamente maior que a simples improcedência 
da demanda inicial”. 
 Não é necessário a utilização do nome 
reconvenção; ou a criação de um capitulo 
especifico para esta 
 Se o réu pede algo além da improcedência, o 
fórum entende que a reconvenção foi proposta 
Revelia 
Ausência de manifestaçãodo réu de forma tempestiva 
e devidamente citada 
Efeitos 
a) Confissão ficta- efeito da revelia 
O réu não confessa expressamente, mas presume-se 
isso 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será 
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as 
alegações de fato formuladas pelo autor. 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, 
verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no 
art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que 
pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. 
 o autor é convocado para produzir mais provas 
b) Efeito mediato 
Possibilita ao juiz o julgamento antecipado do mérito 
Do Julgamento Antecipado do Mérito 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, 
proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras 
provas; 
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 
e não houver requerimento de prova, na forma do art. 
349. 
 No caso do 344 ocorre a presunção de 
veracidade, o que autoriza o juiz a julgar porque 
ele se convenceu 
 Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de 
provas, contrapostas às alegações do autor, 
desde que se faça representar nos autos a 
tempo de praticar os atos processuais 
indispensáveis a essa produção 
c) Preclusão da possibilidade de alegar defesas- não 
pode mais contestar 
Sempre que o réu for revel o autor tem ganho de 
causa? 
Não. A ação pode ter algum vicio formal, insanável. 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha 
patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato 
decisório no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em 
qualquer fase, recebendo-o no estado em que se 
encontrar. 
 Pode produzir provas desde que em tempo hábil 
 Súm. 231, STF. O revel, em processo cível, pode 
produzir provas, desde que compareça em 
tempo oportuno. 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir 
novas alegações quando: 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
 
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; 
III - por expressa autorização legal, puderem ser 
formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Não há que se falar em revelia nas seguintes hipóteses: 
a) Quando havendo pluralidade de réus algum 
contestar a ação 
b) Se o litigio versar sob direitos indisponíveis 
c) Se a petição não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considere indispensável a 
prova do ato 
d) Quando as alegações de fato formuladas pelo 
autor forem inverossímeis ou estiverem em 
contradição com a prova constante dos autos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Impedimento ou 
suspeição 
Ultimo procedimento da fase postulatória 
Mas podem ocorrer em qualquer fase processual – não 
tem prazo 
São alegações, que podem ser propostas pelo autor ou 
pelo réu 
Ex: com relação ao juiz 
Essas alegações não se referem a competência, o juiz é 
competência, mas ele tem algum motivo que pode fazer 
com que atinja a imparcialidade do juiz 
O juiz é suspeito- o que vai gerar um incidente 
processual 
O objetivo é retirar os autos desse juiz suspeito, 
impedido e transferi-las para outro juiz. 
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado 
exercer suas funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou 
como perito, funcionou como membro do Ministério 
Público ou prestou depoimento como testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo 
proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor 
público, advogado ou membro do Ministério Público, seu 
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu 
cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de 
administração de pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou 
empregador de qualquer das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com 
a qual tenha relação de emprego ou decorrente de 
contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de 
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu 
advogado. 
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica 
quando o defensor público, o advogado ou o membro 
do Ministério Público já integrava o processo antes do 
início da atividade judicante do juiz. 
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de 
caracterizar impedimento do juiz. 
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se 
verifica no caso de mandato conferido a membro de 
escritório de advocacia que tenha em seus quadros 
advogado que individualmente ostente a condição nele 
prevista, mesmo que não intervenha diretamente no 
processo. 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de 
seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem 
interesse na causa antes ou depois de iniciado o 
processo, que aconselhar alguma das partes acerca do 
objeto da causa ou que subministrar meios para atender 
às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou 
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de 
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de 
qualquer das partes. 
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro 
íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. 
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique 
manifesta aceitação do arguido. 
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 
conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou 
a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do 
processo, na qual indicará o fundamento da recusa, 
podendo instruí-la com documentos em que se fundar a 
alegação e com rol de testemunhas. 
§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao 
receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a 
remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, 
determinará a autuação em apartado da petição e, no 
prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, 
acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, 
se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 
§ 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os 
seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: 
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá 
suspenso até o julgamento do incidente. 
§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é 
recebido o incidente ou quando este for recebido com 
efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao 
substituto legal. 
§ 4º Verificando que a alegação de impedimento ou de 
suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. 
§ 5º Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou 
de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas 
custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, 
podendo o juiz recorrer da decisão. 
§ 6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o 
tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não 
poderia ter atuado. 
§ 7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se 
praticados quando já presente o motivo de impedimento 
ou de suspeição.

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